Cheguei em casa já se passava das 10 da noite, encontrei meus pais na sala conversando com a vovó Esme.

-Olá filha como foi a caçada? – Minha mãe foi a primeira a se pronunciar.

- Bem, peguei um cervo dos grandes, e aproveitamos para nada um pouco naquele rio perto da divisa.

-Bom então é melhor a senhorita tomar um banho e ir para cama, amanhã teremos aula. – peraí...será que eu entendi direito, amanhã?

- É, amanhã... Já teríamos te contado mas o peludo ai chegou e você foi caçar – meu pai tentava me explicar o motivo, mas não conseguia me acalmar, eu já estava entrando em pânico quando minha avó falou....

- Calma querida, já esta tudo certo e seus pais e tios, e é claro o Jack estarão lá contigo.

-Ta bom então, boa noite – eu disse dando um beijo em cada um deles e um grande abraço no meu lobo.

Fui para o meu quarto, tomei um banho, coloquei meu pijama e cai na cama. Como estava bem cansada logo dormi, tive uma noite tranqüila, sem sonhos. Logo cedo minha mãe me acordou com um beijo, levantei tomei uma ducha rápida e coloquei a roupa que estava separada no meu closet, que é claro só podia ser obra da tia Alice...

-acertou princesa, mas não se demore senão chegaremos atrasados. – “tudo bem pai” eu disse em pensamento, já que ele estava atento a eles.

Enquanto prendia o meu cabelo com um palito de metal com uma rosa cravejada de diamantes na ponta senti um cheio muito familiar, era o meu Jack que já havia chego. Sai rápido do quarto para encontrar toda a minha família na frente de casa me esperando.

-Oi Nesse – o Jack foi o primeiro a se pronunciar – Até eu fiquei pronto antes de você.

-Menos Jack, você não teve que colocar as roupas que a tia Alice separa. – Não que eu não gostasse das roupas que a minha tia comprava, mas às vezes eu queria ficar mais, digamos assim, invisíveis.

- Você jamais conseguiria meu bem - “Eu sei pai” respondo em pensamentos.

-Jamais conseguiria o que Ed. – Minha é sempre curiosa.

-Pode ter certeza que sim filha, a Nesse jamais conseguiria ficar invisível Baila.

-Na real, a monstrinha ficar invisível? Nem com superpoderes – Esse ai so pode ser o meu tio Emenet.

- Então vamos logo – eu queria acabar com tudo isso logo logo.

-Para quem não queria ir você está bem animada não é?

-Jack, para sua informação quanto antes nós formos antes poderemos voltar, então estou animada com a volta não com a ida.

Sem dizer mais nada nos encaminhamos para os carros. Eu, meus pais e o Jack fomos com a Mercedes do meu pai (alouuu, já faz 10 anos que ele dirigia o volvo, o qual já esta ultrapassado a séculos.) Meus tios foram no jipe novo do tio Emet, tia Rose deu pra ele a menos de 1 mês.

Chegamos na escola e é claro que todos pararam para nos observar, o que já era esperado. Para todos os efeitos eu, tia Alice, papai e tio Emet éramos irmãos, tia Rose e tio Jazz gêmeos sobrinhos da nossa mãe, e a minha mãe (Bella) e o Jack eram primos que vieram morar conosco por causa da escola. Até ai era fácil de lembrar, mas não sei se eu seria uma boa atriz para o que estava por vir.

Pegamos os horários das aulas e cada um foi para sua aula, com um breve acenos deixei a minha família e fui para a minha aula de Ed. Física, aula que eu teria junto com o Jack, já que ele preferiu se fazer de repetente só para ficar no mesmo ano que eu. A aula foi mais fácil que eu imaginava, conheci algumas pessoas, não muito interessantes. Depois fui para a aula de Literatura, lá me sentei junto a uma garota chamada Cris, a professora nos pediu para ler Drácula, eu mereço, livros de vampiro, que escola é essa. Só depois fui entender que não era por causa do tema mas o tipo de livro que era escrito em forma de epístolas, mas mesmo assim era fácil para mim, meu pai e meu avô Carlisle me ensinaram de tudo. Mas tal garota era bem legal, já quando me sentei ao seu lado ela se apresentou e puxou conversa, não me pareceu ser interesseira nem nada, apenas legal.

-Olá, meu nome é Cris, e o seu?

-Renesmee, mas pode me chamar de Nesse.

-Você é nova, chegou hoje não é?

- É, eu minha pequena família – Nós rimos juntas da minha piada, porque pequena realmente não era a minha família.

Na hora do almoço, sentei com a minha família, todos fingiam comer, apenas o Jack devorava a comida de verdade, como eu tinha caçado ontem não estava com a mínima fome, então fingi comer. O resto do dia passou calmo, no carro eu pude conversar melhor com meus pais sobre o dia.

-Não foi um bicho de sete cabeças que você esperava não é filha – Esse ai foi o meu pai

-Com certeza que não, mas mesmo assim, não foi muito fácil, o cheiro de sangue as vezes atrapalha a concentração.

-Mas você tirou de letra Nesse. – Fique contente pelo apoio que recebia da minha família e principalmente do Jack.

Chegamos em casa e eu me atirei no sofá, estava muito tensa com todos os acontecimentos do dia, até que escutei o celular do Jack tocar, ele estava na cozinha pegando algo para comer e pediu que eu atendesse para ele.

-Alô.

-Alô, o Jacob por gentileza. – disse uma garota do outro lado da linha.

-Quem gostaria?

-Uma amiga da escola, Jany – não sei porque mas naquela hora meu coração parecia que ia sair pela boca, comecei a tremer, senti que algo molhado saia dos meus olhos, é eu estava chorando, era a primeira vez que eu chorava e nem conseguia entender o porque. O Jack apareceu na porta da sala, com um sanduíche nas mãos e me viu daquele jeito, deixei o celular dele cair no chão, alertada pelo barulho provocado pela queda sai em disparada para o meu quarto.

O que estava acontecendo comigo, chora por causa de uma ligação, e sentir vergonha do meu melhor amigo. Não importa a dor no meu peito era tão grande que a única coisa que eu queria era chorar e chorar mais ainda. Pedi em pensamento para o meu pai me deixar sozinha e impedir que qualquer um, principalmente certo lobo, entrasse no meu quarto. As lágrimas insistiram em cair até que eu adormeci.