Em um segundo escrita por Carol


Capítulo 24
Capítulo 24 – Sem você sou apenas a metade


Notas iniciais do capítulo

Amores, mais um capítulo, espero que gostem.
Obrigada a todos que acompanham e quem sempre comenta.
Boa leitura. ^.^



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― Oi meu amor, papai já chegou? – A menina sacodia a cabeça em negativa. – Oi Dulce.

― Oi querida, como foi o trabalho? Roger tentou alguma coisa?

― Não, ele é bastante profissional, eu realmente gostei do trabalho.

― Acho que alguém não ficará muito satisfeito.

― Melhor não demonstrar tanta empolgação, não é? – Carol perguntava.

― É, eu acho. – Dulce riu.

Enquanto Dulce cuidava das coisas Carol fazia seus trabalhos e tentava estudar um pouco. Pensava em tudo que havia visto com Roger durante o dia, nas coisas que ele lhe falou e até mesmo sobre a mudança de curso, havia acabado de começar o primeiro semestre e já pensaria em mudar? Seria mesmo uma boa opção? Isso ela ainda não sabia, mas iria pensar com calma.

― Oi. – Ed entrava dizendo, assim como fez com a mãe, Melina fez com o pai, correu e o abraçou. – Mamãe já está em casa? – A menina balançava a cabeça que sim. – Oi Dudu.

― Olá meu filho.

Ed pegou Mel no colo.

― Onde está a mamãe? Me leva até ela? – Mel apontava para o quarto, Ed abriu a porta devagar e Carol estava perdida em livros, papéis e diversas anotações de estudo. – Ih acho que ela está ocupada, será que devemos interromper?

― Mamama – Melina falou.

― Oi meu amor. – Carol, disse e se virou. – Ah você chegou! – Ela disse animada. – Desculpe a bagunça, tenho tantos trabalhos para fazer.

― Estou vendo. – Ed se aproximou e beijou a moça, em seguida se jogou sobre a cama com Mel. – Está cansada?

― Só um pouco. Como foi seu dia hoje? – Ela perguntou.

― O de sempre, meu pai pegando no meu pé, falando o tempo todo no casamento dele e blá, blá, blá. Mas e você, o que tem para me contar?

― Acho que nada. – Carol disse simplesmente, já esperando o que viria.

― Ah! Não minta Ca-Carolina, claro que tem. Como foi com o sedutor de meia tigela?

― Ah sim, o trabalho. – Carol brincou. – Foi legal, um pouco diferente do que imaginei, me surpreendi um pouco até.

― Como assim, pode ser mais específica? – Ed perguntava curioso enquanto acariciava os cabelos da filha que estava deitada quietinha sobre a cama.

― Claro que posso, quando cheguei ao escritório fomos direto ver um cliente, acabamos almoçando por lá mesmo, já que era um restaurante, então foi um almoço de negócios. Depois fomos até a casa de mais uma cliente, para que Roger pudesse conversar e começar a organizar a festa dela de casamento, depois ele me trouxe até aqui, então foi tudo tranquilo, eu prestei alguma ajuda, dei algumas opiniões, ele gostou do meu trabalho e eu resolvi aceitar ficar trabalhando com ele.

― Todos os dias?

― Sim, acredito que sim, sinceramente não chegamos a acertar as coisas.

― Como não?

― Sei lá, esqueci.

― Você esqueceu? Ele quer que você trabalhe de graça ou o que?

― Não sei, acho que amanhã conversaremos sobre isso.

― Hum, você acha. – Ed parou por uns instantes, Mel segurou sua mão e brincava com ela. – Mas então... Ele, por acaso, deu em cima de você? – Ed perguntou sem olhar para Carol.

― Não, ele foi bastante profissional. – Carol disse rapidamente.

― Hum. Acho que vou tomar um banho. Mel também precisa de um.

― Tudo bem, assim que eu terminar aqui, saio para jantar.

― Não se preocupe, adiante suas coisas, está tudo sob controle.

― Obrigada, te amo.

― Também te amo.

― Ed. – Carol o chamou fazendo com que ele se virasse. – Senti sua falta.

― Também senti a sua. – Ele sorriu. – Vamos Mel, deixa sua mãe estudar. – Melina desceu da cama e seguiu o pai.

Ed se sentiu um pouco desconfortável com a situação, mas resolveu respeitar a vontade da amada, ele sentia ciúmes, mas preferiu não dizer nada. À noite, todos se juntaram para o jantar, em seguida Dulce colocou Mel para dormir e acabou dormindo também.

― Estou com sono. – Ed disse se espreguiçando no sofá.

― Também estou. – Carol fez uma pausa. – Amor, tudo bem pra você eu trabalhar com Roger?

― Sim, se você gostou do trabalho e estiver feliz, nada mais importa. – Ele a abraçou e beijou sua cabeça.

― Tudo bem, só não quero que fique chateado.

― Não estou, não se preocupe.

O casal seguiu para o quarto e logo dormiram. Na manhã seguinte tudo seguiu conforme os outros dias, à tarde Carol seguiu para mais um dia de trabalho. Como havia imaginado, Roger lhe mostrou o contrato de trabalho, deixou claro quanto ela receberia, ela se impressionou, não imaginava que receberia tanto, além do salário, receberia comissão por cada trabalho que fechasse ou festas e eventos que produzisse. Roger deixou claro para ela que a queria com ele por muito tempo, podendo até mesmo virar sócios em um futuro próximo. E mais uma vez ele pediu para ela pensar mudar de curso na faculdade.

Os dias passavam e com eles as semanas, Carol estava mais inteirada em seu trabalho, estava prestes a entregar a festa da senhora do bairro chique, o restaurante de Cesar prosperava com as inovações feitas. Chegava agora o momento de organizar o casamento de seus sogros, Carol e Roger foram até a casa de Carmem pensar no que fariam, seria algo pequeno, para poucas pessoas e ela queria algo simples.

Optaram por colocar uma tenda branca toda iluminada por lustres de velas e fios com lâmpadas no mesmo tom da iluminação das velas, as mesas e cadeiras seriam forradas com tons de pérola e branco, a decoração seria com flores nas cores lilás, rosa e branca, espalhadas por ramos e arranjos, teria um espaço para uma mesa de som com um DJ que comandaria as músicas, um pequeno palco onde seria realizado um pequeno show, com uma atração surpresa que seria o presente de Ronald. A cerimônia seria realizada ao lado da tenda, no gramado maior, próximo à piscina, algumas cadeiras seriam dispostas de maneira que ficasse um corredor no meio delas, a frente um púlpito para ser realizada a cerimônia. Tudo estava ao gosto do casal, mas com toques especiais de Roger e também sugestões de Carolina.

Carmem estava mais ansiosa a cada dia. Parecia ser a primeira vez que se casaria. Como estava grávida, a cada semana que experimentava o vestido era necessário fazer ajustes e isso a deixava irritada, Carol como dama de honra acompanhava Carmem sempre que podia para todo canto, a ajudava sempre e dava muitas boas ideias.

Até que o dia do casamento finalmente chegou. Todos estavam bem vestidos. Carol vestia um vestido longo na cor rosa seco, Ed um smoking cinza, seu pai vestia um preto, Melina vestia um vestido da mesma cor da roupa de Carol. Quando Carmem entrou estava deslumbrante, usava um vestido longo na cor champanhe todo de cetim, segurava um buquê de flores naturais em diversos tons de lilás. Ela entrava sorrindo e Ronald estava visivelmente emocionado.

A cerimônia correu tranquila, em seguida a ela os convidados foram até a parte da festa, cada mesa tinha sobre ela os nomes dos convidados, Carol estava feliz por rever seus pais, com tantas coisas para fazer, não conseguiu mais retornar a sua cidade.

― Você ficou linda nesse vestido. – Sua mãe dizia.

― Obrigada, a senhora também está linda de azul.

― Estou vendo que gostou desse trabalho e ele cai, como uma luva, para você. Veja que ambiente lindo você montou.

― Sim mamãe, mas não montei sozinha, Roger é que pensa mais em tudo, ele é maravilhoso. Aprendo tanto com ele a cada dia. E a cada dia vejo como ele é uma ótima pessoa.

― Que bom querida. Seu pai e eu estamos muito felizes por você. Não é querido?

― Sim claro, felizes e orgulhosos. – Seu pai se inflava e sorria.

― Obrigada, amo vocês.

― Também te amamos filha.

Na hora da apresentação da tal atração, Ronald subiu ao palco e disse que havia preparado uma surpresa para sua esposa, mas precisaria de uma ajuda para torna-la real.

― Gostaria de chamar minha futura nora, Carolina e meu filho, Edward ao palco, por favor. – Carol ficou surpresa, não sabia o que Ronald pretendia. Ela caminhou até o palco, o microfone de Ronald foi cortado. – Ed me disse que você canta muito bem, ele toca alguns instrumentos, preciso que faça um dueto comigo.

― O que, eu?

― Sim, meu filho e eu já ensaiamos, você conhece a música.

― Conheço?

― Claro. Basta acompanhar, vai ser fácil. – O microfone de Ronald fora aberto novamente. – Carmem, meu amor, mais uma vez eu te escolhi e irei te escolher sempre. Estou mais uma vez com você e por mais uma vez minha felicidade está completa, sem você sou apenas a metade. Essa é para nós. – Ronald olhou para o filho. – Ed, é com você filho. – Ed olhava pra Carol que estava assustada, ele mostrava pra ela como ela devia respirar para se acalmar ele olhava para ela e sorria, aquela cena parecia familiar, aos poucos a menina se acalmou, ver Ed a olhando daquela maneira, todo encantado como da vez que se apresentaram juntos. Era maravilhoso. Por uns instantes ela se perdeu em seus olhos azuis, Ed piscou e sibilou a ela que a amava, ela sorriu, respirou fundo, leu o papel que Ronald havia entregue, ainda bem que ela conhecia a canção, Ed começou a tocar e Ronald iniciou a canção, Carol o acompanhou e juntos fizeram um belo dueto da canção Cruisin’. Carmem se emocionou, era a canção do casal, que eles cantavam quando eram jovens. Ronald entregou a canção para que Carol a terminasse e foi dançar com sua esposa, estavam apenas Carol e Ed no palco, eles trocavam olhares apaixonados e sorrisos carinhosos. Um só tinha olhos para o outro, não havia mais ninguém ali, só os dois. Quando a canção chegou ao fim todos aplaudiram, Carmem agradece a bela surpresa e agora uma banda, contratada por Ronald, agora assumia os vocais.

― Você estava perfeita. Amo ouvir você cantar.

― Eu amo ouvir você tocar. Por que não faz isso sempre?

― Não sei. Quem sabe não faço sempre só para você.

― Seria perfeito.

― Ah Ca-carolina, como me senti bem lá com você, me vi adolescente de novo. E continuo te amando tanto quanto naquela época.

― E eu a você.

― Eu sei, posso ver nos seus olhos. – Ele disse a pegando para si e a beijando. Acabaram não ficando só no beijo, conseguiram escapar da festa e foram para um quarto qualquer da casa. Voltaram apenas na hora de partir o bolo. Mel havia ficado com Maria e Osvaldo que estavam felizes por matarem as saudades da netinha. Roger estava satisfeito por mais uma festa bem sucedida e os convidados no fim saíram felizes pela bela festa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Até o próximo. ^.^



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