Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 42
BEBE A BORDO


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem queridos leitores, mas meu pc pifou de vez, perdi tudo o que eu tinha, desde arquivos pessoais (fotos, videos, musicas) meus trabalhos da facu, e é claro os cap da fic. Por isso além de reescrever eu tive que antes refazer meus trabalhos, os quais eu vou entregar hoje. Então sem mais delongas ai vai mais um cap.



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Bebe a bordo.

 

Já faz quase um mês que estamos nessa, sem saber direito o que está acontecendo comigo, os exames não nos trazem nenhum resultado, os testes com o sangue do Jake e o meu também não dizem nada de satisfatório. Aparentemente seria uma gestação normal, nove meses. Talvez a única coisa normal em minha vida...sorri com esse pensamento.

 

Como todos saíram da escola e meu avô deixou de trabalhar no hospital, agíamos como se tivéssemos mudado de cidade, tirando o fato do Jake e do Seth manter a oficina, era como se eles tivessem ficado sozinhos, nós não estávamos acessíveis à população desta imensa cidade...

 

-Oi amor...como estão? – Jake chegou me tirando dos meus pensamentos, ele sempre fazia isso, chegava de mansinho só para me assustar. Agora que ele trabalhava apenas meio período, a tarde era nossa. Se antes eu não ficava sozinha de jeito nenhum imaginem agora que estou grávida. E olha que eu nem tenho sintoma nenhum, faz dias que não tenho vontade de comer nada de diferente, e também desde que fiquei sabendo da minha gravidez eu não caço. Sinceramente essa abstinência de sangue está me enlouquecendo...

 

-É muito perigoso Nessie. – Meu pai gritou da sala, é ele voltou com tudo. Agora o descarado ri...

 

-Eu posso saber o que é muito perigoso meu amor? – Perguntou o meu lobinho ao pé do ouvido, quase que não entendi a sua pergunta, a resposta do meu corpo com o seu contato era incrivelmente forte, me tira de mim. Mas meu pai rosnando na sala logo abaixo do meu quarto me fazia voltar rapidinho.

 

-Caçar Jake, faz quase um mês que eu não me alimento de sangue, sinto falta. – Ele me olhou pesaroso.

 

-Mas tenho que concordar com o Edward, é muito perigoso Nessie, não tanto para você, mas para o bebe. Você correndo e se atracando com um animal selvagem não combina com uma mulher grávida. O urso não vai ser delicado por que você está esperando um bebe, ele vai lutar pela vida, e pense que apenas uma tentativa de te machucar, mesmo que não te fira, pode ser prejudicial ao bebe.

 

-Você tem razão, mas não tira a minha vontade de sangue, é a minha natureza Jake.

 

-Eu sei anjo, será Carlisle não conseguiria sangue em pacotinho como ele conseguia para a Bella? – Nossa...na hora que ele propôs sangue humano meu estomago reclamou e eu tive que correr até o banheiro para vomitar, a menção de beber sangue humano já era repulsiva antes, agora então eu não podia segurar. Depois de colocar para fora tudo o que eu tinha comido e até mesmo o que eu não tinha comido, pois é eu não me lembro de ter bebido ou comido algo na cor verde, pelo menos não daquele tom de verde. Que nojo.

 

Escutei risadas vindas do andar de baixo. Mas ao mesmo tempo senti o Jake atrás de mim, consegui sentir a preocupação dele. Era como uma energia que emanava do seu corpo, me fazendo ficar preocupada também. Senti um aperto no coração, lágrimas rolaram pela minha face.

 

-Amor está se sentindo melhor? – Mais um onda de preocupação...eu quase podia ver a preocupação saindo dele e vindo para mim...

 

-Nessie, explique melhor. – Disse meu pai já na porta do banheiro acompanhado pela minha mãe.

 

-Explicar o que Edward? – Perguntou o Jake mais preocupado ainda, essa preocupação toda estava drenando as minhas forças. Meu pai não respondeu, atravessou a frente do Jake e conseguiu me segurar antes que eu pudesse cair no chão, tamanha a minha fraqueza. Novas ondas de preocupação vinham de todos os lados.

 

-Agora descanse, depois conversamos. – Meu pai disse saindo e rebocando minha mãe, o Jake e o resto da família que se empoeiravam no meu quarto.

 

O que me deixou muito aliviada, logo que saíram comecei a me sentir mais leve, então o sono me dominou. Não tive nenhum sonho, mas acordei relaxada. Quando percebi que o Jake estava ao meu lado, cochilando meio que sentado. Senti muita calma emanando dele, um fraco sinal de sorriso brotava de seus lábios, nesse momento desejei poder ver o que ele via, o que o fazia tão feliz. Levemente toquei seu rosto, mais por necessidade do que por qualquer outra coisa. Não tinha a intenção de acordá-lo, mas foi isso o que aconteceu.

 

-Já acordou meu amor? Como se sente? – Mesmo questionando o meu estado ele estava calmo, o que foi um alívio.

 

-Bem, descansada e relaxada. E você? – Perguntei sorrindo ao ver um lindo sorriso em seus lábios...

 

-Dolorido, fiquei zelando pelo seu sono acabei dormindo sentado. – Eu ri enquanto ele estrala os ossos do pescoço.

 

-Venha aqui. – Eu disse enquanto puxava ele para se deitar ao meu lado na cama. – Eu faço uma massagem.

 

Ele deitou de bruços na cama, a cabeça apoiada no travesseiro. Como ele já estava sem a camisa comecei a massagear os ombros tensos, frutos de suas preocupações. Logo passei para o seu pescoço, o qual estava dolorido devido a postura que ele adormeceu. Aos pouco senti seu corpo relaxar, não apenas fisicamente, mas as ondas de tranqüilidade e relaxamento saiam de seu corpo como se fossem ondas de calor, iguais aquelas que a gente vê saindo do asfalto quente. Minutos depois ele estava dormindo serenamente.

 

Levantei sem fazer nenhum barulho, olhei o relógio sobre o criado mudo, já eram quase três horas da manhã, tendo em vista que eu passei mal no inicio da tarde eu dormi por quase 10 horas seguidas, então eu o meu bebe estávamos com muita fome.

 

-O que você quer querida? – Meu pai me perguntou, um sanduiche e um suco, por favor, respondi  enquanto descia as escadas em direção à sala. Onde eu encontrei minha mãe e minha avó conversando tranquilamente.

 

-Sente-se aqui meu anjo. – Minha mãe indicou o lugar ao lado dela no sofá.

 

-Descansou bem? – Apenas assenti com a cabeça para a pergunta da minha avó.

 

Meu pai logo chegou com o meu lanche. Comi devagar, não estava nem um pouco a fim de passar mal. Minha mãe e minha avó continuaram com o assunto, meu pai apenas me olhava como se tentasse decifrar o que estava acontecendo comigo.

 

-E não tive sucesso ainda. – Respondeu ele aos meus pensamentos, pesaroso pela incapacidade de entender o que estava de fato acontecendo. – E com razão é frustrante não saber o que acontece com a minha filha. Minha mãe e minha avó pararam de falar e se voltaram para nós.

 

-Filho, seu pai e seus irmãos estão trabalhando nisso, tente não se preocupar, ou eu terei que chamar o Jazz. – Minha avó falava com autoridade, e meu pai assentia com muito respeito. Numa linda relação entre mãe e filho. Duas lágrimas solitárias rolaram pela minha face, a emoção da cena me dominou.

-É a gravidez filha, fique tranqüila, isso é normal. – Não sei se ele disse isso para mim ou para a minha mãe, que estava com a expressão assustada. – Para as duas meu anjo. – Sorri novamente.

 

Minha mãe acariciava meus cabelos, o simples gesto dela me fez relembrar a minha curta infância. Não existe no mundo uma criança que teve melhor criação que eu, que recebeu tanto amor, carinho ou atenção de toda a família assim como eu. Essa era minha realidade, uma mulher, por assim dizer, fruto de um amor impossível e que tem a melhor maneira de viver que alguém pode sonhar. A mais prova disso é o carinho e a atenção que minha família tem por mim até hoje. Adormeci ainda sentindo o carinho de minha mãe. Não sei de onde eu tirei esse sono, pois eu acabara de acordar de um sono de 10 horas e já dormia novamente.

Novamente acordei em minha cama, o Jake não estava mais ao meu lado, provavelmente estava na oficina.

-Acertou na mosca, Nessie. – Obrigada pai. Meu pai voltou com a corda toda, não deixa passar um pensamento meu.

Já trocada e com a higiene matinal feita desci as escadas para tomar o meu café da manhã, a casa hoje estava anormalmente silenciosa, na cozinha minha avó terminava de colocar a mesa, para apenas uma pessoa, conclui que era para mim. Me sentei e saboreei do delicioso café preparado com todo carinho pela minha avó, que me acompanha sentada de frete a mim na mesa, assim que terminei ela tirou a mesas, mas sem deixar de sorrir nem um minuto sequer. Eu ia saído da cozinha quando dei de frente com o Seth, fazia alguns dias que eu não o via, mas não era para ele estar tão diferente assim...

 

-Como assim diferente Nessie? – Meu pai perguntou aparecendo na cozinha.

 

-Olhe para ele, está diferente com um olhar diferente. O cheiro também mudou. – Meu pai encarava o Seth, intercalando olhares dele para mim, pelo visto apenas eu tinha notado algo de diferente.

 

– Realmente, não vejo nada de diferente... – Continuou pensativo -  A  não ser que a diferença...Isso, já volto. – Meu pai saiu praticamente voando da cozinha. Logo ele saiu a cozinha ficou pequena para a minha família.

 

-Nessie o que você está sentindo nesse momento? – Perguntou o meu avô.

 

-Sinceramente nada vô, apenas vi o Seth e percebi que está mudado, mas não sei explicar bem isso. - Minha família me olhava um tanto confusa, o que já era de se esperar. Meu pai e meu avô conversavam quase que silenciosamente, foi então que as ondas de preocupação vieram com toda a força me fazendo quase cair no chão, se não fosse as mãos fortes do Jake que acabara de chegar me ampararem com certeza eu estaria caída no chão da cozinha.

-Jazz por favor. – Pediu meu pai ao meu tio, acho que a intenção era que ele controlasse as emoções, já que de alguma forma eu as posso sentir, e isso as vezes me faz mal, como neste momento.

 

Com todos controlados emocionalmente eu pude relaxar, dormi tranquilamente o resto da manhã, esse misto de emoções me deixavam constantemente cansada. Acordei com um suave carinho na face proveniente do Jake.

-Já acordou dorminhoca?

-Já, mas pode continuar com o carinho, estava ótimo. – Ele sorria de modo natural, verdadeiro. Mas sem parar de me acariciar.

-Está com fome? – Perguntou delicadamente.

-Não, estou bem. – Uma ruguinha de preocupação se firmou em torno dos seus olhos.

-Nessie, o que você viu de diferente no Seth hoje pela manhã?

-Não sei explicar, era mais a forma dele estar, o brilho nos olhos, o cheiro. Lembra de quando ele namorava a Cris? Aquele sorriso brincalhão. Ele estava mais...feliz. Não sei bem.

-Bom que ele anda mais alegrinho já deu para perceber, mas o resto para mim é novo. Deve ser a sensibilidade da gravidez meu anjo, nada para nos preocuparmos por agora. Vamos levantar que a senhorita precisa de um banho e uma roupa bem confortável pra gente sair. – Ele levantou me levando junto, um brilho misterioso surgiu nos seus olhos e me alegrou.

 

-Onde vamos?

 

-Surpresa, mas sei que vai gostar.

Enquanto eu tomava meu banho fiquei imaginando aonde iríamos, e meu excelentíssimo pai que sempre atende aos meus pensamentos se manteve em silencio, isso é tão injusto.

-Não é não, ele quer fazer uma surpresa, quem sou eu para estragar tudo. – Respondeu na maior cara de pau. É meu pai, e ainda estou grávida não posso passar por fortes emoções. Ele apenas riu em resposta.

Terminei o banho, me vesti e o Jake já estava me esperando.

-Aonde vamos? – Perguntei ansiosa.

-Amor se eu contar não vai ter graça, espere um pouquinho tá bem?

-Então vamos logo. – Respondi impaciente, não tenho culpa estou grávida de um serzinho que pode muito bem ser meio vampiro e meio lobo, isso é demais até mesmo para mim. Meu pai se limitou a rir, ainda bem acho que a minha paciência sumiu hoje.

Saímos em direção à floresta, caminhamos por algum tempo, depois o Jake me pegou no colo, segundo ele para que eu não me cansasse muito com o passeio, e corremos por cerca de meia hora, paramos assim que avistamos um grupo de cervos, cerca de cinco animais. Jake olhou intensamente em meus olhos.

-Lanchinho da tarde, mas eu seguro ele para não te ferir. – Não acreditei quando ele disse isso, Ele sempre abominou a idéia de eu me alimentar de sangue, as várias vezes que fomos caçar ele nunca olhava enquanto eu bebia o sangue, isso me deixava muito vampira e agora ele iria segura o cervo para ele não me machucar nem ao bebe. Deixei uma lágrima solitária rolar pela minha face, eu estava muito emocionada para dizer qualquer coisa naquele momento. – Qual deles você está com vontade? – Apontei para um macho forte, o maior o bando. Jake se aproximou sorrateiro e o segurou, eu me aproximei e suguei todo o sangue do pobre animal.

-Obrigada Jake. – Não conseguia dizer mais nada, estava emocionada demais para falar, assim como ele que apenas me beijou com ferocidade quase me derrubando na grama. Rimos diante da situação inusitada.

-Não fiz nada demais, minha esposa grávida estava com desejo, eu apenas p realizei. – Disse ele tão formalmente que chegou a ser engraçado. Ele tocou a ponta do meu nariz com o dedo indicador . –Eu te amo Sra. Black.

-Eu também te amo Sr. Black.

 

Voltei para casa mais que realizada, além da constate atenção e carinho dados pelo meu marido a simples ato dele de hoje me fez pensar que nunca, em lugar nenhum teria outro homem que me completasse da mesma forma que ele. Fomos feito um para o outro, e se algum dia houvesse dúvidas a esse respeito não existia maia e nunca mais iria existir.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez peço desculpas.
Aviso às queridas leitoras que recomendaram que até sexta eu envio a lua de mel, e logo sai mais um cap, espero que eu não tenha sido abandonada, ainda.
Até mais.

Beijinhos no coração de todos