No inicio, a separação foi algo estranho para ambos.

Falavam-se quase todos os dias, fosse por chat ou por vídeo. Claro que algumas vezes passavam alguns dias distantes, fosse pelos compromissos da vida ou pela falta de assunto.

Mesmo depois de quase dois anos, Aomine se flagrava fazendo alguma coisa estúpida, esperando ser repreendido por Satsuki, e sentia o estomago pesar sempre que percebia que isso era impossível de acontecer.

Satsuki ainda bradava sozinha, sempre procurando algum motivo para ralhar com ele quando conversavam.

Foi difícil, tanto quanto perder uma parte de si, mas a pior parte era saber que a vida prosseguia mesmo separados. Sorriam e faziam novas amizades, paqueravam outras pessoas e apreciavam companhias alheias.  

A depressão após a partida dela durou alguns meses, depois o costume da nova rotina estabeleceu um tipo de conforto, pois a expectativa de um reencontro preenchia quase toda saudade diária.

Por mais que aquilo fosse horrível — por vezes ela queria enrolar-ser numa mortalha e esquecer-se de tudo —, foi necessário. Precisavam descobrir como funcionavam como indivíduos singulares. Era tão estranho agir diferente do que costumavam!

 Criaram novos hábitos, tornaram-se mais sábios, maduros. E a vida, finalmente, parecia encaminhar-se para um território seguro.