Um amor de vizinho escrita por Giiz


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Este capítulo vai especialmente para as duas lindas que gastaram um tempinho da vida delas para comentarem nesta fic. Espero que continuem gostando! Essa fic não é muito grande e está basicamente terminada (ao menos, na minha mente hahah). Espero que gostem! Beijos e até as notas finais!



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O tempo havia mudado, finalmente dando cara de outono para os dias e noites, provocando chuvas ocasionais e ventos frios. Mas o pequeno fato de que a resistência do chuveiro havia queimado irritava e muito a jovem cardiologista. 

 

Escutando o barulho inconfundível de uma moto sendo estacionando na garagem, Kagome se viu impulsionada a chamar seu querido vizinho.

 

— Hey, Inuyasha! 

 

— Hey, vizinha. Tudo bem, Ká? - respondeu ele, tirando o capacete e colocando a touca de lã na cabeça, cobrindo parcialmente os fios emaranhados de cabelo loiro.

 

— Mais ou menos. Sei que parece piada, mas todas as resistências dos chuveiros da minha casa resolveram queimar de uma vez. Você teria o telefone de algum eletricista para me passar? - "ou vir você mesmo trocar para mim, quem sabe?", completou ela, em sua mente, sendo levemente influenciada por tantos romances eróticos que já ouvira falar.

 

O vento frio passou por eles, fazendo com que ela se abraçasse mais ao sweter de bolinhas cinza que ela usava, enquanto aguardava uma resposta do arquiteto.

 

— Hmm, eu tenho sim. - "Droga", ela comentou em sua mente. - Entra, vamos tomar um chá e eu pego para você. - "bem, melhor que nada", pensou, dando de ombros mentalmente.

 

Rapidamente Kagome fechou a porta e seguiu o loiro para dentro da casa dele, mas notou que o loiro não lhe aparentava normal.

 

— Está tudo bem com você? - perguntou ela, olhando para ele, fixamente. 

 

— Acho que estou gripando - disse ele, depois de um espirro, fazendo com que a morena se preocupasse, notando as peculiares características da virose que lhe acometia.

 

— Deve ser a mudança do tempo. Posso preparar um chá para você? É tiro e queda na gripe! - comentou ela, rindo. O sorriso dela contagiou o dele, que sorriu também, acenando positivamente para ela, indicando a cozinha como se dissesse "sinta-se em casa".

 

Kagome rapidamente preparou os ingredientes do chá com o que encontrou na cozinha dele, tomando a liberdade de mexer nos armários e geladeira. Minutos depois Inuyasha apareceu no recinto, de banho tomado. 

 

— Hnm, cheiroso! - comentou ela, passando a caneca para ele, que sorriu irônico - o chá, mocinho! - disse ela, corando. - beba tudo. Depois eu pego o telefone do eletricista. Faça algum repouso e beba bastante líquido. Logo, logo, você melhora.

 

— Fique, Kagome. Está chovendo. - disse ele e só assim ela percebeu que a chuva castigava a janela com força. - Obrigada pelo chá. Apesar de achar que você quer me matar. 

 

"Não com um chá!", brincou ela em sua mente, mas lhe lançou um olhar maquiavélico, controlando a súbita vontade de gargalhar maleficamente.

 

— Não reclame. O gosto não é agradável, mas você vai melhorar logo! - disse ela, dando a língua para ele. Inuyasha a encarou nos olhos, fazendo com que a corasse e se virasse de costas para ele, de frente para a pia, procurando algo de interessante para analisar até sentir as buchecas pararem de esquentarem.

 

Inuyasha chegou perto dela e afastou os longos cabelos negros dela do pescoço, depositando o nariz naquele local. 

 

— Hmm, cheiroso! - disse ele, vendo ela se arrepiar. - Digo, o chá. 

 

— Sim, o chá. - disse ela, sentindo as mãos dele no seu quadril, pressionando ela contra a pia. 

 

Ele pousou a caneca vazia dentro da cuba e a virou de frente para o loiro, mirando em seus olhos tão profundamente bonitos. Kagome passou as mãos em torno do pescoço dele enquanto ele a colocava na bancada da pia, diminuindo a diferença de altura entre os dois, encontrando os lábios de ambos, como se fossem magnetizados e estivessem sendo guiados por uma força maior.

 

Kagome suspirou ente o beijo. Sentia calor e não sabia se vinha do beijo ou do calor que emanava dele. Alguns beijos depois teve a certeza que o loiro ardia em febre. 

 

— Inu, você está com febre. Precisa tomar um banho para abaixa-la. - Murmurou ela, entre os beijos, tentando fazer com que ele entendesse a necessidade, mas acabou soando apenas como um gemido no ouvido do loiro tomado pela excitação do momento.

 

— Feh, que nada, Kagome. Eu estou bem. Eu estou muito bem. - disse ele, cruzando as pernas da morena em seu quadril, fazendo com que ela sentisse o volume em suas calças. - E eu já tomei um remédio para febre. 

 

— Oh, God. - murmurou ela, enquanto ele beijava seu pescoço. Aquilo era bom demais para ser ignorado. Inuyasha segurou as pernas dela contra seu tronco e a retirou de cima da bancada, indo em direção à sala dos fundos, a qual ela ainda não conhecia por não ter feito um tour adequado na primeira e única vez que havia ido na casa do vizinho. 

 

A sala dos fundos era em um nível abaixo da cozinha que estavam e dava para uma ampla área nos fundos do terreno. O quintal era desnivelado e cercado por árvores, dando aspecto de bosque e havia uma piscina num dos cantos. 

 

A sala em que estavam tinha uma parte quase que completamente de vidro, mostrando parte do bosque, além de uma lareira acesa que ajudava a manter a temperatura agradável dentro da casa, um tapete de pelos esbranquiçados e paredes e mais paredes de livros, incluindo um sofá aparentemente confortável.  Não era uma sala muito grande, mas muito bem projetada, como toda a casa. 

 

Neste ínterim, Kagome se encontrava de costas para Inuyasha, admirando o ambiente. O loiro continuava beijando sua nuca, depois de prender num coque os longos cabelos dela. Logo, os dois ficaram apenas de calças de moletom, deitados no tapete fofo e confortável, interrompendo pouquíssimas vezes os beijos, fazendo com que Kagome se agradecesse mentalmente por estar usando um conjunto de lingerie de renda branca aquele dia e não a lingerie opaca básica do dia-a-dia, mas, mal sabia ela que Inuyasha pouco se importaria com aquilo. Ela continuaria semi-nua, entregue em seus beijos e quente com seus toques. Ele estaria ganhando de qualquer maneira.

 

Um trovão forte acompanhado por raios fizeram as janelas vibrarem e Kagome não sabia se tremia de medo ou de prazer. 

 

— Tem medo de tempestades? - perguntou ele, beijando a barriga dela, enquanto abaixava as calças de ambos. 

 

— Somente quando estou desacompanhada - disse ela, se deliciando com as carícias do loiro. Nem perceberam que a energia havia sido interrompida pela tempestade e estavam sendo aquecidos e iluminados apenas pela lareira, próxima o bastante para ficarem confortáveis pelo menos por um tempo. 

 

Depois de inúmeras carícias e gemidos, toques de reconhecimento e recompensas prazerosas, permaneceram deitados no tapete, enrolados numa manta que estava anteriormente no sofá, procurando restabelecerem os ritmos respiratórios e cardíacos que se aceleraram por causa do ato sexual.

 

— Acho que agora aceito aquela sugestão do banho, bruxa. - Brincou ele, ainda abraçado à médica. 

 

— Bruxa?! - Indagou ela, com uma sobrancelha arqueada, fazendo Inuyasha rir. 

 

— Só pode ser bruxaria mesmo isso que você fez comigo. Tomei seu chá e me recuperei de uma gripe irritante de três dias num passe de mágica. Estou agradecido pelos seus... Cuidados. - disse ele, matreiro, enquanto distribuía beijos suaves no rosto da morena. Se levantou e a ajudou a se levantar, sem se importar com a própria nudez. 

 

Recolheram seus pertences e seguiram para o andar superior, onde Kagome tomou banho primeiro, frustrando a idéia do loiro de partilharem o chuveiro. Como era a gás, a água permanecia quente, mas Kagome fora incrivelmente rápida. Se vestiu com o blusão de moletom com o símbolo da universidade que Inuyasha havia cursado e desceu para a cozinha, preparando mais uma dose do chá "mágico" do seu avô e subiu para o quarto dele novamente. Neste ínterim, a tempestade havia acalmado e os céus, clareando, permitindo assim que um pouco de luz entrasse no quarto através da grande janela. Neste momento, Inuyasha saiu do banheiro, usando uma toalha para secar os cabelos. 

 

— Toma, beba tudinho. - disse ela, entregando a caneca fumegante e pegando a toalha das mãos dele para secar os cabelos dele. No processo de sentar na cama, a toalha que estava em seu quadril se folgou e abriu. - vai molhar a cama desse jeito. 

 

— Melhor eu tirar a toalha então. - disse ele, levando a mão ao tecido felpudo, mostrando sua masculinidade, sem pudor e com um olhar sensual de predador.

 

— Tão bonitinho, todo loirinho! - disse ela, mordendo os lábios ao observá-lo. 

 

— Porra, Kagome! - disse ele, envergonhado, fazendo com que a médica risse do tom avermelhado de sua face, beijando-o. - Esse tipo de comentário....

 

— Qual o problema? Você é bonito e é todo loirinho. Considere isso uma pesquisa científica. E outro detalhe: você fica uma gracinha envergonhado. Quem diria, um homem desse tamanho, envergonhado! - disse ela, rindo, enquanto era jogada na cama macia dele. 

 

— Vou te mostrar todo o tamanho dessa gracinha, Dra Higurashi. 

 

— Oh, abale as estruturas deste edifício criado por você, oh arquiteto Taisho! - disse ela, fazendo graça do comentário dele. 

 

— Mulher! Você é uma bruxa mesmo! 

 

— I put a spell on you... - cantarolou ela, rindo do sorriso dele. 

 

E se beijaram. 

 

No dia seguinte, Kagome acordou com o despertador dele e se assustou com o horário. Precisaria estar no hospital em uma hora, mas o conforto dos braços dele era tão grande.  Delicadamente, Kagome conseguiu se livrar do aperto do vizinho, dando mais uma olhada na temperatura dele. Não teve mais febre, mas por via das dúvidas, resolveu fazer mais uma dose do chá antes de partir. Deu um beijo na têmpora dele e se vestiu, seguindo para a cozinha. Quando estava quase saindo, a porta fora forçada na maçaneta várias vezes e depois a campainha fora tocada insistentemente. Não sabia o que fazer quando viu Inuyasha no pé da escada, sorrindo para ela. 

 

— Quis o destino que você não fugisse sem um bom dia, bruxa. - disse ele, ignorando o barulho alto da campainha e indo até a morena, dando-lhe um beijo nos lábios. - Bom dia. Um pouco cedo demais, mas bom dia. Café?

 

— Na verdade, estou atrasada já. E caso você não tenha percebido, a campainha está tocando. Tipo, muito. 

 

— Feh. - disse ele, seguindo para a porta, a fim de matar quem tocava. 

 

— AMOOOOR! Tem algo errado com minhas chaves, elas não estão abrindo! 

 

— Kikyo?! O que você está fazendo aqui? - disse ele, tentando se livrar da mulher presa ao seu pescoço. 

 

— O que essa mulher está fazendo aqui? - Perguntou ela, assim que viu Kagome na casa. - O que você está fazendo na casa do meu noivo?!

 

— Kikyo! - Gritou Inuyasha, irritado. 

 

— Hmm, eu estava só de passagem... Não esqueça de tomar seus remédios, Sr. Taisho. Sra., me desculpe e adeus.  - disse Kagome, saindo da casa cabisbaixa. 

 

Mas essa não era a hora dela se lamentar. Entrou na própria casa, colocou comida para o gato e tomou um banho frio rápido, se vestindo com mais rapidez ainda e seguiu para o trabalho, cantando pneu ao ver Inuyasha tentando falar com ela. 

 

Ignorou as ligações dele durante todo o dia e agradeceu aos céus quando precisou dobrar o plantão, dessa vez na emergência. Tudo isso para não querer cruzar com o traíra do Inuyasha. 

 

Durante todo o dia seguinte, Inuyasha estava cada vez mais irritadiço. 

 

— Ok, desembucha. O que te aconteceu? - perguntou Rin, afastando sua cadeira para perto da dele, no escritório. 

 

— Kikyo aconteceu. - ele sabia que não teria como esconder nada para a cunhada. 

 

— Nao me diga que você dormiu com aquela vagabunda novamente. 

 

— Não. Mas ela apareceu lá em casa ontem, enquanto Kagome estava por lá, se dizendo ser minha noiva. Isso as 6 da manhã. 

 

— Ow, volta a fita. Desde quando Kagome estava na sua casa tão cedo assim? OMG. VOCÊS DORMIRAM JUNTOS?

 

— Fala um pouco mais alto. Acho que o Sesshy não escutou lá da Universidade. - disse Inuyasha, resmungando. - agora ela tem essa idéia errada que eu tenho algo com a Kikyo e não quer atender o telefone. 

 

— Talvez ela só esteja trabalhando, Inu. Mas você tem que acertar isso com ela! Ah, estou tão feliz por você se acertar com a Ká! Mas eu odeio a Kikyvaca. 

 

— Rin, as vezes você é tão infantil nos apelidos. - Rin revidou dando a língua - e nas atitudes que eu custo a entender como você e meu irmão são casados e felizes. E o plantão dela deveria ter acabado ontem. 

 

— Vai ver ela teve que dobrar o turno. Isso acontece as vezes. Mas agora, se concentre. Você precisa ir visitar uma obra agora. O que você fez com a vadia?

 

— Chamei um taxi e mandei ela pro raio que o parta. 

 

— É difícil conseguir uma ordem de restrição dela? 

 

— Nem será necessário, ela teria um desfile em algum lugar e viajou. Bem, estou indo. 

 

— Vou torcer para que você consiga falar com a Kagome. 

 

— Obrigada! - e o loiro seguiu seu caminho. Porém, na obra que ele estava cuidando, algumas sacas de argamassa desprenderam e caíram em sua cabeça, fazendo com que o capacete saísse de sua cabeça e fazendo com que ele tropeçasse, batendo com a testa numa viga. 

 

Rapidamente, Inuyasha fora encaminhado para o hospital mais próximo que, por coincidência, era o mesmo que Kagome estava trabalhando na emergência. 

 

Inuyasha chegou acordado e lúcido ao hospital e logo fora atendido por uma enfermeira antes do médico chegar. 

 

— Você sabe se a Dra Higurashi está de plantão hoje? - perguntou ele à enfermeira. 

 

— Sim, senhor. Inclusive será ela que irá te atender daqui a pouco. 

 

— Obrigada! - disse ele, mentalmente agradecendo por não precisar fingir um ataque cardíaco para ser atendida pela cardiologista. 

 

— Sr Taishou, como está se sentindo? - perguntou ela, totalmente profissional. Mas por dentro, por mais raiva que estava sentindo dele por não contar que tinha uma noiva, estava preocupada com o vizinho. 

 

— Kagome, não precisa falar assim comigo. 

 

— Sr, estou apenas fazendo meu trabalho. - disse ela, usando a lanterna para ver sinais de confusão nos olhos dele

 

— Ka... - disse ele, pegando a mão da médica e colocando em seu peito - o que você vou hoje de manhã não era para ter acontecido. 

 

Kagome retirou a mão dele da dela é seguiu com a consulta, analisando sua testa e o ferimento sob a sobrancelha. 

 

— Você precisará de alguns pontos e fará uma tomografia para saber se tudo está ok. 

 

— Kagome, me escuta, bruxa! Kikyo não é minha noiva! Não temos nada um com o outro e ela é a única que insiste nisso. Fomos namorados por um tempo e eu até a pedi em casamento, mas isso foi a muito tempo atrás e nos separamos e seguimos nossas vidas. 

 

— Acho que ela não está sabendo disso, Inuyasha. - Disse a médica, pegando os materiais de sutura com a enfermeira que estava no cubículo com eles e escutava tudo calada. A médica aplicou sem muita delicadeza o produto para higienizar a área, fazendo com que o loiro reclamasse. 

 

— Eu sei que você está com raiva, bruxa... Mas um pouco de delicadeza não faz mal. Já basta eu ter que sofrer um acidente para ter como falar com você. 

 

— Inuyasha, você bateu a cabeça numa pilastra, possivelmente distraído com algo. Ou alguém. Você sobreviverá. Tem a cabeça mais dura que eu tive o prazer de analisar. Deve ser seu parentesco com o Neanderthal.

 

— Acredite em mim, Kagome. A única pessoa que eu quero perto de mim é você. - disse ele, olhando ela nos olhos enquanto ela suturava sua testa, vendo ela fraquejar, ignorando o discurso raivoso dela.

 

Rapidamente, Kagome terminou o trabalho e tirou as luvas, jogando no lixo próprio. 

 

— Faça a tomografia. Depois conversaremos. - e saiu da baia com a enfermeira à tiracolo, que possuía olhos arregalados.

 

— Me perdoe, K-chan... Mas não acha que foi dura demais com ele?

 

— Claro que não, Ayame! É bom pra fazer ele pensar um pouco - disse ela, rindo. - eu me senti uma coisa horrorosa quando aquela coisa se enroscava no pescoço dele e gritava comigo. 

 

— Mas ele tentou ligar para você. 

 

— Pois é. Mas eu ainda estava chateada, achando que ele era um traíra. E estava trabalhando. Quase tive um treco quando vi o sobrenome dele na tela das emergências. 

 

— Ainda bem que não era nada grave. 

 

— Pois é. 

 

— Dra Kagome! O que ainda está fazendo aqui? Seu turno acabou a 12h! - bradou seu supervisor. 

 

— Tive que dobrar o turno, chefe. Mas daqui a 6h estarei livre. 

 

— Acho bom. Precisarei de você boa e descansada para uma cirurgia na quinta. Depois terá o fim de semana livre. Enfermeira Ayame, você estará convocada também. - disse ele, olhando para a enfermeira ruiva. 

 

— Aaah, qual é. Podem falar sem essa formalidade toda, Kouga! Como se eu não soubesse que vocês estão juntos! - implicou Kagome, fazendo com que os dois corassem. - estou indo verificar meus pacientes. Acho que o almoxarifado está livre - brincou ela, deixando os dois ainda mais envergonhados pois se lembraram de terem sido pegos no flagra pela médica em uma sala de descanso a uns meses atrás. 

 

De volta do exame, Inuyasha fora recebido pela cunhada com o semblante preocupado. 

 

— Você deveria cuidar melhor do que você fala, Rin. - disse ele - Eu queria resolver as coisas com a Kagome, não ser internado pela Dra Higurashi. 

 

— Aí, seu idiota! Eu disse pra você prestar atenção nas coisas! Mas me diz, conversou com ela? 

 

— Não me diga que você meteu a cabeça na viga da obra só pra vir falar comigo, Inuyasha! - retrucou Kagome, chegando perto dos dois. 

 

— Feh. Foi um acidente. Mas eu consegui sua atenção. 

 

— Você é impossível! Toma, sua liberação. Coloque gelo na sua testa para não sentir tanta dor e os pontos só serão retirados semana que vem. Oi Rin! Veio buscar a criatura?

 

— Oi Ka! Vim sim. 

 

— Ótimo. Ta proibido de dirigir por uns dias. No mais, está tudo bem com a sua cabeça. 

 

— E que horas você sai?

 

— Daqui a 5h e 36minutos e contando! - disse ela, cansada. 

 

— Posso vir te buscar? - perguntou ele

 

— Qual a parte do "você não pode dirigir" você não entendeu? - respondeu ela, saindo de perto dos dois, para logo em seguida voltar - mas isso não te impede de preparar algo para comermos. Até mais tarde! Tchau Rin! Beijo nas crianças. - e saiu correndo quando seu nome fora dito pelos alto falantes da emergência. 

 

Pouco mais de seis horas depois, pois é claro que Kagome pegaria trânsito para voltar para casa,  e implorando por um banho e uma cama confortável e algo comestível para se alimentar, não necessariamente nessa ordem, Kagome chegou em sua casa. Amanhã Sango iria até lá para procurar com ela algum apartamento para se mudar, frustrando seus planos de hibernar toda sua folga já que o clima estava colaborando com ela. 

 

Quando estava se livrando das roupas, a campainha toca e Kagome olha para a porta, como se isso magicamente fizesse o barulho cessar e a pessoa se tocar que estava numa hora muito ruim. Mas como isso não aconteceu, a médica simplesmente recolocou a blusa, ignorando o sutiã e foi atender. 

 

— você não está pronta?

 

— Pronta para exatamente o que, Inuyasha? - perguntou ela, se controlando para não matá-lo. Sim, ela tinha idéia que estava entrando na TPM e era possivelmente letal neste período. Fora que ela não havia esquecido a raiva anterior que ela tinha dele. 

 

Inuyasha riu e a jogou por sob o ombro, fechando a porta num movimento ágil. 

 

— O que você está fazendo? Inuyasha, eu vou cair, seu idiota!

 

— Só vai cair se continuar se mexendo, bruxa! Você esqueceu do nosso encontro! Isso é inadmissível, Dra! 

 

— Inuyasha, eu estava brincando! Eu estou cansada demais pra sair sem acabar dormindo com a cara dentro do prato. - disse ela, enquanto era carregada para a casa dele - E você largou minha bolsa lá em casa. Eu preciso dela! 

 

— Feh! Eu suspeitei disso, por isso eu planejei algo diferente. - disse ele, subindo a escada de sua casa com Kagome na mesma posição de antes - e como eu suspeito que você ainda esteja sem água quente, tive essa brilhante idéia. - e com isso, Inuyasha colocou ela no chão do seu banheiro, o qual estava arrumado como se fosse um spa e uma banheira linda estava preparada com sais e espuma de banho. - qual é, eu merecia um beijo por isso. 

 

— Se você disser que vou ganhar uma massagem é capaz de até me casar com você. - Brincou ela, enlaçando o pescoço dele e dando-lhe um beijo que foi interrompido por um barulho familiar aos dois

 

— Eu juro que se for sua ex eu nem ligo, contando que eu possa continuar mergulhada nessa água quentinha. - disse ela, se livrando das roupas. 

 

— Sem sutiã, Dra? - perguntou ele, vendo a falta da peça intima. E a campainha continuava a soar. 

 

— Fui seqüestrada. Não tive tempo de colocar sutiã. Inuyasha, a porta. 

 

— Certo, ok. Já volto. 

 

— estarei aqui, quentinha na água. Mas não digo que estarei acordada por muito tempo. - comentou ela, entrando na água. 

 

Inuyasha riu e seguiu para a porta. Pegou a pizza que havia pedido, pagando ao entregador e colocou ela dentro do forno, para permanecer morna. Depois, seguiu para a casa da vizinha, pegando a bolsa que ela disse antes, alimentou o gato e fechou a porta com a chave dela, seguindo para sua própria casa. 

 

— Kagome, pizza! Vem comer. 

 

— Traga ela para cá. Vou me casar com essa banheira. Posso roubar ela para mim? - Inuyasha olhou para ela, rindo, segurando a caixa de pizza. - Não me olhe assim, esquisito. Vai me dizer que nunca trouxe nada de comer pra cá?

 

— Não estando acompanhado. 

 

— Ótimo, assim me sinto especial. - disse ela, sorrindo para ele - passa a pizza para cá, obeso. 

 

— Morta de fome. 

 

Kagome permaneceu dentro da água e Inuyasha sentou no chão. Comeram a pizza e beberam o vinho que ele separou enquanto conversavam sobre mil coisas. Depois, Inuyasha fez uma massagem nos ombros dela, relaxando-a tanto que acabou cochilando dentro da água. 

 

— Acorda, mistura de Bela adormecida com pequena sereia. Vamos pra cama. 

 

— Hmm, seria você meu príncipe encantado? - murmurou ela - Naah, ta mais pra vizinho barulhento mesmo. 

 

— Feh, bruxa. Vamos dormir. 

 

— Você merece um beijo. E outro. E outro. - e ela continuou beijando ele, durante o trajeto até a cama, onde se amaram mesmo com o cansaço dela.   

 

Os meses foram passando e uma rotina fora criada. Quase toda folga Kagome era raptada para a casa vizinha, sendo mimada. Não que Inuyasha fosse o rei do romantismo, longe disso. As provocações faziam parte do relacionamento dos dois e era isso que o tornava tão legal. E junto no pacote vieram dois sobrinhos, um cunhado calado e Rin e Miroku. Claro que Sango veio junto do pacote de Kagome, sendo convencida a morar junto dela já que ambas quase não paravam em casa por causa das longas horas de trabalho. 


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Notas finais do capítulo

E aí, como está? Beijocas!



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