Don't say goodbye escrita por Ems


Capítulo 5
Parte 5




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Minhas palmas morrem e eu estremeço. Não! Não poderia estar chegando a hora.

— Você passou! Certeza, quem é louco para não aceitar você numa peça?— Eu me desesperei. Ela merecia mais que a desistência.

— Lauren, eu passei.

Ela falou baixo e eu explodi em gritos.

— Não...Você não entendeu. Foi por isso que eu me matei.

— O que?

Como fumaça a gente veio para cá e como fumaça fomos levadas a uma movimentada rua de Nova York onde uma Rachel Berry chorosa caminhava por entre os pedestres sem se incomodar em esbarrar em outras pessoas.

Sua alma se aproximou do corpo e eu me aproximei junto.

Eu não estava entendendo nada. Ela passou, ela deveria estar feliz, eu não consigo imaginar por qual motivo….

— A pessoa que fez o teste te aliciou? Aconteceu alguma coisa? Me fala?

Rachel Alma se vira para mim.

— Não. Eu passei. Foi a última bateria de testes e eu passei. Foram quatro testes com centenas, milhares, de outras meninas e eu fui a escolhida. É um ramake de tempos da brilhantina. Será na Off-Broadway e se alcançar o sucesso ganhará uma temporada na Broadway.

Ela fala num tom automático como se já estivesse escutado aquilo antes.

Rachel alma e Rachel física param lado a lado perto da rua.

Rachel física parece sem chão, como se estivesse drogada, quem sabe num transe louco.

Então eu entendi.

Ela finalmente conseguiu um grande papel.

Era tudo que precisava para fazer seu talento valer.

O não ela já conhecia e aquele era seu primeiro grande sim.

Ela estava acostumada com o fracasso, mas o que fazer quando tu ganha o sucesso? Quando aquilo que tu deseja você alcança por seu mérito?

Rachel Berry conquistou o que mais desejava com todo o seu ser, infelizmente ela percebeu que aquele tudo não compensava o que havia perdido e por isso ela se jogou na frente de um ônibus no meio de uma avenida da grande Nova York.

Eu nunca havia tocado uma vítima da vida antes.

Mas como tudo naquele dia estava fora do normal minhas mãos tocaram seus ombros e as duas Berry voltaram a ser uma: corpo e alma.

Balancei a menina para frente e para trás.

— Berry, reaja! - Exclamei. Nova York é tão estranha que todos acharam uma cena normal.

— Lauren?— Sua voz saiu fininha. Só sua alma sabia meu nome por esse fato deduzi que agora falava com a menina que ficou conversando comigo o dia todo.

Abracei a morena e ela chorou em meu ombro.

— Não se mata, menina, agora que é teu começo. Todo dia é um início diferente. - Falei contra seus cabelos. — E você acredita em si mesma só precisava de um empurrãozinho.

Durante um tempo ela ficou agradecendo e eu fiquei feliz por ela, me senti uma heroína no dia a dia, mesmo sabendo que a verdadeira heroína ali era ela por não ter desistido, por ter se soltado da âncora e ter visto uma saída.

Fiz ela me prometer que a partir dali iria encontrar um psicólogo e quando começamos a nos perguntar o que seria de mim, sem despedida alguma, a última coisa que vi foi os olhos castanhos e a buzina de um ônibus ou caminhão me ensurdecer.

[...]


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