O Destino De Dois Gatos escrita por Allura


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

YOO MINA-SAN!

Tudo bem com vocês?
Eu estou... Nervosa...

Espero que gostem meus warriors ♥
~Boa Leitura~



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A gata negra olhava com ternura as pequenas bolinhas de pelos encostados nela, mamando e miando baixo. Seus olhos verdes esmeralda se enchiam de alegria apenas de ver seus filhotes assim, calmos e com os pelos ainda ralos.

O parto havia sido complicado e das quatro bolinhas, apenas três ficaram vivas. Mesmo assim, Rosa Negra deu um nome ao filhote morto.  Filhote de Leão estava no Clã das Estrelas e, infelizmente, ela não podia fazer nada á respeito da decisão dos gatos celestiais. Os outros três estavam saudáveis e não corriam risco algum, foi o que Folha Malhada disse.  Ela acreditava na curandeira.

A gata observava calmamente o lado de fora da toca, vendo seu companheiro resolver alguma coisa com um dos guerreiros, Estrela Fria era um gato ocupado e provavelmente só iria vê-la á noite. Suspirou frustrada. Mas, de qualquer forma já havia escolhido o nome de seus filhotes.

—Rosa Negra? –Ouvia a voz suave chama-la, a reconheceria em qualquer lugar, Tempestade Raivosa.

—Sim? –Respondeu e encarou a representante, que a olhava com um olhar estranho.

—Apenas queria lhe parabenizar, são belos filhotes. –A gata cinza azulado disse sorrindo falso.

—Oh! Sim. –Rosa Negra sorriu gentil e lambeu a cabeça de um dos filhotes. –Obrigada.

—Imagina. Quais os nomes? –Tempestade Raivosa miou, encarando um ponto fixo da toca coberta por cipós.

—Os machos são Filhote de Carvalho e Filhote de Fogo. –Apontou para dois filhotes, que estavam agarrados é ela. –E a fêmea, Filhote de Coruja.

—São belos nomes. –Disse séria. –Tenho que ir, cuide-se.

Ela observou a gata azulada sair da toca e andar até Estrela Fria, quando ele sorriu e a olhou de uma maneira diferente, a chamando para algum lugar, Rosa Negra o olhou desconfiada, com uma única palavra na cabeça. Traição.

Rolou os olhos de volta para os filhotes e deitou a cabeça, não sabia se estava com raiva ou confusa, decidiu ignorar por hora. O Clã da Madrugada precisava de mães fortes, não preocupadas.

**

O aprendiz olhava atentamente o território, entediado e de barriga para cima, poderia jurar que até os espíritos estavam mais felizes que ele. Pata de Vidro, aprendiz da Tribo da Montanha, eram diferentes dos gatos dos clãs, eram como a Floresta Negra dos vivos. Só que menos perigosos, depois de um tempo as relações entre a tribo e os clãs foram ficando pacíficas, embora aconteçam batalhas por presas e territórios. Suspirou, enquanto via os aprendizes mais novos saindo para caçar, o que ele já havia feito. Torceu o focinho, se endireitando enquanto olhava a irmã praticamente quebrar as rochas com seus passos pesados, nisso o pássaro voou da rocha, deixando uma gata frustrada com cara de tacho, Pata de Vidro gargalhou debochado e a gata o encarou rosnando. –Faça melhor. –Desafiou e o gato ficou serio a analisando com uma sobrancelha arqueada.

—Faço. Mas, prefiro lhe ensinar a pisar leve, Quebradora de Rochas. –Ironizou sorrindo com deboche e a gata malhada abaixou as orelhas, ainda brava. –Ora irmãzinha, sabe que eu tenho razão.

—Idiota. –Rosnou e deu as costas, com o focinho erguido. –Eu vou tentar.

O sorriso vitorioso do gato veio logo depois. Irritar Pata de Mariposa todos os dias era uma dadiva. Não queria dizer que não gostava da irmã, apenas que adorava uma briga. Mas, sabia que por mais que os dois brigassem, ela o escutava e o mesmo valia para ele. A gata chegou perto e observou a orelha ferida do irmão e carinhosamente a lambeu.

—Cães? –A gata perguntou.

—Sim. –Deu de ombros. –Nem sinto mais.

A gata riu e levantou. –Nos vemos.

—Idem. –Respondeu sorrindo.

Deitou de volta na pedra e olhou Pata de Mariposa se afastar, com um sorriso bobo ao ver o mentor. Rolou os olhos, ela nem disfarça e ele nem percebe.

—Ou ele percebe e ignora ou é muito tonto. –Ouviu Pata de Penumbra miar e riu do amigo.

—Ou você gosta dela e não admite e está com ciúmes. –Pata de Vidro miou debochado.

Pata de Lava deu uma tapa com a cauda no amigo malhado em amarelo e branco. –Vá caçar cobras Pata de Vidro!

Ambos se encararam sérios, porém, começaram a rir novamente. –Você nunca se interessou por nenhuma gata daqui.

—Nah. –Pata de Vidro deu de ombros. –Não tenho nenhum interesse.

O gato preto e branco concordou e voltou a encarar o nada.

~*~

Seis luas depois o Clã da Madrugada estava reunido em frente á grande pedra, animados enquanto assistiam os três gatos recém-nomeados aprendizes, Rosa Negra os encarava orgulhosa.

—Dispensados. –O líder miou calmo e desceu da pedra, observando os filhos seguindo seus mentores, animados.

Os três seguiam os mentores pelos territórios.

Pata de Fogo olhava cada canto, como se memorizasse os locais e sua mentora, Asa de Nuvem o olhava, pensando em como poderia usar isso á favor de seu aprendiz.

Pata de Carvalho fazia uma pergunta á cada passo e seu mentor, Cauda Mansa e, embora, estivesse feliz com a curiosidade do aprendiz, desejava que ele se calasse um pouco.

Pata de Coruja e sua mentora, Bigode de Tigre andavam lado á lado, conversando sobre o território com cuidado. A gata havia reparado bem e imaginado as batalhas que ocorreram ali.

—É isso. –Os mentores pararam. –Agora, observem bem.

Bigode de Tigre se agachou, demonstrando como caçar.

—Repitam o movimento. –Fizeram, os mentores se olharam sorrindo com orgulho. -Agora, queremos que se separem e procurem uma presa e voltem para cá.

—Estão esperando o que? –Cauda Mansa miou e os gatos correram um para cada lado.

Pata de Coruja havia corrido um pouco de mais e havia pegado um camundongo, porém não tinha ideia de onde estava, mas, sentia o cheiro do Clã da Madrugada.

Ela respirava pesado com certo medo. Ouviu passos e pensou ser a mentora, porém ao andar com certa rapidez até os passos, bateu de cara com um gato que nunca havia visto antes. Assustada, a gata tigrada deu passos para trás. Desembrenhado as garras finas e afiadas.

—D-desculpe? –Saiu como uma pergunta e o gato malhado á sua frente sorriu.

—Eu quem me desculpo. Estou em seu território. –Não lutaria com ela nem se a mesma quisesse Olhos de Vidro a mataria com um golpe se desejasse.

—Hm. –A gata pareceu aliviada, mas, não devolveu o sorriso. Ela estava perdida e era perceptível que havia acabado de se tornar aprendiz.

—Sou Olhos de Vidro. E você é...? –Sentou e ela arqueou a sobrancelha.

—Pata de Coruja. –Miou por fim, ainda desconfiada.  

—Belo nome, perdidinha. –Debochou, vendo a gata rolar os olhos amarelos brilhantes em desdém.

—Não estou perdida. –Miou, mentindo e o gato sorriu mais.

—Claro que não. –Olhos de Vidro ronronou. –Vem.

—Aonde? –Ela miou. –Não sigo estranhos.

—Prefere ficar aqui? –Debochou novamente e a gata batucou a cauda no chão. –Estou brincando, vem logo.

Ela, por fim o seguiu e quando estavam perto dos mentores ele a olhou e ela assentiu em agradecimento e andou até sua mentora, que a abraçou. Olhos de Vidro olhou a gatinha uma ultima vez, sentindo um estranho aquecimento no peito antes de correr de volta para seu território.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Deixe sua opinião, ela é muito importante :3

Uh... Sim, a relação amorosa entre Estrela Fria e Tempestade Raivosa existe e eu pretendo explica-lá logo.
Eu realmente não gosto de fazer esses dois personagens uns traidores de confiança, mas, eles foram criados para isso :´´3
Por favor, não odeiem eles :/

Xau :3



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