Guto & Benê - ITS TOO LATE TOO SAY SORRY escrita por Kayle


Capítulo 1
Aquele em que um coração é partido


Notas iniciais do capítulo

Bem eu a outra deixei de postar estava sem inspiração. Lembrei me de começar uma nova historia.
Espero que gostem dependendo do feedback continuo.
Em relação a novela Guto meu amor vou te bater. Tadinha da Bene é serio, o meu bolinho não merece isso.



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Benê respirou fundo enquanto sentia o vento que lhe batia na cara. Tentou o seu máximo mas as lágrimas não deixavam de escorrer pela sua fase. Só queria parar de pensar, parar de sentir. Parecia quase engraçado, há uns meses atrás tudo o que queria era sentir novas emoções, experimentar novos sentimentos, entender o que sentia. Naquele momento, por muito que não entendesse muito das suas emoções, não era difícil perceber estava destroçada.    
     A sua cabeça não parava de girar com o que tinha acabado de acontecer “ a gente nem é amigo direito”, “ eu sou só o seu professor de piano”. Ela estava encolhida no chão, com lagrimas a cair – lhe dos olhos e sem conseguir controlar os soluços e a magoa. Desde pequena tinha sido assim. Primeiro o pai, agora o Guto. A verdade é que nunca pertencera a lugar nenhum “ Benê a esquisita”.        Ele não gostava dela, não a considerava sequer sua amiga. Ela pensou que eles eram amigos, ela pensou que ele podia gostar dela. Mas não, ele era como todos Benê a estranha, Benê a esquisita, era isso que ele achava dela. Era este o sentimento de um coração partido? Ela não gostava, pior ela não conseguia lidar com isso. Era demais, doía demais.
           - Guto… Guto….- Sussurrou em um fio de voz, voltando a soluçar.         
            Lembrava-se quando era nova ver o Harry Potter, lembra-se dos dementores e como achava estranho aquilo. Como é que alguém poderia sugar a felicidade? Era cientificamente impossível não era? Naquele momento finalmente entendeu o que as personagens poderiam sentir, ela sentia-se assim. A rejeição do Guto, as risadas dos seus amigos, tinham-lhe tirado toda a vontade de ser feliz, toda a vontade de sorrir. Naquele momento tudo parecia negro.
            De repente ouviu um barrulho, um barrulho de uma moto.  Aquele barrulho que quebrou a bolha de tristeza e solidão em que a Benedita estava. Ouviu um assobio, o que lhe despertou a curiosidade e lentamente levantou a cara dos seus joelhos. Ajoelhado a sua frente, estava um garoto, parecia mais velho, com cabelos castanhos e olhos da mesma cor. O seu cabelo parecia meio selvagem e a menina perguntou-se se ele não sabia usar a escova. Olhar para os seus olhos castanhos só a fez sentir pior, olhos castanhos faziam-a lembrar daquele que estava a mais de uma hora tentar esquecer.       
— Hey tudo bem. Eu sou o Rodrigo. 
— Eu não perguntei o teu nome.         
Ao contrário do que estava a espera, ele riu-se da sua resposta.     
— É que eu não aguento ver uma menina bonita assim triste. Que te passa preciosa?
— Ainda bem então que eu não sou bonita, assim já te podes ir embora.     
— Ui arrisca, eu gosto. Vamos do começo eu já te disse o meu nome, agora podias tu dizer-me o teu. Não vai doer, prometo.           
— Benedita. Agora já podes ir embora           
— Na verdade não posso, eu vim aqui ter porque estou a procura do meu primo. Talvez tu conheças o nome dele é Deco.          
— És primo do pai do Tónico?
— Então sempre o conheces. Vim passar uns tempos aqui, e agora que cheguei compreendo o porque dele ter adorado o lugar. – disse com uma piscadela de olho que fez a menina corar.
            A conversa ficou por ali, porque naquele momento ela ouviu a voz da Clara e da Samanta.
— O que é que foi aquela cena com a Benê. Ridículo, foi muito engraçado. Você destroçou o coração da esquisita. – Disse com uma gargalhada,
— Como é que ela não se tocou, que as aulas de piano eram uma obrigação. Cara é muito patética – completou a Clara.
— Já chega. Estou de saco cheio, é serio… - começou o Guto. Sentia-se sem forças, nada daquilo fazia sentido. Como é que ele pudera tratar a Benê do modo como a tratou. Ela tinha saído de lá tão destruída, nem que vivesse mil anos poderia esquecer a dor, nos seus olhos. O olhar dela sempre tão animado estava vazio. Precisava falar com ela, tentar explicar-lhe que nunca a quis magoar.         
            A Benê tinha ouvido o bastante. As lagrimas voltaram a cair no rosto da menina. Rodrigo que estava ao seu lado, não tardou a perceber o que se estava a passar. Conhecia garotas como aquelas de longe, e aquele garoto era o motivo das lagrimas da menina. Sabia que tinha mais ali, não sabia bem o que, mas sabia que a tinha que ajudar. Ia tira-la dali sabia muito bem o que era sofrer por amor.        
— Anda comigo, eu vou tirar-te daqui?         
— Não posso ir para lugares com estranhos. – disse a menina com uma expressão seria.
— Não sou um estranho, a gente é quase amigo e eu sou primo do Deco. Confia em mim – estendeu-lhe a mão  
            A menina olhou para a mão que ele estendia, e olhou para o lado. O trio estava quase a chegar a beira deles, demorou uns segundos para decidir, aceitou a mão que ele estendia e deixou que ele a encaminha-se até a sua moto. Ele estendeu-lhe
o capacete, o qual a menina pôs com alguma dificuldade. Não estava habituada aquelas coisas. Sentou-se atras do Rodrigo fazendo o possível para não o tocar. Apesar de ele lhe transmitir confiança, não o conhecia direito e não se sentia a vontade com ele. Antes de ele dar a partida, não resistiu e olhou para trás. Inevitavelmente o seu olhar cruzou-se com o dele, Guto que olhou naquela direção e reconheceu-a.
— Benê, O QUE É QUE ESTAS A FAZER EM CIMA DE UMA MOTO COM UM DESCONHECIDO?
            A menina simplesmente ignorou-o, da mesma maneira que ele ignorou os seus sentimentos, e que destruiu tudo de bonito que ela sentia por ele. Guto tentou ir na direção dela e da moto, não a podia deixar ir embora assim, com um desconhecido. Mas foi tarde de mais, a moto deu partida e ele não os conseguiu apanhar. Correu desesperado atrás da moto. Mas era tarde, era tarde para tudo. Ela tinha ido, por algum motivo aquilo soava como uma despedida. Como se o que houvesse entre eles já não tivesse conserto.
— Guto piraste de vez – disse a Samanta quando o alcançou – Para que esta correria?
— Era a Benê, encima daquela maldita moto com sabe-se la quem  
— Deixa a esquisita para lá. Depois do toco de hoje, tas livre ela nem vai mais querer aulas de piano. Se deu bem hein Augusto.
— SAMANTHA ME ERRA. VOCÊ, A CLARA E TODO O MUNDO. JÁ DEU. – Disse o garoto bastante exaltado e virando costas a amiga.   
            Voltou a correr, desta vez sem destino. Corria para esquecer de si, do mundo, e de tudo o que sentia. Não tardaram as lagrimas a rolar pelo seu rosto. Será que tinha mesmo estragado tudo.   
— BENÊ – Soltou um grito, Um grito de angústia e de libertação.  
Longe dali, uma menina de óculos e um garoto sentavam-se lado a lado. A menina contava uma história. Era a história do seu primeiro amor, uma história que começou por uma aposta e acabou com uma desilusão. Era a história da menina estranha, que ninguém gostava que se apaixonou pelo pianista de olhos castanhos e com umas lindas covinhas. Mas como dizem os livros todas as histórias têm um começo e um fim, e a história de Augusto e Benedita estava longe de acabar, embora eles não soubessem disso ainda.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?



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