De Volta Ao Passado escrita por Sams


Capítulo 5
Tribruxo




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Havia no ar uma inquestionável tristeza de fim de férias quando Harry acordou na manhã seguinte. A chuva forte continuava a fustigar a janela enquanto ele vestia uma jeans e uma camiseta; trocaria pelas vestes de escola no Expresso de Hogwarts.

A ida até a estação de king´s cross foi um tanto desconfortável, tiveram de ir de taxi apertados e mais uma vez Harry se lamentou de não poder falar que ele poderia aparatar, não que está informação poderia por tudo a perder, mas não era nada comum essa habilidade tão jovem.

A viagem, no entanto foi tranquila, embora Harry preferisse que Gina estivesse na cabine com ele, nem Draco os perturbou durante o percurso.

Quando a locomotiva parou um temporal açoitava a plataforma, o trio saio da cabine Harry na frente seguido por Rony e Hermione. Antes de chegarem à porta Gina se uniu a eles andando a frente de Harry, ia sair do trem, mas foi impedida pelos braços de Harry segurando sua cintura.

— Pera aê Ruivinha. – Disse Harry sabendo que o apelido a deixaria com vergonha. – Você quer se molhar? – Perguntou retoricamente, passou a frente dela, puxou a varinha a segurando como um guarda chuva e quando saiu para tempestade a água não o atingia. (Feitiço usado em Animais fantásticos e onde habitam) – Vamos? - perguntou aos três que esperavam dentro da locomotiva.    

 O quarteto passou por Hagrid o cumprimentando e quando chegaram as carruagens Harry teve um acesso de risadas quando viu o que as puxava.

— O que é tão engraçado? – Perguntou Rony surpreso.

— Testrálios – Respondeu contendo o acesso de risos.

— Tes... oque? – disseram Rony e Gina ao mesmo tempo.

— Testrálios... Sabem, Cavalos alados... Mione explique para eles – pediu entrando na carruagem onde os três esperavam.

— Testrálios são criaturas que só podem ser vistas por aqueles que já viram a morte. – Explicou ela.

— E são eles que puxam as carruagens. – completou Harry.

— Não Harry, eles são perigosos! Não colocariam...

— Não, esses são domesticados pelo próprio Hagrid – interrompeu. – O único bando domesticado da Grã-Bretanha. – anuncio, mas não fez a cara de descrença de Hermione desparecer.

— E o que isso tem de engraçado? – Indagou Rony com um olhar curioso e desconfiado.

— Nada – Mentiu com bom humor, na verdade a graça para o garoto era que ele literalmente tinha visto a morte.

  Quando a carruagem parou Rony e Hermione saíram corendo para o saguão e quando Gina fez menção de fazer o mesmo Harry segurou seu ombro.

— Vocês estão com muita pressa hoje, não? – Harry falou enquanto estendia a mão para fora da carruagem fazendo novamente o feitiço “guarda chuva”.

— São só dois metros. – Respondeu ela com um sorriso que ficou a admirar.

— Mas pirraça está atacando balões de água no saguão – Explicou também com um sorriso, só que este mais bobo que o da ruiva.

Quando chegaram ao saguão encontraram Rony e Hermione ensopados e a professora Mcgonagall tentando tirar pirraça de lá.

— O que aconteceu? – Perguntou Gina.

— Pirraça atacou um balão em nós. – Resmungou Rony ignorando o olhar que Gina deu a Harry quando recebeu a resposta.

— Se não fossem tão apressados estariam secos como nós. – falou Harry abrindo mais ainda ( se é que isso era possível) seu sorriso para Gina.

— Como sabia? – Sussurrou ela quando entraram no salão principal.

— Faço adivinhação! Não é isso que deveríamos aprender. – zombou Harry, mas deixando claro dessa forma que não ia responder essa pergunta como não respondeu tantas outras. – Eu sei um feitiço fácil para seca-los, mas vou deixa-los assim por enquanto. – disse fazendo Gina rir.

O Salão Principal tinha o aspecto esplêndido de sempre, decorado para a festa de abertura do ano letivo. Pratos e taças de ouro refulgiam à luz de centenas e centenas de velas que flutuavam no ar sobre as mesas. As quatro mesas longas das Casas estavam cheias de alunos que falavam sem parar; no fundo do salão, os professores e outros funcionários sentavam-se a uma quinta mesa, de frente para os estudantes. Estava muito mais quente ali. Harry, Rony e Hermione passaram pela mesa dos alunos da Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa, e se sentaram com os colegas da Grifinória no extremo do salão, ao lado de Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma de sua Casa. Branco-pérola e semitransparente, Nick estava vestido esta noite com o gibão de sempre e uma gola de rufos particularmente grande, que servia o duplo propósito de parecer bem festiva e garantir que sua cabeça não balançasse demais no pescoço parcialmente decepado.

 – Boa-noite – disse ele aos garotos.

— Para quem? – perguntou Rony, descalçando os tênis e despejando a água que se acumulara dentro. – Espero que andem depressa com a seleção. Estou faminto.

— Você sempre está – retrucou Harry tentando ignorar o fato de essa frase ser dita por ele da ultima vez que vivenciara a cena. Nesse momento o garoto ficou pensando o porquê de o tempo ter corrigido isso, certamente ele sabia que enquanto mudava os fatos o a linha temporal ia se rejustando de acordo com as intervenções, mas aquilo era algo banal era uma frase que trocou de “autor”, de todos os devaneios que teve só pode chegar a uma conclusão: Morte saberia o responder, porem com certeza não o faria.

— Oi, Harry!

Era Colin Creevey, um aluno do terceiro ano para quem Harry era uma espécie de herói.

 – Oi, Colin – cumprimentou Harry bem humorado. O garoto nunca se sentiu bem perto de Colin já este o considerava um herói, mas vê-lo vivo era motivo de tanta felicidade que Harry não mais se importava.

— Harry, adivinha só! Adivinha só, Harry! Meu irmão está começando! Meu irmão Dênis!

 – Isso é ótimo! – disse Harry.

 – Ele está realmente excitado! – continuou Colin, praticamente dando pulos na cadeira. – Espero que ele fique na Grifinória! Cruza os dedos, hein, Harry?

— Claro, vou cruzar. – falou quase num tom cínico, afinal sabia que o irmão de Colin iria para a mesma casa que ele.

Depois da seleção das casas e do banquete Dumbledore se pronunciou.

— Então! – exclamou Dumbledore, sorrindo para todos. – Agora que já comemos e molhamos também a garganta (“Hum!”, fez Hermione), preciso mais uma vez pedir sua atenção, para alguns avisos.

 “O Sr. Filch, o zelador, me pediu para avisá-los de que a lista dos objetos proibidos no interior do castelo este ano cresceu, passando a incluir Ioiôsberrantes, Frisbees-dentados e Bumerangues-de-repetição. A lista inteira tem uns quatrocentos e trinta e sete itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, se alguém quiser lê-la.“

Os cantos da boca de Dumbledore tremeram ligeiramente.

 Ele continuou:

 – Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte da nossa propriedade é proibida a todos os alunos, e o povoado de Hogsmeade, àqueles que ainda não chegaram à terceira série.

“Tenho ainda o doloroso dever de informar que este ano não realizaremos a Copa de Quadribol entre as Casas.”

Harry olhou para Fred e Jorge, seus companheiros no time de quadribol. Xingaram Dumbledore em silêncio, aparentemente espantados demais para falar.

Dumbledore continuou:

— Isto se deve a um evento que começará em outubro e irá prosseguir durante todo o ano letivo, mobilizando muita energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho certeza de que vocês irão apreciá-lo imensamente. Tenho o grande prazer de anunciar que este ano em Hogwarts...

Mas neste momento, ouviu-se uma trovoada ensurdecedora e as portas do Salão Principal se escancararam.

Apareceu um homem parado à porta, apoiado em um longo cajado e coberto por uma capa de viagem preta. Todas as cabeças no Salão Principal se viraram para o estranho, repentinamente iluminado por um relâmpago que cortou o teto. Ele baixou o capuz, sacudiu uma longa juba de cabelos grisalhos ainda escuros e começou a caminhar em direção à mesa dos professores.

— Moddy - anunciou Harry para os amigos em um tom de voz muito baixo.

— Gostaria de apresentar o nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas – disse Dumbledore, animado, em meio ao silêncio. – Prof. Moody.

Dumbledore pigarreou.

 – Como eu ia dizendo – recomeçou ele, sorrindo para o mar de alunos à sua frente, todos ainda mirando Olho-Tonto Moody, paralisados –, teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos um Torneio Tribruxo em Hogwarts.

— O senhor está BRINCANDO! – exclamou em voz alta Fred Weasley. A tensão que invadira o salão desde a chegada de Moody repentinamente se desfez. Quase todos riram e Dumbledore deu risadinhas de prazer.

— Não estou brincando, Sr. Weasley – disse ele –, embora, agora que o senhor menciona, ouvi uma excelente piada durante o verão sobre um trasgo, uma bruxa má e um leprechaun que entram num bar...

A Profa Minerva pigarreou alto.

 – Hum... mas talvez não seja hora... não... Onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, no Torneio Tribruxo... bom, alguns de vocês talvez não saibam o que é esse torneio, de modo que espero que aqueles que já sabem me perdoem por dar uma breve explicação, e deixem sua atenção vagar livremente. “O Torneio Tribruxo foi criado há uns setecentos anos, como uma competição amistosa entre as três maiores escolas europeias de bruxaria – Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades – até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.”

 – Taxa de mortalidade? – sussurrou Hermione, parecendo assustada. Mas, aparentemente, sua ansiedade não foi compartida pela maioria dos alunos no salão; muitos murmuravam entre si, excitados.

— Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio – continuou Dumbledore –, nenhuma das quais foi bem-sucedida. No entanto, os nossos Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal.

“Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos competidores de suas escolas em outubro e a seleção dos três campeões será realizada no Dia das Bruxas. Um julgamento imparcial decidirá que alunos terão mérito para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.”

— Estou nessa! – sibilou Fred Weasley para os colegas de mesa, o rosto iluminado de entusiasmo ante a perspectiva de tal glória e riqueza. Aparentemente ele não era o único que estava se vendo como campeão de Hogwarts. Em cada mesa Harry viu gente olhando arrebatada para Dumbledore ou então cochichando ardentemente com os vizinhos. Mas, então, Dumbledore recomeçou a falar, e o salão se aquietou.

— Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts – disse ele –, os diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em impor este ano uma restrição à idade dos contendores. Somente os alunos que forem maiores, isto é, tiverem mais de dezessete anos, terão permissão de apresentar seus nomes à seleção. Isto – Dumbledore elevou ligeiramente a voz, pois várias pessoas haviam protestado indignadas ao ouvir suas palavras, e os gêmeos Weasley, de repente, pareciam furiosos – é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente para que nenhum aluno menor de idade engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. – Seus olhos azul-claros cintilaram ao perpassar os rostos rebelados de Fred e Jorge. – Portanto peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem completado dezessete anos.

“As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em outubro e permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco, e que darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. E agora já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados para começar as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando!”

Dumbledore tornou a se sentar e virou-se para falar com Olho-Tonto Moody. Ouviu-se um estardalhaço de cadeiras batendo e se arrastando quando os alunos se levantaram para sair como um enxame em direção às portas de entrada do Salão Principal.

 – Não podem fazer isso com a gente! – reclamou Jorge Weasley, que não se reunira aos colegas que se dirigiam às portas, mas continuara parado olhando de cara emburrada para Dumbledore.

— Vamos fazer dezessete anos em abril, por que não podemos tentar? – Não vão me impedir de me inscrever – disse Fred, teimoso, também amarrando a cara para a mesa principal. – Os campeões vão fazer todo o tipo de coisa que normalmente nunca podemos fazer. E mil galeões de prêmio!

Na subida ao Harry ficou absorto em seus pensamentos; estava em hogwarts tinha que as os horcruxes o mais rápido possível. Tinha o ano todo e as localizações de vantagem, mas sabia que entrar no cofre dos lestrange não seria nada fácil, provavelmente levaria muitos meses de planejamento sem contar que teria o triplo de trabalho já que não podia contar com a ajuda dos seus amigos.

 – Que é que você acha? – perguntou Rony a Harry. – Seria legal, não seria? Mas suponha que eles queiram alguém mais velho?... Não sei se já aprendemos o suficiente...

 – Eu decididamente não aprendi – ouviu-se a voz tristonha de Neville às costas de Fred e Jorge. – Mas imagino que a minha avó vai querer que eu experimente, ela está sempre falando que eu devia lutar pela honra da família. Eu terei que... opa...

Harry ignorou Neville, pois Fred e Jorge já iam em direção do garoto para ajuda-lo; ficou preso na escada, pois pisou no degrau em falso.

— O que estava dizendo Rony? – Perguntou Harry como se tivesse saído de um transe.

— O torneio. Não seria legal entrar?

— Está maluco? – Perguntou o garoto, Harry não ia deixar que o amigo pensasse que ele colocou o nome no cálice, então a melhor forma era convencê-lo antes de acontecer. – Estou nessa escola há três anos e nos três anos tentaram me matar, você quer que eu lide com mais problemas? – Perguntou com sarcasmo e ficou feliz em constatar que os amigos estavam rindo. – Ainda assim eu sou um imã de problemas e é bem provável que alguma criatura das tarefas me mate só para palitar os dentes.

Harry ficou mais feliz que os amigos agora gargalhavam e Hermione sorria com a dramaticidade do garoto.

Naquela noite Harry ficou no salão comunal até todos os colegas irem dormir o que só aconteceu meia noite e quarenta, subiu até seu dormitório, pegou a capa de invisibilidade, o mapa do maroto e saiu, seu destino era o mais obviu para o começo de sua jornada: A câmara secreta.  

Porem seus planos da noite foi arruinado. Na altura do terceiro andar Harry viu pirraça poucos metros a sua frente, fechou o mapa com o feitiço a modo de passar o mais silencioso. O Problema foi quando chegou a uma curva poucos metros depois de passar pelo poltergeist que Harry teve problemas. Esbarrou e Severo Snape seu professor de poções que o odiava e nessa época Harry cultivava os mesmo sentimentos por ele.

Não foi preciso Snape nem raciocinar o que acontecera, pois no esbarrão Harry deixou com que a capa caísse.

— Sei do seu total desprezo pelas regras Potter, também sei que adora fazer passeios noturnos. – Disse o professor em um tom habitualmente mortal. – Mas não poderia esperar as aulas começarem para que eu tire pontos. Bom... ainda assim, menos cinquenta pontos para grifinoria e vá para seu dormitório.

— Cinquenta? – indagou Harry surpreso.

— Acha pouco? Posso te dar uma detenção se preferir. – sugeriu ele.

— Não senhor, desculpe estar andando pelo castelo fora do horário. – Se desculpou Harry e foi embora rapidamente mesmo querendo muito ver a cara de surpresa de Snape de ouvir desculpas de um Potter. Não que isso fosse mudar o professor, mas Harry decidiu ser gentil com ele, mesmo que o Snape desta época não lhe desses motivos para tal.


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