O Garoto dos Olhos Castanhos escrita por Alison


Capítulo 20
Capítulo XX - Dia 2


Notas iniciais do capítulo

Aviso: Esse capítulo pode gerar raiva.



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Ontem foi muito produtivo. Pelo menos na parte da noite, quando estávamos naquela feira. Mano, aquele lugar é maravilhoso. A cada lugar tinha uma surpresa, uma coisa nova pra comer. Tenho certeza que comprei mais do que precisei e comi mais do que pude aguentar. Lucas então nem se fala, não sei como ele não engorda.

Mas nem tudo foi um mar de flores como eu queria. Minha mãe está meio, ou muito desconfiada sobre mim. Depois da conversa de ontem ela anda um pouco rígida comigo e muito observadora muito mesmo. Inclusive quando chegamos em casa a noite ela pediu para que eu não fechasse e trancasse a porta do meu quarto com o Lucas. Dá pra acreditar?

Quis tentar discordar com essa decisão dela, mas não consegui achar um argumento válido naquele momento que ela disse. Porém agora no outro dia eu já tinha várias respostas para dar pra ela. É um saco você não ter elas no momento da “discussão” e depois surgir até uma Bíblia de palavras que fariam você ganhar a batalha.

Lucas disse pra ter calma. Ele falou que é normal e ainda disse que deveria contar o quanto antes já que ela estava desconfiada e se descobrisse por conta própria seria algo muito pior que eu chegar e falar com ela. Mas cara! Eu não tô preparado pra isso. É difícil, não consigo nem imaginar eu chegando na frente dela e falando: Oi mãe, eu sou gay e estou quase namorando o Lucas.

Não é algo fácil e preciso de mais tempo. Hoje vai ser um dia diferente, vou tentar esquecer aquela conversa com minha mãe e seguir em frente, afinal é apenas o segundo dia de praia, não quero estragar essas férias.

— Olha o que eu trouxe pra você, neném! O seu favorito.

Lucas chegou com um espetinho de queijo. Vou confessar que amo queijo, não importa que tipo ele for! Desde pequeno o queijo sempre esteve presente na minha comida, no arroz, no macarrão, na panqueca, em tudo mesmo. Meu apelido no ensino fundamental era “Ratinho”. Graças aos meus enormes dentes na época e o tanto de queijo que eu comia e não, eu não odiava o apelido, eu o amava!

— Ah! Você é um amor, sabe mesmo como me animar, não é? – Sorri pra ele e peguei o espetinho.

— Você não pode desanimar, Rafa. Ela no final vai conseguir aceitar tudo numa boa! Tudo começa sempre difícil e depois se acalma, você só não pode se entregar.

— Você acha? – Olho pra baixo encarando a areia. – Não sei se ela vai conseguir aceitar isso... Minha mãe já comentou várias vezes que não quer um filho gay... E meu pai então, o que ele vai pensar disso?

— Não se preocupe com isso agora, nessa semana. Você está aqui pra se divertir, podemos manter isso em segredo ainda até você estar pronto pra ter uma conversa com ela.

Concordei com ele. Não devo ficar me remoendo essa semana, mas está um pouco difícil de controlar. Vou tentar, não quero estregar essa semana de férias na praia, ainda mais com ele junto. Quero dias felizes.

Ele sentou do meu lado e se aproximou de meu corpo. Fiquei um pouco desconfortável. E se meus pais estivessem vendo isso? Minha preocupação logo voltou e começou a me torturar novamente. Tô me sentindo muito culpado.

— Rafa, relaxa. Eles não vão ver...

Lucas colocou a mão na minhas costas e eu apenas abaixei a cabeça. Não quero que ele fique preocupado comigo. Preciso controlar minhas emoções, não quero estregar o dia dele só porque o meu foi ruim.

— Vamos em outro lugar? Quero poder te beijar. Eu preciso te beijar, sério!

Lucas soltou uma risadinha fofa e balançou a cabeça ainda rindo.

— Vem, vamos lá no quiosque, lá não dá pra seus pais nos verem... Aliás, você é muito fofo preocupado. Uma gracinha que dá vontade de morder.

— O que? Você precisa ficar com pena de mim! Eu tô sofrendo!

— Meu Deus! Que drama Queen.

Nós dois rimos. Tudo bem, confesso que foi um pouco de drama. Só um pouco mesmo, nada tão elevado. Fiz um bico pra ele e fui esmagado pelas mãos dele que apertavam minhas bochechas sem piedade. Levantamos e fomos indo para o quiosque.

— Nossa, esse queijo é uma delícia!

— Devia se chamar Rafael.

Olhei pra ele. Ele me olhou maliciosamente e do nada me deu um tapa super forte na minha bunda. Eu dei um pulo e soltei um grito bem vergonhoso que me fez dar vontade de entrar dentro da areia.  Acho que esse vai entrar no segundo maior mico da praia, perdendo apenas pro elevador.

Chegando no quiosque fomos para parte de trás onde não tinha muita gente. A maioria ficava na parte da areia, nas mesas próprias deles comendo coisas deliciosas que me faziam suspirar por vontade. Coloquei ele encostado na parede e me aproximei. Nossos corpos se tocaram, estávamos com pouca roupa e isso já me dava muitas ideias na cabeça. Sentir o corpo dele no meu corpo sem uma blusa atrapalhando era extremamente enlouquecedor.

— Gosto de sentir você em mim...

— E eu gosto de te deixar assim...

As mãos do Lucas foram para meus shorts onde eu começava a ficar excitado. Não devia, ainda mais ali no meio do dia, mas Lucas era uma piranha malvada.

O beijei. Gosto dos momentos antes do beijo. Ele fica sorrindo igual um bobo pra mim até nossos lábios se encontrarem. Como ele sempre fazia, suas mãos foram direto para meus cabelos e os meus ficaram alisando seu corpo. Eu adorava beijar ele.

— Veja se não é o casal da foto!

Assustei. Não é possível que mais alguém vai atrapalhar. A gente nunca consegue se pegar em paz.

A voz vinha de trás. Parei de beijar Lucas e me virei com tudo pra ver quem estava falando. Pra minha surpresa e alívio também, era aquelas meninas daquele dia e estavam acompanhadas de dois meninos.

Um deles era aquele que estava me encarando.

— Lembra da gente? Karine e Alexandra? A gente tirou uma foto de vocês na areia naquela noite. – Falou a morena dos cabelos cacheados. Essa era a Karine, lembrei dela na hora por causa dos belos cabelos que ela tinha.

— Claro que lembro! – Disse Lucas animado pra elas. – A foto ficou perfeita, não tem como não lembrar.

— Realmente, sou uma boa fotógrafa! – Alexandra soltou uma risadinha enquanto sua amiga lhe dava um tapinha na cabeça. – Você continua sem falar muito, né? É tímido?

Demorei alguns segundos pra perceber que era pra mim que ela estava se referindo. Verdade, eu não falei muito nem na primeira vez que nos encontramos, mas a questão é que eu demoro pra me enturmar, fico meio desconfortável no começo, mas depois que me solto fico tranquilo.

— Ele é um pouco tímido, mas é só pegar amizade que ele se solta. – Lucas falou por mim. – E quem são esses?

Karine deu um pequeno grito e pediu perdão. Ficou bastante animada com a pergunta, parece que ela queria apresentar esses dois pra gente já faziam dias! Ela puxou o primeiro pra mais perto dela, ele era o que não tinha me encarado naquele dia.

— Esse daqui é o Taylor! Ele é bem parecido com você em questão de timidez – Apontou pra mim – mas não se engane, ele é o mais safado possível.

O garoto ficou mais vermelho que qualquer coisa vermelha que eu tinha conhecido até hoje.

— Meu Deus! Não fale isso na frente de pessoas novas... prazer conhecer vocês dois...

Ele era praticamente do meu tamanho, seu corpo também era magro, algo curioso é que ele tinha uma pinta no peito praticamente igual a que eu tenho quase no mesmo lugar. Seus cabelos eram lisos e posso dizer que são um pouco ruivos, talvez ele tenha pintado ou pode até ser natural. Ele é muito branco, talvez da mesma forma que eu sou! Tinha um brinco na orelha esquerda que pude observar que era uma estrela dourada. Bem gay.

— E este aqui é o nosso gostosão de primeira classe. Igor! Ele sabe surfar, bem coisa de popular, né?

Então esse era seu nome. Vendo de perto ele era bem mais alto que eu, seu corpo também parecia mais definido agora. Tinha braços enormes que daria dois dos meus e seus peitos eram daqueles bem definidos que chegavam a dar uma pequena inveja. Ele era bem da cor de chocolate, combinava muito com ele devo confessar.

— É um prazer conhecer vocês. Elas nos falaram muito de vocês dois. Inclusive nos mostraram a foto. – Sua voz era grossa. Dava medo.

Eu apenas sorria. Não falava nada.

— É muito bom conhecer pessoas novas como vocês! Vocês têm amigas maravilhosas. – Lucas já parecia estar se enturmando com eles.

Eles começaram a conversar. Fiquei quieto e apenas observava todos eles falando. Taylor também não falava muito, parece que tanto eu quanto ele estávamos meio desconfortáveis com pessoas novas. Estava meio bolado também, queria ter beijado mais o Lucas, aquele beijo não durou nem cinco segundo praticamente. Como essas meninas surgiram do nada? Eu podia jurar que não tinha as visto quando olhei ao redor.

Olhei pra Taylor. Ele olhou no mesmo momento e sorriu pra mim. Devolvi o sorriso de forma educada. Ele parece que entendeu que também estava meio desconfortável com aquilo. Mas o importante é que Lucas está feliz e se divertindo.

Karine falava muito. Ela contava tudo que vinha em sua mente e também adorava constranger os amigos. Ela era a típica melhor amiga super divertida e cheio de ânimo pra espalhar. Contou até do dia em que Taylor ficou bêbado e tirou a roupa na frente dela falando que era um stripper. O garoto ficou completamente vermelho.

— Vocês não querem ir com a gente ali naquele lado da praia? Vamos beber e comer algumas coisas e depois quem sabe dar um belo PT? – Alexandra falou isso como se fosse a coisa mais normal do mundo. Talvez seja no mundo adolescente.

— O que acha Rafa? – Lucas olhou pra mim e apenas acenei que sim com a cabeça.

Fomos indo até com eles. Os quatro foram na frente enquanto nós dois ficamos atrás os acompanhando. Eles eram um grupo bem animado, as meninas eram as mais animadas. Elas corriam, pulavam, gritavam. Era completamente animadas e cheia de vida. Aquilo era muito legal, mas às vezes ficava com uma vergonha alheia interna. Mas nada grave.

— Tenta se enturmar, neném. – Lucas falou me abraçando de lado.

— Pode deixar, só preciso me acostumar pra poder me soltar – Dei um beijo na bochecha dele seguido por uma mordidinha.

— Virou cachorrinho agora? – Agora ele me deu uma mordida.

— Hum! Acho que nós somos cachorros então! Cachorros viados.

Nos dois demos risada. O quarteto ali na frente também deve ter escutado porque deram uma grande risada coletiva. Até que eles devem ser legais.

Chegamos na parte onde eles queriam que fossemos. Sentamos em baixo de um dos guarda-sóis que Alexandra tinha pedido. Parece que ela era a que tinha a grana do grupo. Era a única que carregava consigo uma bolsa. O resto estava tudo com trajes de praia sem nada nas mãos, nem mesmo celulares eu consegui ver.

— Então? Vocês bebem? – O moreno perguntou.

— Um pouco, não gosto de beber muito. Preciso ficar sóbrio! – Lucas disse.

— E você? Rafael?

 - Um pouco também! Se eu bebo muito me dá sono. – Todos riram quando eu falei e Karine deu um salto como se tivesse lembrado de algo.

— Mano! Vocês lembram do dia que a Alexandra bebeu e dormiu no chão da sala da mãe do Taylor?

Eu tava bem desconfortável ali. Eles parecem ser pessoas bacanas, mas eu só queria ficar sozinho com o Lucas. Mas ele está a feliz e ria bastante com eles, então é um sacrifício que daria pra ver meu garoto sorrindo.

Cervejas foram chegando e as histórias só iam aumentando cada vez mais. Eu bebi um pouco, pra ver se dava aquela animada com eles. Queria poder me enturmar e parar de me sentir daquele jeito, confesso que uma parte de mim estava lá na sala do hotel falando com minha mãe sobre a desconfiança dela e todas aquelas perguntas. Comecei a beber mais pra tentar esquecer.

Será que minha mãe vai me odiar por ser assim? Será que ela vai me colocar pra fora de casa? E meu pai? O que ele vai pensar? O único filho dele se envolver com outro homem. Ele vai me matar isso sim. Vai me esganar até eu perder as forças, tenho certeza.

Bebi mais. Olhei pra Lucas e o vi rindo enquanto falava com os outros. Ele era a única coisa que me mantinha estável agora. Aquele sorriso era meu porto seguro. Me senti mal. Olhei pra Taylor e vi que ele estava me olhando, um olhar preocupado. Talvez ele está percebendo que estou meio mal.

Meus olhos e os olhos de Taylor não paravam de se encarar. Às vezes ele fazia movimentos com a boca que era um tanto sexy. Mexia em seus cabelos os arrumando sem desgrudar os olhos de mim. Eu também não parava de olhar, nós éramos os únicos que não falávamos nada.

Deitei por fim no colo de Lucas.

***

Devo ter dormido. Comecei a acordar aos poucos e logo senti uma leve ardência nas minhas costas. Me sentei e percebi que não tinha mais ninguém ali, exceto Taylor que estava sentado na areia com um palitinho que fazia alguns desenhos aleatórios na areia.

Olhei pra ele com um olhar de dúvida, ele também voltou os olhos pra mim e deu um suspiro de leve. Ele parece ter percebi minha dúvida que era aonde estavam os outros e porque Lucas me deixou aqui sozinho com ele.

— Eles foram no hotel... Alexandra quis levar o Lucas pra mostrar a coleção da Britney Spears que ela tinha. Ela soube que ele é muito fã. Ele me pediu pra ficar aqui tomando conta de você, não queria te acordar. Disse que teve um dia difícil, né?

Não acredito que Lucas me deixou aqui sozinho e ainda foi em um hotel junto daquele cara suspeito. Soltei um gemido de dor quando minhas costas começaram a arder mais. Devo ter ficado deitado de costas pro sol e isso me deixou completamente queimado.

E ele ainda soube que estou passando por um momento difícil. Fiquei meio bolado com isso, não gosto de que os outros fiquem sabendo das minhas dores ou dificuldades.

— Tá doendo né? Eu tentei cobrir com uma toalha, mas você sempre tirava.

— Tá ardendo muito... tá incomodando na verdade...

— Posso passar um creme em você? Vai melhorar e esfriar as costas.

Olhei pra ele um pouco desconfiado, mas não tinha escolha. Estava ardendo muito e eu não conseguiria passar o creme sozinho nas minhas costas. Me rendi ao pedido dele e confirmei positivamente com a cabeça.

— Vem aqui perto, vou pegar o creme.

Eu levantei e sentei onde ele estava sentado, ele levantou e pegou um creme que estava perto da bolsa de Alexandra. Ele se aproximou e sentou atrás de mim. Olhei pelos ombros e consegui ver um pouco ele.

— É só relaxar, ok?

Logo senti as mãos dele com o creme passar em minhas costas. Ele tinha o toque delicado e suave. Me dava arrepios toda vez que ele chegava no final das costas. Tive que conter meus suspiros pra não dar uma intenção errada para aquele momento.

— Então, ainda não se assumiu né?

— Não...

— É bem difícil. Minha mãe demorou um ano pra me aceitar... foi um ano difícil, ela era bastante complicada e não entendia meu lado. Cheguei até fingir um namoro com a Alexandra, mas ela sacou na mesma hora que era mentira.

Abaixei a cabeça com aquilo. Não quero que minha mãe demore tanto pra me aceitar. Um ano seria muito, sou bem apegado a minha mãe.

— Eu sei que está com medo, mas tenta relaxar Rafael... Vai dar tudo certo pra você. – Ele passou agora em meu pescoço. Fazia movimentos leves e carinhosos.

Eu estava sentindo um pouco de prazer ali... Minha cabeça mexia para todos os lados sempre que ele tocava em meu pescoço. Ele estaria me provocando?

— Vira pra frente.

Primeiro olhei de lado pra ele. Depois me virei ficando sentado de frente pra ele. Taylor sorriu pra mim e pegou na minha mão. Fiquei nervoso, meu coração acelerou e não sabia o que eu estava fazendo naquele momento.

— Passa em mim? – Ele colocou um pouco de creme na minha mão. – Meu peito tá ardendo um pouco.

Respirei fundo. Olhei pro peito dele e vi que realmente estava um pouco vermelho. Espalhei o creme na minha mão e comecei a passar bem devagar por toda região vermelha. Meu coração não parava, eu estava nervoso, algo me dizia que estava fazendo alguma coisa errada, mas não conseguia parar.

Taylor soltou um suspiro e fechou os olhos. Naquele momento eu olhei pra ele e fiquei impressionado com o rosto dele. A feição de – eu acho – prazer era uma coisa enlouquecedora. Ele pegou nas minhas mãos e começou a me forçar a fazer movimentos mais fortes e rápidos.

— Você tem uma mão divina. Ela é super macia, super delicada e ao mesmo tempo muito forte.

Corei. Não estou entendo porque ele está fazendo isso.

Taylor sorriu pra mim. Ele aproximou seu rosto do meu. Sua respiração estava bem próxima da minha. Seus lábios começaram a tocar nos meus várias vezes, eu não reagia. Ficava parado apenas com os olhos regalados, ele tentava fazer minha boca de mexer dando vários pequenos beijos.

Foi aí que ele agarrou no meu cabelo e puxou um pouco minha cabeça pra trás, senti algo imenso surgir dentro de mim. Aquele era meu ponto fraco que apenas Lucas sabia. Ele se aproximou novamente e tentou novamente o beijo. Ele beijou meu pescoço, fazia varias coisas com ele. Eu estava louco...

Dessa vez eu reagi. Eu o beijei. O joguei na areia e coloquei meu corpo em cima do dele. Eu o beijava muito e ele beijava mais ainda.


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Notas finais do capítulo

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