Sakura estava sonolenta andando pelos corredores de sua casa. Coçou um dos olhos e bocejou, não viu sinal de Pain e nem de sua mãe. Apenas seu pai estava dormindo e resolveu procurar por Sora. A rosada entrou na biblioteca lentamente lá era o lugar em que ela e seu pai mais ficavam ele contava muitas histórias para ela e a ensinava suas ideias. O senhor Haruno não deixava ninguém entrar ali apenas ele e Sakura. Viu Sora lá dentro e se escondeu para ver o que a irmã mais velha iria fazer porque se fosse pega seria surrada na certa. A viu pegar o livro que Sakura e seu pai escreviam histórias juntos.

— Sakura? – ouviu sua mãe chamar e correu para abraça-la.

— Okasan! – a rosada abriu um largo sorriso.

— Está com fome?

— Sim! – a pequena riu ao sentir as cócegas que sua mãe fazia nela.

— Sora? – a senhora Haruno a chamou.

— Estou aqui – a ruiva apareceu sem nada nas mãos.

— Vamos jantar antes que seu pai acorde – Mebuki olhou para os lados receosa.

As três se divertiram comendo e não demorou muito para Pain chegar e se juntar a elas. Quem olhasse assim diria que eram uma família perfeita e até era quando o senhor Haruno estava dormindo. Sora subiu com Sakura para o quarto e Pain ajudou a mãe com a louça.

— Por que pegou meu livro e do papai? – Sakura perguntou e Sora a encarou.

— Não diga nada a ninguém – a mais velha a repreendeu – ou vou te odiar pra sempre.

— Não – Sakura abraçou a irmã – não vou contar.

— Ótimo – a ruiva a puxou pelo braço – quero que me ajude em uma coisa – Sora abriu uma portinha escondida no chão – quero que se esconda aqui.

— Esconder? – Sakura era ingênua ainda era só uma criança.

— Sim pra gente brincar e assustar o Pain – Sora disse divertida.

— Sim! Vamos enganar o Nii san – a rosada desceu e Sora fechou a portinha.

— Fique ai até eu te chamar – ela cobriu a porta com o tapete e fechou a cara.

O senhor Haruno acordou inquieto, todos os dias era assim. Ele não tinha seu juízo perfeito e sempre descontava em sua família e a única que ainda o acalmava era Sakura. Ele saiu do quarto e ouviu as vozes na cozinha e as seguiu.

— O que esta acontecendo aqui? – a voz séria dele ecoou e um sentimento de pânico invadiu a Mebuki.

— Jantando – ela disse com medo.

— Onde está a Sakura? – ele começou a se alterar – leve-a até a biblioteca agora!

— S-sim – a senhora Haruno disse e Pain apenas encarava o pai com raiva.

Pain odiava aquele homem e o inferno que ele fazia naquela casa. Batia em sua mãe, nele e em Sora sem motivo algum ele era um louco só que sua mãe não conseguia pedir ajuda já que ele era muito rico e influente para alguém acreditar nela. Sakura tinha apenas 6 anos, Sora 15 e Pain 18. Ele poderia já ter saído de casa, mas jamais deixaria a mãe e suas irmãs com aquele louco.

— ONDE ESTÁ? – ele correu ao ouvir a voz de seu pai num grito absurdo.

Subiu as escadas e parou ao ver a cena, seu pai estava enforcando sua mãe e seu olhar era obsessivo e violento. Pain não conseguia mais não poderia mais só assistir.

— Larga ela – o ruivo gritou tentando pensar no que faria.

— ONDE ESTÁ MEU LIVRO E SAKURA? – ele estava fora de controle.

— Pai? – Sora apareceu e começou a chorar – por favor pai solta a mamãe.

Mebuki perdia mais o ar e ele apertava seu pescoço ainda mais. Pain correu em direção ao pai e conseguiu o derrubar no chão iria lutar por sua mãe pela primeira vez. Sora socorreu a mãe que tentava retomar o ar.

— SE ACHA O HOMEM AGORA MULEQUE? – o senhor Haruno socou Pain com força e acertou a barriga dele com o joelho.

Pain caiu no chão e cuspiu sangue e seu pai o chutava repetidas vezes tanto na barriga como na cabeça. A vista do ruivo estava ficando embasada e ele conseguiu ver Sakura olhando tudo pela fresta da porta do quarto.

— Deixa o meu filho – Mebuki correu e acertou um vaso na cabeça do marido.

— VADIA – ele gritou e socou o rosto dela e a empurrou escada a baixo.

—MÃE! – Sora gritou e o seu pai bateu em seu rosto.

— ONDE ESTÁ MEU LIVRO? – ele continuou a espancar Sora – E SAKURA? SAKURA!

— Okasan... – Pain chorava, mas não conseguia se mover e viu que sua mãe não se mexia.

— Para pai – Sakura disse ao ver a cena ela estava aos prantos – Nii san, nee san, Okasan – ela chorava ainda mais e caminhou tentando descer as escadas, mas seu pai a pegou pelos cabelos e ela gritou.

— VOCÊ VAI COMIGO AGORA! – o senhor Haruno gritou e pegou a chave do carro.

— Sakura – Pain gritou, já havia ligado para a polícia.

— Pain – Sora estava aos prantos – a mamãe está – Sora gritou e chorou abraçando o corpo da mãe – NÃO OKASAN POR FAVOR NÃO.

— Mãe – ele chorou e beijou a testa da mãe – eu sinto muito.

Sakura estava no carro com o pai. Ele estava atordoado e dirigindo em alta velocidade e ao dobrar em uma rua a polícia já o estava seguindo. “Pare o carro e se renda” os policiais diziam. Sakura chorava muito só queria ir para casa estava com medo. Ouviu alguns Cala a boa e Fica quieta do pai. Ele fez uma curva fechada e o carro capotou tantas vezes que ela não conseguia lembrar só sentiu tudo desaparecer.

 Sakura abriu os olhos e gritou sentindo as lágrimas caindo de seus olhos. Os médicos seguravam seu corpo porque ela se debatia na cama. Sentiu seu corpo relaxar depois da injeção que o médico lhe deu e fechou os olhos sentindo o sono tomar conta dela.

— Doutor? – Pain o chamou, estava com os olhos marejados – o que aconteceu?

— Faz quantos anos que ela perdeu a memória? – o doutor perguntou.

— Mais ou menos 10 anos – o ruivo estava preocupado.

— As memórias voltaram todas de uma única vez por isso o choque ela precisa de repouso e ainda vai sentir dor de cabeça por uns dias.

— Então ela já se lembra – Pain se sentiu derrotado.

— Quando ela acordar pode vê-la.

— Obrigada – Pain viu Sasuke sentado numa cadeira – daqui a pouco podemos ver Sakura, a memória dela voltou.

— Hum – Sasuke se levantou – já vou indo embora.

— Não vai querer vê-la? – o ruivo encarou o Uchiha.

— Eu a trouxe aqui por obrigação já que eu estava por perto e não a deixaria com Gaara – Sasuke estava com uma expressão séria – se eu entrar ou não isso não vai fazer diferença para ela – suspirou – Sakura não se importa com ninguém.

— Sasuke – Pain o encarou e baixou a cabeça – ela já passou por muita coisa dê um tempo a ela.

— Tchau Pain – o Uchiha acenou e saiu do Hospital.

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 Sora estava vestindo uma roupa depois de um longo banho já que a noite foi muito agitada na festa que ela foi. Estava com raiva de Itachi que não atendia suas ligações e quando foi até o apartamento o porteiro disse que ele não estava lá.

— Idiota – jogou o telefone longe que logo começou a tocar – alô?

— Oi – Sasori disse do outro lado da linha – tenho uma novidade.

— Então diga logo – a ruiva estava impaciente.

— Sakura está aqui no hospital.

— O que? – o corpo de Sora ficou estático.

— Parece que ela recuperou a memória – ele estava sussurrando – melhor vir ver sua irmã, Pain já vai entrar na sala para vê-la.

— Não – Sora engoliu em seco – NÃO! – gritou – não o deixa falar com ela até eu chegar!

— O que? Mas...

Desligou o telefone. Não poderia deixar Pain saber da verdade, que Sora era a culpada de tudo. Que se ela não tivesse escondido o livro e Sakura seu pai não teria surtado e sua mãe estaria viva. Se culpava todos os dias e queria que Sakura nunca lembrasse para amenizar toda essa culpa.

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Pain entrou na sala onde Sakura estava no hospital, estava desolado por sua irmã ter lembrado de tudo sempre quis protege-la e fracassou assim como fracassou em salvar sua mãe de seu pai. Viu Sakura abrir os olhos lentamente e se mexer na cama ele enxugou suas lágrimas e se aproximou da cama.

— Oi – ele segurou na mão dela.

— Desculpe – os olhos dela estavam marejados – você sempre quis me proteger.

— Shiu – Pain a abraçou – está tudo bem.

— Por que ele fez isso? – Sakura chorava – por que o papai fez isso?

— Eu não sei – o ruivo chorou e a abraçou mais forte.

— Sora escondeu o livro e me escondeu – a rosada lembrou desse detalhe.

— O que? – Pain encarou Sakura – ela fez o que?

— Só lembro de a ver na biblioteca pegando o livro e depois do jantar ela me escondeu numa porta acoplada ao chão.

— Não acredito – ele estava sem ação.

— Mas é isso mesmo? – Sakura sorriu olhando para suas próprias mãos – eu sempre fui assim só que intensa?

— Sim – o ruivo sorriu – você sempre sentiu tudo com muita intensidade, mas sempre foi inteligente e com um senso de dedução incrível.

— Exatamente como sou – ela deitou – está doendo muito minha cabeça.

— Sasuke que te trouxe aqui – afagou os cabelos rosa da irmã – ele ainda está magoado.

— Eu sei – Sakura fechou os olhos lembrando do rosto de Sasuke – cada coisa no seu tempo.

Eles ouviram um barulho na porta e logo uma cabeleira ruiva adentrou o quarto.

— O que está fazendo aqui Sora? – Pain cerrou os dentes.

#LEIA IMPORTANTE#

Gente comentem ta legal? Gostei do conteúdo dos últimos comentários por isso postei logo mais um então dependendo de como for nesse Cap postarei mais só que ainda estou achando poucos comentários para tantas pessoas acompanhando e fico triste com isso. Me ajudem ta? Não quero desistir de escrever.