Dia 20

Bertha Jorkins irrompeu portão adentro e agarrou Sirius pelas vestes, pressionando a varinha com força contra sua garganta.

— Venha.

— Ei, espere! — Sirius debateu-se, mas ela começou a arrastá-lo para fora à força.

— Venha já!

— Bella! — ele me chamou, fincando as unhas compridas e imundas na cela suja, tentando se prender a algum lugar.

— Sirius! Sirius! — investi contra Bertha de repente e fechei o punho, chocando-o contra sua face inchada.

Ela emitiu um muxoxo de dor e me estuporou com um aceno de condão.

Voei pelos ares. Só parei quando minha cabeça se chocou com força com uma das paredes da cela.

Massageei o galo que começou a crescer, contraindo o maxilar na tentativa de amenizar a dor, sem sucesso.

— BELLA, EU...

Mas ele não teve a chance de terminar a frase.

— SIRIUS, EU SINTO MUITO... — minha voz saiu, meio fraca.

Eu estava aturdida demais para gritar.

O portão bateu com força e eu tive a certeza de que Sirius nunca chegou a ouvir minhas palavras naquele dia. Seus berros de desespero abafaram minhas palavras.

Nos dias que se passaram, a visita dos dementadores tornou-se mais e mais frequente.

Sem companhia, tudo a minha volta foi reduzido a meros rebotalhos.