De garoto a Vingador escrita por IdeaLady


Capítulo 12
Fazer o tempo engatinhar


Notas iniciais do capítulo

Muito bem, muito bem...resolvi escrever mais esse capítulo. Ficou extremamente grande, mas ele entra na minha listas dos 5 melhores. rs

Não direi mais nada sobre esse capítulo. Surpresa! Desculpem erros de digitação, já expliquei que meu cérebro é mais rápido que os dedos.

Notas no final.



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“A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim...”

 

TRÊS MESES DEPOIS

 

—E a garota? –Tony perguntou curioso.

—Vou vê-la nos feriados e nas férias. –Peter disse olhando para o horizonte, o sol estava se pondo.

—O que foi? Esse tom de desânimo, Senhor Parker.

—Bem, eu não vejo como isso pode dar certo, eu aqui e ela lá, em São Francisco. Eu sei que temos a tecnologia ao nosso favor, mas... Eu não sei se posso condenar a Liz a isso... O que sou.

Tony olhou para Peter, sorriu. Um dos motivos dele se afastar de Pepper tinha sido isso, submetê-la a tantos riscos em ser um super-herói, tantos inimigos, tantas ocasiões perigosas. Tony olhou para o horizonte e falou.

—Isso quem tem que decidir é ela. Se ela estiver disposta a enfrentar tudo, por vocês, ela vai.

—A Senhora Potts... –Peter pigarreou quando Tony olhou para ele fazendo careta. –... Senhora Stark foi assim? –Tony fez sim com a cabeça.

—Mas eu acho que você deve aproveitar o tempo que tem com ela, antes de tomar alguma atitude. Tenho a certeza que você ainda terá muitas “Liz” para conhecer. –Tony deu seu sorriso sacana. –Deixa Pepper me ouvir falando isso. –Peter virou pra ele e disse imitando a voz dela:

— “Tony, não é hora pra isso! Peter é só um garoto.” - Tony riu.

—Exatamente assim, Senhor Parker. Vamos? Tenho um encontro com a mulher mais linda desse mundo. –Peter colocou seu capuz e falou:

—Realmente ela é linda mesmo, só não sei se do mundo... –Peter se jogou do alto do prédio e Tony saiu atrás voando em sua armadura.

—É e ela é minha... –Tony disse com voz brava para Peter que riu. -E você não escapou da nossa conversa sobre as faculdades, porém em outro dia.

(...)

 

Prisão de Segurança Máxima

Adrian Tommes andava pelos corredores da prisão. Os bandidos daquele lugar davam arrepios até ao mais perigoso dos criminosos. Ele caminhava a passos lentos, pois estava acorrentado nos pés e mãos, quando um dos presos parou na sua frente.

—Então, você acabou aqui?! –disse com um sorriso sarcástico. Adrian apenas o encarou.

—Bonita cicatriz. –ele disse retribuindo o sarcasmo.

—Ah sim, com os comprimentos do nosso amigo Aranha. –disse exalando ódio. –Ouvi dizer que você sabe quem ele é, a identidade dele.

Adrian olhou nos olhos do homem com desdém, suspirou e disse:

—Se eu soubesse quem ele é, ele não estaria mais vivo. –o homem o olhou ainda desconfiado, mas deu uma risada e o policial o empurrou para continuar seu caminho.

—Vamos Tommes, sua família está aqui para vê-lo. –O guarda disse fazendo com que Adrian andasse.

Mal sabia Peter, que na sua vida de aprendiz de herói, já estaria colecionando inimigos. Se foi uma gentileza de Adrian não contar quem ele era, nunca iria saber, mas que ele agradecia a Peter por nunca ter contado para sua família sobre as coisas que ele fizera, sim. Era grato ao Homem-Aranha, mas... Até quando?

(...)

 

—Mas que droga... –Pepper dizia saindo do banheiro. –Não devia ter comido aquela fritura ontem. –ela não aguentava mais vomitar, desde a madrugada passava mal. –Tony vai me matar... Ele me disse umas “trocentas” vezes para não comer aquele lanche.

Pepper foi até o barzinho do seu escritório e pegou uma água com gás, não deu nem cinco minutos, Tony bateu na porta já entrando.

—Pep? Vamos para casa? –ele a olhou, estava pálida. –O que você tem? –ele disse se aproximando dela. Ela nada disse. Bufou e soltou:

—Odeio quando você tem razão. –ele a olhou sem entender. –Não devia ter comido aquele lanche. –Tony fez cara de “eu te disse”. –Acho que não vou conseguir sair Tony, não paro de vomitar. Nada para no meu estômago. –Tony passou a mão no rosto dela.

—Então vamos pra casa. Quer ir a um hospital? –Pepper fez não.

—Você sabe que eu odeio hospitais... –Tony fez sim e ele também odiava. –Vamos pra casa, vou tomar outro remédio, vamos ver se esse para no meu estômago.

—Vou ao restaurante aqui embaixo e peço para o Roberto te fazer uma sopa, o que acha? –Pepper fez sim com a cabeça, indo em direção à porta.

—Eu te espero lá na recepção da Stark.  –antes mesmo que ela abrisse a porta, ela virou-se para o lixo que estava ao lado, e vomitou de novo.

—Pepper, isso não tá legal... Vamos a um hospital?

—Não... Se eu não melhorar depois da sopa, aí nós vamos. –Tony aquiesceu. Uma coisa que os dois tinham igualmente, era a teimosia. E ambos sabiam que tinha hora que não adiantava insistir.

—Então melhor o Happy te levar para casa. Eu vou comprar a sopa. –Pepper aquiesceu.

Tony chegou com a sopa, ela comeu tudo por sinal, não havia se alimentado durante o dia, porém não passou nem meia hora, ela correu para o banheiro e colocou tudo pra fora. Tony passando a mão na cabeça, disse:

—Chega. Você vai para o hospital agora. –ele vestiu a jaqueta, pegou os documentos dela, pegou-a no colo e foram para o carro. Pepper estava tão fraca, que não conseguia nem andar direito.

Tony a colocou no carro e se preocupou, pois ela em nenhum momento reclamou dele a estar levando para o hospital. A retirou do carro, Pepper estava mais pálida do que antes. Seus olhos estavam fechados e ela estava gelada.

—O que houve com ela? –um enfermeiro disse já a colocando numa maca.

—Eu acho que é uma intoxicação alimentar, ela comeu um lanche ontem à noite e não parou mais de vomitar. Hoje ela não conseguiu comer nada. –o enfermeiro aquiesceu e disse para Tony preencher umas fichas na recepção enquanto ela era levada para dentro. Tony viu Pepper sumir pelo corredor do Hospital e passou a mão na cabeça nervoso.

Passados vinte minutos, Tony se dirigiu para a recepção de novo e questionou:

—Eu não posso entrar? Sou o acompanhante dela. –a recepcionista olhou no computador e disse.

—Ela está passando por atendimento agora, estão fazendo alguns exames. É regra do hospital não deixar o acompanhante entrar durante os exames. Assim que eles acabarem eu o aviso Senhor Stark. –Tony aquiesceu, mesmo não gostando.

Hospitais deixavam Tony nervoso, pois ele como um herói, nunca podia fazer nada. Ali, havia outros tipos de heróis, médicos, enfermeiros entre outras pessoas. Mas a sensação de impotência o deixava irritado. Tony suportava qualquer coisa, mas quando envolvia Pepper, ele ficava sem reação. Vê-la daquele jeito, saber que ela estava sofrendo, deixava-o angustiado. E ele sempre se lembrava da frase do seu amigo Rhodey “ela sempre será sua fraqueza, mas também será a força pra você levantar todos os dias”. Ao lembrar-se de Rhodey, não pensou duas vezes e ligou para o amigo.

—Fala Senhor Stank! –disse rindo. –Eu nunca irei me esquecer disso. –Rhodes ria, contudo foi parando quando viu a cara de sério de Tony. –O que foi?

—Pepper... –ele passou a mão na cabeça. –Estou no lugar que ela mais odeia e eu também.

—Hospital? O que ela tem?

—Não sei, acho que uma intoxicação alimentar. Você sabe que eu odeio isso aqui, porque eu não posso fazer nada. –Rhodes aquiesceu.

—Calma Tony, deixa os profissionais aí resolverem. Tenho certeza que ela está em boas mãos. E para de pensar besteira, Pepper não vai morrer. Ela deve estar pagando os pecados de vida passada, ficando com você. –Tony riu para o amigo. –Daqui a pouco ela estará boa, pronta para o casamento, que, aliás, está batendo à sua porta. –Tony fez uma careta pra ele, e Rhodes riu. –Quem diria que eu ia ver isso, Tony Stark casado.

—Dá pra mudar o assunto?

—Er... Não! Adoro ver sua cara de desconforto. Mas eu sei que se você está fazendo isso é porque realmente você ama a Pepper, então, não tenho com o que me preocupar. –Tony sorriu.

—Amo mesmo, e muito e por isso estou tão angustiado, se algo acontecer a ela...eu... –Rhodes bateu com o dedo na tela.

—Ei... Pare de pensar bobagem. É apenas um mal estar. –enquanto eles conversavam a recepcionista fez sinal para Tony.

—Rhodey me chamaram depois nos falamos. –ele fez sim com a cabeça.

—Me fala se está tudo bem depois. –Tony desligou a chamada de vídeo e foi em direção à moça.

—Senhor Stark, pode entrar, siga nesse corredor, segundo quarto à direita. Logo o médico irá conversar com o Senhor. –Tony fez sim com a cabeça. Odiava tudo nos hospitais, inclusive o cheiro.

Chegando ao quarto, ele abriu a porta e viu Pepper dormindo, com um soro no braço o que o deixou mais angustiado, mas pelo menos as suas bochechas já estavam rosadas. Puxou uma cadeira perto dela, passando a mão no seu rosto. Pepper abriu os olhos com muito esforço, e deu um leve sorriso para ele, mas voltou a dormir. Não demorou muito, entrou um médico no quarto.

—Senhor Stark, sou o doutor Mark Greene. –Tony o cumprimentou. –Sua companheira? –Tony fez sim com a cabeça. –Ela estava muito desidratada e tivemos que colocá-la no soro. Está sonolenta, por causa de alguns medicamentos para cortar os vômitos e a ânsia. Creio que ela passara a noite aqui, apenas para observação. –Tony aquiesceu. –Os exames que fizemos logo ficarão prontos, mais ou menos daqui uma hora e eu volto para dizer os resultados. Qualquer coisa pode chamar a enfermeira. –Tony fez sim com a cabeça de novo e o médico saiu.

Tony pegou o celular e mandou uma mensagem para Rhodes, contando o que o médico disse. Tony não sabia viver mais sem Pepper, e isso o deixava mais nervoso. Sentou-se na poltrona do quarto, e ali ficou, a observando. Eram quase onze horas da noite, quando o médico entrou novamente no quarto. Tony se levantou.

—Senhor Stark. – o médico aproximou-se de Pepper, viu seus sinais vitais. Tony só olhava. –Está tudo bem com ela, Senhor Stark. Ela vomitou? –Tony fez não. –Nem acordou? –novamente ele negou. –Bom, creio que a crise pior passou. –o médico mexeu no soro, que já estava quase acabando. –Vou pedir para colocarem outro soro. Os exames ficaram prontos, nada preocupante, a Senhora Potts está muito bem, apenas...

—O quê? –Tony disse nervoso.

—Bom, acho que a causa dos vômitos não foram apenas a comida. Nos meus pedidos de exame eu pedi um de gravidez e ele deu positivo. –Tony arregalou os olhos para o médico. –Er... Eu não sei se lhe dou os parabéns ou saio da sala, antes que eu apanhe do Homem de Ferro. –Tony segurava na gola do jaleco do médico com força.

—Grá-grávida? E-eu vou ter um filho? –Tony não conseguia respirar direito.

—Senhor Stark... –o médico o colocou sentado na poltrona, segurando o riso. –Acalme-se, vou pegar um pouco de água. –o médico foi até o corredor buscar um copo com água e Tony virou para Pepper e falava.

—Eu vou...eu...eu vou ter um filho? Não... –Tony colocou a mão no coração. –Acho que eu vou ter um treco. –o médico voltou com a água e a enfermeira. Mediu a pressão de Tony e ria da situação.

—Nunca imaginei atender o Homem de Ferro aqui, e muito menos ver sua reação ao saber que será pai. –Tony olhou para o médico mais assustado. –Respire Senhor Stark, senão vou ser obrigado a lhe dar um calmante. –Tony com a mão no peito, tentava respirar devagar.

—Acho que um calmante não seria ruim. –ele disse olhando para o médico que ria. –Eu Pa..pa... –ele não conseguia nem terminar a palavra.

—Está melhor? –Tony fez sim com a cabeça. –Bem, tenho outros pacientes para atender, a Kate aqui, irá trocar o soro da Sra. Potts. –Tony a olhou. –Qualquer coisa fale com ela. Os dois saíram do quarto, deixando Tony sozinho, ele olhava para Pepper. Estava conseguindo respirar melhor.

—Por que você faz isso comigo Virgínia? –ao mesmo tempo em que disse bravo ele deu um riso bobo. –Você nunca age como eu espero...

Tony levantou-se e foi para perto de Pepper. Deu um sorriso bobo imaginando como o seu filho seria e pensando na reação dela, pois provavelmente isso nem tinha passado pela sua cabeça. A enfermeira entrou no quarto, trazendo outro frasco de soro. Tony a olhava e disse:

—Eu... Eu posso sair? É seguro deixá-la sozinha? –disse preocupado.

—Pode sair Senhor Stark. Ela provavelmente irá dormir a noite toda, estou lhe aplicando as medicações de novo, que lhe dará sono. –Tony aquiesceu.

—Eu volto logo. –a enfermeira sorriu para ele.

Tony saiu do hospital e foi em direção ao carro. Teve uma ideia de como contar para Pepper que ela estaria grávida, que estaria esperando um filho deles. Tony parou em frente a uma loja que ficava aberta 24h, procurou o que queria, e por um milagre ele acho o que queria. Ele saiu com um sorriso e uma pequena sacola. Voltou para o hospital.

Pepper abria os olhos devagar, a luz do sol entrava pela janela do quarto, ainda estava sonolenta pelas medicações, mas o mal estar havia passado totalmente. Ela se mexeu na cama, olhou pelo quarto e viu Tony dormindo na cama ao lado, parecia nada confortável. Ela ficou com pena dele, não havia necessidade dele ter ficado ali, mas ele ficou. Ela sentou-se na cama e ele despertou.

—O que foi? –disse assustado levantando-se num pulo.

—Está tudo bem Tony, eu quero fazer xixi. –ela disse meio sem graça pra ele, meio que pulando na cama. Tony riu e a ajudou a descer da cama. Pepper foi empurrando o soro para dentro do banheiro.

Ela saiu do banheiro e com a ajuda de Tony voltou para a cama.

—Eu estou com fome. –Tony sorriu.

—Isso é bom! Sinal que você está melhor. –ela fez sim com a cabeça.

—E o que eu tive? Algum médico disse? –Tony ficou sério. –O quê? O que eu tenho? –ela disse nervosa.

—Bem... É algo que nem eu, nem você esperávamos, mas agora não tem como desfazer. –Tony disse com sarcasmo. Pepper não entendia nada. Ele pegou a sacola que tinha comprado, tirou o embrulho e deu pra ela.

Pepper começou a desembrulhar e quando viu o que era a boca dela se abriu e não demorou muito para seus olhos ficarem lacrimejados.

—Mas... Como?! –ela olhou para Tony que riu. Pepper fazia contas mentalmente, ela tomava pílulas e não imaginava como isso poderia ter acontecido.

—Você quer mesmo que eu te explique? Ou a gente pode contar também, quantas vezes talvez pudesse ter acontecido nesses últimos meses, deixa ver... –Tony começou a contar nos dedos.

—Tony Stark! Eu sei como aconteceu, mas eu tomava remédio. –ela pegou a roupinha e ria. –Bem a sua cara, Senhor Stark, filho meu não vai usar nenhuma armadura sua.

—Ou filha... Independente do sexo, sim eles vão usar, como você pode ver. –Pepper semicerrou os olhos para ele. Tony aproximou-se dela, olhou naqueles olhos azuis. –Eu quero que independente do sexo, eles tenham seus olhos. –Tony a beijou. –Você não tem ideia do quanto eu estou feliz, tudo bem que quase enfartei ontem. –Pepper riu.

—Acho que nós vamos ter que apressar o casamento. –Tony a olhou sem entender. –Para não aparecer a barriga né...

—E daí se ela aparecer? Eu não ligo, ficarei mais feliz ainda porque sei que o bebê estará crescendo. –ele a abraçou.

(...)

 

O tempo foi passando e quando menos esperavam o dia chegou: o casamento de Tony Stark. A mídia estava alvoroçada sobre esse dia. Ninguém apostou que um dia, Tony iria achar uma mulher que o mudasse tanto, nunca puseram fé na pessoa que ele poderia ser apenas uma pessoa havia feito isso, e tinha sido Pepper.

Tony andava de um lado pro outro do altar. Rhodes ria dele.

—Tony, você vai abrir um buraco nesse piso.

—Ela está demorando.

—Não está na hora ainda... Faltam alguns minutos.

—Quer um uísque, Stark? –Natasha disse rindo.

—Podia ajudar...

—Não vai beber nada não... -Rhodes disse bravo com os dois.

Ainda que uma cerimônia fechada, apenas para os amigos, era uma festa inusitada. Ter como padrinhos, o Patriota de Ferro, a Viúva Negra, Bruce Banner e sua namorada, não era para qualquer um. Sem falar nos convidados, era possivelmente o casamento mais seguro da América naquele dia, por falta de heróis que não seria. Pepper não tinha mais pais também, assim como Tony, então ela convidou o seu irmão “adotivo” para entrar com ela, mas ele não pode ir, pois tinha um compromisso na empresa, ele só conseguiria chegar para a festa. Foi então que Pepper teve a ideia de convidar uma pessoa, que ela tinha grande afinidade e que havia participado de todo o relacionamento dela com Tony. Quando a música começou a tocar. Tony se aprumou no altar. A porta se abriu e ele ficou deslumbrado quando a viu.

—Pronta? –Happy disse pra ela.

—Pronta! Vamos. –entraram a passos lentos pela igreja. Tony tinha um sorriso no rosto, o sorriso que ela amava.

—Senhor Stark! –Happy disse entregando Pepper para ele. Tony o cumprimentou. Pegou a mão de Pepper e deu um beijo no rosto dela.

—Você é a noiva mais linda e sexy que eu já vi. –Pepper corou na frente do padre.

—Tonyy... –ela disse baixo para ele.

Depois de trocas de alianças, levadas por nada menos que Peter Parker, algumas palavras do padre, o fato estava consumado.

—Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. –o padre disse com alegria. Foi o beijo mais doce e ao mesmo tempo mais intenso que Tony deu nela a fazendo tremer. Tony disse no seu ouvido. –Agora irrevogavelmente você é minha!

(...)

 

—Quer ajuda? –Tony perguntou para ela, que fez sim com a cabeça.

—Esse menino está enorme. –Tony sorriu e a ajudou a se levantar do sofá.

Pepper já estava na 38ª semana de gestação, ela já tinha reparado que o bebê estava encaixado, mas não disse para Tony. Ele estava extremamente aflito com a hora do parto. Ela não via a hora dele nascer, já estava um tanto enjoada das dores nas costas, a sua bexiga que se comprimia e noites mal dormidas. Theo estava prestes a nascer e Pepper sabia disso.

—Vamos almoçar? –ela disse saindo do banheiro pela terceira vez naquela hora.

—Tem certeza que não é perigoso? –Tony sempre perguntava.

—Bom, eu não vou explodir... –Pepper riu. –E se ele resolver sair, Senhor Stark, não temos muito que fazer, não é meu príncipe? –Pepper colocou a mão sobre sua barriga que mexeu. Ela sorriu. Tony fez uma cara não muito agradável, mas foram em direção a garagem do prédio.

Estavam indo para o restaurante, quando Pepper colocou a mão no painel do carro e na lateral da sua barriga. Tony a olhou nervosamente.

—O que foi?

—Uma pontada... –ela disse tentando respirar.

Pepper olhou para Tony com um meio sorriso e com dor ao mesmo tempo.

—Tony... a bolsa...

—Que tem sua bolsa? Tá aí atrás do carro... –ele disse ainda sem entender.

—A BOLSAAA... –Tony ainda não entendia, mas viu que ela apertava a barriga, então observou que escorria uma água do banco de onde ela estava.

—Deus do Céu... –Tony começou a correr em direção ao hospital. Pepper fazia a técnica de respiração que ela tinha aprendido.

—ANTHONY STARK!! NÃO QUERO MORRER ANTES DE NASCER MEU FILHO. –ela disse quando viu o quanto ele corria. –Puta que pariu... –ela disse quando Tony fez uma curva extremamente fechada.

—Vai nascer... Vai nascer... -Tony dizia repetidamente. Ele infringiu milhares de sinais e códigos de trânsito para chegar ao hospital.

Parou na frente da emergência, já a ajudando a se levantar. Pepper se curvou.

—Tem que ser um Stark mesmo...sem paciência... –ela dizia entre os dentes. –Tony, vá chamar alguém. –ela disse escorada no carro. Tony ficou parado olhando pra ela. –Não fica aí parado Senhor Stark, ou seu filho vai nascer na calçada. –Tony saiu do transe e correu para dentro da emergência voltando com duas enfermeiras e uma cadeira de rodas.

Puseram Pepper na cadeira e a empurravam para dentro. Perguntavam as coisas para ela, que Tony não sabia como Pepper respondia. Levaram-na para uma sala, onde faziam exames nela e escutavam o coração do bebê. Tony estava na sala, mas andava de um lado pro outro. Toda vez que Pepper sentia a contração, ele não sabia o que fazer. Resolveu segurar na mão dela, antes não tivesse feito. Pepper apertou tão forte a sua mão, que ele não sabia de onde vinha essa força.

—Muito bem, Sra. Stark, já está com 10 dedos de dilatação, vamos para a sala de parto! O Senhor virá? –Tony não sabia o que responder, ele olhou para Pepper, para a médica, pensando “ir aonde?”.

—Ele irá doutora, mas vamos logo, pelo amor... –Pepper disse quando veio outra contração.

—Muito bem, Sara, leve o Senhor Stark, instrua-o. –a enfermeira o chamou e Tony foi. Tony vestiu todo o aparato para entrar na sala do parto.

—Pra que tudo isso?

—Para o Senhor assistir ao parto. –Tony arregalou os dois olhos.

—Quê? Mas... –a moça nem o deixou terminar já o levando para a sala.

Quando ele entrou na sala, Pepper já estava lá, havia uma equipe médica e a doutora dizia para Pepper empurrar. Tony olhava aquilo com um certo desespero. Ele se aproximou de Pepper, olhou-a como se não soubesse o que fazer. Ela apenas sorriu para ele. Foi o suficiente, para ele saber, que sua presença ali, já era o principal para ela continuar.

Pepper fez força, uma, duas, três vezes e a médica dizia,” já está quase lá, vamos mais um pouco querida”, Tony pegou na mão dela, e falou no seu ouvido, “Vamos Pep, força.” Ela aquiesceu e fez o máximo de força que podia, Tony sentiu pelo aperto em sua mão, e então ouviram-se um choro, forte, estridente. Pepper enfim pode relaxar, recuperando sua respiração. Tony olhava para a criança, e para Pepper, apesar de haver sangue por todos os cantos, o que o deixava um tanto desconfortável, ele sorria através da máscara.

—Ele é enorme, Pep! É... –Tony olhou para ela, e pela segunda vez, ela o viu chorar, mas sorriu para ele, pois sabia que era de alegria. E como num de repente, Pepper viu uma cena que nunca imaginou. Tony Stark desmaiando dentro da sala.

—Doutora! Meu marido! –Pepper dizia nervosa e rindo ao mesmo tempo. As enfermeiras o arrastaram para fora da sala.

A médica entregou a criança para Pepper, ela o olhou e falou docemente:

—Oi meu príncipe. Então era você que mexia demais na minha barriga. –o bebê a olhava sem chorar. –Seu pai não aguentou a pressão. –A médica riu. –Seja bem vindo à bagunça que é a nossa vida, Theo Edward Potts Stark. –Pepper beijou a testa do seu filho.


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Notas finais do capítulo

Sobre o poema do começo do capítulo e o título:

https://www.letras.mus.br/moveis-coloniais-de-acaju/1443792/

Sobre a roupa de bebê que Tony dá para a Pepper:

https://www.saraiva.com.br/body-para-bebe-homem-de-ferro-stark-industries-tamanho-p-7437435.html

Sobre o médico que atende Pepper na primeira vez:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Anthony_Edwards

Sobre o nome da criança, Theo, significa "Deus supremo", como ele é o primogênito de Tony e Pepper, merecia um nome a altura. Edward, por causa do vampiro? Nãoooo...rs É o nome do meio de Tony e Pepper fez questão em colocá-lo.


Possivelmente, após esse capítulo, terá o The End, como diz a música do The Doors, já dando dica do som que ouvirei fechando a história.



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