Vinte e seis meses, doze horas, trinta e cinco minutos e quatorze segundos foi o tempo exato que passaram sem se verem.

Era mais barato para os pais de Satsuki irem para Toronto, pois tinham a vantagem do cartão fidelidade. A única vez que ela conseguiu vir até o Japão, Aomine participava de um torneio na China. Quando soube, ficou desesperado tentando voltar, mas, ao chegar em casa, ela já havia partido.

Hoje, então, era um dia especial.

Sentiu mãos pequenas o rodearem e logo o perfume de bergamota invadiu suas narinas.

— Dai-chan! — O sussurro ofegante chegou aos ouvidos dele como uma trepanação direto no coração.

Virou-se, dando de cara com uma garota de aparência risonha.

Satsuki parecia à mesma, mas também parecia diferente. Talvez fosse o cabelo?

Continua a coisa mais linda do mundo.  

Aomine ergueu-a no meio do aeroporto soltando uma risada estrondosa. Apreciou o calor dela e seus gritos manhosos — que tanto o irritavam antes. Ah, como sentira falta daquilo.

— Você continua a mesma tampinha — murmurou ele, com a voz cheia de emoção.

— E você ainda é o mesmo ogro de sempre. — Satsuki beijou-o na bochecha diversas vezes.

Trocaram xigamentos divertidos, porque, bem, algumas coisas não mudavam.