Destino Hyuga escrita por Pedrita


Capítulo 12
Lendas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ...



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O  som arranhado que a porta fez ao ser aberta tirou toda a concentração do Hyuga que meditava em cima do seu saco de dormir, além do incômodo que o fez franzir o cenho e abrir os olhos.

—-- Neji? - A voz era de Karu, um dos companheiros de equipe. Um sinal de Neji feito com a sobrancelha foi o suficiente para que ele prosseguisse. --- Vim avisar que ficarei de guarda para Hinata-sama em seu lugar. 

Neji observou o companheiro que estava em posição de respeito, com as mãos coladas na lateral do corpo e peito estufado, estranhando oque lhe foi dito.

—-- Meu turno é maior que os demais, "Sei que tem disposição de sobra", mas eu dou conta. - debochou o Hyuga De forma seria.

—-- Estou sempre disposto a proteger Hinata-sama, não se preocupe, descanse para o próximo turno. --- respondeu destemido antes de prosseguir. ---   Além do mais a própria Hinata pediu para que fosse eu quem a acompanhasse. 

—-- Pediu? Hum! - O tom de Neji mudou, mas ele não ia questionar aquele homem e acabar deixando a mostra seu sentimento. 

—-- Sim. 

—-- Certo, pode ir, bom ver que termos ninjas tão dedicados em nossa casa. - sinalizou com uma das mãos para que o colega se retirasse e forçou um sorriso fechado.

Sua consciência o obrigava a pensar em  várias coisas, mas era tão centrado que voltou a meditar, lembrando apenas que faltava poucas horas para que o colega tomasse seu turno.

                                ---x---

—-- É só um jantar... - Disse para si mesma enquanto olhava-se no espelho que quase batia no teto. Usando um kimono longo, azul escuro com ramos de flores vermelhos Hinata exibia uma postura nunca vista, algo maduro e ate confiante. --- Eu preciso me posicionar, está noite vou me posicionar. - ela franziu a testa e engoliu seco.

A franja da Souke dava um ar angelical, aqueles olhos então, o tom mais belo de violeta. O cabelos foram cuidados por uma cabeleira particular dos Miura, estavam ondulados na ponta, quase cacheados e preso em um rabo de cavalo frouxo.

Mesmo que tentara não dava pra evitar Miyako, aceitar como marido muito menos, pois ele estava longe de ser o cara ideal.

                            ~~~ 

—- Hinata-cha! Hinata-chan! 

A voz de Naruto foi como música para o ouvido da Hyuga, que estava desanimada e extremamente cansada de tanto treinar. Virou-se para traz levando as mãos até o peito, enquanto assistia Naruto correr em sua direção enquanto acenava.

—-- Na-Naruto-kun! - Ela sentia seu coração disparar, e um frio na barriga.

—-- Olá Hinata, que coisa te ver aqui, eu ando treinando tanto que não vejo ninguém, sabe como é, preciso ficar forte pra buscar aquele teimoso do Sasuke.

Foi instantâneo o sorriso que Hinata abriu, nada chamativo, apenas seu sorriso tímido de sempre que a fazia abaixar o olhar. --- Fico feliz que esteja se dedicando... 

O Uzumaki sorriu agradecendo, mas algo lhe chamou atenção na mão da Hyuga fazendo-o gritar e apontar. --- O que é isso na sua mão? Está sangrando ! 

—-- Ah... eu... eu machuquei treinando, mas está tudo bem. - sorriu sem jeito.

—-- É aquele metido do Neji né? Ele anda pegando no seu pé durante os treinos ? Pode falar, eu vou ter uma conversinha com ele, Tô certo!

O tom de preocupação é até mesmo aborrecimento deixou Hinata preocupada, fazendo-a atropelar as palavras e gesticular com as mãos dizendo que o loiro estava errado, que Neji não fez nada, mas antes que pudesse  terminar a ação o Uzumaki agarrou sua mão machucada e a levou para perto de seu rosto, analisando a gravidade do ferimento. Ação que fez Hinata ficar visivelmente corada.

—-- Ah, isso não é tão grave, tenho algo que vai ajudar. 

Imediatamente ele pegou uma pomada e entregou para a jovem, fazendo-a lembrar de quando fez o mesmo por ele, mas não acabou por aí, Naruto tirou um pedaço de bandagem de sua bolsa e envolveu a mão da amiga.

—-- Não vamos deixar esse machucado exposto. 

O sorriso dele era tão bonito e sua atitude então, era mais um motivo para a Hyuga ama-lo.

—-- Obrigada por cuidar de mim Naruto-kun... 

—-- Ah, não é nada, Sakura-chan está me ensinando algumas coisas, essa pomada foi ela quem fez, você precisa ver, Sakura chan está evoluindo muito! - comentou orgulhoso.

Hinata não conseguiu perceber cedo a grande admiração que Naruto tinha por Sakura, apenas sorria boba enquanto ele falava.

—-- Hinata, estou indo no Ichiraku comer ramen, porque não vem comigo ? Tenho dois bilhetes de lá. - Ele exibiu orgulhoso os vales que guardava a tempos, um deles estava meio rasgado e colado com fita.

A Hyuga abriu a boca pra falar mas desistiu após lembrar da severidade de seu pai, exibiu uma expressão triste e negou o convite com a desculpa que tinha compromisso.

Naruto entendeu a situação da amiga, mas antes que ela fosse embora ele disse com orgulho. --- Estou muito orgulhoso de você Hinata, alem de bonita você é forte ! Tenho certeza que vai ser uma boa líder pra sua casa, tô certo! - acenou com um sorriso largo e partiu.

Paralisada, sem acreditar no que houviu Hinata fantasiou primeira vez como seria casar com o Uzumaki, alguém forte e gentil, alguém que enxergava nela o que ninguém mais enxergava.

Lembrou como se fosse ontem, mas muita coisa mudou, a própria Hyuga não sabia explicar o que estava sentindo agora, Naruto sempre estava lá pra apoia-la com palavras bonitas e sua amizade. Mas se parasse pra pensar bem, se  olhasse pra traz como fez nesse  exato momento, percebeu que Neji também a fez  crescer, mesmo com o seu jeito sério e palavras duras era ele que passava dias com ela, mesmo que não fosse dias perfeitos ele foi um bom sensei, e foi graças ao a rigidez dele que ela evoluiu.

Enquanto olhava para trás focou os olhos na cama, imaginando-se  deitada ao lado do Miura. Os olhos se arregalaram por um instante ficando vermelhos e cheios de agua, água que custou a escorrer pelos longos cílios, mas antes que deixasse uma gosta escorrer , ergueu a cabeça e respirou bico, espremendo os lábios em um bico triste.

Hinata não era boba, sabia que estava sendo controlada pelo pai, e se perguntava se depois da liderança continuaria assim, como um fantoche, servindo apenas de capa enquanto alguém considerado forte e inteligente estivesse por trás, talvez alguém como Hanabi.

Uma batida na porta há fez acordar, era apenas uma Server avisando que estava na hora, claro, na hora de ouvir um pedido de casamento provavelmente, pois hoje havia sido diferente, estava sendo mais paparicada que o normal. 

—-- Senhorita Hinata, está na hora!

                                  ---x---

Depois de algum tempo meditando ou pelo menos tentando, Neji perceber que não consegue se concentrar cem porcento.  Uma rápida olhada para a janela fez o Hyuga perceber que já estava quase na hora do jantar, mas uma voz conhecida lhe deu essa certeza, a voz de  sua parceira de equipe que o chamava para jantar.

Ela estava empolgada e avisava que o outro parceiro os aguardava, estranhando o fato de Karu não está ali, mas pelo que Sasha havia explicado ele já saído atrás de Hinata, outro ponto estranho pois a atual guarda não havia deixado seu posto.

Todos se reuniram em volta de uma pequena mesa que abrigava um peixe apetitoso.

—-- Parece ótimo. - comentou o Hyuga enquanto pegava seu prato juntamente com dois hashis.

—-- Foi uma cortesia dos Miuras. - respondeu Sasha ainda com as mãos sobre o colo e um sorriso no rosto,  se  perguntando se começava pelo peixe ou pela salada que acompanhava.

Uma linha de tensão se formou na testa de Neji, ele estava preste a por o peixe na boca, fixou os olhos nos colegas que se serviam, enquanto ainda mantinha o peixe a poucos centímetros da sua boca. 

—-- Pode confiar! Eu já provei antes de você chegar, não resisti, desculpa! 

—-- Sasha! Isso não é formal! - reclamou o companheiro com um olhar crítico sobre a atitude indelicado da amiga, que retribuiu com um sorriso sem graça. --- Você está começando a agir feito o seu namoradinho do clã Inuzuka, igual um animal !  

—-- Ora, parece que vocês estão famintos mesmo! - A voz rouca e aparentemente casanda vinha do unico caminho que dava para estrada principal, entre as sobras surge uma senhora bastante velha e de estatura minúscula. Ela sorria exibindo marcas da idade enquanto trazia uma pequena sexta com frutas frescas. --- Não brigue com ela, uma moça apaixonada tende tende a comer mais. - brincou.

—-- Achei quem a senhora não voltaria! -  respondeu Sasha ainda sem jeito.

—-- Uma garota que namora alguém com hábitos caninos na verdade... Criticou o colega que acabou ganhando um olhar raivoso.

—-- Não fale mal dele, não há problemas em ter cães como parceiros, eu tenho você é nem por isso fico agindo feito uma idiota ! - rebateu Sasha.

—-- Crianças parem de brigar por causa de... "animais pulguentos"!  eu trouxe as frutas que tanto falei, querem provar ? - A velha não parecia gostar muito de cachorros mas tentou disfarçar mudando rapidamente de assunto.

Tirando Neji que estava desconfiado os outros dois jounis pareciam comovido com a bondade daquela senhora para que eles ficassem a vontade, algo  que aborrecida o Hyuga que estava impressionados como seu esquadrão era  tão forte e ao mesmo tempo ingênuo, mas sabia que  se abrisse a boca ambos o questionaria trazendo a mesa seu ódio vindo do passado.

A senhora se apresentou a Neji como Kitsune e sentou-se ao lado do rapaz para acompanhar todos durante a refeição. Não aceitou nada que lhe foi oferecido alegando está sem fome e pediu de forma  doce   que várias vezes que o Hyuga provasse de sua comida, mas p Hyuga fez da frase  da senhora a sua, alegando também não ter fome.

Kitsune resolveu entreter a todos comuma  velha lenda de sua região, conhecida como "A Mulher Raposa". --- ...  Conta a lenda que um rapaz que vivia em Mino-no-Kuni, certo dia montou em um belo cavalo branco e decidido, saiu à procura de uma linda noiva para com ela casar. Depois de muito cavalgar, em uma grande planície, avistou uma linda jovem colhendo frutas... Ele ficou admirado com a beleza da encantadora menina, que percebendo sua presença, abriu um belo sorriso. Seus olhares se cruzaram e ele sentiu um estranho brilho em suas pupilas, como intencionassem seduzi-lo… Bastou  apenas cinco minutos de conversa para  que o homem ja encantado pedisse a moça em casamento, levando-a para sua casa... Assim, o tempo passou e o casal viveu muito feliz.  Tempo depois, a jovem esposa engravidou e no dia quinze de dezembro, um filho saudável nasceu,  exatamente naquela data e hora, a cadela que o rapaz criava em sua casa, desde que era menino, também teve um filhote... Os dias foram passando e o cachorrinho, todas as vezes que via a bela mulher do lavrador, começava a rosnar irritado, mostrando-lhe os dentes. Por vezes, chegou ameaçar atacar, deixando-a tremendo de medo. Sua mulher implorou várias vezes que  o marido se livra-se do cachorro raivoso mas o homem não teve coragem e o continuou criando...  O tempo foi passando, chegando meados de Fevereiro, época de pilar o arroz em casca para fazer o beneficiamento. Então, a bela esposa entrou na despensa onde estava o pilão e o almofariz, para preparar a refeição da tarde, de repente, a cadela, mãe do filhote, avançou rosnando e atacou a mulher saltando sobre ela enfurecida. Ela ficou paralisada de medo e tremendo de pavor. Ao ouvir os gritos, o marido correu em seu socorro. Mas o que ele viu o deixou ainda mais espantado!

Um silêncio tomou conta na mesa, claramente a  Velha queria fazer um suspense para que Neji é os outros ficassem mais interessados, e os olhares curioso foram o suficiente para Kitsune abrisse um sorriso banguelo e soltasse um risinho de quem estava se divertindo com a história.

—-- Que patético... - Respondeu Neji quebrando o clima enquanto se levantava deixando todos confusos. --- Vou dar uma volta para conhecer melhor o terreno...

—--  Você Não quer saber o resto da História rapaz ? 

—-- Tanto faz, não passa de uma lenda... -  Ele caminhou até um culer em busca de  uma garrafa de água enquanto seus colegas voltavam a focar na história  que ele continuou ouvindo por ainda está próximo.

—--  Ou não... - Respondeu a senhora lançando um olhar misterioso que não durou muito já que ela voltou a focar na história. --- Sua bela esposa se transformou em uma raposa... Imediatamente ela subiu sobre um armário para fugir dos dentes afiados da cadela surpreendendo seu marido que [...] 

Neji não ficou para escutar o resto e nem fez questão, apenas saboreou a água até  a última gota e caminhou até um lugar calmo onde pudesse treinar.

                               --◇◇◇--

Ainda muito jovem Neji aprendeu a importância do silencio absoluto, um silencio realmente escasso de qualquer tipo de som, não o barulho do vento ou o som da chuva, muito menos o zumbido da sua mente que te engana dando-lhe o que espera, quem sabe canto de pássaros ou folhas se debatendo com a brisa de outono.

Para meditar profundamente é necessário muita concentração, sentar-se em posição de lótus é parte mais fácil. Difícil é deixava seu corpo trabalhar por conta própria e focar apenas em sentir e espalhar o poder pelas redes de chakra. 

Em um lugar escuro e vazio com apenas o desenho yig yang no chão ao seu redor e todas as marcações que baseava seu taijutsu de alto padrão, Neji sentia o poder fluir pelos seus pontos de chakra enquanto canalizava . Nada poderia roubar sua atenção, nenhuma brisa fria em seu rosto ou pequenos sons da natureza, nada a não ser ...presenças desconhecidas.

—-- Por ali ! Ela correu naquela direção, vamos !

A Voz vinha do meio da floresta, o Hyuga se enganou em acreditar que tinha se afastado o suficiente. Ele escolheu uma rocha a beira de um grande lago, onde ganhava de brinde a sombra de uma arvore velha mas ainda saudável que espalhava seus galhos por toda área ao redor.

—-- Atire! Atire! não podemos perde-la!

O timbre desconhecido foi ficando mais alto para o shinobi. Ele estava no alge do momento espiritual mas não teve escolha a não ser "acordar". Abriu os olhos lentamente com uma expressão um tanto confusa, ficou tão concentrado que baixou a guarda para qualquer ameaça, deixando seu excesso de confiança assumir. Mas quando consegui-o focar no que vinha exatamente na sua direção, seus olhos ignoraram a multidão embaçada e se fixaram apenas na flecha que estava quase lhe acertando o rosto, fazendo com que o bouke se esquivasse institivamente para esquerda desviando da flecha com ponta de ferro.

A ação foi eficaz mas não o suficiente pra evitar um corte fino na lateral da bochecha, corte que o mesmo assisti-o com perfeição apos ativar tardio o seu byakygan, podendo ate mesmo ver alguns de seus fios de cabelos serem arrancados.

Não se lembrava a ultima vez em que alguém o acertou, principalmente no rosto, o choque foi tão vergonhoso para si mesmo que sua primeira atitude foi sacar uma kunai e desaparecer de cima daquela rocha, deixando os homens que chegaram ali confusos.

Em um piscar de olhos o Hyuga estava atrás do homem que parecia ser o líder a ali, com a lamina de sua kunai preste a lhe cortar a nuca. 

Todos presentes se assustaram com o shinobi, mas um de seus homens, o mais novo por sinal, não deixou baixo a ameaça e apontou para ele sua besta, ameaçando acerta-lo com outra flecha.

—-- O que vocês querem ? - perguntou Neji com um tom seco enquanto encarava da forma mais assustadora o  homem a sua direita que ousava lhe ameaçar.

Todos estavam preocupados e alguns ate assustados, sussurros sobre os olhos estranhos do Hyuga deixou claro para ele que aqueles homens não tinham experiencia com ninjas. Um deles ate o chamou de demônio e gritou para que o jovem rapaz atirasse a flecha. 

—-- Filho, por favor abaixe essa arma. - implorou para o jovem que parecia esta mais tenso que ele.

—-- Não enquanto ele não abaixar a lamina! 

—-- Não vou perguntar de novo, o que vocês querem ? 

O garoto que bancava o herói ajeitou tremulo a flecha na direção de Neji enquanto elo mesmo assistia, o Hyuga tentou dizer algo mas o rapaz não lhe deu tempo e atirou em sua direção, mas a flecha desprendeu da corda mal encaixada e caiu deixando o rapaz em choque. Ele estava tão ansioso que rapidamente se abaixou para pega-la, mas antes mesmo que consegue-se tocar viu o que seria o pé ne Neji pisa-la partindo-a ao meio. Sua única reação foi erguer a cabeça e ver o rosto do Shinob. A expressão de aborrecido estava clara mesmo com algumas mechas de cabelo tampando parte do seu rosto.

—-- Acho que agora sabemos quem me atirou aquela flecha... - O garoto levou a mão para perto de sua bota, puxando uma faca que ali escondia. Abriu a boca respirando fundo, mas antes que pudesse falar algo Neji o acertou usando a parte de traz da mão. O tapa foi tão forte que o garoto ajoelhado foi lançado para traz, ficando mais chocado ainda ao ver dois Hyugas. Um fazendo seu pai de refém e outro bem na sua frente. --- Não haverá uma segunda chance...

Confuso por não saber o que era um jutsu de clones da sobra, so se perguntava o que houve. --- Em... Em que momento você fez isso? Como eu não conseguir ver... - respondeu indignado e de cabeça baixa. Tentava não chorar pelo tapa.

—-- Seus olhos não são rápidos o suficiente ... não como os meus, e diferente de você eu não preciso de duas chances pra matar alguém... - Respondeu com uma ponta de egocentrismo enquanto se aproximava sem pressa, pra assistir por mais tempo o pânico do adversário.

—-- Não toque nele por favor, não estamos atrás de você, na verdade nos nem sabemos quem é você! - O coração daquele homem nunca bateu tão forte como naquele dia, sua respiração estava forte e não era fácil manter a concentração enquanto assistia alguém ameaçar seu filho. --- Somos apenas caçadores, não tínhamos intenção de incomoda-lo foi um acidente, peço que... por favor, nos perdoe!

—-- Vocês trabalham para os Miura ? - Perguntou o Neji original, que o ameaçava com a kunai.

—-- Não... Somos independentes, esta é uma região livre para caça. Meu filho é um amador, ele não quis acerta-lo.

A única coisa que ele queria saber era se existia alguma ligação daqueles homens com aquela família, por que se tivesse o destino de toda aquela missão inclusive daquelas pessoas seria bem diferente e no fundo Neji torcia para que fosse.

—-- O que estão caçando afinal ? - Convencido com a resposta o bouke abaixou a kunai, desativou o byakugan e dispensou seu clone, focando apenas em conversar.

—-- Raposas ... Raposas malditas. - Disse indignado enquanto se levantava e se juntava ao seu grupo. --- A proposito, me chamo Yuichi Hida e esse é meu filho Abe. - Apontou pro garoto se aproximava com a mão no rosto e os olhos cheios de agua.

Abe engoliu Neji com os olhos, estava irritado, se sentindo ofendido e fraco. Todos assistiram o ninja humilha-lo e ele não queria ficar por baixo, voltou para o lado do seu pai, e mesmo ainda sentindo medo fazia cara de valente.

A resposta de Yaichi fez Neji lembrar da lenda que a velha senhora contava e estranhamente lhe trouxe a imagem de Naruto. --- Neji Hy... sou Neji de Konoha! - Desistiu de falar seu segundo nome acreditando ser melhor não dar muitas informações a estranhos.

—-- Prazer, Neji de Konoha... Nossa região esta cheia delas então colocamos algumas armadilhas, mas parece que alguém mudou elas de lugar e plantou novas armadilhas.

—-- Tem ideias do que querem? Talvez outros estejam aproveitando suas armadilhas para roubar suas presas.

—-- Não acho que seja isso, as armadilhas foram remanejadas mas não parece que eram pra pegar animais e sim humanos, estão em lugares que caçadores transitam, até mesmo nas estradas. Faz dias que estamos confusos.

—-- Talvez alguém deva está protegendo esses animais, melhor desistir dessa caçada, pode ser perda de tempo.

—-- Desistir ? Quem pensa que é ? - gritou Abe dando um passo na direção do Hyuga. --- Você me agride e ainda zomba do nosso trabalho. Essas terras são nossas sábia ?

—-- ABE ! - repreendeu o pai.

—-- Devia ficar feliz por estar vivo, alias, eu não simpatizo com esse país, quem dirá suas terras.

—-- A caça faz parte dos nossos lucros, além do mais  essa travessura só faz com que esses animais continuem se multiplicando. Essa falta de equilíbrio  esta acabando com tudo, nossas aves e plantações estão sendo arruinadas! 

—-- Seja quem for que fez isso  parece esta se divertindo, cinco do nosso grupo estão feridos. - Conclui-o o filho.

—-- Você poderia nos ajudar? - Perguntou um homem do grupo que parecia esta cansado daquele trabalho, fazendo os demais pensar sobre.

Yuichi não tinha pensado mas aquela seria uma ajuda bem vinda, mas antes que pudesse pedir, o Hyuga se negou alegando que já tem o próprio trabalho, algo que o lider entendeu bem, mas seu filho não.

—-- Porque não pode nos ajudar? - Afrontou em voz alta chamando atenção de Neji que ameaçava dar as costas, mas voltou e o encarou. --- Você é um ninja de Konoha não é?

—-- Filho, não seja inconsequente ... - Disse o pai preocupado.

—-- Não pai, todos dizem que as pessoas de Konoha são bondosas e ajudam os outros, ouvi isso de um senhor que ajudou na guerra, que inclusive contou sobre um ninja com espirito de raposa. É por isso que não quer nos ajudar ? Simpatiza com as raposas? Ou foi você que trouxe esses problemas para nos? - O comentário chamou atenção de todos, deixando algumas duvidas no ar. --- Ele mesmo disse que não gosta do nosso país, então o que faz aqui?

—--- Ele era um ninja, esse homem? - indagou Neji.

—-- Não, era um cozinheiro.

—-- Ele tinha razão sobre nos de Konoha, mas se esse homem realmente esteve na guerra ele sabe que esse ninja foi um héroi... - O bouke respirou fundo se odiando por repensar no pedido daqueles homens e olhou novamente nos olhos de Abe. --- Não temos nenhum apresso por raposas. E não foi eu que comecei essa bagunça, mas vou ajuda-los desde que não demore muito, estou aqui em missão.

—-- Obrigado, podemos oferecer algo assim que acabar, minha filha Não é ótima na cozinha, podemos também oferecer boas  frutas, como pagamento. - Respondeu Yaichi aliviado.

—-- E quem vai pagar por isso aqui? - Apontou Abe pro próprio rosto.

—-- "Cala boca Abe". --- "Você que começou". --- " Quero ir cedo pra casa.  - gritou alguns homens.

Neji com certeza preferia dinheiro que comida mas percebeu que aquelas pessoas não tinham muito a oferecer. Sem rodeios ele ativou seu byakugan e ficou em choque, não tinha percebido mas estava rodeado de raposas, havia centenas dela por toda área ao redor e varias mais próximas que podia imaginar, como se estivessem observando.

 --- Algum problema ? – indagou um dos caçadores.

—-- Podemos dizer que hoje será um dia lucrativo ... – sussurrou, preferindo  guarda a informação  de “fartura”  para si. Sabia que todos ficariam tão ansiosos que poderiam estragar tudo por ambição. 

Tomou a frente da pequena missão e fez quase tudo sozinho, usou de suas habilidades ninjas para rastrear todas as armadilhas daquela área, se surpreendendo ao encontrar coisas que só alguém bastante habilidoso poderia criar. Direcionou os homens para as direções certas e  até mesmo ajudou na captura.

Eles colocaram suas armadilhas nos lugares certos e destruíram as desconhecidas, com medo dos próprios caçadores se ferirem com elas. Tudo durou cerca de duas horas, mas Neji fez seu trabalho em apenas uma, deixando os demais para mais caça e remanejamento, aceitando o convite de Yaichi.

Yaichi e sua família moravam em um chalé a beira de um rio, com um cais de pelo menos dez metros de comprimento mas nenhuma rede perto. Rochas improvisadas como fundação deixava a casa mais alta para não sofrer riscos com o rio ou pequenos deslizamentos. 

Confuso, Neji perguntou por que o velho caçador não investia na pesca ao invés de focar tanto na agronomia e criação de aves. Então o velho respondeu rapidamente que, pelo fato do país do trovão ter agua em abundancia, a pesca não é algo em que alguém pudesse depositar todas as fichas pois quase toda a população tinha aceso e costume de pescar. 

Antes mesmo de entrar na casa todos três puderam sentir o cheiro bom da comida que a jovem Nao preparava, não so sentiram o cheiro mas também escutaram a mesma cantarolar uma musica. A voz era doce e agradável mas sumiu quando Abe abriu a porta e gritou que estava faminto.

—-- Coloque mais um prato na mesa, nos temos visita ! - Gritou Yaichi enquanto tirava seu casaco.

—-- Não será necessário, eu estou bem. 

—-- Não seja tímido, aqui comemos com fartura! 

Neji realmente estava com fome mas se sentia grosseiro em aceitar. E não so ele como os outros tambem estavam famintos. Então dirigiram-se todos para a cozinha e o Hyuga acompanhou.

Noa, era uma jovem de cabelos castanhos escuros e compridos mas que estavam sempre presos em um coque baixo. Ela não amava só cozinha como também comer, rechonchuda, possuía maças avermelhadas e olhos grandes. Estava de costas quando todos chegaram, servindo em tigelas individuas o seu famoso arroz. Tão concentrada que não deu muita importância para visita imaginando ser mais um dos amigos do pai. 

—-- Minha pequena Nao cozinha muito bem, será uma ótima esposa !

—-- Talvez sim, se perder alguns quilos não é mesmo ? - zombou Abe enquanto esperava a comida.

—-- Não fale assim da sua irmã, ela é uma moça muito bonita ! - Afrontou o pai ao perceber o silencio da moça com o comentário. --- Você não concorda Neji? - perguntou com um sorrindo e convencido.

—-- Ne..ji? - A jovem paralisou ao ouvir aquele nome, claramente a pessoa que estava ali nunca apareceu antes, timidamente ela o olhou por cima dos ombros e corou na mesma hora, ficando com um brilho nos olhos.

Pai e filho olhavam para o Hyuga e apesar do comentário de Abe, ele parecia preocupado em ouvir Neji zombar de sua irmã, afinal era um total desconhecido por quem não simpatia. 

—-- O Jantar esta pronto ! - Comentou Nao, virando-se e erguendo a bandeja para que todos vissem o belo trabalho. Ainda estava nervosa com a presença do belo rapaz e preferiu interromper a conversa por medo de se magoar com a resposta.

—-- Finalmente ! - comentou o irmão ajudando sem perceber a quebrar o clima.

Todos se serviram mas Abe estava tão faminto que ao menos esperou para todos agradecerem junto pela refeição. Levando um tapa na cabeça de sua irmã mais nova que se sentava na frente do Hyuga.

—-- NÃO SEJA MAL EDUCADO ! - Berrou ela.

—-- Porque me bateu ? eu vejo você comer enquanto prepara! Sua ...

—-- Chega vocês dois !- interrompeu o pai. --- Vamos agradecer!

—-- "Obrigado pela ótima comida". - Disseram todos de olhos fechados e cabeça baixa antes de começarem a comer.

Apos a janta Abe foi o primeiro a se retirar, deitando em uma esteira da sala o lado. Yuichi e Não insistiram para que Neji tomasse chá com eles. 

—-- Eu nunca conheci um ninja, você deve ser muito forte Neji. -comentou a jovem moça com um olhar de quem estava apaixonada.

—-- Não o quanto eu gostaria ... - respondeu antes de bicar o chá.

—-- Eu fiz alguns biscoitos, vou pegar pra você. -Levantou antes de receber uma resposta e pegou uma espece de lata rasa que guardava em um dos armários de madeira preta. --- Eu escondo do meu irmão, ele é muito guloso ! - Com um sorriso no rosto ela pega um dos biscoitos e o devora deixando migalhas caírem no chão.

—-- Imagino que sim... - Constrangido ao ver a jovem oferecer a lata ele pega apenas um e agradece. Mas olha atentamente para o mesmo antes de provar um pedaço. --- Obrigado...

Noa se aproximava cada vez mais de Neji, ela estava com os cotovelos sobre a mesa e lentamente ia chegando seu corpo para perto do rapaz.

—-- Você é solteiro Neji ?

—-- Filha ! - repreendeu o pai com um tom mais alto. --- Desculpe Neji, ela é bem curiosa..

A garota enfiou um biscouto inteiro na boca e fraziu a testa, respondendo de boca cheia. --- Desculpa papai, eu gosto de conversar !

A lareira estava quase se apagando então Yaichi se levantou e avisou que buscaria mais lenha. Neji quase implorou para ir em seu lugar mas o caçador negou, dizendo que ele era visita e poderia ficar a vontade.

O silencio tomou conta, mas a jovem que adorava conversar esperou a primeira oportunidade para puxar assunto. Neji parecia está pensativo e realmente estava, ele encarava o "nada" enquanto tomava seu chá.

—-- No que você está pensando ?

—-- Em uma lenda que ouvi essa tarde... - resumiu.

—-- Eu adoro contos, principalmente os românticos ... - suspirou apoiando as mãos no rosto. ---  A minha favorita é da princesa tecelã, filha do Soberano Celestial, a princesa Tanabata Tsume. Ela sabia como ninguém, fazer as mais tênues tramas de tecido, e trabalhava sem parar em seu tear. Dele saiam tecidos tão leves e diáfanos, tão finos, macios e maleáveis, que seu pai os pendurava no céu entre as estrelas, por vezes deixando-os cair em pregas até quase tocarem a Terra. Hoje damos a estes tecidos o nome de nuvem, névoa e cortina de nevoeiro, conforme a densidade.... Ela trabalhava tanto que um dia o seu pai percebeu que a princesa estava pálida, então resolveu lhe dar o dia de folga, mas pediu que voltasse no dia seguinte pois ainda precisava de delicadas cortinas de nevoeiro para as manhãs de primavera, e porções de nuvens brancas para o verão. Orihime sentiu-se muito feliz que vestiu seu mais belo kimono e correu dançando por entre as estrelas do rio celeste. No meio da Via Láctea avistou, no meio da correnteza estelar, um belo jovem com chapéu de caipira, banhando um boi...

—-- " Banhando um boi" . Que romântico ... - interrompeu Neji ao ver os suspiros de Nao, que gesticulava e fantasiava enquanto contava cada parte da historia. Mas a moça continuo tagarelando.

—-- Eles se apresentaram e o belo rapaz se chama Altair. Daquele encontro casual começou a brotar um sentimento de felicidade, nunca antes sentido pela princesa. Os jovens se divertiram muito, dançaram e brincando de pega-pega, rindo e correndo no rio celeste. Tamanha era a felicidade da princesa que esqueceu completamente as recomendações do pai, e os dias se passaram... Preocupado com a demora da filha, o Soberano celestial ficou desesperado. Chamou uma garça e mandou fazer uma busca, encarregando-a de dizer a princesa que voltasse o mais depressa possível ao palácio . A garça avistou a princesa dançando na margem oposta da Via Láctea, e deu-lhe o recado. Porém, Orihime, estava tão feliz e divertindo-se como nunca que não deu ouvidos ao pássaro mensageiro...

—-- O seu pai foi buscar ou cortar a lenha ? - interrompeu mais uma vez, mas foi inutil, a jovem estava perdida nos próprios pensamentos e so lhe restava ouvir e esperar. Achando tudo patético.

—-- Cansado de esperar e muito zangado com a desobediência da filha, o Soberano Celeste foi buscá-la pessoalmente. Ele ficou tão furioso que despejou grande volume de água estelar no rio celeste. Então a Via Láctea que era largo porém raso que se podia atravessar a pé, foi transformado em rio caudaloso... Como a princesa e o vaqueiro moravam em margens opostas não havia meio de se encontrarem mesmo as escondidas...

Aproveitando a pausa dramática da jovem, Neji soltou seu terceiro comentário. --- Pessoas de mundos diferentes nunca serão felizes juntas... Sempre haverá um, dois ou mais "Soberanos".

Nao finalmente decidido questionar o Hyuga mas seu pai apareceu na porta com um pouco de lenha, já pedindo desculpa pela demora. Ele deixou uma espécie de caixa embrulhada com um tecido florido sobre a mesa e explicou:

—-- Eu estava buscando lenha quando a senhorita Moe passou por essa estrada, acabamos conversando um pouco, e ela me deu alguns de  seus doces.

—-- Por essa estrada papai? Mas esse caminho não leva ate a casa dela ... 

—-- Sim, ela foi vender seus doces na cidade e resolveu passar   por aqui.. - respondeu ainda sem jeito enquanto colocava a madeira na lareira.

Nao riu timidamente ao imaginar o encontro dos dois e soltou um risinho antes de comentar. --- Moe é uma mulher bem bonita e uma doceira de mão cheia. O papai conheceu ela quando foi a cidade   e  desde  então sempre arruma um motivo para vê-la, acho que ele gosta dela...

—-- Noa ! - reprimiu envergonhado. --- Pare de falar essas coisas, hum ! A senhorita Moe sabe que adoro os doces   dela, então trouxe algumas novidades para eu provar... – O tom de voz denunciava o sentimento dele por aquela mulher.

—-- Desculpe papai ... – respondeu fazendo bico, mas o desfez no momento que ouviu falar dos doces e desembrulhou ansiosa aquele pequeno pacote. --- O que será? 

—-- Bem, o que vocês fizeram na minha ausência ? - Yaichi acendeu a lareira e voltou para a mesa enxugando o leve suor de sua testa. --- Abe ainda não acordou ? - Suspirou com uma expressão de quem ja tivesse desistido do rapaz.

—-- Contei uma história ao Neji ! --- Respondeu de  boca cheia recebendo um olhar torto do pai que a  fez engolir tudo e sorrir corada. --- Desculpa, o senhor quer um?

—-- Mais tarde, mas ofereça ao shinobi. – respondeu quase  rondando.

Um pouco tenso o Hyuga aceitou um, apenas para amenizar a situação. Por coincidência até gostava do doce, mas aquela conversa o deixava sem vontade.

—-- Que história você contou Filha?

—-- A da princesa tecelã.

—-- Oh! é uma bela historia, nos deixa apreensivo mas no fim acaba tudo bem! - Sorrio ele gentilmente.

—-- Se você persistir tudo vai dar certo... A proposito, quando a princesa é separada do seu amor ela fica tão triste que não consegue mais tecer, apenas chorar. Então o seu pai promete que se ela voltar a tecer ele deixara ela atravessar o rio celestial para ver o seu amor uma vez por ano, criando uma ponte de garças.

—-- Então, você sairia de Konoha para visitar um amor no país do trovão, Neji ?

Notando aquela situação Yaichi mudou o assunto voltando a falar sobre as raposas, dizendo ter fé que com a ajuda de Neji eles pegariam mais animais. Mas tinha duvidas sobre as armadilhas adicionadas na área de caça.

—-- Você não desconfia de alguém ? alguém que queira atingi-los ? Quem sabe alguém do seu grupo ... - Respondeu aliviado pela mudança de assunto repentina.

—-- Não temos inimigos aqui, desentendimentos são comuns, mas essa pessoa parecia querer atingir a todos, meus homens são fies ...

—-- Ora ora, parece que tem uma raposa querendo assustar todos. - brincou Nao enquanto servia mais chá para o pai.

—-- Uma não, varias minha filha.

A jovem garota riu dos dois e negou com a cabeça dizendo que eles entenderam tudo errado. --- Não falei de um animal em si, mas de uma pessoa... As raposas são sempre usadas para interpretar malandros nas historias; costumamos sempre vê-las em boas lições de moral. Eu quis dizer que algum malandro e travesso quis enganar a vocês papai, é só você interpretar... Por isso digo para o senhor ler mais.

Neji escutou atentamente cada palavra da moça e ate mesmo quando ela acabou de falar, seus olhos se mantiveram presos nela. Ele estava processando a informação, acabara de perceber que tudo que ela disse fazia sentido. Foi coincidência demais para um dia só, ficou tão nervoso que depositou a xícara com mais força que devia no pires, quebrando o mesmo.

—-- Preciso ir ! Obrigado pela comida. - Essas foram suas ultimas palavras antes de sair apressado e correr o mais rápido de volta para o acampamento. 

As imagens dos seus companheiros passaram pela sua mente juntamente com a daquela senhora e todas as suas atitudes. Percebendo que foi enganado e seus amigos poderiam ter caído também. A situação com os caçadores pudera ser uma das partes. As informações estavam se encaixando dentro de sua cabeça, juntamente com a preocupação com seus amigos e Hinata.

Neji correu o mais rápido que conseguia. Já era noite e ele precisou manter seu Bakugan durante todo o percurso.

Quando se aproximou do seu acampamento notou que ainda havia luz. Respirou fundo e franziu o cenho focando os olhos na área. 

O que mais temia aconteceu, seus dois parceiros estavam no chão, pareciam desacordado pois não havia nenhum sinal de combate, mas a direita exatamente a treze metros daqueles corpos havia um terceiro, cheio de marcas e rodeado de sangue.

Era Mia, a ninja que estava de guarda para Hinata. Mas onde estava Karu?

Neji parou no meio do acampamento e olhou ao redor procurando pistas antes de se abaixar e ajoelhar para conferir a pulsação dos companheiros. Ambas estavam fracas mas era um alívio por estarem vivos. Pareciam apenas dopados por algo bem forte.

Não precisou de esforços para ver a situação de Mia, ela estava cheias de arranhões e bastante pálida, o curioso é que seus olhos haviam sido arrancados, mas ele todos conheciam o clã Hyuga. Com a morte o selo é ativado destruindo o byakugan junto com suas informações. A não ser ... que tenham torturado ela viva, deixando seus colegas vivos apenas para experiências caso a de Mia não der certo.

Quando o Hyuga ajoelhou para analisar melhor um barulho de galho quebrando saiu de dentro de um arbusto. Uma raposa que o olhava fixamente roubou toda sua atenção, deixando-o irritado.

—-- Maldita ... - sussurrou ele antes repetir mais uma vez em voz alta. --- Maldita! Apareça!

Sua resposta foi o silêncio, não apareceu ninguém. Nervoso ele só conseguiu lembrar de Hinata, e que tudo poderia não passar de outro golpe. Sem pensar duas vezes correu para a casa dos Miura, indo pelo mesmo e mais curto caminho   de  sempre.

Enquanto pulava de galho para galho tropeçou em uma armadilha com papel explosivo que era ativado por Linhas de chakra. Sua velocidade o salvou mas não entendeu o que acabará de acontecer. Chakra não passa batido pelos seu Byakugan, mas aquela armadilha estava "invisível" aos seus olhos.

Preocupado, resolveu seguir caminho pelo chão, e novamente caiu em uma armadilha. Dessa vez uma rede feita de chakra que o engoli-o rapidamente e parecia sugar para si o chakra do Hyuga, mas ele conseguem se soltar antes que perdesse mais.

Assustado, mudou sua movimentação diversas vezes, mas continuo caindo em uma armadilhas atrás da outra. Algumas feitas com kunais, explosivos e bombas de gás onde sua ativação eram simples linhas de chakra.

Que tipo de Ninja estava te enganando? Seu percurso foi mapeado. Ficou claro que seja quem fosse não queria que chegasse ao seu destino, então a melhor opção era uma luta. Restava saber se o seu adversário daria as caras.


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