— Exige? — Era muito cedo para que o xerife tomasse consciência de com quem falava, mas era só um garoto irritante com a cesta da Chapeuzinho Vermelho a pleitear por uma visita.

— Visitar o assassino... — Estreitou os olhos. — Vá para casa, garoto. — O homem da lei abanou a mão em retorno e bebeu mais café. — Eu tenho assuntos de adulto para resolver.

— Serei rápido. — Dorian começava a perder a paciência.

— E o que tem aí nessa cesta?

O pano que cobria a cesta foi puxado para o lado e o conteúdo ficou visível.

— Torta?

— Um condenado tem direito a uma última refeição decente.

O xerife coçou a barba e suspirou. Privar um prisioneiro de uma simples torta...

— Seja rápido.

Dorian pensou que chegaria a impor o nome da família para que tivesse passagem, mas não foi necessário.

O coração apertou no peito ao ver o estado do pistoleiro, mas ele respirou fundo e se concentrou no que havia ido fazer quando o carcereiro abriu a cela.

— Uma compensação antes de uma tragédia. — Estendeu a cesta a um Bennet impressionado por tal ousadia. — O recheio está especialmente... De matar.

Os olhos castanhos encararam a torta e Ash soube exatamente como sairia dali.