Em um segundo escrita por Carol


Capítulo 12
Capítulo 12 - Fotografias


Notas iniciais do capítulo

Pela demora na postagem, por conta das festas, capítulo extra.
Boa leitura e feliz ano novo para vcs. ^.^



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― Preciso ir para casa.

― Não princesa, hoje não, fica comigo hoje, por favor.

― Tudo bem, mas deixa eu avisar a Gabi. – Carol pegou seu celular e ligou para a amiga.

― Oi Carol e ai? Tudo bem entre vocês?

― Sim, tudo ótimo até.

― Me conta tudo, estou curiosa quero saber tudo, tudinho, tudo mesmo! – Gabi parecia eufórica.

― Vou contar, mas não agora, por enquanto quero avisar que passarei essa noite aqui. Depois conversamos.

― Então só iremos conversar depois do fim de semana?

― Fim de semana? – Carol perguntava confusa.

― Sim, hoje é sexta, esqueceu? Eu vou para os meus pais, então nem precisa mesmo voltar pra casa.

― Ah, eu tinha esquecido.

― Nem posso imaginar por que esqueceu... – Gabi dizia em tom de sarcasmo.

― Besta. – Carol resmungou. – Então sim, irei te contar só depois do fim de semana, Domingo à noite você estará de volta?

― Sim.

― Então conversaremos depois, beijos amiga, te amo.

― Beijos, te amo mais e curta muito seu boy.

― Ah vou curtir mesmo. – Carol sorriu e Gabi sorriu já desligando.

― E então, ela implicou?

― Não, hoje é sexta e ela vai para a casa dos pais, eu esqueci desse detalhe. – Carol dizia passando a mão pela cabeça.

― Hum então isso significa que você é só minha por todo o fim de semana? – Ed dizia bastante animado e de maneira sedutora.

― Acho que mais ou menos. – Ela respondeu.

― Como assim, “mais ou menos”. – Ele a imitou e ela riu.

― Você vai ter que me dividir com mais alguém.

― Mais alguém quem?!

― Acho que se esqueceu da Melina.

― Ah! É verdade, mas você me deixou bastante assustado Ca-Carolina.

― Ah, você nunca vai esquecer isso?

― Nunca! Foi ali que eu me apaixonei por você, como posso esquecer?

― Hum, se é assim tudo bem então. – Ela disse baixinho. – Eu te amo, seu bobo.

― Também te amo Carolzinha. – Ed a beijou com carinho. – Acho que deve estar com fome, eu me lembro muito bem do seu apetite, que tal comermos alguma coisa? Já matamos aula por hoje mesmo, vamos aproveitar.

― Mas a Mel está dormindo.

― Ela vai dormindo mesmo, não tem problema.

― Então vamos, estou mesmo com fome.

― Mas antes preciso arrumar as coisas da Mel que temos que levar.

― Posso ajudar?

― Claro. Tem sobre a mesa um potinho lá tem as medidas de leite e açúcar, você coloca pra mim, por favor, pode abrir os armários que você encontra tudo, eu vou trocar a fralda dela, vesti-la e volto pra te ajudar.

― Tudo bem. Mas acho que não vou precisar de ajuda pra fazer isso, não sou tão tapada.

― Não é isso, meu amor. Eu preciso ver se Dudu deixou a papinha dela pronta para poder levar.

― Ah tá se é assim, tudo bem então.

Ed beijou Carol e foi cuidar de Mel, a menina estava meio perdida já que não sabia onde ficavam as coisas, era a sua primeira vez naquela casa, ela achou o potinho que Ed havia falado e começou a procurar as coisas, achou três tipos de leite diferente e se sentiu realmente tapada, pois estava precisando de ajuda, ela respirou fundo e por orgulho não chamou por Ed, ela colocou o açúcar e ficou decidindo entre qual leite iria ali, ela lia a embalagem de um, leu a do outro, depois a do terceiro, cada um informava uma coisa que de fato uma criança necessita, imaginou que era para misturar os três, mas não sabia ao certo se poderia fazer aquilo.

― Se cada um deles possui uma coisa que uma criança precisa, por que não fazem um único leite que tenha tudo?! – Ela disse sozinha e ouviu uma risada vinda de trás dela. Carol sentiu seu rosto queimar, estava vermelha e já ficava roxa de vergonha. – Droga, sou mesmo tapada. – Ela baixou a cabeça bufando em seguida.

― Não é não, isso é confuso mesmo. Não é para misturar os três, mas vamos levar esse aqui. – Ed apontou para a lata do meio. O pediatra indicou um para cada hora diferente. Esse aqui é o da manhã, esse outro é o da tarde, o que levaremos é esse, é o da noite.

― Hum, isso é muito difícil, achei que um leite só pudesse servir para tudo.

― Eu também achava isso, mas acho que não é bem assim.

― Mas deixa que eu coloco então. – Ela murmurou se sentindo burra.

― Ah não fique assim, eu deveria ter te falado, a culpa foi minha.

― Você a arrumou muito rápido. Não era para ter me visto passar por isso.

― Então, sobre isso, eu não consegui.

― Não conseguiu o que?

― Arrumar ela. Eu não sei o que vestir nela.

― Sério?

― Sim, quem arruma ela geralmente é a Dudu e ou minha mãe quando estava aqui, eu sempre pego as roupas já separadas, mas hoje não estão, então não sei o que vestir nela, me ajuda?

― Claro! – Carol disse anima.

Ela escolheu um belo vestido azul para a menina, ajudou Ed a vestir Mel que já estava acordada e sorrindo, ela brincava com os pés e sorria bastante, Ed fazia cócegas na barriga da filha o que a fazia gargalhar, eles arrumaram uma bolsa com algumas coisas da menina, caso o tempo mudasse, colocaram a papinha e o pote com leite e açúcar. Tudo estava ajeitado.

― Pronto, podemos ir, deixa só eu pegar as chaves do carro e meu celular.

― Tudo bem. – Carol segurava Mel no colo. – Ah antes de irmos será que podemos passar na minha casa, preciso pegar umas roupas, só tenho essa que estou vestida.

― Claro, vamos sim... Droga! – Ed exclamou.

― O que foi?

― Eu esqueci completamente que tinha que ir trabalha! Meu pai já me ligou mais de dez vezes. Merda. Desculpa amor, preciso ligar pra ele ou ele manda a polícia atrás de mim. – Edward dizia já ligando para o pai.

― Onde diabos você está?! – O pai berrava do outro lado e Carol conseguia ouvir, já que Ed deixou no viva voz.

― Desculpe pai, eu estou em casa, aconteceu uma coisa e eu não pude ir, esqueci de avisar.

― O que aconteceu, alguma coisa com a Mel?

― Não pai, foi uma coisa muito boa na verdade. Pode descontar o dia, nem me importo.

― Seu idiota! O que aconteceu de tão importante para você esquecer de vir trabalhar?! Se fosse qualquer outro empregado eu...

― Eu encontrei a Carol!

― What, Who? Wait! Carol, Ca-Carolina?! – Ronald ficou nervoso e começou a falar em inglês.

― Sim, essa mesma, mas, por favor, volte ao Português. Nós nos encontramos, finalmente e estou com ela agora. – Ed disse animado.

― I can’t believe! Carmem! Carmem! – O homem gritava desesperado.

― Está com a mamãe? Você não está no trabalho?

― É bem, estou almoçando com sua mãe nesse momento, estamos resolvendo alguns assuntos.

― Uhum sei, assuntos.

― Não seja abusado, moleque. Espere Carmem, vou passar pra você, espere um momento woman....

― O que, o que aconteceu? – Carmem perguntava ao filho. – Melina está bem?

― Sim, ela está, é só que eu encontrei Carol e...

― O que? Traga ela aqui agora, quero conhece-la! Não acredito, Ronald eles se encontraram, finalmente, ele achou a Ca-Carolina dele! Estamos esperando por vocês hoje, venham jantar em nossa casa... Digo, na casa do seu pai. Não acredito, Ronald eles se encontraram, nossa ah meu amor, estou tão feliz por nosso filho.

― Carmem você desligou esse telefone?

― Droga, não!

― Então desligue! Você falou demais. What a woman, my god!

Ed ficou confuso com a ligação, nem conseguiu dizer o que queria, mas ele gargalhava. Finalmente seus pais haviam se acertado novamente.

― Você ouviu isso? – Ele perguntou à Carol.

― Sim.

― Eles são loucos.

― Não, eles estão apaixonados e felizes, como nós. Mas eu não esperava conhece-los assim tão cedo... Estou nervosa.

― Não fique. Se não quiser, não vamos.

― Acho que não ir será bem pior que ir.

― É, você está certa. Vamos almoçar, passaremos o resto do dia juntos, nós três e à noite vamos até a casa dos meus pais. Mas antes, quero conhecer a sua casa e você pega as roupas que quiser, pode até pegar logo tudo que já facilita a minha vida.

― Ed...

― Tá, eu sei, tem a Gabriele.

― Então Mel, quer conhecer onde eu moro? – Carol perguntava e a menina balançava a cabeça. – Vamos conhecer a minha casa? Então vamos lá, você é uma menininha tão linda, parece muito com seu pai, sabia disso? – Mel balançava a cabeça, mais para fazer graça, já que ela não entendia nada daquilo mesmo.

― Coloca ela na cadeirinha pra mim? – Ed pediu e Carol se inclinou colocando a menina sentadinha na cadeirinha do carro, Ed prendeu os cintos na menina, abriu a porta para que Carol entrasse e seguiu até o lado do motorista. – Então me diz, para onde devo ir?

― Sempre em frente.

― Tudo bem.

Não durou mais de dez minutos da casa de Ed a casa de Carol, o rapaz tirou Melina do carro e seguiu Carol até a entrada.

― É aqui que eu moro.

― Vocês conseguiram uma boa casa. – Ele comentou observando a casa por fora.

― Sim, também achei, mas nós demos sorte, vamos entrar. – Carol foi mostrando cada canto da casa para Edward e Mel que apontava para toda novidade que via. – Então, esse é o meu quarto. – Carol mostrou abrindo a porta do mesmo. Ed ficou impressionado com a quantidade de fotos que a menina tinha no seu mural e muitas daquelas eram dele.

― Meu amor, essas fotos...

― Sim, você nem chegou a vê-las, fique à vontade.

Ed deixou Melina caminhando pelo chão e foi olhar as fotos.

 ― Ah eu me lembro desse dia, nossa foi tão divertido, estávamos recriando as cenas de filmes românticos em Paris.

― Sim.

― Nossa essa está perfeita. Mas essa aqui também. – Ele olhava cada uma com muita atenção. – Essas eu não lembro...

― Essas eu tirei durante minha terapia, foi uma sugestão do José, meu Psicólogo, para que eu saísse mais de casa, ele propôs que eu fizesse algo que eu gostava e há muito não fazia, disse para eu começar pelos pontos turísticos da minha própria cidade, então eu fiz isso e sempre que vinha para São Paulo também, eu quando vinha tirava fotos e as catalogava colocando dia e hora em que estive no lugar, caso eu te achasse em alguma delas eu saberia quando foi, mas nunca tive essa sorte.

― Nossa que trabalho lindo esse! Estou realmente impressionado.

― Mamama... Papapa... – Melina dizia e sorria balançando algo em suas mãos.

― Ah ela achou meu presente. – Carol sorriu.

― Você ainda o tem?

― Claro, foi um presente que você me deu, óbvio que eu ainda o teria.

― Mel, assim você quebra o presente que eu dei à sua mãe. Dá aqui pro papai. – Mel gritou e não queria soltar. – Você vai se machucar desse jeito, seja boazinha filha.

― Acho que assim você não vai conseguir.

― Tem uma ideia melhor, princesa?

― Sim, quer ver? – Carol desafiou e Ed aceitou. – Ela pegou um urso de pelúcia que tinha dentro de seu armário, mostrou para a criança que sorriu e gritou feliz.

― Bubububu... – A menina disse e caminhou até Carol, a troca foi imediata. Mel entregou o porta retrato e segurou o ursinho já o abraçando e o tomando como se fosse dela.

― Você conseguiu, foi bem fácil e ela ainda está muito feliz, mas acho que perdeu seu urso.

― Não tem problema, ela está feliz com ele, isso que importa, ele já me fez feliz um dia, estava dentro do armário, acho que agora é hora dele fazer outra pessoa feliz.

― Obrigado.

― Pelo que?

― Pelo presente que deu a Mel.

― Sério? – Ed não entendeu a pergunta. – Me sinto como uma estranha dando algo a ela.

― Desculpe. Por favor desculpe.

― Tudo bem, dessa vez passa.

― Droga, sou um idiota, digo a Mel que você é a mãe dela, ela te vê assim e eu ajo dessa maneira?! Que fora acabei de dar. Me sinto mal. De verdade.

― Deixa, como eu disse, dessa vez passa, mas não repita. – Carol mostrou a língua para Ed e o abraçou em seguida. – Bobo. Só quero vê-la feliz, não precisa agradecer por cada vez que eu a mimar.

― Te amo, princesa.

― Te amo mais.

Mel brincava feliz com seu novo brinquedo, Ed voltou a olhar as fotos de Carol e as outras mais que ela tinha guardado, Carol separava suas roupas e colocava em uma bolsa, separou também seu material para a aula da próxima semana. Com tudo arrumado eles deixaram a casa e seguiram para o almoço.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Amanhã tem mais. ^.^



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