Animals escrita por PikaGirl


Capítulo 1
Claudine x Fudou (Blue Eyes)


Notas iniciais do capítulo

OIE!!!
Trago aqui uma nova ideia de fic, e eu sinceramente espero que gostem ♥
A oc da one-shot pertence-me!
Tradução do título: Olhos azuis.



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Os cabelos negros, juntamente com as caudas e as orelhas albinas, mexiam-se com o vento, enquanto a jovem corria apressada para o sítio do encontro. O sítio para onde ela ia todos os dias desde a primeira vez que ela vira aquele garoto, dois anos atrás.

Akio Fudou tinha uma metade lobo, o que fazia com que ele fosse muito solitário na maior parte das vezes, enquanto que Claudine Crystal tinha uma metade raposa das neves, o que fazia com que ela fosse muito unida ás pessoas de que gostava, incluindo ser brincalhona na maior parte das vezes. Apesar das aparentes diferenças das suas espécies, eles os dois foram capazes de construir uma amizade, que talvez pudesse se tornar em algo mais, se ambos deixassem o receio que antes tinham por um relacionamento, e se ela fosse capaz de lhe contar a verdade.

“Dois anos antes. Claudine tinha os seus treze anos, mas isso não a impediria de passear pela floresta que existia numa parte afastada de Inazuma. Estava transformada em raposa das neves, e mesmo que não fosse ainda inverno, agradava-a passear por lá.

Depois de ter andado um bom quilómetro, finalmente chegara á clareira onde habitualmente ia nos dias mais frios. As flores ali presentes davam um clima calmo e sereno àquele lugar, oferecendo aromas e cores relaxantes, que eram impossíveis de encontrar em qualquer lugar mais próximo da sua cidade.

Mas estava algo incomodando aquele lugar. Um lobo de pelagem castanha, e olhos verdes com uma mistura de cinza. A morena perguntou-se se aquele ser era meio humano, ou se era um lobo verdadeiro. A questão dela foi respondida ao vê-lo se transformar num jovem da sua idade, com cabelos cabelo castanho e orelhas e cauda da mesma cor. Provavelmente ele não temera que ela fosse uma raposa das neves, visto que elas só apareciam mais no inverno. A jovem decidiu voltar á sua forma humana, nunca quebrando o contacto visual que ele havia imposto.

Ficaram uns minutos só olhando um para o outro, provavelmente hipnotizados pelos seus olhares. Claudine foi a primeira a quebrar o contacto, tímida pelo excesso de atenção que estava a receber.

—E-Este é o sítio que eu venho para ficar sozinha, m-mas se você quiser, eu posso ir-me embora.

O jovem iria concordar com a opção que ela sugeriu, mas parou para pensar um pouco. Havia algo nela que o fazia querer com que ela ficasse mais um pouco a seu lado. A raposa tinha… um certo charme.

—Se quiser pode ficar, eu não me importo. Só não me incomode enquanto estiver aqui.

Apesar da resposta ser um pouco rude, Crystal ficou feliz em ouvir que podia ficar ali. Não houve conversas. O silêncio permaneceu durante horas, mas aquilo não os incomodou. O silêncio era confortável, e nada tenso. Eles foram capazes de desfrutar dos barulhos da natureza, e assim se manteve durante os dias seguintes. Pouco a pouco eles foram falando, e meses depois, eles já se tinham tornado grandes amigos. Eram capazes de ouvir as lamentações do outro, secar as lágrimas, e fazer companhia quando necessária. O silêncio transformou-se em conversas agradáveis, e passado dois anos, eles continuavam com a sua amizade. Infelizmente, ela poderia não durar muito mais tempo.”

A jovem de quinze anos aproximou-se da entrada da floresta, mas desta vez ela não se transformou como fez á exatamente dois anos atrás. Usou a sua energia para correr até á tão famosa clareira. Se era a última vez que eles se viriam, então ela queria fazer o máximo de memórias possível.

Finalmente chegara. O sítio continuava belo como sempre, intocado pela sociedade que hoje só se importava com o avanço da tecnologia. Eles não eram capazes de ver que havia locais que eram belos, mas que se tornaram fontes de poluição? Ela começava a odiar mais e mais a sua sociedade, que deixava a sua parte meio humana falar mais alto. Se todos tinham uma parte animal, porque não lhe dar valor?

Deixando um pouco do seu ódio de lado, a morena olhou em frente, vendo o lobo já tão conhecido. Ele pareceu confuso ao não a ver transformada como era hábito, e transformou-se, algo que ele só faria uma horas depois (uma coisa que eles se habituaram a fazer).

—Porque você não está transformada? Passa-se alguma coisa?

O receio que tivera horas antes voltou, e ela quase desistiu de lhe contar. Mas precisava fazê-lo. Pela sua amizade, ela sabia que seria necessário.

—Eu vou-me embora amanhã Fudou, para os Estados Unido.

Ele assustou-se com a revelação. Não! Ela não podia ir-se embora! Quem é que iria conversar com ele, secar-lhe as lágrimas (mesmo que na maior parte das vezes quem chorasse fosse ela), e aguentar as lamentações que ele fazia? Ele não tinha família, tudo o que lhe restava era ela.

—Deixe-me ir com você então!

—Você não pode Fudou. A sua vida é aqui.

Algo dentro dele fez com que ele se irritasse de verdade, e mesmo que não quisesse gritar com a mais baixa, ele acabou por fazê-lo.

—Você é uma egoísta! Eu estou sozinho, e a única coisa que você pensa é ir embora!

Não era isso que ele queria dizer. Akio queria dizer que precisava dela, que não queria que ele o deixasse. Mas quando se apercebeu do engano nas suas palavras, já tinha sido tarde de mais.

A adolescente realmente se tinha comovido com as suas palavras. Sem perceber, as lágrimas já lhe escorriam pelos olhos, e ela aumentou também o volume de voz, tentando ao máximo não ter as suas palavras impedidas pelo choro.

—Se eu sou assim tão egoísta por querer ter uma educação melhor e por querer seguir os meus sonhos, então talvez eu nunca mais volte mesmo. Não é como se eu te amasse.

E correu. Correu dali para fora, para nunca mais voltar.

XXXXXXXX

No dia seguinte ela partiu, e ficou fora por dez anos. Agora com os seus vinte e cinco anos ela voltava para Inazuma. A promessa de não voltar fora ignorada. Ela queria vê-lo. Será que ele continuava a ir no mesmo lugar? Valia a pena tentar, certo?

Correu para a mesma floresta, para cair de joelhos quando lá chegou. As mãos cobriram a boca quando ela viu que a floresta que ela amava tanto era agora ocupada por vários prédios. Agora seria mesmo impossível voltar a vê-lo, não é?

Saiu dali derrotada, o rosto encarando o chão. Ele já podia ser casado e ter filhos. Talvez já nem vivesse no Japão.

O que Claudine não sabia, é que durante uma semana Fudou esperou por ela, na esperança de que tudo o que ela dissera tinha sido uma brincadeira de mau gosto. Que ela voltaria com o mesmo sorriso de sempre, e que o abraçaria pedindo desculpas. Mas isso não aconteceu. Ela realmente tinha ido embora, e ele nunca mais a iria ver.

Mas o destino tinha outros planos, não é mesmo?

Dois adultos passaram lado a lado na rua. O olfato da mulher podia ter farejado o tão conhecido odor, se não estivesse a fungar, resultado do choro que acontecera mais cedo. O homem arregalou os olhos verdes cinza, virando o corpo na direção oposta á que ele estava indo, agarrando no ombro direito da mais baixa.

E foi encarado por dois olhos azuis.


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Notas finais do capítulo

Vamos ás explicações:
??”Mandem a relação com o par, um pouco da personalidade da/o oc, a espécie da/o oc e do par por MP. Se quiserem, eu escolho a raça do par;
??”Não me importo de fazer pares homossexuais;
??”Não garanto que haja cenas hot ^^";
??”Eu avisarei sempre a quem pertencem os ocs da one shot;
??”Se quiserem, o par ou a sua oc podem não ter uma parte animal, mas pelo menos um deles tem que ter uma. De preferência, fassam os dois com uma parte animal, mas se não quiserem, não faz mal.
E acho que é tudo 0/



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