San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 59
135. Chamego


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas!

Pelo título já sabem que teremos momentos fofinhos, né?

Avisos no final do capítulo.

Boa leitura!



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Quando finalmente o lanche ficou pronto, era mais de oito horas da noite. Comemos, assistindo um filme de comédia, lavamos as louças e voltamos ao sofá para jogar videogame. A chuva havia voltado, dessa vez mais forte e acompanhado de vento.

Ouvimos um trovão que estremeceu a casa e, de repente, a energia caiu.

— Caramba, justo agora?! — Júlio reclamou.

Ficamos no meio do breu completo.

— Poderia ter esperado a gente dormir, pelo menos — falou Bebê.

— Agora o que resta é dormir — disse Lili, levantando. — Eu tô cansada mesmo.

Senti algo em meu cabelo e levei a mão até ali, notando que era a mão de James, ao meu lado. Ele me puxou e eu deitei a cabeça em seu ombro, me aconchegando.

— Sério, dormir? — Júlio contestou.

— E o que tem para fazer? — Ela retrucou. — Vocês podem ficar brincando aí, eu realmente estou morrendo de sono.

— Desde quando você fica com sono as nove horas da noite? — Bebê encheu o saco dela.

— Desde hoje, bonitão. Eu nadei muito, meus músculos estão doloridos... — Sua voz foi se afastando. — Vou deitar.

— Eu também vou. — Bebê levantou e a seguiu para a escada.

— Vocês vão também? — Júlio perguntou para nós.

— Eu ainda não estou com sono — respondi.

— Nem eu. — James falou, dando de ombros.

— Eu tô na dúvida.

— Acho que só vamos enrolar um pouquinho, também tô ficando com sono. — James falou.

— Ah... tá bom. Então vou subir. — Levantou e saiu andando.

Ouvimos os passos se afastando na escada e andar de cima.

— Mas eu ainda não tô com sono — sussurrei, não sei por quê.

— Não está cansada?

— Sim, só não estou com vontade de deitar ainda.

— Tudo bem. — Deu um beijinho em minha cabeça. — Eu fico com você.

— Se você estiver quase morrendo, eu faço um esforço por você — brinquei.

Ele riu. — Não precisa, eu aguento mais um pouco. Uns segundos.

Sorri e ergui a cabeça, tateando seu rosto e lhe dando um selinho. O senti sorrir.

— Agora foi para dois minutos.

Segurei para não rir mais alto e o beijei de novo.

— Quatro minutos.

— Só isso?

— Ué, foi um beijo simples, quer o quê?

— Seu aproveitador.

— Você que começou...

James foi mais rápido e me beijou, deixando sua mão no meio das minhas costas e me puxou mais para perto. Deixei o braço esquerdo no encosto do sofá e a mão direita em seu maxilar, sentindo as pontinhas de sua barba começando a aparecer.

O som da chuva abafava qualquer barulho que pudéssemos fazer, mesmo que eu ouvisse baixinho nossos lábios se tocando.

Mesmo que todos já tivessem se deitado, ainda havia aquele leve medo de ser pega no flagra, e isso quase me fazia rir.

Deixando minha boca, James distribuiu beijos em minha bochecha e maxilar, e eu ergui o ombro sentindo sua barba me fazer cócegas, segurando o riso.

— Que foi? — Ele cochichou, parecendo se divertir.

— Você tá me fazendo cócegas — sussurrei, tentando me esquivar.

Aí que ele me puxou e enfiou o queixo no meu pescoço, quase me fazendo rir alto...

— Vocês não vão dormir? — Ouvimos Lili no topo da escada e travamos.

James colocou seus dedos em cima de minha boca, me pedindo para não falar.

— Ih, dormiram no sofá. — A ouvimos descendo. — Ain, não tô com sono, não tô com sono. — Nos imitou com uma vozinha fina e um som metálico soou. — Ai, meu dedo, maldito!

Seguramos a risada e nos afastamos um pouco. Logo sentimos Lili nos cutucando na cabeça.

— Vai, seus bocós, vocês apagaram aí. Vem para a cama.

— Ah... — James murmurou alguma coisa sem sentido e levantou, fingindo estar sonolento.

Fiz o mesmo, seguindo Lili para cima. Entramos no quarto e deitamos em nossos lugares. James segurou minha mão entre nossos travesseiros e me deu um beijo silencioso no rosto.

Não demorou muito para que eu caísse no sono sorrindo sozinha com aquela noite.

Assim que despertei, notei que só Bebê estava dormindo, além de mim. Me sentei, esfregando os olhos e bocejei. Me espreguicei, levantando os braços e levantei, me arrastando para o banheiro do andar, levando minha bolsinha.

Usei o vaso, lavei a cara e escovei os dentes. Dei uma ajeitada no cabelo e abri a porta para sair, encontrando James encostado ali do lado. Assim que ele me viu, sorriu e me empurrou de leve de volta para dentro, fechando a porta.

— O que você tá fazendo? — perguntei rindo.

— Te dando bom dia. Bom dia. — Segurou meu rosto entre as mãos e me beijou.

Om dia — falei entre os beijos, tentando não rir.

James se virou comigo, me fazendo encostar na parede da direita, ainda me beijando.

— Ué, cadê o James? — Ouvimos Júlio no corredor.

Paramos, nos encarando com um sorriso travesso. Pelo som, Júlio desceu e relaxamos.

— Chega de brincar de esconde-esconde. — Dei um tapinha no braço de James e me afastei, abrindo a porta e saindo.

Descemos e fomos para a cozinha, encontrando Lili e Júlio na mesa, tomando café.

— Onde você foi? — Júlio perguntei.

— Eu fui tomar a insulina — respondeu James rapidamente, indo se sentar.

— Você já não tinha tomado?

— Não.

Ele e Lili trocaram olhares confusos, mas deram de ombros. Me sentei ao lado de Lili e me servi de suco e pão francês com manteiga. Um tempo depois, Bernardo desceu e nos esprememos no banco para ele se sentar.

Comemos tranquilamente, conversando e rindo, e depois Lili juntou as louças, e ficou responsável por lavar, Bebê secar e Júlio guardar, enquanto James disse que arrumaria a bagunça do quarto comigo.

Assim que chegamos no quarto, James me puxou pela mão para cima dos colchões e começou a pular igual uma criança. Pulei junto, com nossas mãos juntas, rindo feito boba.

— Você tem problema — falei.

— E você também, ué. Tá pulando junto!

— É porque eu estou me deixando levar, tá? — Fiz um biquinho

— Aham, tá bom. — Ele riu, parando de pular e segurou minha cintura. — É só admitir que você gosta de fazer o que eu faço.

— Ah... talvez.

— Talvez nada, é sim. Fala ou eu te mordo.

— Ixe, virou canibal agora?

— Sim. Não vai admitir? — Chegou perto.

Neguei com a cabeça, forçando os lábios um contra o outro. James sorriu e se aproximou, mordendo minha bochecha de leve.

— Não?

Neguei de novo e ele mordeu meu queixo e depois, meu lábio debaixo, começando um beijo lento. Joguei meus braços em seus ombros, aproveitando para mexer em seu cabelo habitualmente bagunçado.

Eu não sabia o que realmente estava rolando ali, mas era muito agradável estar com ele daquela forma.

De certa forma, eu sabia que gostava de James, só que também tinha dúvida sobre aquele sentimento. Não era uma paixão, mas também não era algo pequeno, “normal”.

Parte de mim queria conseguir entender essa confusão sentimental, e outra parte queria deixar para lá e só aproveitar o que estava acontecendo. Era como se tivesse duas criaturinhas em cada lado da minha cabeça me dizendo o que fazer.

Você precisa pensar no que está fazendo. Vocês são amigos, e se não der certo? Já pensou nisso? E se vocês resolverem terminar por algum motivo e a amizade se abalar? Não for a mesma? E se vocês brigarem por qualquer motivo e isso terminar mal?

Para que pensar? Aproveita, olha como vocês estão mais próximos do que nunca. Você nunca imaginou estar assim com ele, não é? Você sabe que James é um menino fofo que faria o que pudesse para te deixar feliz. Não perca essa oportunidade, não tem porque ficar pensando nisso como se fosse um problema de matemática a ser resolvido!

Droga, fiquem quietos!

Dei um último beijo em James e o olhei. — Melhor a gente arrumar logo essa zona antes que...

— Relaxa, não vão chicotear a gente por enrolar. — Deu risada.

— Eu sei que não, quem é que tem chicote?

As sobrancelhas dele se ergueram, como se tivesse pensado em algo, mas não quisesse dizer.

— Bom, se alguém reclamar a gente bota para trabalhar junto.

— Aí é você que vai usar um chicote.

— Exato.

Baixei meus braços, querendo começar logo a arrumar tudo, e James segurou meu rosto para dar um último beijo. Antes que nossos lábios se encostassem, ouvimos um pigarro e olhamos por reflexo para o lado.

Lili estava na frente da porta, com os braços cruzados e uma cara surpresa, junto de Bebê e Júlio que estavam nos cantos, nos olhando também surpresos.

Senti a cara ferver na hora por ter tantos olhares sobre nós.

— QUE QUE ISSO?! — Lili berrou, não sabendo se ficava feliz ou brava e colocando as mãos na cabeça.

— Caramba, não se pode mais ter privacidade nessa casa? — James perguntou com tom brincalhão.

— Acho melhor vocês explicarem o que tá acontecendo aqui. — Lili entrou, apontando o dedo para nós. — Por que eu espero que seja o óbvio para poder gritar.

James e eu trocamos um olhar assustado.

— É... — James começou, sendo interrompido por um grito da ruiva.

— EU NÃO ACREDITO NISSO! AAAAH! DESDE QUANDO VOCÊS ESTAO NESSES CHAMEGO TODO? PORQUE NÃO FALARAM NADA? QUE DROGA É ESSA? — berrou com um sorrisão na cara.

— Para de gritar, sua louca. — Júlio também entrou. — Expliquem-se agora mesmo!

Bernardo entrou com os braços cruzados, com sua típica cara de “melhor falar ou eu tiro a força”.

— Respirem fundo... — falei baixo.

— Respira fundo uma ova! Anda logo! — Lili pressionou.


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Notas finais do capítulo

xD

Pronto, descobriram, finalmente! kkkk

Agora vamos ver o que esses dois vão dizer.

Sobre o aviso: Vou viajar e só voltarei domingo que vem, ou seja, não teremos capítulo na próxima sexta. Se eu conseguir escrever, tento postar no domingo (dia 20) a noite, tá? Mas também não prometo nada kkk

Espero que tenham gostado desse chameguinho todo da Bru e do James!

Nos vemos no próximo capítulo o/



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