Curiosidade escrita por anabfernandes8


Capítulo 1
Primeiro capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha, como vocês estão? Bem, hoje estou aqui com um casal que não é muito famoso, não é muito shippado, eu mesma só vi uma fanfic com esse casal, mas na hora que eu vi que ele existia já bateu uma ideia de escrita kkk apenas pela situação. Tipo, eu mesma nunca diria que a Temari combinava com o Naruto, mas depois de vários casais por aí que são aparentemente bizarros mas que tem possibilidade de acontecer, eu resolvi explorar. Não vou vir aqui e dizer que foi fácil, porque nunca é. Consegui desenvolver bem o enredo depois de ter a ideia, mas o final eu fiquei meio na dúvida. kkk eu sou bem assim mesmo, eu começo escrevendo uma coisa e daí o resto da inspiração vem depois. Faladeira e faladeira, eu falo demais né.
Apresento a vocês a sexta fanfic da série Sentimentos, Curiosidade com Temari e Naruto. Uma boa leitura a todos e espero de coração que gostem ♥
Outras fanfics da Série Sentimentos (para quem se interessar). Lembrando que são fics independentes, em que trago diversos casais com os mais diversos sentimentos como tema central, explorando temas e casais que nunca (ou quase nunca) escrevi sobre. As fanfics anteriores são: NejiGaa (Frieza), TemaTen (Surpresa), SakuSasu (Raiva), InoShika (Paixão) e KibaHina (Frustração).



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A entrada da Vila da Folha é como um oásis no deserto. Realmente como um milagre, considerando que estou viajando sozinha por três dias. Completamente sozinha. Gaara estava totalmente atarefado com suas obrigações como Kazekage e Kankuro fez questão de ficar para auxiliá-lo, o que não é nenhuma novidade que meu irmão mais velho evita de vir a Konoha com todas as suas forças; o motivo é que ele não gosta daqui. Posso estar sendo muito sutil, já que a palavra certa seria que ele a odeia totalmente.

De cara, vejo uma figura conhecida e inusitada parada perto ao portão, à minha espera. Como sei? Bem, é Shikamaru. Ele tem me acompanhado quando venho aqui desde que Suna e Konoha fizeram um acordo de paz entre elas, depois do incidente do exame Chunnin. Não sei o que ele faz aqui, este dia, já que estou aqui devido ao seu casamento, então é suposto que ele deveria estar organizando as coisas e não ocupado me recebendo.

— E aí, bebê chorão. - Disfarço minha surpresa com meu sorriso típico de desprezo para ele. Bem, falso desprezo.

Desde que havíamos começado a passar mais tempo juntos, Shikamaru e eu desenvolvemos uma amizade inesperada. Não era estranho para ninguém o quanto nossas personalidades eram diferentes; na verdade, completamente opostas. Então, foi um espanto e tanto quando, de repente, estávamos nos dando bem.

O que foi total e completamente mal interpretado pelas pessoas da Vila Oculta da Folha. Aparentemente, ver-nos juntos, para todos, era um sinal claro de que estávamos namorando, ou mantendo um caso, como eles gostavam de dizer. Perdi a conta de quantas vezes tivemos que nos explicar, uma dessas vezes, inclusive, nos leva ao presente, em que estou a Konoha à convite para o casamento de Shikamaru e Ino.

— Oe, problemática. - Ele soa cansado como sempre. Por Kami, esse homem é sempre a mesma coisa toda vez que o encontro. Sinceramente, como a Yamanaka anda o aguentando? Como ela pode estar querendo se casar com ele? Parece totalmente bizarro quando penso sobre isso profundamente.

— Por que você está aqui e não em casa arrumando as coisas para a grande festa? A madame já está cansada das preparações? - Zombo, chamando-o de madame de propósito. Ele apenas dá um suspiro alto e longo, balançando a cabeça perante à minha brincadeira.

— É complicado. - Cruzo os braços, encarando-o com as sobrancelhas arqueadas. Não estou surpresa, já que tudo para este homem ou é problemático ou é complicado. Ele não gosta de nada e é extremamente difícil para mim, ou até mesmo para Ino (nós temos uma personalidade similar) agradá-lo com o nosso jeito de ser.

Continuo a encará-lo, insistindo para que ele continue. Sou respondida com um novo suspiro, enquanto ele começa a andar. Acompanho-o, achando hilário o fato do gênio de Konoha encontrar-se na situação em que está. Ache uma resposta para isso agora, Nara, pensa minha mente provocadora enquanto começo a abrir um sorriso.

— Você sabe, eu e a Ino concordamos em poucas coisas. - Balanço a cabeça, afirmativamente. Na verdade, duvido que ele concorde em muitas coisas com alguém. A visão de Shikamaru do mundo é totalmente diferente da visão da maioria das pessoas, eu sabia disso apesar de não sermos tão íntimos. - Estávamos brigando muito por causa das coisas do casamento. Eu queria algo mais simples, flores brancas, poucas pessoas, mas você a conhece. Ela queria toda aquela explosão de cores, então achei melhor deixá-la responsável, para que ela fizesse do jeito que ela quisesse. Me afastei pra não ver, porque não sei se aguentaria.

Ah, o amor, o que ele faz com as pessoas. Esse homem estava aqui, à minha frente, dizendo estar deixando de lado seus gostos e um pouco das suas convicções por causa da mulher que ele ama. Bonito, não é? Ou totalmente surreal.

— Você é mesmo um bebê chorão. - Dou uma gargalhada sonora, enquanto ele apenas dá de ombros, nem um pouco abalado com o que acabo de falar. Me recomponho, deixando as brincadeiras de lado para começar a exercer meu papel como amiga.

— Mas está tudo bem entre vocês? Sobre as brigas?

— Novamente, você a conhece. Ino é o tipo de pessoa que reclama se é muito bajulada, mas reclama ainda mais quando eu me afasto, mesmo que um pouco. Parece que não há um meio termo, sabe? Nos últimos dias, tem sido mais tranquilo porque ela tem estado muito ocupada, correndo com a mãe dela e com a minha por aí, tentando deixar tudo em ordem para amanhã.

Concordo, porque eu a conheço sim. Desde que ela e o Nara finalmente se acertaram, toda vez que venho a esta vila nós saímos. Dessa forma, acabamos nos aproximando muito, de forma que somos muito amigas nos dias de hoje. Bem, não pensem coisas erradas. Ino não é boazinha, saindo comigo do nada, quando nem ao menos me conhecia direito. Mesmo que ela não admitisse, alguma parte dela ainda tinha toda a paranoia de que eu e seu, agora quase marido, podíamos a qualquer tempo ter um caso, se ela o deixasse sozinho comigo, o que soava totalmente insano. 

Eu não a culpava de toda forma, ela deve ter ouvido o bastante da suposição que as pessoas faziam todos os dias sobre nós. Isso deve ter ficado tão enraizado em sua mente, que ela se sentiria culpada em casa sozinha, pensando no que poderia acontecer. Isso pode parecer totalmente maluco da parte dela, mas eu, de qualquer forma, não me importo. Gosto da presença da loira e se isso a deixa mais confortável, que seja. Não é como se eu gostasse dele ou algo do tipo, que quisesse ficar sozinha com ele de algum jeito. Shikamaru, para mim, era apenas um bom amigo. E, com certeza, por mim, ele nunca seria mais do que isso.

— Aonde estão Gaara e Kankuro? - Ele muda o rumo da conversa e é a minha vez de dar um suspiro. Estamos quase chegando à casa de Ino, que sei que é aonde ele está me levando. Desde que ficamos próximas a ponto de sermos íntimas, eu me hospedava em sua casa.

— Gaara está ocupado com toda a coisa de ser kage de Suna. Ele é todo metódico e comprometido com o trabalho. Também, os conselheiros fariam um auê na cabeça dele se soubessem que ele viria. Toda a coisa do Kazekage ter que ficar na aldeia e o resto dessas besteiras. O Kankuro, no entanto, ele é apenas um idiota. Na verdade, você e Ino nunca mais deveriam convidá-lo para nada. O idiota ainda não gosta de vir aqui. Ele não gosta das pessoas, ele não gosta do clima, ele é tão chato.

— Eu não o culpo. Eu também tenho dificuldades em me relacionar com as pessoas quando vou à Suna. - Nunca pensei por esse lado, mas as duas vilas têm conceitos e pensamentos muito diferentes, então é sempre normal que uma divergência ou outra ocorra.

Ele para e, de repente, percebo que já estamos no clã Yamanaka. Há flores por todo o lugar, exatamente como eu me lembrava.

— Você não vai entrar, né? Como o bebê chorão que é. - Ele balança a cabeça em negativa, dando de ombros ao mesmo tempo. Não há necessidade de negar, ele mesmo sabe que estou certa. Ele provavelmente está morrendo de medo de ter que enfrentar Ino, principalmente tão próximo a seu casamento. - Tudo bem, vá embora. Nos vemos amanhã.

Shikamaru se despede, dando um aceno enquanto se afasta, a outra mão em seu bolso. Balanço eu mesma minha cabeça, não acreditando que ele ainda é o mesmo covarde de sempre. Bato à porta e não demoro a ser atendida. É a própria noiva que atende ao meu chamado, dando um grito animado quando me vê ali parada à sua frente.

— Tema-chan! - Ela me cumprimenta com um abraço curto, puxando-me imediatamente para dentro. Sua casa está uma completa bagunça, flores e outros objetos não identificados espalhados pela casa, imagino que são algumas coisas referentes à cerimônia de amanhã. - Como você está, onde estão os meninos? Entra, fica à vontade, você já é de casa.

— Obrigada, Ino. Bem, eu já quero me desculpar pelos meus irmãos malcriados que não puderam comparecer. Estou no seu casamento representando toda Suna.

— Ah, bom, tudo bem. Eu não contava mesmo com Gaara e Kankuro, mas eu ficaria extremamente chateada se você não pudesse vir. Você deve estar tão cansada. Quer uma água, está com fome? - Ri, porque a loira era sim afobada. Ainda mais agora, com todas as preocupações em suas costas, não era surpresa nenhuma que ela estivesse mais nervosa que o normal. Afinal, amanhã era seu casamento!

— Se acalme, Yamanaka, estou bem. Não estou precisando de nada, você não precisa se preocupar. Só preciso me sentar um pouco, porque a viagem foi longa. E então, como estão indo os preparativos para a grande festa? - Pergunto, enquanto me sento no sofá, um dos únicos lugares do cômodo que não está cheio de coisas em cima. Ela se senta ao meu lado, uma aura alegre e descontraída ao seu redor.

— Aí, Tema, tá tudo uma loucura. Eu não sei se você sabe, mas o Shika resolveu deixar tudo nas minhas mãos e agora eu não tenho mais tempo para nada. Estávamos brigando muito porque cada um queria uma coisa diferente, você sabe como são nossas opiniões sobre as coisas. - Concordo, apenas, porque sou amigo dos dois, então não vou tomar partido de nenhum deles. - Falando nisso, temos uma coisa séria para conversar.

— Eu e você? - Aponto entre nós duas e ela acena, uma ruga de preocupação no meio de sua testa. Continuo olhando-a, esperando que diga o que há de errado, que é tão sério que precisamos conversar, pois eu não estava sabendo de nada a princípio.

— Bem, como você sabe a Sakura-testuda era a minha madrinha de casamento, certo. - Balanço a cabeça em gesto afirmativo, minha mente já criando um infinidade de possibilidades para o que viria depois dessa frase, tentando entender porque isso era uma “conversa séria”. - Então, aconteceu de ela precisar viajar para uma missão super importante relacionada o hospital em que ela trabalha. Daí, como minha madrinha oficial viajou… eu estava pensando se você não gostaria de assumir esse posto. Eu sei que é um aviso em cima da hora, já que o casamento já é amanhã, mas você é a segunda pessoa mais importante na escala de amizade. O Shika ficou com o Chouji, então…

— Sou sua segunda opção, é isso mesmo Yamanaka Ino? - Ela me oferece um sorriso amarelo, envergonhado, ao mesmo tempo em que me olha com cara de súplica. Dou uma risada leve, gostosa, vendo-a ficar um pouco assustada com minha reação. - Mas é claro que eu aceito ser sua madrinha. Eu vim de Suna para cá, afinal, e se é um pedido da noiva… eu não posso recusar, não é mesmo. E não se preocupe, eu não ligo mesmo para essa coisa de estar substituindo alguém.

— Tema, você é a melhor! - Ela bate palmas, animada, para no instante seguinte estar mordendo o lábio, nervosa, como se ela não tivesse falado tudo sobre o meu “cargo” de madrinha. Não estou errada, porque ela logo continua a falar sobre o tema. - Bom, como você bem sabe, há duas pessoas de cada lado dos noivos.

— Tudo bem, eu estou preparada, você pode apenas dizer quem é. É um dos seus primos idiotas que você sempre reclama sobre?

— B-bem… a situação pode ser um pouco mais complicada. - Fico confusa, porque do jeito que ela fala sobre os tais primos, é impossível existir alguém pior do que eles.

— É o Sasuke? Posso lidar com isso, sabe, ele não é tão ruim. Não morro de amores por ele, mas também não o odeio. - A coisa mais lógica é que fosse ele, considerando que a Sakura era a madrinha e tudo o mais. Eu, particularmente, não tinha nada contra o Uchiha, o problema do passado dele era com Gaara e Orochimaru e não comigo.

— Por que você acha que é o Sasuke?

— Eu não sei, por ser a Sakura e tudo. Não é óbvio que ela chamaria alguém como o Sasuke para acompanhá-la? - Por que ela está tão surpresa que ele tenha sido a primeira pessoa em que eu havia pensado, afinal? A situação só fazia sentido para mim? A Sakura não era a mulher do cabelo rosa que era apaixonada por ele desde sempre?

— Não, não é o Sasuke. Ouça, você não pode desistir só por causa do seu acompanhante, tá? Eu preciso que você seja minha madrinha.

— Estou ficando com medo agora e acredite quando digo que é preciso muito para fazer-me ficar assustada, com as pessoas com quem já convivi. Por que você acha que vou desistir assim que você disser quem é?

— ÉoNarutoprontoeudisse. - Mesmo que ela fala as palavras atropeladas, muito rápido, consigo entender. E começo a lamentar.

— Não. Ino, não.

— Awn, Tema, não faça isso comigo. Você deu a entender que não desistiria independente de quem fosse a pessoa. - Dou um suspiro triste, muxoxo, porque estou entrando no altar com ninguém menos que Naruto Uzumaki.

Veja, eu não o odeio. Mas não o amo particularmente. Não é a minha pessoa favorita da Vila Oculta da Folha. Não seria minha primeira opção de acompanhante. Um dos principais motivos é porque ele foi uma das pessoas que mais criou e espalhou boatos sobre mim e Shikamaru. Ele era tão intrusivo, tão fofoqueiro, tão chato que toda vez que eu o via, já ficava irritada, mesmo que ele não tivesse feito nada.

— Por que ele? Por que logo ele? - Reclamo sim, porque ela também sentiu na pele o quanto ele podia ser intrometido nos assuntos que não lhe diziam respeito.

— A Sakura-chan o convidou para acompanhá-la e eu achei deselegante dispensá-lo já que tudo já estava certo.

Deselegante de verdade seria eu ficando ao lado daquele tipo de gente. Mas, bem, já fazia mais de um ano desde que ele tinha sido aquela pessoa insistente. Talvez ele tivesse mudado durante esse tempo e se tornado uma pessoa melhor? Foi exatamente disso que Ino tentou me convencer, a manipuladora que era.

— Olha, ele mudou, eu prometo. Ele não é mais aquele garoto idiota que vivia correndo pela vila fazendo gracinhas e travessuras. Ela saiu por aí com o Jiraya-sama, você nem ao menos vai reconhecê-lo. Claro, ele ainda usa aquela roupa laranja chamativa, mas a personalidade dele está completamente diferente. Confie em mim, você não precisa se preocupar em estar ao lado dele. Confie em mim, confie em mim. Totalmente mudado.

E então, caindo na armadilha como um patinho, eu estava fisgada e muito curiosa para saber como havia sido essa mudança. Principalmente, para saber se o idiota de Konoha finalmente tinha crescido e virado uma pessoa decente. Eu nunca tinha tido muito interesse no Uzumaki, só comecei a reparar realmente nele quando Gaara reparou e quando ele mudou meu irmão completamente; da água para o vinho. E então, de repente, sem perceber, eu estava me coçando para que o dia de amanhã chegasse logo para que eu pudesse comprovar com meus próprios olhos.

Bom, vejam, já ouviram o ditado que diz que a curiosidade matou o gato? Pois bem, a curiosidade era perigosa. E não demorei muito a descobrir o porquê.


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Notas finais do capítulo

E aí bebês, o que acharam?
Bem, queria usar este espaço para fazer uma ressalva que achei prudente aqui e não nas notas iniciais, para não confundir né. Se você não me acompanha, e não está acompanhando as fanfics da série Sentimentos, é importante ressaltar que a ideia desta fanfic surgiu derivada de uma outra fanfic, do casal ShikaIno, porque aproveitei o contexto. Isso significa que essa TemaNaru aqui seria como uma “continuação” para a fanfic Paixão (ShikaIno), mas que elas não são dependentes uma da outra. Tanto podem ser lidas separadamente, quanto juntas, mas sintam-se à vontade para darem uma olhada na fanfic citada e vocês entenderão porque estou aqui dando este aviso.
No mais, muito obrigada se você chegou até aqui. Sua leitura é muito importante para mim. Se você se sentir à vontade para comentar, seja uma crítica, elogio, ou sugestão, faça-o. Se não estiver confortável, tudo bem também. Eu só quero que vocês tenham gostado de alguma forma, comentando ou não por aqui. O próximo capítulo sai em breve, me deem três ou quatro dias. Um beijo grande a todos.



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