Um Dom Improvável escrita por Amadora e Sonhadora


Capítulo 2
Holofotes




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Londres – Reino Unido

Ano 2018

Dizer que lidar com o ser humano é uma tarefa fácil sem dúvidas é a maior mentira do universo. Unicamente pelo fato de que somos seres racionais, emocionais e inteligentes – mesmo que alguns insistam em invalidar esse fato – então, somente esses pontos tornam essa afirmação bem óbvia.

É um pensamento que a jovem de 25 anos, Felicity Smoak faz questão de repassar sempre que entra pelas portas do Royal Society of London, mais conhecida como Royal Society, uma instituição acadêmica focada em ciências. Como uma das mais famosas instituições de ensino do mundo é natural que exijam um alto grau de potenciais mentes estudiosas e foi dessa maneira que Felicity conquistou lugar em uma das cadeiras.

Durante dois anos tem procurado desenvolver uma pesquisa voltada para a ciência médica, em específico o desenvolvimento e atuação de células-tronco. Desde o início da fase adulta, cerca dos 19 anos, ela batalhou para entrar na instituição criando experiências absurdas e desastrosas em casa, pesquisando horas a fio em sites científicos, inclusivo o da própria Royal, além de ter diversos arquivos de grandes cientistas. Até mesmo um filme sobre a biografia de Charles Darwin foi uma fonte de informações.

Conquistar uma das vagas quando se mudou para o Reino Unido foi uma verdadeira vitória, já que a escolha de estrangeiros é minuciosa e limitada.

Felicity mora atualmente em uma casa na capital. Bem, na realidade ela ocupa um dos quartos da casa, pois, divide espaço com mais dois residentes estrangeiros.

O primeiro se chama Laurel Lance e é norte americana. Residia antes nos EUA, mas, devido a uma proposta de emprego mais rentável, mudou-se. Laurel tem 30 anos e atua na promotoria. Dona de uma personalidade forte, é conhecida como a Dama de Ferro. Irônico não?

O segundo morador recebe o nome de Oliver Queen. Um mauricinho bem afeiçoado, galante, charmoso, elegante e proprietário de uma imobiliária. Aliás, dono da casa onde os três moram. Além de tudo é a pessoa que mais irrita Felicity.

Oliver é misterioso e conservador. Evita conversas muito pessoais e assuntos desagradáveis – no ponto de vista dele – mas, depois de Laurel é o mais alegre dos companheiros.

A convivência entre eles é amigável e estável, o que garante programas diversos aos finais de semana, desde cachorro quente no parque a exibições de óperas. Algo em comum entre eles? Ninguém possui o hábito de consumir bebidas alcoólicas, drogas ou freqüentar casas noturnas. É... Muitos os classificam como típicos caretas, mas, eles simplesmente não se importam com apelidos ou implicâncias bobas.

Entretanto, apesar de gostarem dessa vida pacata e politicamente correta são cercados por amigos fieis e compreensivos afinal, todos são livres para viver como quiserem. Não impõem regras ou mudanças no modo de vida, apenas, respeitam-se.

Embora pareçam normais e nada radicais, exceto Laurel que costuma sair com vários homens sem ter um relacionamento sério – um deles possui um dom que alguns almejariam ter e outros seriam capazes de tudo para perder. Uma habilidade que influencia pessoas e muda mentes. Porém, uma habilidade que também pode tirar o sono. E essa pessoa é Oliver Queen.

Desde a infância, Oliver parece ter uma espécie de dom ou talento, chamem como quiserem. Logo muito cedo, os pais observaram que o Oliver apresentava indícios de vidência, mas, logicamente nunca levaram esse assunto muito a sério, principalmente o pai. Entretanto, ao longo da adolescência, perceberam que Oliver conseguia prever certos problemas que poderiam ser evitados se os pais ou ele mesmo tomassem atitudes diferentes. Chegaram a conclusão que Oliver não era um vidente, apenas um portador de sonhos com significados. É, pode parecer a mesma coisa, mas, não é.

Os sonhos só aconteciam quando alguém muito próximo estava prestes a tomar uma decisão que poderiam mudar o rumo da vida e era nesse momento que ele agia. Com o tempo, ele passou a dominar o talento e não mais se assustar com ele.

Ainda que ele esteja acostumado com as reações resultantes dos sonhos, por diversas vezes sentiu-se desconfortável diante de Felicity, pois, é a única pessoa que consegue lhe causar um efeito assustador. Quase sempre os sonhos com Felicity são incompreensíveis e dolorosos e Oliver não consegue entender a razão para isso. Talvez exista uma ameaça iminente à vida de sua amiga? Ela guarda algum segredo sombrio? Qual a explicação para esse tipo de resultado? A resposta ainda não foi encontrada, mas, Oliver acredita que uma aproximação maior entre os dois possa responder essa pergunta.

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Notas finais do capítulo

Espero que ajude vocês a se decidirem se vale a pena continuar.

Abraços.



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