Agatha 32

            Corri até o chalé dos meus avós já meditando como eu iria falar com meu avô, ou melhor o que eu iria falar para ele. Cheguei o mais rápido que pude, o pequeno chalé que eles ocupavam estava totalmente no escuro, não que isso fosse um problema, mas era um indicativo. Meu avô sempre gostou de manter as aparências humanas e a luz apagada mostrava claramente que ele havia deixado isso de lado, ou seja ele está mal, muito mal por sinal.

Entrei silenciosamente, mesmo sabendo que a essa altura meu avô já sabia da minha chegada e o motivo da minha visita.

-Não vai adiantar Agatha. – Falou de algum lugar do chalé, que eu julgo ser a sala de musica, seu lugar preferido. Cheguei até a porta.

-Posso entrar? – Perguntei educadamente, sem bater.

-Entre. – Ele estava num dos cantos da sala, sentado no chão todo encolhido e com a cabeça enterrada nas pernas. A cena era lastimável.

-Vovô o que aconteceu aqui? – Perguntei vendo boa parte dos instrumentos e equipamentos de som do estúdio destruídos.

-Estava um pouco nervoso. – Falou tristemente. – Foi a Bella que pediu para você vir aqui?

-Na verdade eu me propôs a vir falar contigo. – Me sentei ao seu lado e abracei mesmo ele estando todo embolado em si mesmo. – Me desculpe pelo que eu disse mais cedo, deveria ter ficado quieta.

-Você disse a mesma coisa que você pensava querida, mesmo se ficasse quieta eu ouviria. – Falou levantando a cabeça e retribuindo o meu abraço.

-Tem razão, mas não era a minha vontade te ver nesse estado.

-Depois da nossa conversa percebi que eu fiz tudo errado. Eu que tanto amo a minha Bella somente exigi dela, eu deveria me doar e não pedir nada em troca.

-Vovô sai dessa, ela te ama e fez o que fez por amor e não por obrigação. Além do mais o que você fez, sabe pedir para se casarem primeiro, era o que você acreditava ser o melhor para ela.

-Na verdade eu pensei mais em mim, em como eu queria estar casado com ela e vê-la de vestido de noiva. Eu só a magoei. – Sério se vampiro chorasse ele estaria em prantos arriscando a criar uma enchente em toda Forks e arredores.

-Pode parar com o drama Sr. Cullen, ela se casou com você porque quis, ela te ama e é somente quando você fica assim que ela fica chateada. Pode ter certeza, ela está pior que você e pura e simplesmente por que você está assim. Então se você a ama tanto pare de pensar no passado, arrume essa bagunça e vá lá em casa buscar a sua mulher que está apavorada com seu estado. – Falei um tanto autoritária.

-Agatha, não posso simplesmente fazer de conta que não fui um monstro com ela. – Vampiro em depressão é f@#%$#@

-Escute aqui vovô, não é pra fingir que nada aconteceu, mas você simplesmente não pode volta no tempo e fazer tudo diferente. Se agora você esta se martirizando por obriga-la a se casar quando você queria se doar a ela, nem quero imaginar como você irá ficar quando ver a carinha triste dela depois de ter ver assim todo pra baixo.

-Eu não mereço a Bella, só faço ela sofrer, estraguei a vida dela e tudo por causa do meu ego, das minhas vontades, eu não faço nada de bom, sou um monstro, eu...

-CHEGA!!! – Gritei, tá eu sei que não era necessário, mas já chega ne? – Escute aqui, um vampiro deprimido até eu posso agüentar, mas vampiro com crise existencial passou de todos os limites possíveis e imagináveis. Trate de levantar daí e arrumar essa casa, arrumar essa cara e entender que tudo o que está fazendo nesse exato momento é magoar mais ainda a vovó. Ela te ama e faria tudo de novo para estar nesse mesmo momento ao seu lado. Chega de tanto drama, o que eu disse nesta manhã se referia a mim e ao Seth, o que passou não pode ser mudado. Eu sei que você é um vampiro inteligente e que apenas está se fazendo de idiota. Pense que o que realmente importa é a felicidade dela agora, amanhã e por toda a eternidade. Isso você pode mudar.

-Tem razão. – Finalmente ele se levantou e sorriu. – Não posso refazer o passado, mas posso garantir que no futuro a Bella seja só sorrisos.

-Isso aí, esse é o meu avô. – Falei sorrindo de volta. De repente um tremor tomou conta de mim.

-O que me lembra uma coisa. – Ele me olhou inquisitivamente levantando uma sobrancelha. – Como estão as coisas entre o Seth e você?

-Estão bem, eu o amo e sinto que ele me ama.

-Não foi a isso que me referi.

-Tudo bem vovô, o que exatamente você quer saber? – Perguntei me rendendo e me sentando exatamente no ligar onde estávamos a poucos instantes, ele fez o mesmo.

-Agatha, sei que nada que eu disser vai realmente importar, mas não se acha muito nova para isso?

-Não sei se a idade humana se remete a minha pessoa vovô. Mas não, não me acho muito nova para nada, sei o que eu quero e me sinto pronta para isso. – Falei sinceramente.

-Entendo, mas o que o Jacob irá pensar a respeito? –Tinha quase um tom de ameaça ma voz do meu avô, o qual eu ignorei.

-Provavelmente irá em colocar no primeiro avião para o fim do mundo ou no máximo vai arrancar a cabeça do Seth, o que é mais provável. – Falei com uma calma que eu não tinha.

-Você não teme a reação dele? – Meu avô agora parecia um rapaz de dezessete anos conversando com uma colega, e não um avô conversando com a neta.

-Se eu ficar nessa eu vou deixar de viver. Temer pelo desconhecido é o mesmo que temer a vida.

-Tem certeza que sou seu avô e você a minha neta? – Vovô perguntou rindo.

-Pare de bobeira vovô. – Falei brincando.

-Falando serio agora Agatha, você esta pronta para isso? – Fiquei pensando por um instante.

-Tenho, mesmo que seja a ultima coisa que eu faça...afinal se meu pai não matar o Seth ele vai matar a mim, ou na melhor das hipóteses matar os dois. – Falei rindo, é claro que meu pai não nos mataria, mas não aceitaria tudo assim facilmente.

-Isso é verdade, jamais o Jacob aceitará tão fácil, pra falar a verdade nenhum pai aceitaria facilmente esse progresso da filha.

-Por isso minha mãe esperou o casamento?

-Acho que sim, na verdade foi pelo que eu disse, mesmo ela não querendo admitir. – Vovô tinha um brilho diferente no olhar.

-E o que você disse a ela? – Perguntei curiosa.

-O mesmo que eu disse a você, mas com ela funcionou. – Gargalhei alto.

-Acho que eu tenho mais do meu pai do que imaginava.

-Com certeza, mas acho que isso não será o suficiente para o Jacob aliviar a barra de vocês. Só tome cuidado querida, já não tenho mais conselhos para te dar.

-Você é quem tem que se cuidar ou vai acabar criando um manicômio só para vampiros vovô. – Falei me levantando.

-Estou falando sério, não quero ser bisavô tão cedo, e ainda mais de um órfão. – Falou rindo e começando a arrumar a baderna que estava a sala. – E quanto ao Jacob se precisar eu dou uma força para vocês. – Dessa vez eu me surpreendi com meu avô, ele apoiar algo que julgava ser totalmente errado??? Resolvi ir até a casa do Seth e contar as novidades. – Eu ligo para sua mãe avisando que vai se atrasar. – Ele disse dando uma piscadela para mim.

Corri em direção à casa do meu amado, ainda era cedo, na minha concepção de horário, não passava das nove da noite. A casa estava toda escura, tirando o quarto da Leah. Entrei pela porta da cozinha que estava aberta, como tal a Leah havia me alertado. Subi silenciosamente as escadas, o quarto do vovô Charlie estava com a porta entreaberta e eu pude ver perfeitamente ele dormindo abraçadinho à Sue, sorri com a cena. O quarto seguinte era o da Leah, ele estava com a porta totalmente aberta e sua dona estava na porta.

-Ele estava muito cansado e dormiu cedo, mas garanto que ele não vai se chatear se você o acordar. – Falou entrando no quarto e fechando a porta em seguida, essa garota é estranha...

Abri a porta do quarto do meu amor e lá está ele, da mesma forma que eu tantas vezes vi, dormindo de bruços, o tronco totalmente descoberto e sem camisa. Lindo??? Isso é pouco para descrever ele neste momento. Abaixei meu corpo ficando ao lado do dele, delicadamente fui deslizando minhas mãos em suas costas, acariciando seu pescoço, nada nenhum movimento. Fico frustrada. Beijo seu pescoço, e vou rodeando seu rosto até alcançar sua boca, no exato momento que eu consigo sinto uma mão quente me pegando pela cintura e no instante seguinte eu deitada ao lado dele.

-O que acha de ser meu despertador? – Perguntou maliciosamente.

-Acho que se eu fosse você viveria atrasado. – Falei mantendo o mesmo tom.-Eu não me importaria de viver atrasado se você fosse a causa. – Seth disse depositando um beijo demorado em meus lábios.

-Mas meu pai, que por sinal é o seu chefe, se importaria...nos dois segmentos. – Falei rindo.

-As vezes eu tenho vontade de mandar seu pai pro.... melhor deixa o endereço pra lá. Agora eu posso saber o motivo dessa deliciosa visitinha noturna da minha amada?

-Tive que ir na chalé dos meus avós, vovô Edward entrou em depressão e eu tive que concertar o que eu fiz pela manhã. – Seth me olhava sem entender. – Ele está se culpando por ter quase que obrigado a vovó se casar antes de irem pra cama. Vai entender.

-Não acredito que você fez o Edward entrar em depressão... alias eu nem sabia que vampiro tinha dessas coisas. – Falou rindo.

-Como eu estava lá e foi por conta de uns pensamentos seus – Falei me colocando sobre ele e o beijando. – Resolvi vir te contar uma novidade.

-Que novidade? – Eu sentia que ele já estava animado com meu corpo cobrindo o seu.

-Meu avô disse que se precisarmos de ajuda com o cabeça dura do meu pai nós temos o apoio dele. – Falei intercalando cada palavra com um beijo e me fazendo entender.

-Ele não quis dizer...ele disse? – Seth estava tão pasmo quanto eu fiquei com a declaração de apoio do meu avô. – O que você fez ao seu avô?

-Nada demais, apenas falei o que eu realmente pensava. Sabe meu amor agora só depende de você.

-Se você está pronta e até o Edward está a favor disso não mais desculpas para adiar meu amor. – Falou me beijando e invertendo nossas posições.

Já com seu corpo em cima do meu Seth retirou minha bata, retirando meu sutiã logo em seguida. Meu coração acelerou, não sei se pelo prazer ou por medo. Delicadamente retirou minha calça e no instante seguinte fez o mesmo com a minha calcinha. Me senti injustiçada, ele ainda estava com a bermuda e a cueca. Desci a minha mão para o botão de sua bermuda mas fui impedida.

-Ainda não meu amor. – Seth não parava de me beijar, quando abandonava meus lábios para retomar o fôlego ele se aproveitava de meu pescoço, colo e seios. Nossas mãos aplacavam uma batalha perdida nas caricias que tocávamos.

Num instante estávamos nos abraçando e nos beijando, no instante seguinte ele subitamente colocou sua mão na minha intimidade me fazendo quase urrar de prazer, só não gritei por que não queria ter que explicar a ninguém o que estávamos fazendo naquele momento, seus dedos acariciavam meu clitóris me fazendo ver estrelas, mas foi quando um de seus dedos ame penetrou é que fui realmente ao céu. Mesmo me penetrando com um dedo ele continuava me estimulando com outro, meu corpo não respondia mais as minhas vontades, ele apenas respondia aos estímulos do Seth. Minha respiração começou a ficar mais difícil, meu corpo teve espasmos de prazer e antes que eu pudesse perceber o meu primeiro orgasmo chegou de forma alucinante.

-Você está bem? – Seth me perguntou minutos depois, assim que meu corpo começou a voltar ao normal.

-Mais que bem. – Respondi sorrindo. Aquela sensação de prazer ainda estava presente em cada célula de meu corpo.

-Que bom, pensei que pudesse ter te machucado. – Ele disse aliviado.

-Me machucou. – Falei, neste instante seu semblante mudou de feliz para preocupado. – Machucou demais demorando tanto para fazer isso. – Tentei concertar o mais rápido que pude.

-Agatha. – Falou em tom de reprovação, seu corpo já não estava mais sobre o meu, mas senti que seu membro ainda estava rijo. Coloquei minha mão ali, naquele lugar mais avantajado e apertei levemente fazendo ele soltar um gemido de prazer que me fez derreter.

-Isso foi maravilhoso Seth, espero ter mais disso logo. – Falei me levantando e colocando a minhas roupas de volta.

-Onde pensa que vai? – Seth perguntou se sentando na cama e me olhando como se não entendesse o que eu estava fazendo.

-Seth eu iria passar apenas te contar que temos o apoio do vovô, minha mãe me espera em casa, seria suspeito demais eu demorar hoje meu amor. – Falei dando um beijinho nos lábios entreabertos dele.

-De amanhã você não me escapa Srta. Black. – Ameaçou meu lobo.

-Conto com isso amor. – Respondi dando um selinho e voltando para casa.