Em um segundo escrita por Carol


Capítulo 25
Capítulo 25 – E o tempo passa


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, boa leitura a todos. ^.^



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 Cinco meses após a união de Carmem e Ronald nascia Benjamin o filho mais novo do casal, Ben, como já era chamado, se parecia muito com o pai, mas seus cabelos eram claros como o da mãe, tinha olhos azuis escuros e um rosto sério para um bebê, nasceu gordinho e comprido. Carmem estava exausta, já havia desacostumado com tudo aquilo. Todos paparicavam o bebê que acabara de chegar.

― Mel, vem conhecer seu tio. – Ed segurava a menina em seu colo. – Diz oi para seu tio Bem.

― Oi bebê Ben. – A menina dizia.

― Muito bem, filha. Ele se parece com o vovô não é?

― Sim. – Mel respondeu. Ela se inclinou e deu um beijo na testa do menino.

― Mãe vamos deixar que você descanse, amanhã voltaremos.

― Obrigada por virem meus amores.

― Por nada Carmem, parabéns, seu bebê é lindo, na verdade, os dois são. – Carol disse se referindo a Ben e Ed.

― Ah isso é verdade querida. Agradeça a seus pais por terem vindo, na hora eu estava dormindo e nem pude dar atenção a eles.

― Não se preocupe com isso, eles entendem perfeitamente. Fiquem bem e se precisarem de algo contem conosco, afinal, somos os padrinhos.

― Obrigada Carol e vamos providenciar logo o batizado. – Carmem dizia enquanto se despediam.

― Meu pai está todo bobo. Chega a babar. – Ed dizia enquanto eles caminhavam até o carro.

― Ciúmes? Não acha que está muito grandinho para isso?

― Não estou com ciúmes, só constatei os fatos, só isso. Amor, foi tudo tão desesperado que esqueci de perguntar, resolveu a situação da mudança de curso?

― Sim, preciso prestar uma prova ai mudo para design.

― Roger deve estar todo contente que conseguiu te fazer mudar de ideia.

― Ele está que não cabe em si. – Carol dizia enquanto os três retornavam a casa.

― Eu fico mais tranquilo em saber que ele mudou de atitudes com você com o passar do tempo. Ele se mostrou ser um bom amigo. – Ed dizia mais tranquilo.

― E como! Só tenho a agradecer a ele sempre. Estamos conseguindo coisas novas a cada dia e ele parece feliz em expandir, só fico meio preocupada com essa coisa Rio/São Paulo que ele quer fazer, acho que ainda sou muito novata para assumir sozinha na ausência dele.

― Amor, se ele vai deixar tudo em suas mãos é por que ele te acha capaz.

― Eu sei, mas meus horários não são tão disponíveis assim.

― Isso é verdade, mas tenho certeza que vocês irão se ajeitar. Outra coisa, precisamos conversar sobre a Dulce.

― O que houve com ela?

― Minha mãe pediu que eu cedesse a Dudu para ajuda-la a cuidar do Ben, ela disse que até podemos deixar a Mel com eles durante a semana e a pegamos nos fins de semana, eu disse que conversaria com você sobre isso.

― Ah não, isso não, não quero ficar longe da minha filha a semana toda, já me dói o coração ter que estudar e trabalhar e deixar ela. Nem imagino ficar todos os dias da semana sem ela, nem imagino ir dormir sem dar um beijinho ou contar histórias para ela, e as nossas festinhas musicais? Ah não, isso nem pensar. Acho melhor vermos a opção de colocarmos a Mel em uma creche. O que acha? – Ed respirou fundo.

― Eu na verdade não queria abrir mão da Dudu, ela cuidou de mim por muito tempo e me ajudou muito com a Mel, ajuda até hoje. Mas, assim como eu, minha mãe só confia nela. Podemos experimentar a coisa da creche, se Mel não se adaptar nós a tiramos e então daremos outro jeito. Mas também não quero ficar longe dela durante a semana.

― Então vamos ver no que dá. – Carol concordou, Ed estacionava o carro na frente de casa, Mel dormia no banco de trás, Carol a retirou com cuidado para que a menina não acordasse, carregou Mel até em casa e a colocou no berço, em seguida foi até a sala ficar com Ed.

― São poucos os momentos em que ficamos assim. – Ed dizia ao ver Carol se aconchegar em seus braços, tenho vontade de fazer tantas coisas, mas nunca temos tempo. – Ele se lamentava.

― Pois é, mas as coisas são assim. Vamos apenas aproveitar, quando temos a chance. O que quer fazer? Ver um filme? – A moça perguntava.

― Estava pensando em outra coisa... – Ele disse reticente e começou a beija-la.

Sempre que podiam eles ficavam juntos e não se desgrudavam por nada. O amor entre eles só aumentava a cada dia.

Na manhã seguinte conversaram com Dulce sobre a proposta de Carmem e pediram para que ela não se preocupasse que eles ficariam bem com Mel. Dulce então aceitou, ela com Carmem estaria também mais perto de sua família, Ed e Carol começaram uma busca por creches na região, depois de muito procurar encontraram uma em que conseguiram confiar, com o coração apertado deixaram Mel para seu primeiro dia. Para surpresa do casal, a menina se despediu com um beijo em seus pais e acompanhou a turma de pequeninos, muito feliz.

O tempo passava rapidamente, Mel já estava adaptada à creche, seus pais estavam felizes com o bom desemprenho e adaptação da menina, Carolina conseguira mudar de curso e tentava recuperar o tempo perdido de algumas matérias, seu trabalho com Roger ficava a cada dia melhor e sua amizade com ele só fazia crescer, Roger se mostrava um bom amigo e um ótimo profissional, Carol tentava seguir os passos do amigo, mas sem deixar suas próprias características de lado, Roger se mostrava muito satisfeito em ter Carol em sua equipe  ela estava muito feliz por trabalhar com ele e deixar que ele a orientasse sempre.

O batizado de Benjamin foi realizado quando o menino completou seis meses de vida, Carol organizou a pequena festa e estava feliz por ter um afilhado, Ed estava orgulhoso, além de irmão era padrinho do menino, Carmem e Ronald pareciam, até mesmo, mais jovens e a cada dia muito mais felizes.

Alguns anos passaram, Mel estava com cinco anos, todos se preparavam para a formatura de Edward. A casa estava meio confusa, Edward corria de um lado para o outro procurando seus papéis, pois seria o orador da turma, Carol se orgulhava do noivo e Mel, que havia virado uma criança linda e feliz corria de um lado para o outro brincando com a mãe.

― Mel, onde está, meu amor agora não é hora de brincar de esconde-esconde, vamos nos atrasar. – Carol a procurava em cada canto da casa. – Mel, estou indo vai ficar aqui sozinha. – Carol e Ed fizera silêncio, a menina saiu de dentro do cesto de roupas. – Ah! Sabia que ia dar certo.

― Ah mamãe não vale, você roubou. – A menina se lamentava.

― Anda vamos, precisa se vestir, seu pai vai ficar doido se nos atrasarmos, hoje ele se forma, você está orgulhosa dele?

― Sim, muiiiitoo – A menina dizia abrindo os braços para expressar o quanto estava orgulhosa.

― Então, vamos escolher uma roupa beeemmm bonita? – Carol dizia para a filha.

― Sim! – Ela disse animada.

Quando todos estavam devidamente arrumados e Ed havia encontrado suas anotações seguiram até o local da solenidade, Carmem, Ronald e Ben já estavam lá, Carol, Mel e Ed se juntaram a eles.

― Oi tio. – Mel cumprimentava o menino.

― Não sou. – Ele dizia emburrado. – O menino que estava perto de completar quatro anos não aceitava ser tio de Mel, na cabecinha dele ser tio era algo para pessoas mais velhas. – Mel beiju o rosto do menino que sorriu, a segurou pela mãe e sentaram juntos em uma cadeira ao lado do avô. Ronald cumprimentou o filho, ele se sentia orgulhoso, Carmem sorria, Ed se despediu de todos e Carol foi se sentar para assistir orgulhosa a formatura de seu amado.

― Então, agora vocês se casam, não é mesmo? – Carmem perguntava.

― Acho que ainda não, eu quero me formar primeiro.

― Vocês estão enrolando!

― Não, não estamos. Queremos nos casar com calma, poder curtir uma boa lua de mel, sem preocupações, mas com faculdade, trabalho e cuidando da Mel que agora começou na escola fica muito complicado, não conseguimos férias de tudo isso junto. Se eu, pelo menos me formar, o que falta muito pouco agora, tudo ficará menos complicado, por que ai sim, poderemos combinar ao menos as férias de trabalho e a Mel podemos deixar com vocês.

― Ah sim, isso com certeza. Sabe que com ela por perto Ben fica mais calmo? – Carmem comentava.

― É mesmo?

― Sim, acho que o fato dela o chamar de tio dá certa seriedade e o deixa mais na posição de tio mesmo. – Carmem riu.

― Será?

― Sei lá, mas olha, ele está bem quieto e cuida dela, deve ser instinto. – Carmem sorriu. – É difícil ver esse menino quieto, Carol, já não tenho mais idade, Edward não era metade agitado do que Ben é. Para você ter uma ideia, Ronald um dia procurava por uns documentos do trabalho, achou tudo pendurado na geladeira da cozinha, Benjamin desenhou em todos e pendurou em seu mural particular e estava ao lado se sentindo orgulhoso pelo feito, Ronald apenas respirou fundo, pegou os documentos, passou a mão na cabeça do filho, guardou os documentos na pasta e foi para o carro, eu conseguia ouvir os berros dele dentro do carro, de casa, acho até que ele chorou. – Carol cobriu a boca com a mão para não mostrar que ria. – Carol, esse menino é impossível, ele fica pelo jardim caçando bichos, os cachorros que colocamos na casa, para garantir ainda mais nossa segurança, têm medo dele.

―Mentira?! – Carol dizia espantada já que se tratava de cachorros grandes.

― Estou te falando. Olhando daqui parece que é um santo, não é?

― Sim, até quando fica com a gente em casa, ele é ótimo, muito tranquilo.

― Pois é, acho que Melina o influencia. Quero ela lá em casa por no mínimo quinze dias, ai ele ficará maravilhoso.

― Ou ela ficará tão agitada quanto ele. Melina em casa também é bastante agitada, não tanto quanto você diz Benjamin ser, mas ela é agitada, hoje antes de virmos ela resolveu brincar de esconde-esconde.

― Já nós, trocamos a roupa do Ben quatro vezes. Sujava, derrama alguma coisa, rasgava e por ai vai. Terrível, Ronald está até com olheiras, olha, ele está cochilando. – Carmem e Carol olharam e Ronald de fato cochilava na cadeira.

A solenidade começava, Edward fez seu discurso com palavras muito bonitas, várias homenagens foram feitas, o juramento foi feito e os diplomas, simbólicos, começavam a ser distribuídos. Edward recebeu o diploma das mãos do diretor do curso por seu ótimo desempenho ao longo dos estudos, no fim o grupo de formando se reunia para fotos, em seguida Edward e sua família saíram para um almoço juntos.

― Estamos aqui juntos e quero propor um trabalho efetivo a você e um cargo mais alto na empresa. – Ronald jogava de uma vez.

― Mas o que? – Edward estava surpreso.

― Claro que terá um aumento.

― Mas eu não esperava por isso.... – Ed estava realmente surpreso.

― Não quer? – O pai perguntava. Ed olhou para Carol que ergueu os ombros deixando a decisão nas mãos do amado.

― Quero! Claro que eu quero. Não imaginava uma promoção.

― Você se formou, claro que merece uma promoção, agora irá para outro nível na empresa e poderá nos ajudar de uma forma ainda mais eficiente. Terá acessos agora que antes não poderia ter. Rapaz, já temos todo um plano montado para você, só que você não sabia disso, mas conversaremos melhor no trabalho, agora não é hora disso. Quero saber o seguinte, quando se casam?

― Assim que meu amor se formar. – Ed respondeu

― Melhor não esperarem muito. – Ronald comentava.

― Mas ainda somos muito jovens, já moramos juntos, temos uma filha linda, somos casados, só falta oficializar. – Ed respondeu e Carol concordava.

― Bem, se querem pensar assim. – Ronald finalizou.

― Roger já retornou do Rio de Janeiro? – Carmem perguntava à Carol.

― Ainda não, mas acredito que retorne em breve.

― Ele tem ficado muito lá ultimamente não é mesmo? – Carmem perguntou.

― Sim, ele está pensando em levar a empresa pra lá.

― Mas quem ficaria lá? – Ronald perguntou.

― Ele insiste em me deixar tomando conta dessa onde estamos hoje e ele quer voltar para o Rio. Não sei ainda se me sinto segura para assumir tamanha responsabilidade.

― Mas claro que é, querida. – Carmem afirmava.

― Obrigada Carmem, mas eu preferiria que ele esperasse um pouco.

― Acho que essas idas dele pra o Rio já te dá uma autonomia no escritório aqui, não é? – Ed perguntava.

― Sim, claro que dá.

― E pelo que vejo você tem se saído muito bem. – Ed afirmou.

― É, até que tenho conseguido resolver diversas situações e fechar bons clientes.

― Então, Roger sempre esteve certo sobre você. – Ed finalizou.

A pequena confraternização em família seguiu muito bem até que todos tiveram de retornar as suas casas. Ed já havia recebido uma ótima proposta de trabalho, Carol seguia bem em seu trabalho com Roger e estava se preparando para o fim dos seus estudos um ano a frente, Mel estava crescida e já aprendia a ler e escrever na escolinha, tudo corria bem com a família.


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Notas finais do capítulo

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