Chegamos perto da cidade, pedi que o Jake me esperasse na floresta, seria muito chamativo eu entrar na cidade com um lobo do tamanho de um cavalo ao lado. Entrei no que seria a melhor loja daquele lugar, peguei duas camisetas, uma M e uma G, na verdade eu não fazia a menor idéia do que comprar para ele, muito menos o tamanho. Peguei três calças,ambas iguais mas de tamanhos diferentes, também três pacotes de cucas, sabe Deus que tamanho ele usa, meias, tênis, enfim tudo o que ele precisava, só espero que eu não tenha errado muito nos tamanhos... Logo eu estava de volta no local onde eu o tinha deixado, ele estava deitado, um lindo lobinho deitado com a cabeça sobre as patas dianteiras. Deixei as sacolas do seu lado, dei um beijinho na cabeça e sai para que ele pudesse se arrumar.

-Oi meu anjo. –Ele chegou por trás me beijando no pescoço. – Agora você pode ver. – Me virei e dei de cara com o homem mais lindo da face da terra. – E então como ficou?

-Você está lindo. – Me joguei nos seus braços alcançando os seus lábios com os meus.

-Mas me diga uma coisa. – Ele ainda me mantinha presa nos seus braços. – Você comprou roupas para quantas pessoas? – Ele perguntou rindo.

-Seu bobo...eu não fazia a menor idéia do tamanho, então preferi não arriscar.

-Tudo Bem então, o que vamos fazer com as que não me serviram?

-Tem um abrigo público no centro da cidade a gente poderia doar, o que acha?

-Que você tem um coração enorme ai dentro . –Ele disse tocando o meu peito com a ponta do dedo, sem segundas intenções, mas meu copo reagiu de forma inesperada, senti que dentro de mim algo ‘molhava’ a minha calcinha, foi uma sensação mais que prazerosa.

Depois que deixamos as sacolas no tal abrigo rumei em direção ao hotel da cidade, não era nada luxuoso, mas poderíamos tomar um banho, descansar um pouco e aproveitar a nossa liberdade momentânea...o que eu estou pensando? Pare já com isso Nessie, as coisas não estão nesse ponto... ainda. Na porta do hotel o Jake me olhou sem entender nada, peguei a sua mão e nos encaminhei até a recepção, pedi um quarto e subimos até o ultimo andar, pelas escadas mesmo.

-Nessie meu anjo o que estamos fazendo aqui. – O meu lobinho perguntou depois que entramos na mais ‘’luxuosa’’ suíte, o que não era nada luxuosa por sinal.

-Não sei você meu amor, mas eu... – Me atirei nos seus braços para cari-lo, o que fui muito bem correspondida. – Pretendo tomar um banho e descansar um pouco antes de continuarmos. – Olhei com a minha melhor expressão de inocência. Era obvio que eu queria que ele pensasse outras coisas.

-Dessa vez seu pai me mata. –Ele disse rindo, mas ainda abraçado a mim. –Eu, você, um quarto de hotel. Com certeza seu pai me mata.

-Pare de ser bobo, nós precisamos descansar, tomar um banho e nos alimentar. Não temos muitas opções nessa cidade. – Não queria que ele ficasse com medo do meu pai, queria que pudesse aproveitar esse momento único.

-Tá bom meu anjo, então você toma banho primeiro.

-Tô indo, mas antes eu quero um beijo. – E mais uma vez nos beijamos apaixonadamente.

Fui até o banheiro, que era bem simples, retirei as roupas e tomei um banho. Até que foi bom, tirar as ultimas sensações que ainda estavam na minha pele, parecia que eu ainda podia sentir as mãos do Nahuel no meu corpo. Sai de dentro do box, peguei uma toalha e enrolei no meu cabelo, depois com a outra me sequei, coloquei o outro conjunto que eu havia trazido na mochila. Enquanto eu colocava  o casaco lembrei de onde este casaco estava há algumas horas atrás, era a única coisa que protegia o meu amor, era o único tecido que tocava a sua pele. Só de lembrar dessas coisas me senti levitar...

-Pronto meu anjo?...Nossa você está linda. – Eu???Linda??? Esse lobo precisa de um oftalmologista com urgência, ele não está enxergando direito. Como eu poderia estar linda como um agasalho qualquer, cabelo enrolado numa toalha e sem nenhuma maquiagem??? É quando chegarmos em casa terei que pedir que ele procure um médico, não sei o que meu avô entende da visão de lobos.

-Jake, enquanto você toma banho eu vou pedir algo para a gente comer tá bom? – Eu ainda me sentia insegura quanto a ele, apesar de estarmos juntos eu o havia magoado a poucos dias, não sei até onde eu posso considerar que as coisas estão normais.

-Então peça, acho que estou com fome. – Ele me pegou no colo me colocou na cama e começou a me dar mordidinhas no pescoço, na bochecha, nos braços. – Tanta fome que seria capaz de comer até mesmo uma vampira. – Ele olhou para mim rindo, não era no sentido figurado que ele falava. Sua expressão não era de luxuria, mas de fome.

-Então vá para o banho, antes que meu pai tenha motivos para te matar. – No meu olhar a verdadeira expressão de malicia, senti seu corpo enrijecer em cima do meu. Eu faria com que ele percebesse que não estava com uma criança, e sabia exatamente o que eu queria e faria.

Enquanto ele tomava banho pedi comida para nós, é claro que eu não gostava de comida humana, mas não tinha como caçar, pelo menos por enquanto, e eu precisava de bastante energia. Antes de ele terminar o banho a comida chegou, eu até pensei que seria exagero, mas pensando melhor o Jake devia estar morto de fome.

Esperei ele sair do banho para que comêssemos juntos, ele saiu do banho mais lindo do que nunca, ele estava sem camisa, com a calça um pouco baixa e a toalha no pescoço absorvendo a água que caia do cabelo e eu para variar não consegui mexer um músculo que fosse, fiquei paralisada pela sua imagem, e ele percebeu...é claro.

-Então que temos? – Pelo menos disfarçou bem. Sentou-se ao meu lado na cama de frete para o carrinho com a comida.

-Lasanha, purê de batatas, carne ao molho madeira, ravióli ao molho branco, salada de frutas e suco de maracujá com melão. – Eu disse apresentando cada um dos pratos.

-O que aconteceu com o suco de laranja em mocinha? – Ele foi falando enquanto se aproximava mais de mim, me segurando pela cintura e beijando o meu pescoço, tenho que concordar com ele: meu pai dessa vez ia mata-lo. Se não a nós dois, também não sou santa ne?

-Não preciso do suco agora...tenho você... – Me joguei em cima dele, o derrubando na cama,e o beijando com paixão e desejo, eu não tinha a menor vontade de parar, quem sabe dessa vez eu deixasse o desejo fluir, e irmos até o fim. Mas não era o que ele queria, pois assim que percebeu como estávamos ele se libertou de mim, com o maior cuidado, mas mesmo assim foi como uma facada em meio peito, me senti rejeitada.

-Amor vamos comer? Antes que... – Ele não completou a frase, apenas balançou a cabeça como se dissesse aquilo para si mesmo, o que me aliviou um pouco, pois pude perceber que ele também estava me querendo.

Comemos em silencio, as palavras eram dispensáveis. Depois de comer eu fui ao banheiro a fim de escovar os dentes, não por causa de mau hálito, mas eu detestava o gosto da comida na minha boca. Quando sai do banheiro fui surpreendida pelo meu lobinho na porta, me esperando para me pegar no colo e me beijar. Apesar de parecer que ele segurava uma criança para fazê-la dormir a paixão que ele transmitia no beijo era incontestável. Logo percebi que estávamos na cama, mas o beijo não foi interrompido, agora era a hora de aproveitar.

Lentamente rolei com ele na cama, ficando por cima dele, como ele estava sem camisa eu aproveitei para acariciá-lo, passei as minhas mãos por cada pedacinho de pele exposta, me abaixei e comecei a beijar o seu pescoço. Da posição sentada que eu estava, fui me deitando suavemente sobre o seu corpo, dando tempo para que ele sentisse cada pedacinho do meu corpo a toca-lo. Minhas mãos foram para o seu rosto, queria ter certeza que aquele homem ali era o amor da minha vida. Olhei profundamente em seus olhos, e beijei com desejo, transmitindo em cada movimento do meu corpo a minha intensa vontade de estar com ele de todas as maneiras possíveis e impossíveis. Ele também mostrou o quanto me desejava, mesmo que não intencionalmente, mas seu copo não precisava de autorização para se excitar ao meu toque, isso me deu mais prazer que eu Imaginava. Sentir que ele estava gostando do que fazíamos ali foi formidável.

- Agora é minha vez... – Ele olhou intensamente para os meus olhos e sem quebrar o contato visual, rolou o corpo me deixando por baixo, ele ficou meio que sentado sobre mim, mas não senti peso nenhum, apenas o calor do seu corpo, acima do normal. Ele abaixou o tronco para poder me beijar, suas mãos vagavam por todo o meu corpo, apesar de eu ter certeza que não deixai ele perceber o que senti quanto ele tocou o meu peito mais cedo, ele estava ciente que aquela região me causava inúmeras sensações de prazer, pois era a preferida de suas mãos. Mas estas também se preocupavam em passear pelas minhas pernas, principalmente pala parte de dentro delas. Eu já não tinha o menor controle de nada. Agarrei o seu pescoço, a fim de trazer o seu rosto para mais perto de mim, assim que estava com ele onde eu queria, falei sugestivamente ao seu ouvido.

-Vai me torturar por muito tempo ainda? – Era nítido o meu desejo, mas a minha voz saiu mais sexy do que eu queria.

-Você não sabe o que está falando meu anjo. – Ele parecia que estava tentando pensar racionalmente, mas assim como eu não conseguia. – Seu pai me mata só em pensar que estamos, sozinhos, imagine o que ele fará comigo se ‘ver’ o jeito que estamos agora... – Ele estava tentando acreditar nas suas palavras, mas nem eu muito menos ele estava dando a mínima para esse detalhe.

-Só se ele ver,..., mas ele não está aqui está??? – Jake não acreditou nas minha palavras, ele virava a cabeça de um lado para o outro. É claro que ele queria tanto ou até mais que eu, mas sabíamos os ricos que essa vontade nos trazia. Só que eu não deixaria ele pensar nisso, não agora. Beijei o seu pescoço, e fui descendo a minha mão pelo seu corpo, sabia que se ele parasse para pensar nas possibilidades que meu pai providenciaria a gente não passaria do aperto de mão.

-Meu amor...temos que ter controle...não sei...não posso. – Ele estava falando sozinho, pois eu não consegui interpretar nenhuma das suas palavras. Ele devia estar louco...de desejo.

-Esquece tudo agora, somos só você e eu. – Eu disse puxando ele para um beijo.

-Tem certeza? – Ele queria dizer para si mesmo. Não era com essa pergunta que ele me tiraria a vontade de ser dele por completo.

-Você tem duvida? – Não era de mim que ele perguntava era dele mesmo, por isso eu respondi com outra pergunta.

-Nessie eu acho melhor não, você não está preparada ainda. E eu quero que seja perfeito, não num quarto de um hotel qualquer. Tem que ser especial. – Que lindo a preocupação dele com a minha primeira vez, mesmo sendo um balde de água fria sobre mim, foi notável a sua preocupação comigo.

-Jake eu quero você, e para isso nada mais importa. Estou pronta para ser sua por completo. – Ele saiu de cima de mim, deitando ao meu lado e me virando para que ficássemos de frente um para o outro.

-Eu acredito nisso, mas meu amor, eu sei que a espera vai valer a pena. – Ele me olhava maliciosamente, com um sorriso no canto dos lábios.

-Posso saber no que o Sr. está pensando para estar com essa carinha?

-Isso nem o seu pai vai ficar sabendo. – O que? Ele estava tramando algo e pretendia esconder seus pensamentos até do meu pai. Não acredito nisso. –Agora meu amor, é melhor a gente dormir um pouco antes de voltar para Forks, se a gente se demorar muito cerca de oito vampiros viram atrás de nós. –Ele acariciava meu rosto com as costas da mão.