Forever and ever? escrita por RayGrey


Capítulo 2
The destiny


Notas iniciais do capítulo

Espero muito que gostem desse primeiro capítulo! Essa história está sendo escrita com muito amor, e não só por mim, pela minha amiga Lina Scalfoni também! Por favor, comentem, compartilhem a história para ajudar a divulgar! Me digam o que acharam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740433/chapter/2

—Se essa for a última vez, quero aproveitá-la da melhor forma. Mas se não for, também devo aproveitar?

—Meu querido, você é vidente?

—Não.

—Então como saberá quando for a última vez? Apenas aproveite.

 

Point of view: Carlton

Seattle, 30 de junho de 2015.

Domingo de manhã, acordei por volta das 09:00AM, bem disposto. Na cozinha minha esposa já preparava o café da manhã.

—Bom dia! - Cumprimentei-a de bom humor, dando meu melhor sorriso.

Ela parecia distraída preparando alguma coisa no fogão, me olhou ao ouvir minha voz e devolveu um sorriso. -Oi meu amor, bom dia!

O sorriso permanecia em meu rosto. Me aproximei e a puxei lhe beijando, ela largou o que estava fazendo e retribuiu com todo amor. Ficamos ali por alguns longos segundos, mas senti um cheiro estranho começar a pairar pelo ar, obrigado-me a desvencilhar de seus lábios.

—Está sentindo esse cheiro? - Perguntei e na mesma hora vi os olhos de minha esposa se arregalarem.

—Ah meu Deus! As panquecas! - Ela rapidamente se aproximou do fogão e girou o botão apagando o fogo. -É, acho que teremos panquecas carbonizadas para o café. - Ela disse rindo da situação, ao depositar a panela sobre a bancada e me olhou.

Tivemos que fazer novas panquecas. Com o café pronto, chamei as crianças que viam TV na sala e tomamos café da manhã. Como uma família, sentados a mesa e conversando por alguns minutos até Grace e Noah terminarem de comer. Ela iria para o hospital e ele havia pedido para ir com ela, ficaria na creche. Eu pegaria plantão noturno hoje, então ainda ficaria mais um pouco em casa com Rose.

—Juízo hein, vocês dois aí! - Minha esposa falava já saindo pela porta.

—Pode deixar! - Sorri já na varanda enquanto a vi se aproximar do carro com nosso caçula. -Te amo! - Falei alto para que ouvisse.

—Também te amo! - Disse concentrando o olhar em mim e sorriu. Com Noah já devidamente acomodado no carro, deu a volta e abriu a porta para entrar. -Te vejo mais tarde! - Em seguida entrou no carro, logo saindo com ele dali.

E essa foi a última vez que os vi, a última vez que dissemos "Te amo", antes do destino resolver nos separar. Não imaginaria que esse, na verdade seria um " Adeus", mas foi. Pelo menos por algum tempo.

"Porque não dá para contar com nada na vida. Vida é a coisa mais frágil, instável e imprevisível que existe. Na verdade, só temos certeza de uma coisa na vida: não está acabado até que seja acabado." - Grey's anatomy

Passei o restante da manhã brincando e vendo TV com Rose. Almoçamos, e eu sugeri a ela que aproveitássemos a tarde na praia. Esta, por sinal, ficava bem em frente a nossa casa. Ela adorou a ideia e foi correndo colocar sua roupa de banho. Coloquei a minha e fui na frente enquanto Rose terminava de se arrumar. Dei alguns passos chegando na areia e parei por alguns instantes admirando a paisagem e sentindo o vento bater em meu rosto.

Era um dia mais fresco, com pouco sol e ventava bastante, mas não chegava a fazer frio e também não estava nublado. Era um dia bonito.

Respirei fundo sentindo aquela brisa e aquele cheirinho bom de praia. Sai dos meus devaneios ao ouvir a voz de Rose e me virei a vendo vir até mim. A mesma vestia sua roupa de banho e segurava sua bóia de tartaruga.

—Hey! - Disse sorrindo e me abaixei ficando na altura dela.

—Podemos entrar no mar agora, tio Carl? - Perguntou sorridente.

—Claro! - Assenti sorrindo e a peguei no colo. -E lá vamos nós! - Disse descontraído e ela riu. O mar estava um pouco agitado, mas não dei muita importância e fui em direção a ele. Minha filha estava comigo, estaria segura.

Senti aquela água fria em meus pés ir subindo conforme adentrávamos ao mar. A pequena ria sentindo a frieza da água e logo já estávamos mais afastado, bem no fundo onde a água já chegava em meu peito, no entanto, Rose obviamente estava com a bóia e eu a segurava. Ela ria e brincava com a água, toda feliz.

*****

Percebi o tempo começar a ficar nublado e o mar ainda mais agitado, me alertando de que já estava na hora de sairmos dali. Fui andando e nadando puxando Rose pela bóia, porém, a correnteza estava um tanto forte, o que me fazia cansar mais. Continuei nadando, mas era difícil nadar contra a correnteza. Eu não tinha mais energia para chegar até a margem. Contudo, decidi ir para um ponto em que a correnteza estivesse apenas mais fraca. Consegui empurrar a bóia da Rose para perto das pedras, onde ela poderia se segurar, logo, tentei ir também, no entanto, senti meu pé se prender em algo. Talvez algas, saco plástico ou algum tipo de corda, não soube definir bem o que era. Pude ouvir por várias vezes Rose me chamar dizendo para mim ir logo até ela, que lá estava seguro, até tentou me dar a mão e me puxar. Mas eu simplesmente não sabia o que fazer, não conseguia soltar meu pé e de alguma forma, meu subconsciente me dizia que seria arriscado ela me ajudar. O desespero já estava tomando conta de mim. Acho que a força da correnteza fez com que meu pé se soltasse do que prendia ele, mas a força da água era tanta, que não me deixou fazer mais nada. Eu já estava sendo puxado pelo mar e sendo levado cada vez mais para longe, até não conseguir mais avistar minha filha.

Você acorda num dia felizquer apenas curtir um banho de mar, pensando que nada de mais vai acontecerVocê nunca imagina quando algo vai acontecernão é? Até que você se vê numa enrascada. O pior aconteceu. E você  sua vida inteira passando diante dos seus olhoscomo um filmePensa em como as pessoas que te amam vão sofrer, em como elas vão ficar. E se sente triste por isso, um desespero toma conta de você por saber que as está deixandoMas eu não podia prever o que aconteceria, podia?Eu tenteiluteifiz o que podia, mas nem tudo estava em minhas mãosEstava? Eu posso acreditar que  esperança?Eu vou sair dessaOu devo desistir e acreditar que esse é o fim?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever and ever?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.