O observo brincar alegremente no jardim, correndo atrás do pufoso e eu sorrio observando-o, imaginando que logo essa fase iria passar. Ele era a minha coisa mais preciosa e eu tentava manter uma habena em sua vida, sabendo que em algum momento não poderia mais mantê-la.

As vezes sou questionado, é impossível evitar os murmúrios ao nosso redor, mas ele ainda não tem idade para entender as respostas. Então eu sorrio, sabendo que um dia terei de revelar o motivo de eu sempre desaparecer durante a lua cheia, de eu passar dias a fio trabalhando em meu laboratório e cuidando dos animais fantásticos e por que tenho pesadelos. Por que eles acontecem e por que jamais acabarão.

Irei contar de como meus pais me separaram de minha irmã, de como foram mortos e meus pais adotivos também. De como Beauxbatons e Hogwarts foram incríveis e de Olavo. Contarei sobre minha empatia e minha licantropia e contarei sobre o Quadribol. E eles entenderão o porquê de eu sempre ser cauteloso com bruxos de má índole.

Victoria poderá explicar seu lado da história e eu lhe direi porque seu nome é Michael. Ele saberá que é amado. Um dia ele irá entender.