Tudo bem.

24 horas era um tempo muito longo.

Certo?

Em 12 horas ele poderia descobrir tudo o que quisesse sobre Marlene McKinnon.

Certo, ele não sabia tudo sobre ela, embora a sua família fosse bem simpática — ao contrário da sua.

Mesmo assim, ele não aguentava mais ficar naquela casa com pessoas com quem ele não sabia lidar.

24 horas era um tempo muito longo para que duas almas gêmeas se virassem uma sem a outra. Ele amaria poder fazer alguma coisa, qualquer coisa, que não envolvesse observar o teto plúmbeo do quarto dela.

Já devia ter decorado cada uma das frases escritas por ela em seu diário, por ordem alfabética, de data e de trás para frente.

Sabia o nome de cada uma de suas amigas, assim como a aparência delas.

Por algumas gírias, tinha 99,9% de certeza de dizer que Marlene era britânica e talvez ainda morasse na Inglaterra, a julgar pelo ambiente em que via pela janela, que lhe parecia familiar, embora não soubesse como. Sua voz também não deixava dúvidas quanto a isso.

Ela tinha uma grande resistência para o álcool. Ele tinha bebido uma garrafa inteira de champagne e não estava nem tonto.

Entediado...