Os 7 cristais: the end escrita por Maiko


Capítulo 3
The end: Parte 3




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— Não vou colocar a sua vida em risco e ponto. –disse Ken.

— Dê uma chance para a garota Ken. –disse Akio. – Misaki está muito bem treinada.

— Eu já disse que não! Vamos procurar outro jeito. –disse o mesmo.

— Droga! Por que não confia em mim?! Estou cansada de você ser tão super protetor! –Disse a jovem saindo irritada da sala de estar.

— Misaki! –Chamou Miyu.

— Deixe-a. –disse Ken.

Agora Misaki pegava as chaves da moto do tio sobre o rack do hall e logo saiu sem avisar. Na sala de estar, todos ouviam o som da moto e agora Hiroshi dizia com medo da resposta:

— Por favor, não me diga que ela pegou a minha moto.

— Pior que pegou. –disse Ren vendo-a se distanciar com a moto do amigo.

— Não sabia que ela tinha carteira. –disse Tsuchii.

— E não tem! –disse Ken nervoso enquanto se levantava. – Não acredito, que garota sem juízo.

Agora Keiichi soltava um pequeno sorriso, enquanto os demais corriam atrás da jovem.

Logo Saya e Sora viram todos saindo correndo e ao ver Ren e Hiroshi perguntou:

— Esperem ai vocês dois!

— Não tenho tempo! Minha moto corre risco de vida! –disse Hiroshi dando as costas.

— Volta aqui! –Disse Saya segurando-o. – Onde está a Misaki? Queria entregar um ingresso do meu show para ela.

— Aquela ladra está com a minha moto! Saiu com ela aquela desalmada!

— Calma, o máximo que pode acontecer é ela ter amassado a lataria, assim como fez com a minha.

— Ela o que?!?!?! –Perguntou Hiroshi desesperado.

—------------------------Enquanto isso------------------------------------------------------

Passada meia hora, Misaki agora sobre uma árvore de frente a um lago.

A mesma estava irritada, aborrecida. Por que seu pai nunca confiava nela para uma missão importante? Será que a subestimava tanto assim? Será que a achava tão fraca ao ponto de não libera-la para algo mais arriscado? Ela não conseguia entender.

Logo a mesma viu alguém subindo na árvore e sentando ao seu lado:

— Como descobriu esse lugar?

— Tio Meguri me mostrou…

— Misaki. –Chamou Tsuchii. – Vamos voltar está bem?

— Por que eu faria isso?

— Seu pai está preocupado.

— Que novidade. –disse a mesma irônica.

— Eu não acho que eu seja a melhor pessoa para defende-lo, já que fui o que mais pegou no pé dele para ele se endireitar na vida. Tudo bem, que o influenciei em algumas coisas quando éramos mais novos, mas isso é outra coisa.

— Então não o defenda, não tem justificativa o que ele faz. É a única chance que temos de trazer a minha mãe de volta.

— Eu entendo. –disse o mesmo olhando para o lago. – Mas também entendo o Ken…

— Por que você é pai e blablabla. –disse a jovem.

— Está enganada. –disse o mesmo. – Eu realmente sou pai, mas não posso dizer que sei o que ele sente, já que minha esposa está comigo. Misaki, há muitas coisas sobre ele que você não sabe.

— Por exemplo.

— O Ken nunca foi o tipo de homem que se apaixonava, ele só pensava em se divertir, tanto que a irmã o mandou para trabalhar comigo, para que ele se ajeitasse na vida. Quando ele começou a viajar com a sua mãe atrás das joias, ele se começou a se apaixonar por ela. A Harumi foi a primeira mulher por quem seu pai se apaixonou de verdade. Porém um dia velho oráculo disse que teve um visão, da sua mãe chorando sobre o seu corpo e sobre o corpo de um bebê, que provavelmente era você.

— O que?! –Perguntou a mesma surpresa.

— Então ele decidiu que jamais teria nada com ela, não queria que aquela profecia se concretizasse, mas foi inevitável. Logo depois, a Harumi descobriu que estava grávida, então ele prometeu que as protegeria com sua vida. Quando a Harumi estava inconsciente como Ametista, acreditamos que ela estava morta, que a sua mãe já não existia mais. Eu nunca o vi tão desesperado, tão angustiado, foi a primeira vez que eu o vi chorar daquela forma.

— Papai…

— Quando chegamos ao palácio das águas, a primeira coisa que ele fez foi te abraçar e te pedir perdão. Durante todos esses anos ele se culpa pelo o que aconteceu a Harumi.

— Isso é triste…

— Eu não quero que fique com pena dele ou algo do tipo. –disse Tsuchii encarando sol se pondo. – Eu só peço para que durante um minuto se coloque no lugar dele. Os pais dele o abandonaram pois não aceitavam que ele amava a Harumi, logo depois ele a perdeu e então decidiu te criar sozinho. Foram muitas noites em claro Misaki, ele apenas não quer te perder, não quer sentir a mesma dor que sentiu quando Harumi foi embora.

Agora a jovem encarava o sol se pondo ainda com o olhar entristecido e logo a mesma perguntou:

— Como ela é?

— O que?

— A minha mãe, como ela é?

— Bom, hoje eu não sei como ela seria. –disse o mesmo pensativo. – Mas quando tinha dezesseis deixe-me ver… era louca, igualzinha a você. Uma vez ela fez um strip-tease no meio de um jantar muito importante que seu avô tinha com o imperador do raio. Eu e seu pai havíamos acabado de voltar para país das águas, ficamos surpresos.

— Ela era forte?

— Muito e quer saber? Você lembra muito ela. –disse o mesmo bagunçando o seu cabeço.

— Lembro?

— É forte como ela. –disse Tsuchii. – E o Ken sabe disso, por isso não quer que você vá.

— Que sentido faz isso?!

— Agora sim eu digo, para nós pais, isso faz muito sentido.

— O que?

— Por mais forte que vocês se tornem, mas essa situação não deixa de ser ameaçadora. Seu pai só tem você, ele pensa que por mais forte que você seja, a ameaça é muito maior. –disse Tsuchii se levantando. – Volte ao palácio está bem? O seu tio está quase tendo um ataque cardíaco pensando que você acabou com a lataria.

— Entendi. –disse a detetive.

Agora o mesmo descia da árvore e caminhava até Ken que estava no meio da floresta observando tudo.

— Como foi? –Perguntou o amigo.

— Acho que ela entendeu. –disse Tsuchii. – Me deve uma bebida.

— Vamos para o bar mais tarde. –disse Ken.

— Ken. –chamou Tsuchii.

— O que?

— Confie nela, ela não é mais um bebê, já é uma mulher, muito forte por sinal.

— É difícil soltar a mão dela…

— Eu entendo, mas precisa fazer isso, não pode protege-la de tudo a todo o tempo. –disse o mesmo colocando a mão em seu ombro. – Deixe-a ir e trazer a mãe de volta.

— Tsuchii.

— Pense nisso. –disse o mesmo passando pelo amigo.

Mais tarde no palácio das águas, Misaki chegava com a moto de Hiroshi. Após estaciona-la no lado de fora desceu e entrou no palácio.

Ao ver a sobrinha, o tio furioso perguntou:

— Onde está? Onde ela está Misaki?!

— Toma. –disse a mesma entregando a chave e passando pelo mesmo. – Amassada igual uma bolinha de papel.

— Não! Não! –Gritou o mesmo correndo até o lado de fora do palácio.

Agora Saya a observava e perguntava:

— Está intacta não é? –Perguntou rindo.

— Não sou louca, seria descontado do meu salário. –disse a mesma.

— Escuta Misaki, farei um show hoje de madrugada e tenho dois ingressos sobrando. –disse entregando a amiga. – Você podia aparecer com algum namorado por lá.

— Obrigada Saya, mas não sei se será possível. –disse a mesma. – Tenho que resolver algumas coisas por aqui.

— Que pena. –disse a mesma desanimada. – Missão?

— É por ai. –disse amiga sorrindo.

— Bom eu passei aqui para deixar esse ingressos. –disse a mesma. – Se achar alguém que queira ir, pode entrega.

Agora Ren se aproximava da amiga e perguntava:

— Saya só por curiosidade, para que área é?

— Área vip. –disse a mesma. – Achou mesmo que eu daria qualquer ingresso para a minha amiga?! Uma pena que a Aimi esteja no colégio ainda, senão, vocês duas poderiam ir juntas. –disse a mesma suspirando.

— Dá isso aqui! –disse Ren tomando os ingressos da mão de Saya.

— Ei!

Agora o mesmo telefonava para uma das amigas:

— Olá! Está no país das águas? Que ótimo, eu tenho dois ingresso para o show da Hi Haru Saya, Chamas da fênix. Isso, isso mesmo, aqui no país das água, no estádio, área vip.

Agora ambas observavam inconformadas e a cantora comentava:

— Ele não toma jeito não é?

— Não mesmo. –disse Misaki. – São todos iguais.

— Te pego ás nove linda. –disse Ren sorrindo.

Logo ele desligou e disse abraçando a jovem artista:

— Saya, eu te amo!

— Me solta!

— Casa comigo?! Esses ingresso vieram na hora certa!

— Eu já estou noiva! Me solta! –disse a mesma afastando-o.

Agora Ken chegava com Tsuchii no palácio. Ao ver o pai, Misaki deu as costas e disse:

— Vou subir para tomar um banho. Até mais Saya.

Todos notaram que ao chegarem, o clima havia ficado bem pesado e Hiroshi e Ren sabiam porque, enquanto Saya não fazia ideia do que estava se passando. Mesmo assim os cumprimentou:

— Tsuchii, Ken, é bom revê-los. –disse a mesma sorrindo.

— Igualmente. –disseram os dois ainda preocupados com Misaki.

— Bom eu já vou pessoal. O Sora está me esperando lá fora. –disse a mesma caminhando até a porta. – Mande lembrança ao demais por mim.

— Vá com cuidado. –disse Ken.

Agora a mesma fechava a porta do palácio e agora Tsuchii perguntava:

— Vai falar com ela?

— Preciso de um tempo. –disse o amigo.

— Entendo. –disse o mesmo.

Agora Ken subia para o quarto onde a filha estava.

Ao ver que o filho estava prestes a sair, Tsuchii perguntou:

— Onde você vai?

— Para o hotel.

— Fazer o que?

— Me arrumar para um encontro.

— Você não vai.

— Até parece. –disse Ren saindo.

— Ren! De um passo para fora que eu te mando para dentro na mesma hora! –disse o mesmo autoritário.

— Até parece. –disse o mesmo saindo.

Logo Tsuchii tocou as mãos no chão causando um terremoto que o mandou para dentro do palácio novamente.

— Qual é a sua?! Seu velho!

— Não provoca ele! –disse Hiroshi se segurando na escada. – Você pode estar acostumado, mas eu não!

Agora Tsuchii se aproximava do filho e dizia:

— Não tem encontro nem hoje e nem amanhã e nem depois.

— O que eu fiz?

— Nada, mas está em missão. –disse Tsuchii seriamente.

— Missão? A missão é da Misaki e do Hiroshi, eu não tenho nada a ver com isso.

Logo Tsuchii o encarou seriamente e disse:

— Acho que não fui claro o suficiente não é? Eu não estou falando como o seu pai agora, mas como o seu chefe. Você vai com eles atrás da espada celestial. Isso é uma ordem do líder das patentes pretas, entendeu?

— Fala sério, eles não são mais criancinhas, o Hiroshi é mais velho do que eu.

— Quer voltar para a patente amarela?

— Droga! –disse o mesmo emburrado. – Não é justo. –resmungou.

— Acho que entendeu. –disse Tsuchii sorrindo. – Mantenha contato e o principal, nem sequer pense em tentar algo com a Misaki.

— Não seja idiota.

— Como é?!

— Quero dizer, eu já sei. –disse o mesmo assustado.

— Quero relatórios detalhados das suas últimas missões. - disse Tsuchii autoritário –Para ontem!

— O que?!

— Do mês!

— Enlouqueceu?!

— Do ano! Quer mais ou não fui suficientemente claro Ren?!

— Foi claro. –disse o mesmo emburrado.

— Se eu fosse você eu sentava sua bunda na cadeira e começava a digitar, para entregar tudo a tempo amanhã. –disse Tsuchii seriamente– E me dê esses ingressos, sua irmã é fã da Saya, sua mãe pode leva-la. –disse Tsuchii arrancando os ingressos da mão do filho.

Agora o mesmo caminhava até o jardim onde estava a esposa com a filha e a chamava:

— Rika! Papai tem uma surpresa para você!

Agora Hiroshi ria e dizia:

— Quero ver o que vai dizer para a garota.

— Cala a boca. –disse o mesmo emburrado. –Estou com o triplo de trabalho do que estava antes.

— E isso é ruim? –Perguntou o mesmo rindo.

— Olha eu não me importo de viajar com você atrás dessas coisas, seria até divertido. Mas com a Misaki, ela me tira do sério.

— Ela te tira do sério ou você não consegue se controlar quando está perto dela? –Perguntou Hiroshi rindo. – Ela está te deixando maluco, admita.

— Isso está acontecendo com você em relação a Saya, parecia um cachorrinho babando.

— Até parece. –disse o mesmo. – O que eu sentia por ela já passou.

— Sei. –disse Ren nada convencido.

— Vamos mudar de assunto?!

— Tá, me empresta seu notebook para eu fazer os meus relatórios. –disse Ren. –Deixe o meu no hotel.

—---------------------------Enquanto isso-------------------------------------------------------

Misaki estava prestes a se despir no quarto, até que ouviu alguém bater na porta.

— Quem é? –Perguntou.

— Eu. –disse Ken.

— Não estou! –disse a mesma emburrada.

— Até parece. –disse o mesmo abrindo a porta. – Engraçadinha.

— Não quero falar com você! –disse Misaki emburrada dando as costas para o pai.

Agora o mesmo revirava os olhos, respirava fundo e logo disse:

— Misaki, precisamos conversar…

Agora a mesma continuava ignorando-o e ele continuava:

— …sobre você e sua mãe…

Ao ouvir o mesmo falar tão seriamente e ao mesmo tempo tão inseguro sobre o assunto a mesma se virou para o mesmo e perguntou:

— Você se importa mesmo com ela? Quer mesmo que ela volte?

— Como pode me perguntar isso? –Perguntou o pai fechando a porta. – Misaki, já faz anos que eu venho procurando um jeito de traze-la de volta e não só por ela ser a mulher da minha vida, mas também, porque ela é sua mãe e eu sei o quanto ela te faz falta.

— Então porque não me deixa traze-la de volta? Eu e o Hiroshi juntos podemos fazer isso.

Agora o mesmo se aproximou da filha e a abraçou e disse:

— Por que se falharem como nós falhamos, não saíram com vida como nós saímos. Por mais que fisicamente seja semelhante a sua mãe Misaki, ela não pensará duas vezes antes de matá-la para nos atingir. E dessa vez não temos joias e nem deuses para nos ajudar ou para reviver vocês.

Misaki nunca havia visto pai tão apavorado, ele realmente não queria que a mesma fosse, realmente estava com medo de perde-la, assim como perdeu Harumi há dezoito anos atrás. Mas por outro lado, se ela não corresse o risco, Ametista despertaria e a reinaria sobre os mundos da sua maneira, transformando tudo em terror e caos.

Agora a mesma afastava o pai e dizia enquanto o encarava:

— Confie em mim. Se não corrermos esse risco agora, as coisas podem piorar.

— Misaki…

— … o que a mamãe gostaria que eu fizesse? –perguntou a jovem seriamente.

Agora o mesmo começava a se lembrar da noiva, como ela cuidava da filha cuidadosamente no primeiros dias de vida da mesma. E então se lembrou de uma conversa que tiveram enquanto davam banho na filha:

—----------------Flash back-------------------------------------------

— Olha Harumi é a primeira vezes que eu cuido de um bebê assim. –disse Ken lavando a cabeça da filha. – Mas até onde eu sei, eles não gostam muito de ficar boiando assim na água. –disse o mesmo vendo a filha sorrindo. – Será que essa menina não tem noção do perigo?

— É verdade, um dia a tia Amy comentou que eles sentem como se estivesse caindo, mas ela parece estar se divertindo. –disse a mesma segurando a filha. – Essa menina deve ter puxado a minha coragem! –disse Harumi rindo.

— Sua coragem? –Perguntou o mesmo. – A minha você quer dizer não?

— Você tem medo do meu pai até hoje, desde o dia que você contou que eu estava grávida.

— Isso é diferente! Ele quase me matou! –disse o mesmo pegando a toalha.

Logo ambos enrolaram a filha com cuidado na toalha e a colocaram no trocador. Enquanto a trocava, Harumi comentava:

— Quero que ela se torne forte e corajosa, assim como nós.

— Ela já é. –disse o mesmo abraçando a noiva por trás. – Dá pra ver nos olhos dela.

—-------------------------Fim do flash back------------------------------

Agora Ken encarava Misaki seriamente e pensava:

Forte e corajosa, como a Harumi queria… o olhar dela não mudou…

Logo o mesmo suspirou e disse:

— Pode ir.

— O que?

— Mudou de ideia?

— Não! –disse mesma. –Obrigada por confiar em mim papai. –disse a jovem abraçando-o.

Agora o mesmo correspondia ao abraço e dizia:

— Só me prometa que tomará cuidado e que qualquer problema que tiver, me ligue. Eu irei correndo. –disse o mesmo.

— Não se preocupe, eu prometo. –disse a jovem sorrindo.

Uma semana depois, Hiroshi, Misaki e Ren estavam prontos para viajar até o país das nuvens. Agora os três se despediam dos demais:

— Vocês tem certeza que ficaram bem? –Perguntou Akio.

— Não se preocupe. –disse Hiroshi. – Sabemos nos cuidar.

— Entendo, nesse caso, boa sorte. –disse Akio.

— Tomem cuidado. –disse Midori.

Agora Miyu caminhava até Misaki com a espada de Harumi nas mãos dizia:

— Tome.

— O que é isso? –Perguntou a jovem olhando para a katana.

— É da sua mãe. –disse Miyu. – Quando trouxerem ela de volta, quero que entreguem a ela.

— Vovó… -disse Misaki emocionada.

— Tragam a minha filha de volta, por favor. –Pediu a espadashin emocionada.

— Não se preocupe vovó. –disse a neta. – Ela voltará conosco. –disse confiante.

Agora Miyu se aproximava do filho e dizia:

— Hiroshi, tome cuidado, por favor.

— Relaxa. –disse o mesmo. – Não vai…

Logo a espadashin o puxou para um abraço e disse:

— Por favor, não faça na imprudente.

— Não se preocupe. –disse o mesmo abraçando-a. - Afinal, não é só a minha vida que está em risco.

Agora Tsuchii caminhava até Ren e dizia:

— Está não é qualquer missão é uma missão de rank SS, ou seja, é uma missão de patente preta. A vida de todos nós está nas mãos de vocês. Por mais que os escolhidos tenham sido a Misaki e o Hiroshi, mas você está encarregado de protege-los entendeu?

— Entendi. –disse o mesmo ajeitando as luvas.

— Tem mais uma coisa…

— O que?

Logo Tsuchii puxou o filho para um abraço e disse:

— Tome cuidado, por nenhum motivo faça algo idiota entendeu?

— Não se preocupe. –disse o mesmo meio corado.

Agora Ken caminhava até a filha, a abraçava e dizia:

— Traga a sua mãe de volta, por favor.

— Não se preocupe. –disse a filha abraçando-o. – Prometo que voltarei com ela.

Agora ambos se separavam e Hiroshi dizia:

— Vamos.

— Vamos. –disse Ren subindo em sua moto. – Misaki, você vai como o Hiroshi ou vem comigo?

— Vou com o Hiroshi. –disse a mesma subindo da garupa da moto do mesmo.

— Então vamos. –disse Hiroshi subindo na moto.

Agora os três partiam, seguindo em direção ao país das nuvens, deixando todos com um pingo de esperança e muita aflição.

No caminho para a saída do país, Hiroshi notou que Misaki estava um tanto pensativa, então perguntou:

— Está com medo?

— Está debochando?

— Dessa vez não. –disse o mesmo seriamente.

Agora a mesma dizia:

— Não queria que o papai percebesse, mas… estou assustada…

— Eu também… -disse Hiroshi preocupado. - …passei a noite em claro pensando sobre isso. Parece mentira, nós dois escolhidos por Cristal.

— Até semana passada eu pensei que fossem apenas lendas, mas depois do que ouvi me convenci que tudo o que contaram de fato aconteceu.

— Para ser sincero, eu também pensava da mesma forma, afinal, os meus pais sempre me contavam da época que viajaram juntos em busca dos sete Cristais, mas assim como você, eu achava que não passava de histórias inventadas. Sabe o que eu quero dizer, quando somos crianças, eles sempre inventam histórias.

— É verdade. –disse a mesma. – Mas no final das contas não eram apenas histórias, tudo o que eles nos contavam realmente aconteceu. O que eu não consigo acreditar, é que meus pais estivessem envolvidos.

—  Eu via fotos da minha irmã espalhadas pelo palácio e sempre me perguntava o que tinha levado ela a partir, confesso que as vezes ficava com raiva, achava que ela simplesmente não queria assumir suas responsabilidades, mas depois do que eles nos contaram… pude ver a mulher admirável que ela é.

— Acha que ela ainda está viva?

— Eu tenho certeza. –disse Hiroshi seriamente. – Escuta Misaki…

— O que?

— Durante essa viagem, gostaria de dar uma trégua nas brigas. –disse o mesmo. – Não somos apenas a esperança o únicos que podemos libertar a minha irmã, como também somos os únicos que podemos libertar os demais deuses e purificar Ametista com a espada celestial. Em outras palavras, somos a esperança deste mundo em que vivemos.

— Eu concordo. –disse a jovem. –Agora precisamos estar mais unidos e concentrados do que nunca. –disse a sobrinha.

Agora Ren de sua moto, que seguia a de Hiroshi, observava os amigos conversando sobre algo. Ambos pareciam bastante preocupados com situação, assim como ele estava, afinal, se ele falhar, não será apenas a vida dele e dos amigos, mas de todos do mundo em que vivem.

Era uma responsabilidade muito grande e os três precisavam ter o máximo de cautela ao agir, principalmente diante de Ametista, não podiam perder a cabeça, qualquer movimento mal pensado, será um passo a mais em direção da derrota.

Além disso, precisavam pegar a espada celestial, em um país desconhecido, não habitado por anos. Não sabiam o que os aguardariam naquela região. O guardião podia perfeitamente ser um humano, assim como também poderia ser um monstro celestial.

Já na saída do país, os três só tinham uma coisa em mente: Não falhar na missão, pois se isso ocorresse, seria o fim para todos daquele mundo em que viviam.


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