The Only Exception escrita por Ny Bez


Capítulo 32
Capítulo 32. Back To Black.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Me perdoem por demorar tanto por esse capitulo... Mas me aconteceram milhões de coisas. Adivinhem quem se assumiu? ME. E quem foi exuplsa de casa logo depois? Me too. ;/
Enfim, fiquei sem internet, e ainda estou, então pra poder postar aqui vai demorar um tantinho. Mas to trabalhando nela, quero dar um final pra ela. Estou com saudades de vcs pessoal! Agradeço muito aos antigos leitores que não me abandonaram, e aos novos por me acompanharem! Obrigada mesmo aos que lotam a minha caixa de msg pedindo por mais capitulos... Isso me motiva a continuar.

O cap de hoje é mais uma passagem de tempo, e o que aconteceu com a patricinha e a Rockeirinha nesse periodo. Espero que gostem! Até os reviews! Bjos,



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3 meses depois...

Yanka...

Enfim era o dia de receber a carta de motorista provisória, finalmente ela iria poder andar com o seu carro por ai, sem medo de nada. Estava tão feliz, e ao mesmo tempo, tão orgulhosa de si mesma. Finalmente, motorizada, sem precisar pedir carona aos amiguinhos ricos, ou ter que esperar seu pai, ou sua madrasta ir buscar, ou mesmo chorar de medo no taxi daquele velho senhor simpático, porém, veloz, mas sem ser furioso. Agora era ela, seu possante, sua playlist hard rock anos 80, e várias gatinhas. Sim, por que uma só para ela era pouco.

Yanka ficou desacreditada no amor, e nas mulheres. Nunca mais havia ficado com uma só na noite. Muitas vezes não queria saber nem o nome delas. Eram noites de loucuras, e manhãs confusas ao lado de uma completa estranha, numa cama que não era a dela, numa casa que não era a dela. Muitas vezes tinha que pular pela janela, ou porque a mãe da “hetero curiosa” tinha acabado de bater na porta do quarto, ou porque o marido das mais velhas insasiaveis havia chegado de uma viagem logo cedo de manhã. Mas jamais esquecera uma peça de roupa, ou qualquer acessório, pois não queria ter que voltar para buscar, e nem ela mesma sabia como conseguia se vestir e juntar suas coisas tão rápido. Isso não era o importante, o “FODA-SE” da rockeirinha estava ligado, e ela não se preocupava com meros detalhes, muito menos com nomes, ou telefones que curiosamente apareciam na agenda de seu celular, e ela fazia questão de apagar.

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Sophya...

Sempre no canto do seu quarto, escutando uma playlist depressiva. Mal comia, mal dormia... Só era de casa pra escola. Parecia que sua existência não fazia mais sentido. Todos os dias revirava a cena do seu primo a seduzindo, depois a cena de Yanka ouvindo seu relato aos amigos, e depois a cena de Yanka no lotuz, proferindo aquelas palavras que a machucaram. Ela estava marcada pela dor, pela culpa... E pela saudade. Sim, todos os dias ela sentia falta do abraço, do cheiro, dos beijos... Do toque de sua amada. Aquilo doía muito. Doía mais quando ela tinha que sentir o desprezo da rockeirinha que ainda tanto amava durante as aulas. As vezes recebia um e-mail com avanços do projeto de artes por parte da outra, mas ela havia travado. Não conseguia criar nada, muito menos passos de dança.

Suas noites se resumiam a choro, surtos que eram consolados por sua fiel empregada, que era mais que isso, era uma amiga. Seus pais nem notaram o estado deplorável que sua filha se encontrava. Estava visivelmente mais magra, abatida... Derrotada.

– Com licença Senhora Schmitt... – Disse Inês tentando um diálogo.

– Pois não? – Ela nem se deu o trabalho de tirar os olhos da papelada em que estava trabalhando.

– Não quero tomar muito de seu tempo, e já peço desculpas pela indiscrição. – Disse receosa, mas conseguiu que a outra a olhasse.

– Estou ouvindo. – Disse seca.

– É sobre Sophya. Sei que a senhora e seu marido trabalham muito, e me deram a tarefa de cuidar dela, e eu cuido como se fosse minha filha, mas acho que ela precisa da atenção de vocês no momento. – Ela olhava a empregada atentamente. – Estou muito preocupada com a princesinha...

– Acha que ela está metida com drogas? – Perguntava como se fosse o óbvio. Já que a doença de filhinhos de papai eram drogas.

– Não, não é isso. Eu já conversei bastante com ela sobre isso, e ela me garantiu que não tem o mínimo de interesse. Mas mesmo assim, seu atual estado é preocupante. Há tempos que mal come, está sempre cansada, abatida... Sempre chorando pelos cantos. – A mulher retira os elegantes óculos de descanso que usava, e dá ainda mais atenção ao relato da empregada. – Está com profundas olheiras, como se não dormisse há séculos, e sempre de cabeça baixa e ombros caídos. Quando eu a procuro, está em seu quarto, no escuro, escutando músicas melancólicas...

– Há quanto tempo que isso está acontecendo?

– Aproximadamente há uns 3 meses.

– Nossa! – Ela se levanta e coloca uma dose de whisky, entornando de uma vez, onde sente rasgar sua garganta. – Eu não... Fazia idéia. – Constatou cabisbaixa, e percebeu que sua única filha estava precisando de sua mãe, a qual não lembra de um momento terno sequer com a mesma.

– Acho que nem eu serei capaz de reverter a situação. Ela precisa de você... Ela precisa da mãe dela. – Inês termina, e sai deixando uma mãe com um peso enorme na consciência.

*******************************************************

– Bee, sai dessa cama! – Disse Rick ja puxando o cobertor de Sophya.

– É Sophy, acorda pra cuspir. Você nunca foi de ficar depressiva, nem quando perdia alguma inauguração de alguma loja ou shopping. Então deixa de frescura e levanta dai. – Disse Brenda com toda a sua delicadeza.

– Eu não quero levantar! Minha vida não tem mais sentido... Eu não tenho mais nada. – Disse aos prantos.

– Como tu não tem mais nada? Você tem tudo garota! Esqueceu que é uma das herdeiras mais ricas do Brasil? – Brenda insistia.

– É Sophy. Relacionamentos são assim mesmo. Sempre tem alguém que corneia alguém e alguém se arrepende. Mas ja se passaram 3 meses! Seu tempo de luto já acabou. E isso é uma intervenção. Viemos aqui pra te dar um banho de loja, já que as novas coleções das lojas que você ama já estão nas vitrines. Mas pelo visto, vamos ter que te dar um banho também... Bee, faz quanto tempo que você não toma banho? – Ele cheira a axila dela, e contorce o nariz.

– Anda, eu mesma te dou um banho! – Brenda puxa Sophy da cama, e Rick a carrega até o banheiro. Os dois jogam a patricinha debaixo do chuveiro, com roupa e tudo. A mesma da um grito, pois a água estava fria. – É pra você despertar! Agora sai Rick, eu que eu vou tirar a roupa dela.

Alguns minutos depois, Brenda saia com uma, aparentemente nova, ou velha, Sophya do banheiro. Brenda era por vezes grossa, bruta, mas Sophy a escutava.

– Nossa Bee, o que você disse a ela pra ela ter saido em disparada para o closet dela daquele jeito?

– Eu a perguntei como ela iria reconquistar a Yanka deitada e apodrecendo nessa cama. O resto é instinto dela. – Eles olham boquiabertos para a Sophya Schmitt renovada, saindo de seu closer com o modelito impecável.

– Obrigada meus amigos! Afinal, eu havia esquecido quem eu sou. Sou Sophya Schmitt, e eu consigo tudo o que eu quero. E se eu quero a minha rockeirinha de volta, não vai ser deixando de tomar banho que eu vou conseguir. – Por fora ela estava a determinação em pessoa, só para tranquilizar seus amigos. Mas por dentro estava podre, deprimida... Queria chorar, pois sabia que ter sua amada de volta seria impossível. Ela conhecia Yanka, pois elas eram parecidas em um ponto, em confiar em alguém para entregar seu coração. Ambas nunca haviam se permitido amar alguém, por medo de decepção. Pois ambas tem casos de falta de amor, um lado interrompido por uma fatalidade de uma doença, e no outro, no lado rico da história, Sophy cresceu vendo seus pais como sócios, sem amor. Eles mal se falavam, nunca tiveram um tempo só deles, só para a família, nunca demonstraram afeto, ou muito menos carinho um pelo outro, ou com a própria filha.

– Posso entrar? – Era algo realmente raro de se ver, a cabeça da mãe de Sophya na porta, receosa por abrir. Todos olharam espantados, principalmente Sophy, que jamais imaginou essa cena. Sempre que sua mãe queria falar com ela, mandava um sms para seu celular, ou um e-mail, e resolvia por ali mesmo. Eram raros os momentos em que elas falavam, e quando falavam eram poucas palavras, ela assinava algum cheque e dava um beijo na testa de sua filha entregando o mesmo, como se todos os problemas da mais nova fosse resolvido com alguma gorda quantia por fora de sua mesada.

– Mãe?

– Passei para ver se você estava bem, mas ja vi que está com seus amigos... Volto outra hora. – Ela pisca para a filha e sai.

– Passada... Sua mãe é linda bee, tinha esquecido o quanto é elegante. Adoro mulheres que sabem se vestir. – Rick adorava moda, e a mãe de Sophy não era diferente da filha, se vestia muito bem, de acordo com sua idade, é claro.

– Estranho... Será que depois de 17 anos ela resolveu ser mãe? – Sophy indaga deixando seus dois melhores amigos sem resposta.


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Notas finais do capítulo

... We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to black (8'



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