City of Angels escrita por May Prince


Capítulo 13
Capítulo 12




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Eu realmente cheguei a pensar que aconteceria algo a mais entre Felicity e eu na noite passada, quando ela foi embora eu fui direto para o chuveiro do vestiário tomar um banho gelado. Meu machucado ardeu como o inferno com o contato da água e o sabão, mas eu não me importei. Aquele não era o meu primeiro corte, meu corpo já estava marcado com muitos outros ferimentos como aquele, alguns piores até.

Eu peguei no sono assim que bati na cama, sonhei com ela. Sonhei com ela de véu e grinalda no nosso casamento, sonhei com ela sempre estando lá por mim nos anos em que ficamos juntos.

E então eu acordei com uma convicção: Felicity seria minha novamente.

Ela não fazia ideia do fato de eu ter ido atrás dela em Ivy Town, e ela ficou mexida com a história. Eu vi que ela ficou. Tudo que eu tinha que fazer era mostrar que eu estava disposto de retomar de onde paramos.

Sei que ela mentiu para mim em relação a gravidez anos atrás, mas eu podia muito bem enterrar isso caso ela me perdoasse por não ter sido o suficiente para ela, por ter sido tão mesquinho e machista quando ela mostrou o projeto que ela tinha feito para mudarmos de vida.

Quando eu acordei fiquei imaginando a vida que poderíamos ter tido caso eu tivesse ido junto com ela. Vida que eu estava disposto a ter caso ela desistisse de casar com Ray Palmer e aceitasse voltar para mim. Lugar de onde ela nunca devia ter saído.

Ray Palmer... Por favor, não coloquem esse desgraçado na minha frente. Ou melhor, coloquem sim... Aí ele ia saber lidar com um homem de verdade, porque o que ele fez comigo foi pura canalhice. Ele usou o fato de conhecer a minha história e de Felicity para usá-la contra nós mesmo. Poderíamos estar felizes agora se não fosse por ele.

Que ele não me apareça em Starling City. O que é dele ta guardado, e ta guardado no meu punho.

— Ollie, - McKenna me tirou dos meus devaneios – a turminha do balé já está formada. Talia ainda não chegou para dar a aula e fazer a recreação. O que eu faço com elas? Roy está lá tentando conte-las.

— Eu vou lá – suspirei me levantando – Começarei a recreação

A academia junto com a prefeitura oferecia aula para as crianças nas férias. Funcionava da seguinte forma: Eram duas semanas de balé e duas semanas de arco e flecha, assim fechava as 4 semanas que tinha no mês. A criança que participasse de qualquer uma dessas duas aulas ganharia 100% de desconto caso quisesse matricular para quando as férias voltassem. Sendo tudo arcado por mim e pela prefeitura, desde material até uniformes. Era um meio que encontramos para trazer as crianças para o esporte e tirar das ruas, isso já ajudou muitas.

— Você está distante hoje – falou se aproximando e colocando uma mão em meu peito – Será que eu poderia fazer algo para te trazer de volta a realidade?

Digamos que eu e McKenna já tenhamos nos aventurado, sexo casual e sem compromisso. Ela era uma morena linda, farta e tentadora.  Mas não era melhor do que Felicity.

Segurei sua mão que agora estava subindo para o meu pescoço e um sorriso malicioso formando em seus lábios. Ela queria, mas não ia ter.

— McKenna, não – falei ríspido e sai andando para a porta

— Isso é por causa dela, não é? – alterou a voz – Você nunca negou fogo comigo. Ela não é nada Oliver...

— Ela é minha esposa, quem não é nada é você – soltei sem pensar ainda de costas

— Nossa! Quando ela parar de brincar de casinha com você, não me procura. Porque eu sei que você vai.

Me virei e a encarei, seu olhar era de fúria.

— Eu procuro outra, você não é a única mulher por aqui. – pisquei e ela bufou

Desci as escadas e fui para a sala de balé, antes chequei a recepção e John estava com as crianças que teriam aula de arco e flecha, abri a porta do balé e Roy olhava assustado as meninas correndo pra lá e para cá. Meninas de tutu rosa falando alto como se conhecessem a vida toda.

Hoje seria um longo dia de trabalho.

Eu já vi Talia conter as pestinhas, só não sabia se eu conseguiria.

— Roy – cumprimentei e ele veio correndo para o meu lado

— Oliver.

— Pode ir dar a aula de arco e flecha para mim? – perguntei – Vi que as crianças para essa aula já chegaram, estão na recepção com Dig.

— Onde está Talia? – olhou desesperado para as meninas

— Não faço a mínima ideia – suspirei, ele assentiu e saiu da sala. Fechei a porta e olhei para as meninas que não estavam nem dando atenção para a minha presença.

Ótimo!

— Hey meninas! – falei, mas ninguém me deu atenção  

Grito ou não grito?... Grito

— ATENÇÃO! – gritei e o falatório parou, 15 pares de olhos me encararam

— Minha mãe disse para obedecer a professora, você não é a professora – uma garotinha morena falou revirando os olhos

— Deixa o moço falar – uma vozinha fraca falou. Uma voz familiar. Mas não consegui identificar de onde veio.

— Isso, me deixem falar – sorri – A Professora de vocês está um pouco atrasada e eu vou ficar com vocês até ela chegar.

— E o que a gente vai fazer, tio? – uma ruivinha perguntou

— Brincadeira do silêncio – enfiei a mão no bolso e saquei minha carteira. Deus me ajude!

— Qual a graça? – a garotinha moreninha falou de novo

— Quem quer ganhar 10 pratas? – falei mostrando o dinheiro. Todas gritaram “eu”. Deus estava me ajudando afinal – Então quando eu falar , vocês vão ficar em silêncio. Quem falar primeiro perde, ok? – todas gritaram “sim” – Então... Já! – falei e a sela fez silêncio. Tinha umas risadinhas, outras tentando conversar com o olhar. Mas pelo menos a gritaria tinha cessado. - Vou dar uma ligação ali fora, e vou voltar. Quero e estejam desse jeito, aí sim darei as 10 pratas. – umas assentiram e outras fizeram o sinal de “beleza”

Sai da sala e fechei a porta, eu não tinha ligação nenhuma para fazer, apenas queria ouvir o que falariam.

— Ele parece o príncipe da Encantada — uma menina falou baixinho e eu ri

— O Robert ou o Edward? — aquela voz que eu conhecia, mas não sabia de onde, falou

— O Robert

— Ah sim — falou novamente

— Escutando atrás da porta, Queen? – Tommy apareceu sorridente no corredor

— Shhiiiiu – falei levantando um dedo pedindo silencio

— O que? – Tommy sussurrou e eu ri

— Elas me acham um príncipe encantado – sorri e Tommy revirou os olhos

— Ótimo, príncipe encantado, eu tenho uma coisa para te contar – olhei para ele em expectativa – Felicity está na cidade

— Nossa, achei que você tivesse descoberto a cura do câncer – revirei os olhos

— Você já sabia e não me contou? – se fez de ofendido

— Ele já foi lá no hotel onde eu estava hospedada, ele é amigo da dindinha e é casado com alguém – a vozinha conhecida disse.

— Oliv...

— Shiiiu – falei e Tommy riu

— Fifi fofoqueira – dei o dedo do meio para ele

— Ele deve ser casado com alguma princesa bem linda— alguém falou

— Eu não sei quem é— a vozinha conhecida suspirou

Eu não lembrava de ter dito nada na frente de nenhum criança que eu era casado, a única criança que eu tive contato foi Melanie e a mãe dela ontem. Mas ela estava com a mãe, e não com a madrinha. A não ser que eu tenha entendido errado e Sara fosse a mãe da menina.

— Brinquei com elas, quem ficasse calada enquanto eu tivesse fora da sala, ganharia 10 pratas – falei olhando para Tommy

— E você ta aí de Fifi tomando conta para ver se elas vão falar ou não? – riu

— Ninguém ganhou, Tommy – sorri de volta

— Então vamos anunciar as perdedoras – falou abrindo a porta da sala.

— E ai meninas! – Tommy disse sorrindo - Ninguém falou nada, a maioria fez o sinal de “beleza” e eu ri. Espertinhas! – Eu sou tio Tommy, sou mais bonito que o príncipe aqui, não sou? – elas negaram com a cabeça e eu gargalhei, Tommy fez careta. E então a vozinha conhecida gritou.

— Senhor Merda! – ela correu até o Tommy e o abraçou pela cintura. Melanie.

— Senhor Merda? – gargalhei

— Ela não consegue falar Merlyn ok? – fez careta

— Ok, Sr. Merda – pisquei e ele coçou a barba apenas com o dedo do meio

— O que faz aqui, pequena princesa? – Tommy perguntou para Melanie a pegando no colo

— Dindinha me deixou aqui, mamãe não quis, mas a dindinha brigou com ela e me trouxe.

— Como está a sua dindinha? – ele perguntou

— Você quer namorar com ela? – Melanie sorriu

— Oh... Eu quero – ele piscou e Talia entrou na sala.

— Meu carro furou o pneu, mas cá estou eu. Tudo bem garotas?

— A gente já pode falar? – a ruivinha perguntou e eu ri

— Sim – peguei as notas na minha carteira – 10 pratas pra cada uma Talia. – ela riu e pegou as notas.

— Eu posso ir com você e o Senhor Merda? Eu estou tonta. Quero a minha mamãe. – eu iria gargalhar se não fosse pela cara de dor que ela estava fazendo. Olhei de Tommy para Talia e ambos assentiram

Tommy, que já estava com a menina nos braços, me olhou estranho e saiu da sala, fui em seu encalço.

— Roy está no arco e flecha, não preciso ir lá. – apontei para as escadas – Vamos para a minha sala.

Melanie deitou a cabeça no vão do pescoço de Tommy e aquilo me incomodou, eu queria estar com ela em meus braços. Queria fazer algo para a dor dela passar.

— Princesa, porque sua mãe te mandou para cá se você não está se sentindo bem? – perguntei tocando seus cabelos loiros

— Mamãe não queria deixar. – levantou a cabecinha e me olhou – Eu chorei muito pra vir e a dindinha disse pra mamãe que eu já estava bem.

— Ah sim... – falei

— Você vai ligar para a minha mamãe, príncipe? – perguntou com os olhos cheio de lágrimas e estendeu os braços para mim. De imediato a tomei em meus braços e afaguei suas costas.

— Vou, pequena.

— Oliver, - Tommy sussurrou passando a mão nos cabelos. Sinal de nervosismo. Lá vem bomba! – Você sabe quem é a mãe dela?

— Laurel Lance.

—Não – ela choramingou e eu apertei ela ainda mais contra mim – Eu quero a minha mamãe

— Vamos ligar. – falei entrando em desespero

— Senhor Merda, você conhece a mamãe – levantou a cabeça e o encarou. Tommy estava tão desesperado quanto eu. – Liga pra ela.

— Sua dindinha que te trouxe? – ele perguntou e ela assentiu – Vou lá embaixo ver se ela deixou o numero de contato, ok? – ela assentiu e ele saiu.

Melanie voltou a deitar a cabeça no meu ombro e deu um longo suspiro, um suspiro cansado. Andei de um lado para o outro da minha sala. Eu precisava fazer alguma coisa para aplacar a dor dela, eu sentia essa necessidade.

— Oliver, eu quero fazer xixi – falou me olhando e corando.

Ela riu sem graça e se sacudiu para descer do meu colo. A coloquei no chão e ela saiu correndo.

— Oliver, eu sei que você é menino. – chamou do banheiro e eu fui até lá – Me ajuda com o collant?

— Vem cá – me abaixei e a ajudei a tirar a alça de manga do collant rosa, quando sua barriguinha ficou exposta eu me assustei ao ver pequenas manchar vermelhas por seu corpo, umas arroxeadas.

— O que é isso, Melanie? – perguntei e ela deu de ombros e moveu as mãos da fazendo sinal para eu virar de costas. Fiz e cruzei os braços esperando a resposta.

— Mamãe quis me levar ao médico, mas eu fiz pirraça pra vir pra cá dançar balé. E a dindinha me defendeu. Mamãe ficou chorando.  – ela ficou em silencio e eu ri ao escutar seu xixi caindo no vaso. Mas um tempo de silêncio e ela se pronunciou – Já acabei, me ajuda a por de volta? – me virei e ela já estava com o collant até a barriga. Olhei novamente as manchar vermelhas antes de tampá-las com a roupa.

Aquilo não era normal e eu falaria com quem viesse buscá-la.

Ergui Melanie em meus braços e dei um beijo em sua estar. E então ela sorriu, um sorriso que para mim ela familar, um sorriso que me fez lembrar Felicity, o mesmo sorriso envergonhado que ela dava quando se sentia constrangida. Se a gravidez que Felicity inventou fosse real, talvez nossa filha teria a mesma idade que Melanie e...

Oh merda!

Se Melanie não era filha de Sara, e nem de Laurel, ela só podia ser filha de Felicity. E pra Felicity ter escondido ela de mim...

Oh merda!

Eu tenho uma filha! Melanie era minha filha! Minha!

Como Felicity foi capaz de esconder ela de mim por quase 7 anos? Toda criança precisa de um pai presente, e eu sempre sonhei em ter uma menina. Como Felicity foi capaz disso? Ao invés de me contar ela preferiu que minha filha tivesse contato com Ray Palmer.

Minha filha... Eu nem tinha essa certeza ainda mas parecia tão certo chamar Melanie de minha. A abracei forte contra meu corpo. Fazendo uma promessa muda de que nenhum mal atingiria ela. Eu não deixaria. Melanie era minha. E Felicity escondeu isso de mim.

Ou melhor, ela me contou e quem não quis acreditar.

Merda!

Merda!

Mas nada justifica Felicity ter fugido e não me feito acredita que a gravidez era real.

Eu correria atrás dos meus direitos como pai, eu tinha condições de cuidar da minha filha e eu merecia suprir o tempo perdido.

Melanie deu um longo suspiro e fechou os olhos. Coloquei ela deitada em meu colo e sentei no sofá, esperaria Tommy voltar.

Olhei a pequena em meus braços. Como eu não percebi antes? Tinha muito de mim nela, o formato dos olhos eram meus, porém o formato da boca era idêntico o de Felicity. Porém os lábios eram finos, características da família Queen. Melanie era uma quem. Melanie era minha. Isso ninguém podia negar.

Eu estava puto por dentro, muito puto. Mas eu não podia tomar nenhuma providencia agora, não com a minha menina dormindo e passando mal em meus braços.

E então Melanie fez uma careta durante do sono, Felicity também fazia quando estava dormindo. Mas por um momento ela abriu a boca e vi sangue em sua gengiva, abri sua boca com os dedos e a gengiva dela sangrava, Melanie estava pálida.

Levantei e sai correndo pela academia gritando por Tommy com a menina em meus braços, meu coração acelerava e eu tremia. Ela estava tento hemorragia.

— Thomas! – gritei quando o vi no telefone  - Estou indo para o hospital.

Ele me olhou assustado e falou no telefone – Laurel, estamos indo para o hospital, a menina piorou.— fez uma pausa – Sim, tem um no final da rua da academia— e desligou – Vamos no meu carro, Oliver.

— Não – segurei Melanie firme junto a minha e sai correndo pela rua, corri o mais rápido que eu pude.

Eu tinha que salvar minha filha.

(...)

POV Felicity

Todos estavam contra mim, Melanie, mamãe, Laurel e Sara.

Eu não queria deixar Melanie ir a academia de Oliver, não mesmo. Sara falou que iria inscrever Melanie como uma Lance, mas isso não era o problema. O problema era chamarem “Melanie Lance” e ela corrigir.

Meu coração ficou apertado em deixar ela ir, eu chorei. Mas não adiantou, ela foi dizendo “Estou bem, mamãe, vou ficar bem”. Pelo menos ela comeu um prato cheio de comida antes de ir, ficou mas coradinha e saltitante. Sara ficou de cara fechada. Mas eu não liguei, ela não sabia o que era ser mãe.

Elas foram e eu, Laurel e mamãe levamos as nossas coisas para o loft. Estávamos terminando a arrumação quando o telefone de Laurel tocou. Ela me disse que havia encontrado o cara misterioso do cordão, mas se recusou a dizer o nome. Melanie disse que era o Senhor Merda e nada mais.

Eu estava super incomodada por minha filha não estar em casa, meu coração estava apertado e eu estava inquieta demais.

— É o Senhor Merda? – perguntei rindo e me sentando ao lado dela no sofá

— É sim! – e se levantou indo para longe de mim. Segundos depois Laurel volta com lágrimas no olhos e a mão na boca

— O que foi, Laurel?

— Felicity, Melanie...

— O que tem a minha filha? – me levantei

— Tommy e Oliver a levaram para o hospital – soluçou

Meu mundo parou e a ficha caiu Tommy Merlyn era o Senhor Merda, Tommy era o melhor amigo de Oliver. Tommy era o tal cara de Laurel e ele sabia da minha filha. E minha filha estava no hospital com o pai dela. Deus! Eu só precisava da minha filha.

Não importava se ela estava com Tommy ou Oliver, eu só precisava saber dela. Sei que os dois cuidariam dela.

— Eu quero a minha filha Laurel. – falei indo em direção as chaves do carro de Dig que ainda estava comigo e minha bolsa.

— Vamos! – saímos correndo para o estacionamento do loft. Minha mãe e Sara tinham ido ao mercado, esperava estar em casa de volta com a minha filha antes delas voltarem.

— Qual hospital? – perguntei dando a partida

— Aquele que tem na rua da academia do Oliver – falou ligando para alguém – Ele não atende mais Felicity.

Suspirei e acelerei, sei que quebrei muitas leis de transito, e o carro nem era meu, mas era da minha filha que estávamos falando.

Minha cabeça só girava em torno de todos os sintomas que ela estava sentindo, eles iam e vinham. E as manchas no corpo dela que minha mãe disse ser alergia a mosquito. Mas onde estávamos não tinha mosquito. Eu era uma péssima mãe.

Estacionei de qualquer jeito em frente ao hospital e desci o carro correndo. Na recepção eu perguntei sobre a ala infantil e eles me indicaram, eu e Laurel chegamos lá e encontrei Oliver e braços cruzados encostado na parede e olhos fechados, John ao seu lado olhando para o nada e Tommy no celular, na mesa hora o celular de Laurel tocou chamando a atenção dos três homens na sala de espera.

— Cadê Melanie? – falei com a voz embargada, Oliver me olhou com sarcasmo.

Ele sabia.

— Você pretendia manter ela escondida a vida toda? – perguntou se aproximando de mim com a voz alterada. John segurou em seu ombro – E você? – ele olhou para John – Você sabia – ele se desvencilhou do toque de John e acertou um soco em cheio na sua mandíbula. Me assustei e corri para ficar entre Oliver e John.

— Ta se sentido melhor? – perguntei querendo gritar

— Não – rosnou

— Ollie, cara... Se acalma, aqui é um hospital. Precisamos saber sobre a garota. – Tommy se aproximou cauteloso, ele também sabia de Melanie.

— Você também sabia, ela te conhece – rosnou para Tommy, que deu dois passos para trás

— Eu pedi para ele não contar – Laurel se pronunciou – Não era um segredo meu, ou dele. Era da Felicity, ela que tinha que contar.

— Sim cara, - Tommy disse – Eu fui na academia para te contar que Felicity tinha uma filha, talvez você ligaria os pontos sozinho. Mas não precisou eu falar nada.

— Eu nunca saberia – Oliver me olhou – Você não ia me contar! – gritou

— Senhores, aqui é um hospital – uma moça apareceu com uma prancheta na mão – Façam silêncio ou se retirem.

— Como está minha filha? – perguntei ignorando o que ela disse

— Melanie Anne Smoak? – perguntou e eu assenti – Está estável. Ela é bem esperta – sorriu – A própria me disse o nome todo. Sou Amanda Waller, pediatra.

— O que ela teve, doutora? – Oliver perguntou impaciente.

— Vocês são os pais?

— Sim – respondi automaticamente e Oliver me olhou surpreso – Fala logo

— Sigam até a minha sala. - falou e andamos até a pequena sala. - Sentem-se. 

— Não, fala logo. - Oliver disse 

— Melanie está com anemia aplástica. – levantei uma sobrancelha para que ela continuasse, essa mulher estava me irritando – Essa anemia é um tipo de doença sem causa definida, onde a medula óssea deixa de produzir a quantidade adequada de sangue. Quando não é devidamente tratada pode levar à morte devido a infecções em aproximadamente 10 meses. Ainda bem que trouxeram ela agora.

Arfei com sua última fala, teria caído se Oliver não tivesse passado os braços a minha volta. Enterrei meu rosto em seu peito e comecei a chorar, eu não podia perder minha filha.

— E esse tratamento consiste em que? – Oliver perguntou afagando as minhas costas.

— Transfusões sanguíneas, transplante de medula óssea, antibiótico para as infecções e medicamentos imunossupressores – ela falou anotando umas coisas na prancheta - Somente 25% dos pacientes conseguem o transplante de medula óssea e por isso a taxa de sobrevivência da doença não é muito alta. Mas já que os pais estão aqui, podemos começar os testes para ver se ela é compatível.

— Eu não sou compatível – suspirei derrotada

Eu não seria capaz de ajudar minha filha. Mas a família Queen seria.

— Ela é O negativo? – Oliver perguntou

— Sim – sussurrei e levantei minha cabeça para encará-lo – Salva nossa filha, Oliver.


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Notas finais do capítulo

HOJE VIM CHEIA DE SURPRESAS. hahahaa
Fic nova, cap novo antes da data combinada.

Amanhã eu publico o primeiro capítulo de Dinastia. Prometo que não vai ser uma fic cansativa só de história, até pq nem eu gosto. Vai ter muita ação do nosso Oliver. E ai? Vocês são Team Inglaterra ou Team Escócia?

Comenteeeeeem, Recomendeeeeeem!

No próximo QUE SÓ VAI SAIR NA SEGUNDA-FEIRA vai ter Melanie descobrindo sobre o papai, e a família Queen conhecendo a no integrante.

Vai ter Ray babaca Palmer tembém.

Beijos!



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