Em um segundo escrita por Carol


Capítulo 11
Capítulo 11 – Papai e Mamãe


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, mais um capítulo, boa leitura a todos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/747575/chapter/11

― Não, não pode ser, mas eu não... como? – Carol estava espantada e Melina se aconchegou no colo da moça e parecia que ia adormecer. Carol tremia e não sabia o que estava havendo ali. Quando Melina finalmente adormeceu, Ed a retirou do colo de Carol e colocou a filha no berço.

― Vamos sair. Eu explico. – Carol olhou todo o quarto da menina e deu uma última olhada na pequena, antes de sair ela passou a mão sobre os cabelos ruivos da menina, com carinho, observou que havia um porta retrato com uma foto sua e de Ed sobre uma cômoda no quarto da menina, Carol sorriu e saiu deixando Mel dormir.

― Ela me chamou de ma...

― Mãe? –  Edward completou.

 ― Isso...

― Sim. Ela te chamou de mãe, ou a menos tentou. – Ed dizia sorrindo;

― Mas, por que?

 ― Eu digo a ela que você é mãe dela. Mostro suas fotos a ela sempre, sempre e sempre e ensino ela a dizer que você é mãe dela. Isso é muita loucura?

― Eu disse a ele que não era certo, disse que você não gostaria disso, mas ele é cabeça dura. – Dulce dizia ralhando com o rapaz, mas sua voz ainda estava embargada por ter chorado minutos antes.

― Dudu, deixa a Carol falar, não influencia não! 

― Por favor, só um momento eu preciso assimilar, é muita coisa, quase quatro anos foram jogados na minha frente de uma só vez e agora tenho uma surpresa dessa. Ed, o que fez não foi certo. Melina um dia vai saber quem é a mãe dela. Eu não tenho esse direito, eu não posso assumir assim o lugar de única mãe dela, claro que eu adoraria que ela me chamasse de mãe, mas só se ela quiser e não por que você a doutrinou assim e ela precisa saber quem é a mãe dela de verdade.

― Eu entendo tudo isso. Mas me pede tudo, menos que Mel conheça a praga da mãe dela. Eu nunca vou deixar minha filha se aproximar dela. Nunca.

― Mas e se Mel quiser ver a mãe um dia, depois que ela crescer? Você vai proibir? Ed seja sensato, acho que você precisa pensar nas coisas que faz antes que suas atitudes gerem grandes problemas a você.

― Eu mais do que ninguém já deveria ter aprendido isso, foi por causa de uma atitude estúpida que tive que estarei ligado a Joana a minha vida toda. Eu vou pensar, prometo a você, mas não vou levar minha filha no presídio.

― Com licença meus anjos. – Dulce dizia. – Mas o leite da Mel está quase no fim, preciso sair para comprar mais, tudo bem?

― Tudo bem Dudu, ficaremos bem com a Mel, pode deixar. – Dulce se despediu e saiu deixando o casal conversar sozinhos, ela havia inventado uma desculpa para isso, já que havia leite suficiente para a menina.

Ed olhava para Carol e parecia estar hipnotizado e Carolina por sua vez olhava para Edward da mesma maneira.

― Você está tão linda, princesa. Gostei bastante desse corte de cabelo, seus cachinhos aparecem mais – Ele dizia segurando um dos cachos do cabelo da menina e desceu a mão até o rosto dela. – Seu rosto continua o mesmo, tão lindo e seu sorriso então, meu Deus. – Ele tocava com carinho nos lábios dela. – Parece um sonho ter você aqui comigo. Você está com um corpo maravilhoso. – Ele disse de maneira saliente exaltando as novas formas da menina e passando a mão pelos lugares que chamavam atenção, seus seios estavam maiores e ela tinha mais voltas pelo corpo, ela havia virado uma mulher de fato.

― Você também mudou e eu gostei, essa barba fica bem em você. – Ed mantinha uma barba cerrada que o deixava bastante atraente e ela acariciava o rosto dele. – Seu cabelo está mais comprido, quase do mesmo tamanho que o meu. – Ela riu, acariciando os cabelos dele. – Seu corpo também mudou, sabia...? Está mais forte e mais alto também. – Ela continuou acariciando o rapaz.

― Você continua do mesmo tamanho.

― Bobo.

― É verdade. – Ele riu. – Posso te prender e nunca mais te soltar? Não quero correr o risco sabe... – Carol assentiu e Ed a envolveu em seus braços.

― Eu te amo e não pretendo ir a lugar algum, a não ser que você vá comigo. – Carol dizia.

― Vem morar comigo? – Ele perguntava.

― Oi? – Ela parecia não entender a pergunta tão repentina.

― É, vem morar comigo.

― Ed, veja bem o que me propõe, eu acabei de me mudar com a Gabi, não posso deixar a garota na mão, dividimos o aluguel da casa e...

― Você continua a pagar, só sai de lá e vem morar comigo. Por favor.... – Ele juntou as mãos como se implorasse.

― Não sei, preciso pensar, mas prometo passar mais tempo aqui do que em minha casa por enquanto.

― Carol, você está brincando com fogo.

― Por que? – Ela perguntava.

― Você está me negando algo muito importante, estamos longe um do outro faz quase quatro anos, eu não quero mais sair de perto de você, nem por um segundo. – Ele dizia muito sério.

― Mas eu também não quero isso, quero você, isso é fato!

― Então... Por favor, vai.

― Preciso conversar com a Gabi. Tudo bem assim?

― Mais ou menos. Se essa Gabi embarreirar o que acontece?

― Ela não vai embarreirar. Ela vai entender.

― Então, isso é um sim?

― É um talvez.

― Talvez mais para sim? – Ele implorava uma vez mais.

― É, mais para sim. – Ela respondia. – Eu não resisto a você, acho que foi assim desde o primeiro dia.

― Ah Ca-Carolina, você me encanta sempre. Olha, eu nunca o tirei, guardei a sua sorte comigo. – Edward mostrava seu colar à Carol.

― Nem eu abandonei a sua, ela sempre esteve comigo, me acompanhando sempre. – Carol erguia o pulso e mostrava sua pulseira a Edward.

O rapaz virou Carol de frente para ele fazendo com que ela se sentasse em seu colo, ele a olhou nos olhos e sorriu, beijou sua testa, seu queixo e seus lábios, acariciou os cabelos da menina, sem para de beijá-la.

― Sei que ainda temos muitas coisas para conversar, mas nesse momento não consigo tirar minhas mãos de você. Estou tão canso de tanta espera que não posso mais esperar um segundo para ter você por completo em meus braços. Alguma oposição quanto a isso? – Ele perguntou e sorriu, Carol fez que não com a cabeça.

― Espera, tem a Dulce?

― Ela não vai mais voltar hoje.

― Como não, se ela só foi comprar leite.

― Eu trouxe leite ontem, porque ela mesma me pediu, a não ser que ela já esteja ficando caduca, o que acredito que não seja isso, então, foi apenas um pretexto para nos deixar a sós. Bem, nem tanto a sós assim, por que Mel está no quarto, mas ela está dormindo e não vai acordar tão cedo.

― Então não me oponho a nada.

Ed levou Carol em seu colo para seu quarto, ele beijou os lábios de Carol mais uma vez, tocava sua pele com delicadeza e Carol deslizava os dedos sobre o corpo do rapaz como se estivesse lendo cada parte do corpo dele com suas mãos. Ele soltava as alças da roupa dela e retirava-lhe a blusa, com carinho e cada peça que despiam-se um beijo apaixonado era trocado. Depois de uma longa espera o casal se amou e daquela vez foi tudo diferente, pois tinham a certeza de que não iriam se separar depois de alguns dias, estavam juntos finalmente, em uma mesmo lugar em um mesmo tempo e parecia que nada poderia dar errado.

Estavam abraçados ainda deitados, Ed beijava o ombro de Carol e ela acariciava o braço dele que envolvia seu corpo.

― Você que escolheu o nome de sua filha?

― Sim, você gosta?

― Sim, eu acho lindo. Acho lindo também ela se parecer com você. E ela também é muito alegre. Gostei da Dulce também, ela é sensata. E realmente, ela não volta mais hoje.

― Não mesmo. – Ed sorriu.

― E você, conseguiu um irmão?

― Não, meus pais estão sozinhos novamente. Na verdade, a coisa está estranha, meu pai se separou daquela namorada que ele tinha, pois ela insistia querer filhos e ele não queria de jeito algum. Uma vez ele me confessou que a única mulher com quem ele teria mais filhos seria minha mãe, como estavam separados o único filho seria eu mesmo por que eu era dela, preferi não comentar nada, não me meter nos assuntos deles. Minha mãe se separou também do namorado logo quando Mel veio morar comigo. Ela estava sempre aqui e me ajudava bastante, dizia querer ficar próxima à neta, mas a casa é pequena demais para tantas pessoas, ela estava desconfortável, mesmo eu a deixando dormir em meu quarto e ficando na sala, já que Dulce dorme no quarto com a Mel. Só sei que ela decidiu sair do Rio, deixou o apartamento dela vazio e voltou para São Paulo de vez, só que ela foi morar na mesma casa do meu pai. Ela alegou q lá era mais confortável e que ficaria perto da neta, já que eu levo Melina lá todos os fins de semana. Eu desconfio que eles voltaram, mas nunca pergunto nada, eu agora vejo os dois sempre, trabalho com meu pai, consegui entender um pouco ele agora. Tanto ele, quanto minha mãe. – Ed fez uma pausa e respirou fundo. – Sabe, quando somos jovens não entendemos muitas coisas que os adultos fazem, achava meu pai ausente, mas eu também não o procurava, hoje trabalhando com ele vejo o duro que ele dá todos os dias, minha mãe a mesma coisa, tanto que quando ela soube de tudo que havia acontecido comigo deixou o emprego e mudou toda a sua vida, vejo meus pais sempre nos fins de semana e acho que somos uma família agora.

― Isso é muito bom. É sempre na família que nos apegamos e sempre será nossa família que irá nos ajudar a segurar nossa barra, eu sei bem como é isso.

― E seus pais, como estão agora que está aqui?

― Eles no começo não aceitaram a coisa nada bem. Também, eu armei. –Ela disse com um ar maroto de quem fez besteira.

― Armou? Armou o que?

― Minha vinda pra cá, eu disse a eles que havia me inscrito em todos os vestibulares da minha cidade, quando a verdade foi que só me inscrevi pra cá. Eu me dediquei muito para estar aqui, quando coloquei na cabeça que era pra cá que eu viria se tornou meu objetivo, o curso eu já sabia qual era, então estudei, fiz curso de inglês e falo fluentemente e espanhol e o francês eu falo bem. Então eu consegui passar, quando contei aos meus pais, eu disse que só havia passado pra cá, mas eles não acreditaram e eu acabei contando a verdade, eles de início me impediram, mas depois viram que o melhor era me deixar vir. Combinei com Gabi e ela arrumou uma casa bem legal para nós, viemos com nossos pais ver o local, todos concordaram e alugamos a casa, essa é a segunda semana que estou aqui. Eu sabia que você estaria aqui, sabia que nos encontraríamos de novo.

― Ah minha princesa, você fez tanto sacrifício para me encontrar que eu acho que não fiz nada, mas eu não saí da minha cidade por que eu sentia que seria aqui que nos encontraríamos. Eu lembrava sempre das nossas conversas e do quanto eu dizia que viria estudar aqui. – Ed fez uma pausa, acariciou e beijou Carol. – A nossa história foi complicada.

― Sim, bastante até, mas agora tudo vai ficar bem. Não saio do seu lado, nunca mais. E se você deixar, eu quero ajudar a cuidar da Mel. – Edward abriu seu maior sorriso.

― Claro! Isso é tudo que eu quero, você sempre comigo e com a Mel.

― Qual a idade dela? – Carol perguntou.

― Daqui pouco mais de um mês ela irá completar um ano.

― Que legal, faremos uma festa bem bonita então. – Carolina sorriu e Edward a beijou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Valeu, até o próximo. ^.^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em um segundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.