A primeira coisa foi passá-la para a mesa, deitada. Mesmo fraca do sangue perdido, o desespero a fez lutar selvagemente, e foi uma tarefa difícil. Precisei zonzeá-la com uma pancada na cabeça, e ao ser amarrada, puxou até os pulsos sangrarem.

Ela implorava sem nem conseguir mais formar uma palavra, engasgando com o choro, soando como um animal.

Mudando de assunto, eu adoro animais! Usano Mimi é um coelho, vários dos meus brinquedos têm nomes com gatos, algumas vezes eu dava os pedaços que arrancava de minhas ‘visitas’ aos cachorros.

E, para ele, também escolhi animais.

Coloquei a gaiola de ferro e vidro sobre a barriga exposta dela, amarrando as correias pra que ela não conseguisse tirá-la se debatendo. Abri o suporte acima da gaiola, na extremidade oposta à que encostava em sua pele, e acendi o fogo.

Ratos têm medo de fogo! Eles vão tentar a todo custo se afastar do calor, sabia? De qualquer jeito. Se contorcendo, arranhando... Cavando. A abertura sob a gaiola dava a eles espaço o suficiente para fugir! Quatro lindos ratinhos foram conhecer pessoalmente a criança.

“Lalala lala, lalalalala~”, cantei, rearrumando meu vestido desalinhado enquanto esperava pacientemente os gritos cessarem. Precisava voltar para Tom.