Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 7
Capítulo 05 – Tudo termina...


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas... Bem, como já expliquei em DDP e EO, eu sou a Jéh Paixão (jeje2786), a beta de EO e MDUAI..
Como a Nina está viajando e não poderá postar, ela deixou comigo os capítulos..
Prometo tentar postar com a mesma frequencia que ela, okay?!

Reviews pleasee.. hihihi

Beijinhos e boa leitura!



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POV da Autora

 

O desespero tomava conta do corpo e da mente de Bella.

 

“As coisas iam bem, mas, de uma hora para a outra, como num simples estalar de dedos, tudo mudou.

Todos nós sabemos...

Tudo... termina.”

 

- Bella, eu sei que isso é difícil... – Carlisle tentava acalmá-la. – É difícil para mim também.

- Ele... já sabe? – Ela perguntou em meio às lágrimas.

- Sim, já contei a ele. – Seu sogro respondeu. – Pode ir vê-lo se quiser. Daqui umas duas horas sai o resultado dos exames que pedi.

 

Ela apenas assentiu e então seguiu para o quarto 913. Sua cabeça girava e suas pernas forçavam-se a andar rumo ao quarto. Em sua cabeça passava-se tanta coisa. Como seria possível? Porque ele? Porque justamente ele? Os devaneios, agora constantes, invadiam sua mente. Seu coração estava dilacerado, não porque ele fez algo com ela, mas por ser justamente o contrário. Ele não havia feito nada. Ele havia sido, somente, o cara que ela amava.

 

“Ninguém sabia se o amor seria suficiente.”

 

Quando entrou no quarto, sentiu um aperto no peito. Edward estava com os cabelos mais bagunçados que o normal, sua pele estava levemente pálida – talvez fosse o lugar – e a mancha vermelha, grande e redonda, em sua bochecha. Seu coração chorava, sangrava por dentro ao vê-lo daquele jeito, tão impotente, tão debilitado.

 

- Edward... – Ela sibilou e deu três passadas largas em direção à cama.

- Bell. – Ele murmurou, encarando-a.

- Porque... Porque você?! – Ela questionava.

- Vai dar tudo certo, Bella. – Ele colocou sua mão sob o queixo pálido dela. – Vai dar tudo certo.

- Eu te amo tanto. Porque você? Porque justamente você?

 

“Infelizmente não era um sonho. Aquele momento era real, mais real que todas as coisas. Não era possível fechar os olhos e simplesmente esquecer as coisas, porque aquele momento era tão real, quanto eles imaginavam que fosse. Não era um sonho. Talvez fosse um pesadelo.”

 

Bella aconchegou-se a Edward, na beirada da cama, ficando abraçada a ele, esperando que as duas – eternas – horas passassem de uma vez por todas. Ela desejava com tanto ardor, com tanta força, para que tudo aquilo não passasse de um pesadelo e então pudesse acordar. Naquele curto momento em que resolveu fechar os olhos, sonhou com um dia comum, em que eles passeavam juntos na cidade.

 

Carlisle estava em sua sala, Esme e os pais de Bella estavam junto a ele, tentando consolá-lo, tentando trazer a tona o médico, que fora mergulhado num mar de tristeza naquele dia. Depois de um tempo, ele voltou a si, mas ainda sim, a tristeza era visível em seu rosto.

 

Eles foram até o quarto em que Edward e Bella estavam. Encontraram-na  com a cabeça apoiada nas mãos, com uma respiração quase profunda. Renée chamou-a, Edward endireitou-se na cama e esperou pela notícia, que ele sabia – ao menos suspeitava – que não era boa.

 

- Os exames que mandei fazer são todos de ordem neurológica. – Carlisle dizia. – As manchas, que são as pequenas massas de células em seu cérebro, não são a origem do seu problema.

- Céus, então o problema é outro? – Bella arregalou os olhos.

- Com as amostras de sangue que recolhemos, pude fazer um exame mais profundo. Diretamente no núcleo da célula.

 

“A primeira vez que você abre os olhos, pode ser a última vez que você diz algo. Você pode estar tentando dizer adeus.”

 

- O que isso quer dizer? Explique! Por favor... – Bella dizia entre lágrimas. Todos ali, exceto ela e Edward, sabiam o que ele tinha.

- Quer dizer que é algo com meu DNA, minha carga genética. – Edward murmurou, com a voz embargada.

- Isso não... isso não pode estar acontecendo.

- Existe uma anomalia, eu não sou especialista nisso, mas já confirmei. – Carlisle dizia, tentando segurar suas próprias lágrimas. – Essa massa de células é só uma conseqüência. Essas células estão degenerando, lentamente, algumas partes do seu cérebro. Vão degenerar nervos, neurônios, até que finalmente acabem com vasos sangüíneos e então acabem com alguma região que seja responsável por alguma função importante. É uma doença genética, uma anomalia em sua carga genética. Uma doença rara, bem rara, mas que surge. Às vezes surge do nada, às vezes aparece quando já se tem um histórico na família.

- Tem... tem cura, não é? Tem? Tem!!!! - Ela exclamou.

- Bella, por favor, não se exalte tanto. – Renée pedia a ela, abraçando-a, sabendo que o que viria a seguir, seria pior e ela perderia o controle. – Se acalme. Escute-o com atenção, por favor!

- Não tem cura. – Ele murmurou.

 

Aquelas palavras fizeram-na desabar. Edward arfou e deixou que algumas lágrimas caíssem, então recebeu o abraço de Bella. Os dois soluçavam, era impossível de saber qual deles estava mais abalado. Era difícil lidar com tudo aquilo, era tão triste, tão desconcertante. Carlisle engoliu novamente as lágrimas e o imenso nó em sua garganta, então voltou a falar.

 

- Não tem cura e não existe um tratamento para isso. – Ele disse finalmente. – Doença de Huntington.

- E... eu... vou morrer... – Edward falou com a voz embargada.

- Não é rápida, você pode ter anos de vida ainda. A degeneração é lenta, mas você perde um pouco da memória, pode ter seus movimentos atrofiados ou algo mais sério. Eu vou procurar, Edward! Eu vou procurar em todo o mundo se for preciso, mas eu vou tentar encontrar um tratamento, uma cura... eu... não posso deixar meu  filho ir embora...

- Porque o destino tem que ser tão cruel? Porque não pode simplesmente levar outro de nós ao invés de nos fazer sofrer tanto? – Bella perguntou-se. – Céus, eu te amo tanto, Edward. Eu não quero te perder. Eu não quero viver uma vida sem você. Eu não me imagino sem você!

- Vai dar tudo certo. Eu tenho anos de vida, Bella. Nós vamos ficar juntos... Nem que seja em outra vida! – Ele exclamou, abraçando-a forte, deixando que suas lágrimas escorressem pelo rosto.

- Não diga isso! Nós vamos viver aqui, juntos, Edward! Nós vamos estar juntos!

 

Não agüentando a cena, Carlisle abraçou Esme, e finalmente, quando estavam somente na companhia de Charlie e Renné, os dois deixaram-se abalar pela notícia. A pose de médico neuro-cirurgião e de decoradora de interiores, finalmente foi deixada de lado.

 

Como podia a vida pregar-lhes tamanha peça?

 

Como poderiam viver sem a companhia de seu amado filho? Como poderiam agüentar se ele não resistisse tanto tempo como todos gostariam que ele resistisse?

 

“O tempo nunca pareceu tão importante, como era naquele momento, naquela situação. A vida nunca foi tão prezada. Deus, era terrível ver todos sofrendo daquela forma. Era tão deprimente ver aquela família feliz, agora entregue as mágoas, entrando num poço de tristeza que parecia nunca ter fim..

 

Mas uma coisa sempre foi clara, ninguém podia mudar o que estava acontecendo.

As coisas vão além da nossa compreensão, mas por mais que seja assim, tudo chega a um fim. Nós, seres humanos chegamos ao fim da vida... e, às vezes, o fim da vida, é que acaba chegando em nós.”

 

- Escute-me, Bella! – Edward tentava chamar-lhe a atenção. – Vai dar tudo certo. Ainda temos um tempo juntos. Meu pai está tentando descobrir se essa doença tem algum estágio, mas olhe! Sinto-me bem, não estou debilitado nem nada. Por favor, não chore por mim, eu quero que você fique bem.

- Fala como se estivesse se despedindo. Não fale assim! – Ela retrucou.

- Ok, me desculpe. Mas vamos, deite-se ao meu lado. Durma aqui, amanhã acordaremos, sairemos juntos desse hospital e vamos continuar com nossas vidas.

- Eu te amo, Edward. Sempre vou te amar. – Ela declarou-se.

- Eu sempre vou te amar. E sempre, vou cuidar de você Bella. Nós estaremos sempre juntos.


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