Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 49
Agatha 03


Notas iniciais do capítulo

Oi gente...olha eu aqui de novo...

Bom ai vai mais um cap, um pouco maior que o de costume, mas é que eu me empolguei. Nos ultimos capitulos eu recebi vários comentários maravilhosos, chegaram a me comparar com a Stefanie Meyer, quem me dera gente. No entanto meu ego ficou nas altura devo admitir.
E como eu não costumo postar nos fins de semana fiz um cap maior, já dando inicio às sugestões que eu recebi por review. Obrigada gente adorei cada comentario que recebi.

Vamos ao cap...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/74656/chapter/49

Agatha 03

Depois de quase uma semana que havíamos chego em Forks eu já tinha sido apresentada oficialmente a todos que poderiam interessar. Eu procurava aproveitar o máximo que eu podia afinal as minhas noites eram um tanto solitárias, eu não gosto de me aproveitar dos meus avós e tios durante essas horas do dia, afinal eles tem outras coisas a fazer. Eu sempre levantava cedo, arrumava o café para os meus pais e depois ficava um tempo no jardim, eu vivia mudando as plantas de lugar, de cor, de forma às vezes, era o meu passa tempo preferido. Agora que meu pai resolveu assumir novamente a oficina daqui e levou o Seth com ele para ajudar fiquei meio que solitária, não tinha mais um lobo disponível para correr comigo.

Sentada no jardim, do lado de fora de nossa casa, escutei os passos silenciosos do meu pai.

-Tudo bem princesa? – Ele se aproximou mais ainda de mim e se sentou ao meu lado.

-Tudo. – Falei sem muita convicção.

-Mas não parece. – Olhei em seus olhos, eu, nesses meus poucos meses de vida, aprendi muitas coisas, mas não aprendi a mentir, pelo menos não para a minha família.

-Você roubou meu amigo, agora com que eu vou correr pela floresta. – Falei manhosa me aninhando em seu peito e sentindo suas mãos acariciando meus cabelos.

-Ag, eu não roubei o Seth, ele está apenas trabalhando comigo. Você sabe que pode ir lá na oficina quando quiser. E quando estiver com vontade de correr como loba por ai pode me chamar, ou o Seth, se não pudermos algum dos garotos pode ir com você. – Fiquei em silencio, ainda nos braços do meu pai, eu não conhecia nenhum dos garotos direito, então como eu sairia com um deles por ai...nenhum deles era o meu Seth (possessiva...eu??? nem um pouco...) Comecei a rir sozinha. – Tá rindo do que? Posso saber?

-Rindo de mim mesma pai. – Curioso, completei em pensamento.

-Bom linda, eu vou indo, tenho muito trabalho para entender o que o Embry fez com a oficina esse tempo que ficamos fora. Quer ir comigo? – Perguntou assim que se desfez do nosso abraço.

-Posso? – Ele ofereceu ne, mas...

-Claro, só avise a sua mãe. Sabe que ela não gosta de não saber das coisas. – Ele riu...

-E sei também que você é um meloso de carteirinha que faz tudo o que ela quer. – Dei um risinho amarelo e entrei em casa para avisar a minha mãe.

Segui com o meu pai até a oficina, chegamos lá e tanto o Seth quanto o Embry já estava trabalhando, meio que brincando, mas trabalhando.

-Ei Embry, finja que está trabalhando que o chefe chegou. – Brincou o Seth, assim que levantou a cabeça e me olhou ficou meio que sem palavras. – E...a filha do chefe também... Oi Ag. – Me cumprimentou vindo em nossa direção.

-Agora que ele não faz mais nada... – Não entendi o que o Embry quis dizer com isso, mas era direcionado ao Seth. Que por sinal ficou extremamente vermelho, que mesmo com o tom dourado de sua pela era perceptível.

“Não ligue para ele” Falei em meio aos pensamentos do Seth. Apesar de poder fazer isso facilmente com todos os lobos, em qualquer momento, bem como ver o que estão pensando, eu prefiro não me utilizar desse dom, a não ser em casos específicos, como esse. Não quis ver o que o Seth estava pensando, ele apenas me olhou agradecido, independente de seus pensamentos.

-Que isso Embry, a Ag sempre ia na oficina e o Seth nunca deixou a desejar no trabalho. – Retrucou meu pai dando um fim na conversa.

Logo meu pai chamou o Seth no escritório, precisava saber de algo especifico, eu fiquei observando o trabalho do Embry, ele fazia as coisas direitinho, mas estava deixando um detalhe passar. Ele ia até o motor mexia e mexia, e nada de encontrar o que ainda faltava, tentava dar a partida e mais uma vez nada. Deixei ele se bater por mais de uma hora, estava ficando divertido ver aquela cena, um homem daquele tamanho sem saber o que fazer. Sem querer comecei a rir em alto e bom som, ele me olhou com tom de desaprovação, meu pai e o Seth ainda estavam no escritório.

-Do que você está rindo? – Falou meio bravo.

-Desculpe, é que achei engraçado a sua atitude. – Me desculpei, meio envergonhada, nunca ninguém havia chamado a minha atenção daquela forma. Além de imensamente envergonhada, eu fiquei irritada, mas me contive.

-Pois eu não vejo nada de engraçado, esse é um trabalho sério. Qualquer erro pode ser fatal para o motorista. – Falou mais irritado ainda.

-Não estou dizendo que você está brincando, eu sei o verdadeiro valor desse trabalho. – Falei séria, esse tal de Embry vai ter que me levar a sério, custe o que custar, com quem ele acha que está falando, quem ele pensa que é para falar assim comigo como se eu fosse uma criança?

-Como se você soubesse o valor de alguma coisa, não passa de uma menina mimada e arrogante. – Essa foi a gota d’agua pra mim.

-Olha aqui, não sei o que você pensa que é, muito menos o que pensa a meu respeito, mas pode ter certeza que está, e muito, enganado. Você se acha muito competente, mas está a mais de uma hora mexendo nesse motor e ainda não faz a mínima idéia do que está errado. – Escutei ele bufar por de traz do capo do carro, ainda tentando localizar o problema.

-Você se acha não garota, mas não tem a mínima noção de como é complexo o funcionamento do motor de um carro, ainda mais um carro antigo como esse. – Isso soou como um desafio, e eu adoro um desafio.

-Com licença. – Eu disse afastando ele do motor do veiculo, era um carro antigo, talvez uma raridade, mas eu conhecia e muito bem esse tipo de veiculo, carros antigos são os meus preferidos. – Vejamos, um ford, calculo que fabricado por volta de 1945, a gasolina, um dos primeiros com partida elétrica.- Fui descrevendo o modelo enquanto me distanciava do veiculo, tirando o meu casaco e prendendo o meu cabelo num coque alto, não tinha como mexer naquele motor com os cabelos soltos. Eu tinha os cabelos escuros como os do meu pai, lisos que se estendiam até a minha cintura. Assim que achei uma caneta para prender os meus cabelos me direcionei novamente ao veiculo.

-Vejo que conhece os modelos de carros, mas isso não me impressiona. – Falou o talzinho, depois eu que era arrogante. Coitado...

Mais uma vez pedi licença a ele, me debrucei sob o motor a fim de alcançar um dos parafusos que prendiam o filtro de ar, apesar da minha origem inusitada eu tinha a estatura mediana, 1,67m de altura. Me senti sendo observada meticulosamente, mas não me acanhei e continuei a analisar o motor. Eu já havia percebido o problema, este carro não foi feito para durar tanto tempo, seu estado de conservação era lastimável, mas mesmo assim valia a pena.

-Desista garota, deixe um profissional trabalhar. – Disse num tom de zombaria no instante que meu pai e o Seth saiam do escritório.

-O que está acontecendo aqui? – Perguntou Seth, me parecendo um tanto irritado.

-Essa garota acha que entende de carro, vê se pode. – Agora eu pude sentir a raiva tomando conta de mim, meu pai se aproximou e acariciou meu rosto.

-Calma Ag. –Ele já havia percebido a minha irritação. – Qual o problema?

-Eu remontei toda a caixa, era apenas para fazer a limpeza do motor, coisa simples, ele estava funcionando bem, mas agora não pega. – Apesar da pergunta ter sido direcionada a mim foi o insolente do Embry quem respondeu.

-Pai me passe a chave alen 12’, por favor. – Fingi que o talzinho não estava presente, meu pai me passou a chave, eu soltei cerca de um terço da volta do parafuso que prendia o filtro de ar, apertei uma volta mais um parafuso que fazia a junção do motor com a caixa de cambio, conectei um cabo que não deveria estar solto. –Seth dê a partida. – Pedi ao meu amigo, mais uma vez ignorando os comentários maldosos do Embry.

No instante que o Seth deu a partida o veiculo começou a funcionar a todo vapor, um ronco maravilhoso, eu adoro velocidade, assim como todos da minha família, mas um ronco de um ford 45 não é todo os dias que a gente tem o prazer de ouvir. Ainda mais com a imagem de um Embry com cara de bobo por ter passado horas tentando encontrar o tal defeito e uma criança como ele mesmo colocou encontrou em questão de segundos.

-Isso não é possível, eu tentei de tudo, você mesma viu. – Ele falava não sei se tentando se desculpar pelo equivoco, ou se explicar ao meu pai. Mas que estava muito engraçado a isso estava, não tinha como negar.

Seth me olhou, saindo de dentro do carro, como se quisesse uma explicação, eu estava segurando o riso com tanta força que se eu abrisse a minha boca eu não me seguraria mais. Quando meu pai caiu na gargalhada, ai foi risada para todos os lados, menos é claro do Embry.

-A qual é Jake, pare de rir de mim. – O babaca quase que suplicava ao meu pai, parei de rir em sinal de respeito. – Mas afinal o que você fez? – Agora ele resolveu se dirigir a mim com respeito...sim ele tinha isso, mas estava misturado com vergonha, apesar de ser visível.

-Você apertou demais o filtro de ar, isso ficou visível quando tentou dar a partida e o ar não passou por ele, segundo o motor devia estar mais firme com a caixa de cambio, e por ultimo o cabo da partida estava com mal contato, isso nunca iria funcionar. – Expliquei da forma mais simples possível, ele ficou me encarando boquiaberto.

-Mas como, isso nunca aconteceu...

-Esse é um carro muito antigo, os modelos mais modernos não se obedecem tanto o número de voltas em um parafuso, mas na época da fabricação deste modelo era dada a atenção nos mínimos detalhes. – Quem falou foi o meu pai, que disse num tom autoritário, claro que se eu dissesse isso o Embry não levaria tão a sério, mas se ele tivesse mesmo a pretensão de trabalhar com automóveis antigos ele teria muito a aprender.

-E como você sabia? – Mais uma vez se dirigiu a mim.

-A Ag tem uma paixão por automóveis antigos, não apenas no designe, mas principalmente na mecânica. – Quem respondeu por mim foi o Seth, meu pai estava abraçado a mim de frente ao dois.

-Acho que te devo desculpas não é? – Falou o Embry, timidamente.

-Você fez um ótimo trabalho, mas nunca me subestime. Posso ser nova, isso não novidade para ninguém, assim como o fato de eu ser mulher, mas isso não significa que eu sou...como foi mesmo que você disse? Ah, sim... uma menina mimada e arrogante. – Repeti as suas palavras com ar de deboche. – Mas eu também te devo desculpas, percebi o problema na primeira vez que você tentou dar a partida. – Admiti timidamente, afinal era verdade, eu me diverti as custas dele.

-E você ficou só se divertindo as minhas custas, não acredito. – Ele balançava a cabeça negativamente.

-O que você diria se assim que deu a partida eu dissesse o problema? No mínimo que eu não sabia do que estava falando, que isso não era coisa para crianças...e assim por diante, eu só fiz isso no carro por que você me desafiou, não suporto ser desafiada.

-Foi mal, mas eu não fazia idéia do conhecimento que você tinha em mecânica.

-Filha de peixe ne Embry. – O Seth disse dando um soco de brincadeira no braço do amigo.

Depois disso o clima ficou mais leve, brincamos um pouco na oficina, mas antes mesmo do horário do almoço eu voltei para casa, não podia ficar atrapalhando o trabalho deles. Uma coisa eu posso concluir de hoje, ganhei não apenas o respeito do Embry, um dos melhores amigos do meu pai e um homem de confiança para ele, mas também a sua amizade.

Ajudei a minha mãe com o almoço, a tarde passei no jardim, meu lugar favorito e onde eu passava a maior parte do meu tempo, tirando o meu quarto. Já no fim da tarde escutei o som de um carro, não parecia o do carro da minha mãe que o meu pai usou para ir na oficina hoje, e também não era parecido com nenhum dos carros da minha família, até por que quem precisa vir até aqui em casa de carro quando correndo é mais veloz??? Logo que o motor foi desligado, passos vindo em direção ao jardim, pelo cheiro era o Embry, deixei que ele se aproximasse.

-Agatha. – Me chamou e então sim eu virei em sua direção. – Posso falar contigo um minuto?

-Pode, senta aqui. – Eu disse indicando um lugar ao meu lado no banco em que eu estava. – O que você quer? – Perguntei perante o seu silencio.

-Eu queria realmente me desculpar pelo modo que agi no oficina hoje cedo, eu fui um idiota. Não há desculpas para o que eu fiz.

-Não se preocupe, isso é normal. Sabe, são poucas as pessoas que realmente sabem a verdade sobre mim, essa coisa de ser filha de um lobo e uma meia vampira, e eu ter pouco mais de nove meses, quem não sabe disso não tem como imaginar a minha vida como é, mas mesmo quem sabe muitas vezes não tem noção da loucura que tudo isso é.

-Mesmo assim não é desculpa para eu ter te ofendido daquela forma. Me perdoa. – Ele me encarava com os olhos brilhando, marejados pela emoção. Eu o abracei, meio que instintivamente.

-Apesar de ser impagável a sua cara quando o Seth deu a partida, vamos esquecer tudo tá certo?

-Não teve graça, mas tudo bem. – Novamente nos abraçamos, sem malicia, nem segundas intenções, então pude sentir uma nova amizade nascendo, uma amizade sólida baseada no respeito mutuo e posso dizer que também no carinho um pelo outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que estão achando???
Preciso 'ouvir' a opinião de vocês, afinal é para você que eu escrevo.

Continue comentando e mandando as suas sugestões.

Bjus

Helo