Dandara escrita por Dani Uchiha


Capítulo 4
Peter




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Alguns dias tinham se passado deis do desaparecimento de Peter e para Dandara foram dias de sofrimento extremo a falta que sentia de Peter não a deixava comer ou fazer qual quer outra coisa, não sentia fome e se sentia extremamente deprimida. Nem mesmo Senna conseguiu animar sua amiga.  Até mesmo quando a levou para passear o que no fim não foi uma boa ideia uma vez que tentaram atacar a princesa.  E como se não basta-se o problema que vinham enfrentando com o estado de Dandara!  August e Elena estavam preocupados com o estado de Wer o reino não aguentaria mais manter seus aldeões a comida estava começando a ficar escassa até mesmo os medicamentos estavam se esgotando. 

— Meu amor eu estou começando a pensar que se a Dandara se casar...

— August eu sei que essa é a nossa única saída no momento, mas Dandara está tão sensível, como vamos pedir isso a ela? Ela só tem 16 anos! Devemos por tantas responsabilidades assim nas mão dela?

— Eu sei Elena, estou tentando achar outra solução mas não sei.

— Meu rei.

— O que você quer Marta?

— O príncipe Felipe está o aguardando na sala ele veio para ver a Dandara.

— Elena tente fazer com que nossa filha desça por favor.  Enquanto isso receberei o Felipe.

— Claro, mas antes vou com você receber o príncipe.

 Elena e August foram até a sala para recebe-lo, Felipe sorriu ao vê-los cumprimentou primeiro Elena e em seguida August que o convidou a se sentar, Elena iria se retirar quando ouviu Dandara e Senna descendo as escadas conversando. Senna parecia ter contando-lhe algo engraçado já que Dandara sorria abertamente, Felipe a olhava descer escadas com um lindo sorriso em seus lábios, com seu cabelo preso em um lindo rabo alto e alguns cachos soltos usando sua roupa preferida sua roupa que usava sempre para montar, ou treinar, uma calça preta botas e uma discreta camiseta branca. Dandara parou no terceiro degraus antes do final da escada ao perceber um jovem rapaz a olhando. Seus olhos se encontraram por alguns segundos, segundos suficientes para fazer o coração de Dandara acelerar levemente. Seus olhos percorreram rapidamente aquele jovem rapaz que a encarava veemente com um largo sorriso em seu rosto, seus olhos azuis eram penetrantes, seu cabelo castanho sua boca levemente rosada, por um breve segundo Dandara o achou encantador a ponto de sorrir mesmo que minimante de volta para ele.

—Filha eu já ia mesmo busca-la.

— Majestade consegui convencer a Dandara a sair um pouco, a convenci a cavalgar.

— Obrigada Senna, já estava ficando agoniada em te ver enfurnada naquele quarto.

— Minha filha os modos, temos visitas. — August a repreendeu já que ela avia parado na escada e não se mexeu mais, Dandara sacudiu sua cabeça discretamente e continuou a descer, caminhou até o rapaz e então estendeu sua mão para cumprimentá-lo, Felipe a segurou a beijando.

— Filha esse é o Príncipe de Jade Felipe. Felipe essa é Dandara minha filha.

 Ao se dar conta de quem se tratava Dandara puxou sua mão rapidamente de forma grosseira, Felipe a olhou sem entender sua atitude, os olhos de Dandara que alguns minutos atrás tinham ganho vida, que tinham uma certa alegria, agora estavam carregados de raiva e ódio.

— O que ele está fazendo aqui?! Quero que o mandem embora agora mesmo!

— Dandara! — August a repreendeu ao ouvi-la tão exaltada.

— Minha filha ele veio te ver, acalme-se por favor.

— Trouxe para você um presente, soube que não estava bem de saúde eu quis fazer uma visita.

— Eu não quero seu presente idiota!

 Dandara bateu na mão de Felipe derrubando o presente que ele estendeu para ela o pegar, seus olhos voltaram a se encontrar novamente e agora o olhar que Dandara retribuiu a ele era um olhar agressivo. O empurrou para o lado e saiu do castelo ignorando os chamados de seus pais para que ela fica-se.

 — Se me permitem eu gostaria de ir atrás dela!

— Talvez não seja uma boa ideia.

—Não Elena, deixe-o ir Dandara precisa parar de fazer sempre o que quer! Vá Felipe provavelmente ela está nos estábulos siga a direita até o fim.

 Felipe saiu do castelo imediatamente ao chegar nos estábulos viu Dandara sair cavalgando as presas, Felipe pegou um dos cavalados que estava selado e foi atrás dela a alcançou já no campo de tulipas.  Felipe colocou seu cavalo diante do dela a fazendo parar.

— Saia da minha frente!

— Porque você está tão nervosa? — perguntou a olhando, seu tom de voz era doce e calmo, mas nem mesmo tanta delicadeza foi capaz de calmar Dandara que franziu a testa o olhando.

— Você é uma pessoa horrível, um monstro.  Você, você...

— Eu o que?

— Você matou o meu amigo! — esbravejou com os punhos serrados.

— Eu fiquei sabendo à respeito dele, mas no meu reino ele não apareceu. Eu não o matei.

— Eu não acredito em você!

—Pois deveria, afinal vamos nos casar.

— Eu não vou me casar com você! Hoje e nem nunca!

 Dandara desceu de seu cavalo iria seguir a pé Felipe fez o mesmo estava seguindo-a mesmo contra a vontade dela, o tempo todo ela pedia para, parar de ser seguida mas Felipe não parecia se importar com os xingamentos e ofensas direcionadas a ele.  Dandara aproveitou um pequeno momento de distração de Felipe para embrenha-se na mata, correu pela floresta e se deparou com uma caverna escondia entrou nela sem hesitar sua entrada era completamente e coberta por cipós e galhos viu quando Felipe passou chamando por ela, mas ela não respondeu, aproveitou para explorar a caverna havia um pequeno e discreto lago ali dentro. O lugar era confortável e com algumas iluminações.  Sorrindo ela decidiu que ali seria o seu novo refúgio. Após algumas horas escondida ali Dandara decidiu sair, sorriu ao se dar conta de que Felipe não estava mais ali, nem ele e nem seu cavalo.

 — Droga! Agora terei que voltar andando. Mas tudo bem.   

 Dandara começou a caminhar na trilha que fizera com seu pai quando criança para nunca se perder na floresta, em pouco tempo Dandara já podia ver o castelo já podia ver a casa de Peter, sentiu seus olhos húmidos lagrimas o evadiram, uma dor imensa tomou conta de seu peito. Se viu diante de seu passado, das lembranças do tempo em que corria por ali, com Senna e Peter, lembrou-se das diversas verses em que ela e Peter nadaram no lago ali perto.

—Eu não vou chorar mais Peter, eu prefiro acreditar que você está vivo, vivo por ai e que algum dia, não sei como de alguma forma você vai voltar pra mim! Você vai voltar pra mim, você tem que volta Peter por favor!

 Dandara enxugou suas lagrimas, respirou fundo, sabia que precisava ser forte seguiu para castelo e logo ao entrar em casa foi repreendida pelos olhares de reprovação de seu pai.

— Dandara o que foi tudo aquilo?

— Agora não pai!

— Agora sim Dandara! Não foi assim que eu e sua mãe te educamos!

— Eu não teria reagido daquela forma se você não tivesse convidado ele para vir aqui.

— Eu não o convidei, ele soube do seu desanimo e quis te fazer uma visita. E filha você sabe que o casamento de vocês é a solução para salvar o nosso reino. Você sabe que eu não te colocaria nessa situação se eu não tivesse certeza de que ele é uma boa pessoa.

— Como você pode ter certeza de que ele é uma boa pessoa em pai! Você se quer o conhece, não conviveram para ter essa certeza.

— Ele é,  eu sei porque ele...

 August hesitou por alguns instante em dizer algo a sua filha, um pouco mais e ele contaria a ela que Felipe salvou sua vida, um pouco mais e ele contaria o que tanto queria esconder, não queria ter que preocupá-la com isso.

— Então pai?

— O que está acontecendo entre vocês dois! Eu pude ouvir a gritaria do lado de fora do castelo. Filha por favor não falte com o respeito ao seu pai.

—Me desculpa mãe!

— Passe menos tempo se desculpando querida. Vá até seu quarto quero que releia todo o livro da ordem real, quero que relembre o que é ser da realeza.

— Mas mãe! Aquele livro é enorme e também ele não é tão agradável de se ler.

— Às vezes ler e ouvir certas verdades não são agradáveis mais necessárias.

 Dandara praguejou algo mas subiu seguindo a ordem de sua mãe. Não queria nem um motivo a mais para brigar com seus pais, entendera que ultimamente tem acontecido muito isso, procurando pelo livro Dandara rapidamente passou o olhar sobre o livro que sua mãe costumava ler para si enquanto criança.  O pegou em sua mão, aquele belo livro acinzentado. “Alva” Leu sobre a capa aquele nome escrito em dourado tornava o livro ainda mais atrativo porem entendia que  o que precisava ler no momento não era aquele, mesmo tendo anos que não o lia.  Se por um lado Dandara sentia-se entediada lendo o livro sobre a realeza, por outro Felipe buscava concelhos que o fizesse agradar Dandara de alguma forma. E para tal ato decidiu procurar por sua irmã a quem pediria ajuda.

 — Felipe você já voltou?

— Sim Lara... — respondeu vago e claramente desanimado.

— O que foi? Porque está assim. Por acaso a princesinha caprichosa de Wer não aceitou o seu presente?

—Não fale assim dela, quando a conhecer vera que ela é uma pessoa maravilhosa.

— Não me parece que ela seja, uma vez que te trata tão mal. Logo você que é uma das pessoas mais bondosas que eu conheço.

— Ela não quer se casar Lara!

— Você precisa entende-la, eu também não ficaria feliz em ter um casamento assim, por acordo, ela deve estar se sentindo uma moeda de troca.

— Mas eu amo e a proposta de ajudar Wer é só porque soube das dificuldades que eles vem enfrentando. Lara você sabe que me apaixonei por ela no mesmo instante que ouvi seu pai dizer coisas incríveis sobre ela, mesmo sem conhece-la, eu acabei me apaixonando.     

— Eu sei disso mas e ela?! Ela não me parece querer saber. Eu devia ter ido a festa dela, como vocês me sugeriram eu teria a conhecido e então talvez eu entende-se como você pode ama-la tanto. Mas eu não queria deixar nossa mãe sozinha. Não com ela doente como estava.

— Você terá muito tempo com ela quando nos casarmos.

— Penso que talvez isso não aconteça Felipe, veja quantos dias já se passaram deis de que você enviou o pedido, eles se quer nos deram uma posição. E você sabe que o pai da Rita quer que vocês se casem.

— Eu já mais vou me casar com a Rita já mais.

— Vocês pareciam se gostar quando crianças.

— Éramos duas crianças e eu um idiota, não sinto absolutamente nada por ela, meu coração já pertence a outra.

— Se você está dizendo... agora; onde está o colar da Mamãe que você levou par dar a ela?

— Está aqui. Pode ficar, me desculpe ter te pedido essa joia de família. Ela deve ser sua.

— Não se desculpe eu achei valida a sua intenção de dar algo tão importante a ela, só não era o momento.

— O que você acha que eu devo fazer Lara?

 O olhar de Felipe era suplicante, Lara o abraçou com força vendo o tão vulnerável, sempre o viu tão firme tão decidido até mesmo nos momentos mais difíceis ele sempre se mantinha forte, mas agora Lara o via diferente entendeu que seu irmão estava realmente apaixonado, sabia que era amor uma vez que esse sentimento ela já conhecia bem.

— Dê espaço a ela Felipe, você verá que tudo dará certo, se ela está no seu destino ela vira para você de uma forma ou de outra.

 — Queria ter sua fé Lara!

 Lara sorriu para ele dizendo-lhe que se ele e Dandara se casassem ela faria o impossível para que ela se sentisse bem em sua família. Felipe a agradeceu e então saiu precisava encontrar seu pai e resolverem alguns assuntos pendentes. Lara aproveitou que seu pai sairia com Felipe para se encontrar com alguém extremamente especial para ela. No jardim do palácio havia alguém a sua espera.  Não demorou para que seus olhos encontrassem duas lindas orbes pretas.

— Nathaniel.

— Você está atrasada Lara.

— Me desculpe, mas o Felipe estava precisando de mim.

— Está tudo bem com o meu amigo?

— Calma Nathaniel ele está bem, o problema é com a garota que ele cismou de se casar.

— Ele me contou sobre ela, fomos inclusive até o castelo dala um tempo atrás para que ele pudesse vê-la, a distância claro. 

— Porque você não me contou antes.

—Felipe me pediu segredo. Mas vendo a situação dele, ele sendo um príncipe, isso me faz pensar a respeito de nós Lara.

— Não se preocupe eu sempre vou estar ao seu lado. 

— Eu sou um guarda Lara.

— E eu amo você! Entenda isso por favor.

— Eu também te amo Lara, amo você loucamente.

 Lara e Nathaniel se beijaram estavam felizes um nos braços do outro ao longe a mãe de Lara a observava os olhava claramente desgostosa do que via. Porém não tomou nem uma atitude voltou para dentro pensativa. No condenava a atitude da filha, mas sabia que se ela preferir seguir um caminho ao lado de Nathaniel Julian faria a vida de ambos impossível.  Leonor estava preocupada com sua filha e Elena com a sua, ainda mais ao receber uma visita inesperada.

— Clemente!

— Oi querida irmã!

— O que você está fazendo aqui?

— O livro me chamou.

— Como o livro ele não pode ser ativado amenos que.... não isso não por favor isso não.

— Acalme-se e me explique o que está acontecendo? Porque o livro me chamou nesse mundo.

— Acho que aminha filha o ativou. — Murmurou Elena com um olhar preocupado.

— Elena olha para mim! Só mente os dragões ativam o livro de Alva, ele é um livro encantado esqueceu!

— Clemente vá embora por favor!

— Sim, mas se precisar de mim não hesite em me chamar sabe aonde me achar.

 Clemente desapareceu em um passe de mágica, Elena subiu correndo até o quarto de sua filha e a viu olhando um quadro dado por Peter mais precisamente fixava-se na dedicatória escrita nele. “Para a minha princesa preferida, as flores que já mais irão murchar”

 — Minha filha você está bem? — Dandara se virou para sua mãe preocupada com o tom de sua voz, ela parecia preocupada.

—Não vou mentir e dizer que estou bem, você sabe que o Peter...

— Eu entendo que sinta falta dele, mas minha querida você está sentindo alguma coisa, seu corpo está diferente?!

— Mãe!

— Minha filha não enrole! Diga logo.

— Eu estou igual mãe! Igual! Mais qual é o problema? Oque você esperava ouvir?

— A não é nada... — Desconversou, não poderia simplesmente perguntar se algo anormal estava acontecendo, antes de sair percebeu o livro de Alva sobre a mesinha. Caminhou até ele e o pegou em seus braços. Saindo do quarto com ele sem dar explicação a sua filha que a olhou sem entender nada. Elena se trancou em seu quarto tremendo com o livro em mãos.

— Dandara deve ter o tocado, e se a Clemente apareceu é porque a Dandara tem algum traço de dragão forte o suficiente para chamar uma feiticeira de Alva, mas o que? Ela não se parece com um, não tem característica de um o sangue não é forte o suficiente o que a minha filha não está me contando?

 Se questionou colocando o livro no fundo de um baú para que ninguém o pega-se, Elena sabia que mais que magico aquele livro mostrava o passado o presente e o futuro de qualquer um que o pergunta a respeito, Elena tinha medo que Dandara descobrisse como falar com o livro, tinha medo que a filha ficasse diante da sua real história.

 

 Continua....


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Notas finais do capítulo

Oi amores ^^
Como estão?!
Queria dizer que estou muito feliz com cada um de vocês que tirou e tira um tempinho para ler minha história, muito obrigada por isso.
Enfim e quanto ao capitulo de hoje, vocês gostaram?
Acham que o Peter esta morto ou vivo? Dandara se casa ou não se casa rs. Até semana que vem com mais um capitulo ^^



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