Um amor de vizinho escrita por Giiz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Esta é a minha primeira fic de Inuyasha. Espero que gostem. Preciso do retorno de vocês para continuar escrevendo-a. Beijos e espero que se divirtam. A história se passa num universo paralelo e não possui magia/youkais/etc.



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Domingo, 7h da manhã. Kagome não podia estar acreditando no que ouvia. Era o primeiro domingo desde que se mudara do apartamento que dividia com Sango que estava de folga e havia prometido a si mesma uma manhã totalmente preguiçosa entre os lençóis macios, mas não era bem isso que estava acontecendo. 

 

Um infernal barulho de moto zumbia pela rua tranqüila. E não adiantava rolar para o outro canto da cama ou simplesmente ignorar o som que parecia aumentar gradativamente a cada segundo, contribuindo para a piora no estado de espírito da jovem médica no seu primeiro domingo sem escala. 

 

Irada, pulou da cama e rumou para a sacada do quarto, que dava pleno acesso para a visão da rua, numa tentativa de compreender que diabos estava acontecendo naquela hora, naquele lugar. 

 

Quando fora procurar uma casa, sua principal exigência era que ela estivesse próxima do seu trabalho, porém numa área calma o suficiente para que ela pudesse repor as energias entre os desgastantes plantões no hospital. 

 

Com isso, saiu em direção ao parapeito da sacada, ignorando o fato de estar de camisola e a cara amarrada pelo sono e fora checar o que estava acontecendo. Era uma daquelas motos enormes Harley Davidson que fazia o barulho ensurdecedor.  

 

— Meu deus, são 7 horas da manhã. Vocês não podem diminuir o barulho não? Tem gente que quer dormir! - gritou ela, irritada. 

 

Neste exato momento, a pessoa grande que ocupava uma das motos saltou dela e, retirando o capacete com um sorriso de lado, disse:

 

— Mil perdões por atrapalhar o sono de beleza, cara vizinha. Mas não posso garantir que isso não irá se repetir. 

 

Kagome ficou sem ação. Parecia que a cena se desenrolava em câmera lenta, os cabelos compridos e loiros balançando ao vento depois de estarem libertos do capacete, o sorriso de lado e a voz sedutora. 

 

— Bela camisola. - completou ele, fazendo com que ela despertasse do transe e fechasse o robe de algodão cinza rapidamente, retirando da visão dele a bela camisola de seda e rendas pretas que ela trajava. Vendo a ação da morena, o loiro apenas piscou um olho e continuou rindo para ela, enquanto ela sentia a pele se avermelhar. 

 

Vendo que nada adiantaria, Kagome rumou para dentro do quarto, batendo com força a porta de vidro e buscando conforto em sua enorme cama. 

 

O homem da moto riu novamente das atitudes da morena, colocou o capacete e arrancou com o veículo, seguindo seu caminho. 

 

Horas mais tarde, Inuyasha estacionou novamente na garagem de sua casa, sem deixar de sorrir para a casa vizinha de frente, buscando com os olhos uma possível visão da nova vizinha que quase nunca parava em casa. Retirou o capacete e as luvas, deixando-as no local de sempre e seguiu em direção ao interior bem planejado de sua casa, estranhando um barulho fino. 

 

— Meow. 

 

O invasor tinha cerca de quarenta centímetros de altura, pelugem branca e laranja e grandes olhos amarelos. 

 

— Feh, como você entrou aqui, bichano? - perguntou o loiro, andando em direção à bancada da cozinha, aonde o animal estava sentado sob as patas traseiras como uma estátua. - Buyo. Nome engraçado, camarada. Está perdido? - disse Inuyasha, ao olhar a medalha dourada presa à coleira do gato. - Não sei você, mas estou morrendo de fome. Aceita leite?

 

— Meow. 

 

Sim, ambos travaram uma "conversa". 

 

— Nunca te vi por aqui. Você deve ser da vizinha nova. Ta gostando da vizinhança?

 

— Meeeeow - respondeu o gato, após terminar seu pires de leite. 

 

— Vamos lá para fora. Sua dona deve estar te procurando. 

 

Inuyasha pegou o gato no colo e o Pires de leite e se sentou nos degraus que separavam a entrada  de sua casa da calçada da rua. 

 

Logo que se sentou um carro passou pela rua e mal sendo estacionado, Inuyasha fora atacado por duas crianças de idade próximas. 

 

— Grandão, você tem um gatinho agora? - perguntou o mais novo das duas crianças, ao mesmo tempo que tentava subir nos ombros do homem. 

 

— Não, Ken. Ele só veio me fazer uma visita. Estamos esperando a dona dele aparecer. 

 

— Qual o nome dele? - perguntou a segunda criança, já fazendo carinho do gato

 

— É Buyo, segundo a medalha que ele carrega, Saito - respondeu o loiro mais velho olhando para as duas crianças loiras no seu colo. 

 

— Meninos, deixem o Inu em paz - disse a figura feminina de traços delicados. Nem parecia mãe daquelas duas pestes. Deu um beijo no rosto de Inuyasha. 

 

— Como está, Rin? - perguntou o loiro, retribuindo o carinho. 

 

— Exausta - disse ela, rindo. - e hoje é apenas o primeiro dia da semana. - inuyasha se pôs a gargalhar do comentário dela. 

 

— Buyo? Você está aí, seu gato travesso? - perguntou Kagome, olhando para a cena em sua frente. O vizinho estava acompanhado de duas crianças parecidas com ele e uma moça sorridente. - desculpa atrapalhar. 

 

— Não é nada. Acho que Buyo gostou da companhia - disse o loiro, vendo a farra das crianças com o gatinho. - nada comparado a ser acordada as 7 da manhã, não é? - disse ele, rindo novamente das bochechas coradas da mulher a sua frente. - Muito prazer, Inuyasha Taisho. 

 

— Acho que começamos com o pé esquerdo, não é? Meu nome é Kagome e esse aí é o Buyo. Nos mudamos tem poucas semanas. 

 

— Dona Kagome, a gente pode brincar com o Buyo um pouco? - perguntou o mais novo entre as crianças. Kagome riu do "dona" e assentiu confirmando que poderiam sim brincar com o gato. 

 

— Saito, tome conta do seu irmão. E nada de chegarem perto da piscina, ok? - disse Inuyasha para as crianças, que confirmaram

Com a cabeça as ordens do mais velho. 

 

— São crianças lindas! - exclamou a morena. 

 

— São duas pestinhas, isso sim - comentou Inuyasha, levando um tapa da outra mulher. - Que foi, Rin? Você mesmo diz isso deles. 

 

— Mas eu sou a mãe, eu posso dizer essas coisas. E como meu cunhado é um mal educado, eu me apresento eu mesma. Prazer, Rin Taisho. Cunhada deste desnaturado. E aqueles são Saito e Ken. 

 

 - Feh, Seshoumaru é mais desnaturado do que eu. Aliás, aonde está aquele traste?

 

— É um prazer, sra Taisho. - disse Kagome, apertando a mão dela. 

 

— Aí meu deus, nada de "Sra. Taisho", possivelmente temos a mesma idade, Kagome! Seu irmão está corrigindo alguns trabalhos e os meninos estavam fazendo muito barulho, aí....

 

Inuyasha arqueou uma sobrancelha para Rin. 

 

— Aí você trouxe eles para eu bancar o babá?

 

— Claro. Afinal, para que serve os tios, não é? - Respondeu Rin, com uma cara sapeca. 

 

— As vezes custa eu compreender que você é casada com meu irmão e tem dois filhos com aquele traste - resmunga Inuyasha, se levantando - vamos comer algo? Os meninos estão quietos demais, só espero que não estejam fazendo nada de errado. 

 

E foi só ele falar para escutar o choro sofrido vindo de dentro da casa. Os três adultos correram para dentro, encontrando pelo caminho Ken chorando com um corte na testa e Saito pálido e assustado. 

 

Rin correu para os meninos enquanto Inuyasha retirou a toalha do banheiro para conter o sangramento na testa do sobrinho. 

 

— O que aconteceu, Saito? - perguntou Rin delicada enquanto embalava o menor nos braços e tentava acalmar o mais velho que mostrava sinais que iria chorar. 

 

— A gente estava brincando de pega-pega com o Buyu e o Ken não viu a estante e bateu de frente, mamãe. 

 

— Posso ver o machucado? - Perguntou Kagome para Rin - eu sou médica. 

 

— Mas é claro, Kagome! Por favor, cuide do meu filhote - disse Rin, beijando a bochecha rosada do caçula. 

 

Kagome sorriu e afastou a toalha que estava manchada de sangue. 

 

— Podemos ir para a cozinha? Preciso de gelo para avaliar a situação. - mal Kagome disse, Inuyasha pegou o mais novo e o colocou sentado no balcão da cozinha, deixando-o numa altura ótima para a médica. Delicadamente, ela passou o gelo pelo ferimento que constatou não ser enorme, mas precisaria de um ponto. 

 

— Rin, Ken precisará dar um ponto na testa. Se você quiser, tenho o material na minha casa e eu mesma posso cuidar disso. Ou se quiser, posso chamar uma amiga pediatra também. Ela está de plantão hoje. 

 

— Kagome, se não for muito incomodo, pode cuidar você mesma do caso? Ken odeia hospitais. - comentou Inuyasha. 

 

— oh, mas é claro! Você pode me fazer um favor? Tenho uma maleta de primeiros socorros no armário do lavabo. Você pode pegar para mim? - disse ela, dando as chaves de casa para ele. 

 

— O lavabo da esquerda? - perguntou ele. 

 

— Sim. Você conhece a casa?

 

— Fui eu que projetei ela. Feh. 

 

Kagome e Rin riram do loiro. Kagome tratou de tranqüilizar as crianças, enquanto prendia para o alto os cabelos. Poucos minutos depois, inuyasha voltou com sua maleta e com outra pessoa com ele. Era moreno de olhos azuis e os cabelos faziam um pequeno rabo de cavalo. 

 

— E aí, Ken? Rachou a cuca? - perguntou ele, fazendo gracinha com as crianças. - quando cheguei vi o Inu saindo da casa vizinha e cheguei a imaginar que ele estava fazendo uma espécie de caminhada da vergonha a essa altura, mas aí ele apareceu com uma maleta de primeiros socorros e me perguntei se ele estava mudando de profissão 

 

— Tio Miroku! - exclamou as duas crianças. 

 

— Esse sou eu. E você, bela donzela? Quem você é? - disse ele, se referindo à Kagome, pegando na mão dela e dando-lhe um beijo galanteador. 

 

— Deixa ela em paz, seu safado. - disse inuyasha, entregando a maleta para a médica. 

 

— Opa, já senti que o território está demarcado, cachorrinho. 

 

Kagome ria da situação. Agradeceu pela maleta e começou a se preparar, lavando as mãos com o sabão especial e colocando as luvas. 

 

— Meu nome é Kagome Higurashi. Sou a vizinha de frente do Inuyasha e apesar de estar morando ali a mais de um mês, só nos encontramos hoje. 

 

— Deixa eu imaginar, muitos plantões? - comentou Rin, observando os passos que Kagome dava, enquanto ela assentia com a cabeça. 

 

— Vamos lá. Ken, eu vou dar uma picadinha igual a uma abelinha na sua testa para poder cuidar direito do seu machucado, ok? Depois disso, vai parar de doer. Você confia em mim?

 

A criança assentiu e Kagome sorriu, dando continuidade ao processo. Em alguns minutos, finalizou, colocando um band aid por cima do ponto que havia costurado na criança e depositou um beijinho na bochecha dele, deixando-o vermelho. 

 

— Prontinho! Daqui a uma semana é só me procurar no hospital geral para retirarmos o ponto. 

 

— Obrigada, Tia Kagome! Você salvou a vida do meu irmão! - comentou Saito, abraçando as pernas da médica. 

 

— Iiih, Inu. Acho que você perdeu o posto de super herói para os pirralhos. 

 

Todos deram uma sonora gargalhada enquanto inuyasha ficava levemente mal humorado. 

 

— Bem, é melhor eu ir agora. Buyo, vamos para casa! - o gato gordo levantou a cabeça para a voz da sua dona para logo em seguida, deita-la novamente no colo de Ken. As crianças estavam sentadas no sofá assistindo desenhos. 

 

— Acho que seu gato gostou da minha casa. Talvez você devesse ficar um pouco mais. - comentou Inuyasha. 

 

Miroku e Rin perceberam o clima no ar e resolveram ajudar. 

 

— Fique! Vou fazer algo para comermos e eu espero que você tenha mais do que lamen nesse armário, Inu! - disse Miroku, se dirigindo para a cozinha. 

 

— Hey! Acho que essa cozinha me pertence. - resmungou Inuyasha 

 

— Só ache. Sua cozinha é o paraíso dos chefs e você comete uma heresia cozinhando apenas lamen nela. Venha, maninha. Me ajude aqui. 

 

— Então vocês são irmãos? - perguntou a médica. 

 

— Pois é. Somos todos uma família aqui. 

 

— Isso é muito bom. - comentou ela. - sinto falta da minha. 

 

— Veio estudar fora? - perguntou Inuyasha. Ele estava curioso. 

 

— Sim. Sou do interior, onde deixei minha mãe, meu avô e o meu irmão. 

 

— Uma garota do interior arrasando na cidade grande! - comentou Rin, lavando algumas cenouras. - Nós também viemos do interior, mas quando crianças. Viemos morar com nossos avós e foi aí que conhecemos os Taisho. 

 

— Feh, a Rin foi até legal de conhecer. Mas ela tinha que ter um traste de irmão com ela. - comenta Inuyasha, provocando. 

 

— Traste? É assim que você trata seu melhor amigo? Olha que sou eu que  preparo sua comida! - brincou o moreno, entrando na brincadeira. 

 

— Isso me faz lembrar de uma coisa. O que diabos você está fazendo na minha casa num domingo? 

 

— Nao se pode mais visitar um amigo/cunhado? - Inuyasha arqueou a sobrancelha - Ok, ok... Eu vim ver o projeto do restaurante novamente. - disse por fim, o moreno, com um sorriso amarelo. 

 

— Meu deus, para de ser ansioso! - brigou com ele a irmã. 

 

— Eu não posso fazer nada! 

 

Kagome ria divertida da situação. 

 

— Nos conte mais sobre você, Kagome!

 

— Não tem muito o que falar, Rin. Sou residente de cardiologia no hospital geral, acabei de me mudar para a casa ao lado e ainda estou cheia de caixas que minha mãe enviou do templo. Eu morava num templo no interior - comentou ela, rindo. - muito espaço para juntar quinquilharia. 

 

— Se precisar de ajuda para arrumar as coisas, pode me chamar. Sinto que seremos grandes amigas, Kagome. 

 

— Assim espero, Rin! - disse ela, sorrindo. 

 

— Bem, eu não sei se o mal humorado aí disse, mas ele tem um escritório de arquitetura e eu trabalho com ele, sou designe de interiores. 

 

— Isso é muito legal! 

 

— Papai chegou! - gritaram as duas crianças da sala, antes mesmo que a campainha tocasse. 

 

— É, Inu. Sua casa está movimentada hoje. - comentou Miroku, sem parar de cozinhar. - Meu Deus, que facas horríveis! Sorte que eu sempre carrego meu estojo de facas comigo. Kagome querida, pode me fazer um favor? Pode pegar ele no bagageiro da minha moto? É a moto azul marinho. 

 

— Ahn, ok! 

 

Kagome seguiu em direção a entrada e se deparou com outra figura loira e imponente na sala, brincando com os filhos. 

 

— Tia Kagome! Foi a tia Kagome que cuidou do Ken, papai. - comentou o mais velho. As duas crianças estavam no colo do pai, uma em

Cada braço. - você já está indo embora?

 

— Oh, eu só vou buscar uma coisa pro Miroku. - Disse ela, constrangida. 

 

— Papai, tio Miroku está cozinhando para a gente. 

 

— Espero que ele não nos envenene - comentou o loiro, rindo. 

 

— Eu estou escutando isso, cunhadinho! Só não te enveneno pois não quero deixar meus sobrinhos órfãos! 

 

Kagome estava meio que em choque por ter conhecido toda uma família em apenas um dia. Era muita interação social para um domingo, pensou ela, antes de ser acordada dos pensamentos por uma buzina. 

 

— Hey, K-chan! Sua casa não era essa? - gritou outra moça morena, de dentro de um carro, estacionado na porta de sua residência. 

 

— Sango! O que está fazendo aqui, mulher? - Perguntou Kagome, segurando o estojo de facas e indo de encontro com a amiga, do outro lado da rua. 

 

— Resolvi te fazer companhia, já que eu estava solitária e entediada no apartamento, depois do plantão.  Mas pelo visto, estou atrapalhando algo... - comentou ela, observando o homem loiro de cabelos compridos saindo da casa onde Kagome estava anteriormente. 

 

— Hey, Kagome! Achou as facas? - perguntou ele. 

 

— Oh, sim! Aqui estão. Eu agradeço o convite para o jantar, mas terei que recusar agora. Visitas - brincou ela. 

 

— Nada disso, você vai abrir mão de jantar com esse pedaço de mal caminho pra passar um tempo comigo? A gente se vê praticamente todos os dias naquele hospital. - comentou Sango, baixo, para Kagome. - Ela está brincando! Depois a gente se fala, K-chan! - disse mais alto, empurrando a morena em direção ao loiro. 

 

— Mas que tal você ficar para o jantar também? - disse Inuyasha, chegando perto das duas. 

 

— Não seria abusar muito do Miroku? - perguntou Kagome, ligeiramente preocupada. 

 

— Feh, que nada. Vamos dar trabalho para aquele folgado. Prazer, sou Inuyasha Taisho, vizinho de frente. 

 

— O prazer é todo meu. Sango Himura, melhor amiga da Kagome. - se apresentou para ele, apertando a mão estendida. 

 

E logo após essa apresentação, entraram na casa de Inuyasha. Viram o loiro jogar o estojo de facas para o moreno que percebeu a nova presença na cozinha. 

 

— Mais uma boca para alimentar? Acho que estou fazendo uma pré estréia do meu restaurante - comentou ele, rindo. - Sou Miroku. Sur-chef do Onigumo's, mas em breve, um feliz proprietário de um restaurante próprio. Isto é, assim que meu querido e enrolado cunhado liberar o projeto dele. - finalizou ele, beijando o dorso da mão de Sango. 

 

— Sou Sango Himura. Residente de pediatria do hospital geral. Conheço Kagome desde que entramos para a universidade, fomos colegas de quarto até pouco tempo atrás, quando ela resolveu me abandonar. Já jantei no Onigumo's. 

 

— Oh! Foi uma boa experiência? 

 

— Péssima! - respondeu ela, deixando o chef amuado - Mas não teve nada a ver com a comida. Foi a companhia mesmo - complementou ela. 

 

— Assim espero! - disse ele. 

 

Kagome sentiu o clima que estava se formando e sorriu, mas lembrou do pequeno acidente que Ken havia sofrido. 

 

— Sango, eu sei que você saiu o plantão a pouco tempo, mas tive que socorrer o pequeno Ken num encontrão dele com a estante. Você poderia dar uma olhada nele essa semana? - perguntou ela, apresentando o pequeno à médica. 

 

— Mas é claro! Prazer, Ken! Sou a Dra Sango. Você está sentindo alguma dor? - perguntou ela, abaixando-se para ficar na altura da criança. 

 

— Não to não. A tia Ká deu uma picadinha de abelha na minha testa e não doeu nada. - Rin sorriu do relato do filho, abraçada ao marido. Já estavam todos na sala, deixando Miroku sozinho na cozinha. Mas como era um ambiente aberto, continuava participando da conversa. 

 

— Ótimo! Mas me diga, está com sono? - perguntou ela, checando os reflexos da criança, que balançou negativamente a cabeça. Sango então se virou para os pais dele e disse - melhor demorarem para pô-lo para dormir hoje. E qualquer coisa, me liguem. Aparentemente está tudo ótimo com ele. - disse, entregando o cartão com seu número. - mas é melhor prevenir que remediar. 

 

— Sim. - respondeu o loiro mais velho. - Sou Sesshumaru Taisho e essa é Rin. Somos os pais. Obrigada pela preocupação. 

 

— Não tem de quer. 

 

Do outro lado da sala, Kagome engrenava uma conversa com Inuyasha. 

 

— Então foi você que projetou minha casa?

 

— Na verdade, todas do quarteirão. O terreno era propriedade da família. - respondeu ele, sorrindo enquanto prendia os cabelos num nó no topo da cabeça. Estava seduzindo a vizinha e ela estava totalmente se deixando levar, seduzindo-o também, mordendo o lábio. 

 

— É bom ver o Inu assim - comentou Rin para o marido e Sango. As crianças brincavam um pouco mais afastados. - Fazia tempo já. 

 

— Kagome também não tem tanta interação social assim a muito tempo. E eles parecem ter se gostado! - justificou Sango. 

 

— Vamos comer! - Gritou Miroku, da cozinha, e todos seguiram a ordem. 

 

— Sesshoumaru, que mal me pergunte, o que você faz? - indagou Kagome, durante as conversas paralelas na mesa de jantar. 

 

— Sou professor universitário. - respondeu ele. 

 

— Oh, que legal! De qual curso?

 

— Direito. 

 

— Hmm - Kagome logo entendeu que o irmão de seu vizinho não era muito aberto para conversas, diferente de sua esposa, que comandava um papo animado com sua amiga e Miroku. Inuyasha brincava com os sobrinhos e Buyo estava sentado na bancada da cozinha observando todos. Kagome se sentiu estranhamente "em casa" com essa organização familiar e sorriu. 

 

Mais de uma semana se passou sem que eles se encontrassem novamente, somente pequenos acenos nas chegadas/partidas para jornadas de trabalho. Ken fora atendido por Sango dias atrás, sendo levado ao hospital pelo tio Miroku. Óbvio que ele estava usando a criança para forjar um novo encontro com a pediatra. E ela adorou, acabando por marcar um café num dia de folga. 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. É de suma importância eu saber o que acharam para que eu possa continuar postando e fazendo os ajustes necessários.
Beijocas!



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