Unidos pelo acaso escrita por May Prince


Capítulo 18
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

To chorosa!



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Abri os olhos sentindo lábios molhados nos meus e encarei aquela imensidão azul que me tirava de órbita. Sorri o puxando para cima de mim e lhe dando um beijo casto.

— Chegou cedo!

— Eu não - ele sorriu

— Eu dormi tanto assim?- questionei olhando relógio no criado mudo.

— Você está cansada, amor. Fica com os bebês o dia todo, cheguei e encontrei vocês dormindo - respondeu olhando para os bebês ao meu lado.

— Mas e se eles acordassem Oliver?

— Você merece um descanso.

Apaguei depois do lanche da tarde das crianças. Dormi muito pelo visto, e pesado. Eu ainda não tinha voltado de vez para a Hélix, às vezes - quando o tédio tomava conta - eu aparecia lá com os bebês e Suzy e Curtis ficava com eles enquanto eu fazia uns trabalhos rápidos pra matar a saudade. Mas a partir da semana que vem os gêmeos ficariam com Moira na mansão - a vovó coruja se recusou a deixar os netos em uma creche, digamos que eu também estava com certo receio - para que eu pudesse voltar a trabalhar finalmente, seria meio período, mas já era alguma coisa.

Agora eles estavam com 6 meses, Henry já engatinhava a casa toda, Melissa era preguiçosa e ficava de 4 se balançando pra frente e pra trás. Uma hora ela sairia do lugar!

— Vamos colocá-los no berço. Precisamos nos arrumar Oliver. - falo me levantando devagar para não abordá-los - Hoje é seu dia, meu amor - sorrio animada

— Nosso! Nosso dia, amor! - sussurrou pegando Henry e peguei Melissa colocando-os no quartinho deles.

Digamos que eu esteja feliz por completo. Vovó estava casada e feliz aproveitando sua lua de mel que começou a dois meses atrás (ela se recusou a sair de perto de mim e dos bebês até os 4 meses deles), agora ela está na Escócia visitando os locais históricos. Ela estava feliz e isso me deixa feliz também.

Layla e John estavam abrindo uma empresa de segurança pessoal, Diggle’s Safety. Oliver ficou irritado por ter perdido o melhor amigo que era pago pra não fazer nada, afinal ele estava na linha e não precisava de Dig pra tirar ele das furadas que se metia.

Thea e Roy, com o patrocínio de Oliver e Tommy, abriram uma boate, Verdant, e estavam de casamento marcado. Oliver ficou enciumado, mas percebeu que sua baixinha cresceu e ficou revoltado quando Roy disse que a próxima seria Melissa. Tadinha da minha filha, ou melhor, tadinho do namorado dela!

Moira e Robert estavam eufóricos com os primeiros netos, meu sogro não via à hora de parar de trabalhar pra passar mais tempo com eles. Já vi que meus bebês vão ser super mimados. Medo!

Curtis e seu agora noivo Paul estavam felizes e morando juntos. Eu sempre torci para que meu amigo encontrasse sua cara metade e fosse feliz.

Tommy e Helena estavam à espera do segundo filho, Lena descobriu que a vasectomia dos meninos era reversa e obrigou Tommy a voltar ao normal, ela disse: “não quero ter que marcar consulta para ter meu segundo bebê.” Dito e feito. Engravidou de primeira, estava com 3 meses. Uma menina agora. A tão sonhada Theodora. Helena brigou para que fosse Isabella, mas não adiantou, o Merlyn ganhou. Theodora Bertinelli Merlyn estava a caminho. E Theo é um amor de bebê e estávamos nos preparativos do seu primeiro aniversário.

Depois de toda a confusão, Laurel voltou para o Tibet, começou uma terapia e entrou em um relacionamento com o prefeito de lá, Sebastian Blood. Eu esperava, com todo o meu coração, que ela não voltasse nunca mais!

Eu e Oliver, bom... Estávamos felizes e realizados. Meu planejamento de não entrar em um relacionamento e apenas ter filhos foi por água abaixo e eu agradeço muito por isso. Oliver me completava, me entendia e me mimava como ninguém. Tínhamos nossas discussões normais de todos os casais, mas a reconciliação sempre era a melhor coisa. Nos entendíamos bem na cama.

Oliver é um pai maravilhoso, um pai babão que só. Sei que ele vai dar todo o amor pros nossos filhos. Amor esse que foi tirado de mim ainda nova. E eu também darei, já dou. Queria Donna e Noah aqui para dividir essa felicidade comigo, a felicidade de ver a filha deles realizada, com a própria família. Mas sei que onde quer que eles estejam, estão felizes por mim.

Olhei meu reflexo no espelho satisfeita com a imagem a minha frente. Meu corpo tinha voltado ao normal, graças a Deus!

Meu vestido era um longo bandagem tomara que caia preto - era mais fácil para amamentar - cabelos soltos em cachos e um batom vermelho. A mamãe aqui estava linda!

Sai e fui em direção ao quarto dos bebês trocar a roupa deles.

— Meu Deus! – exclamou Oliver assim que me viu entrando no quarto das crianças – Não precisamos sair amor, podemos ficar em casa e aproveitar – provocou se aproximando, passou os braços por minha cintura e me puxou para mais perto – Não vejo a hora de tirar esse vestido – sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar

— Você também não está nada mal, Sr. Queen – passei a mão por seu smoke preto e beijei seu pescoço

— Então vamos para o quarto, Srta Smoak – sorriu com malícia me fazendo ficar de perna bamba

— Depois eu prometo que você faz o que quiser – pisquei e me afastei, mais um pouco e ele ganhava o que queria. – Me ajuda com o Henry e eu arrumo a Lissa. – falei me aproximando do berço da minha menina que me encarava sentada – Oi amor da mamãe – peguei-a em meu colo e ela rapidamente grudou em meu pescoço, essa era a tática dela pra não ser posta de volta no berço.  A abracei forte e me virei para Oliver que já tirava a roupa do meu menino. – Coloca aquele blusão preto e a calça jeans – deitei Melissa ao lado do irmão e comecei a tirar sua roupinha  

— Sim senhora – bateu continência – Vai ficar bonitão ein campeão – fez cosquinha no filho que gargalhou, sorri com aquilo – Vai pegar varias novinhas igual o papai.

— Oi? –questionei levantando uma sobrancelha e ele rapidamente se corrigiu

— Igual o papai pegava, filho – sorriu amarelo – Porque agora o papai é apaixonado pela sua mamãe sabia?

— Cala a boca pra não se enrolar mais – fiz careta e Melissa resmungou – Nem sua filha gostou.

— Henry sim, ele riu – piscou

— Melissa vai ficar linda e arrumar vários namorados – sorri entrando no desafio

— O inferno que vai! – falou me afastando e pegando a filha no colo, gargalhei pegando Henry que já estava arrumado.

— Para de ser machista Oliver – revirei os olhos

— Não é machismo, é proteção. – bufou – Sei como os caras pensam

— Ta bom, super herói, arruma a mocinha indefesa – falei indo até o armário dela e pegando um vestido azul bebê e um tic-tac da mesa cor.

Como eu disse antes, Oliver era um pai perfeito. E eu era agradecida a Tommy por toda a confusão que ele causou. Às vezes eu penso que independente da gravidez ou não, Oliver já estava destinado a mim. Layla iria nos apresentar, ele era pediatra de JJ e Sara... Oliver já era meu, tanto quanto eu já era dele sem ao menos nos conhecermos. E agora estávamos aqui, uma família feliz.

— Todos prontos? – Oliver perguntou erguendo Melissa e me fitando

— Sim – peguei a bolsa deles e pendurei no meu ombro, Oliver se aproximou e pegou de mim – Carrinho?  –  perguntei apontando para o mesmo no final da escada.

— Sim – falou pegando as chaves do carro e indo em direção a porta enquanto eu empurrava o carrinho – Eu cresci com babá, Felicity

— Não começa, amor – falei prendendo meu filho na cadeirinha enquanto Oliver fazia o mesmo com Melissa – Não quero uma desconhecida cuidando dos meus filhos. Se não tivesse a sua mãe, iria levá-los para a Helix todo dia.

— Você nem precisa trabalhar...

— Mas eu gosto, e já acordamos sobre isso – me sentei no banco do carona e ele no motorista – Vamos lá, futuro presidente!

A festa seria no salão de eventos da sede dos Hospitais Queen, o primeiro prédio erguido. Robert expandiu aquela ala e reformou para eventos e feiras beneficentes que os Queen promovia.

Descemos do carro e uma rajada de flashs e repórteres vieram com tudo pra cima da gente. Ainda não tínhamos aparecido em eventos com os bebês. Uma parede de seguranças enormes nos cercou até a entrada do prédio.

Melissa ria da situação e Henry me olhava com beicinho, provavelmente assustado.

— Não fica assim, bebê da vovó! – Moira falou se aproximando e pegando o neto no colo, ela estava impecável em um vestido cinza amarrado no pescoço – Como vai a minha princesinha? – falou beijando Melissa que estava batendo palmas no colo do pai

— Oi mãe! – Oliver falou fingindo irritação – Eu ainda existo.

— Ta com ciúmes, Oliver? – Moira falou me abraçando – Quer que eu aperte as suas bochechas?

— Dispenso, obrigado – sorriu beijando a mãe – Onde está meu pai? – parei um garçom que passava com canapé e peguei dois. Oliver me olhou arqueando a sobrancelha e eu dei de ombros.

— Se preparando para o discurso de despedida. Ele estava doido pra passar o posto, agora esta dando pra trás. - Olhei em volta de reparei no ambiente, amplo, bem iluminado, garçons faziam seu trabalho com eficiência. – Os coloque no carrinho, quero me gabar com meus netos para as minhas amigas – Moira riu e Oliver foi buscar o carrinho. Melissa resmungou na hora que sentou no carrinho, Henry ameaçou chorar, mas quando a avó movimentou o mesmo, ambos bateram palmas. Oliver e eu rimos e ele me puxou pela cintura para cumprimentarmos nossos amigos. Eu gostava quando ele me segurava pela cintura, me sentia bem e protegida.

— Olha se não é o casal de capa de revista mais top. – Tommy quando paramos ao seu lado.

— Cadê Helena, Thea e Layla? – perguntei

— Oi Felicity, tudo bem? Eu to bem!

— Vai a merda, Merlyn – falei o abraçando

— Helena foi trocar o Theo, ele fez uma coisa pior que o número 2, aquilo não pode ser chamado de número 2, as outras foram com ela, Dig e Roy foram no bar.

— Lá em casa quem lida com esses vulcões sou eu, para de ser fresco – Oliver falou sorrindo

— Claro, senti uma dor desgraçada na hora de trazê-los no mundo, agora é a sua vez de sofrer.

— Não fala isso perto da Helena, por favor Lissynha. – juntou as mãos em uma prece

— Deixa só ela voltar - pisquei pra ele que fechou a cara, peguei um canapé que passava.

— Tadinha da Lena, vai cuidar de 3 crianças agora – Oliver riu me abraçando por trás – Acho que vai começar – apontou para o pai que subiu no palco de madeira. Peguei outro canapé.

— Gostaria da atenção de todos, por favor. – Robert falou no microfone – Obrigado – disse quando sua platéia fez silêncio – Hoje é o dia que eu sonhei desde quando eu peguei meu filho nos braços. Passar nosso legado é algo que devemos nos orgulhar. Porque se nossos filhos decidem continuar o que começamos, é porque algo de certo fizemos e eles estão tendo o orgulho de levar adiante. – parou e deu um gole em seu espumante e eu parei o garçom para pegar um caldo que ele estava servindo – Oliver vem aqui por favor – pediu apontando para o filho que me soltou e subiu no pequeno palco e abraçou o pai – Eu estava na minha sala, que agora vai ser sua, e eu estava quase desistindo disso – falou e todos riram – Eu estou com ciúmes de ter que passar meu posto pra você.

— Posso ir embora então? – Oliver falou sorrindo, e eu me servi de outro canapé

— Muito engraçado mocinho. – colocou a mão no ombro do filho – Eu lembro perfeitamente do dia em que você me falou que assumiria nossos hospitais. O dia foi péssimo, quase perdi minha nora e meus netos. Mas por eles você conseguiu continuar e eu só tenho a agradecer a uma pessoa por ter posto juízo na sua cabeça – não me chama, Robert, não me chama, minha boca ta cheia de canapé, pensei – Felicity, querida, vem aqui por favor  - Tommy riu a minha cara e me empurrou em direção ao palco, subi e Robert me abraçou, Oliver prontamente enlaçou a minha cintura. – Querida, eu gostaria de agradecer a você por ter dado a Oliver não o que ele queria, mas o que ele precisava.  Se com nenhuma outra deu certo até hoje, foi porque você já estava no destino dele. – assenti sorrindo em agradecimento e Oliver me apertou mais forte – E é com muito orgulho e satisfação que eu passo para o meu filho o comando dos Hospitais Queen. – todos batem palmas e Tommy, Dig e Roy assoviam – Agora é com você filho! – Ele entrega o microfone a Oliver e desce do palco parando ao lado de Moira.

Olhei Henry e Melissa que estavam paralisados olhando para mim e Oliver no palco, era engraçada a carinha deles. Sorri para os dois e os mesmos retribuíram.

— Obrigado, pai. – Oliver começou olhando para a platéia – Todos aqui sabem que eu era um cara mal, eu não tinha intenções nenhuma de comandar esse império que meu pai construiu com muito esforço. Mas então eu encontrei a luz, encontrei a motivação, encontrei a força de vontade – falou e me olhou – Encontrei você – corei com os “owns” que recebemos - Antes de te conhecer eu tinha um plano. Eu ia ser de um jeito, mas quando você entrou na minha vida ou eu apareci no seu cubículo, você mudou tudo. Eu estava na escuridão. Mas, com a sua gentileza, generosidade, compaixão, inteligência, perspicácia e sua confiança, você me trouxe para luz. Você me fez perceber que eu mereço. Você era essa luz. Eu não sei se eu ainda mereço essa confiança, se eu mereço você, provavelmente não. Mas que quer que tenha acontecido ou que vá acontecer, o jeito que você me faz sentir é a melhor parte da minha vida. Você pode me pedir para falar que não te amo... Eu nunca mais vou mentir para você. Você é o meu sempre, eu só quero a chance de ser o seu. (Arrow, S4E16 - Broken hearts) – e então ele tirou um anel do bolso e se ajoelhou na minha frente  — Felicity Smoak, você me faria o homem mais feliz da face da Terra?

Alguém me belisca porque eu acho que estou sonhando. Meus olhos estavam marejados e eu falei a única coisa que me passou pela cabeça.

— Sim – sorri – Sim – todos bateram palmas e assoviaram e me ajoelhei na altura de Oliver e o beijei com todo o amor que eu sinta em mim, queria que ele sentisse que ele também era a minha luz, meu caminho, minha motivação. Nos levantamos ainda nos beijando e ele colocou o anel no meu dedo.

— Obrigado a todos, aproveitem a festa! – Oliver falou antes de descer e me puxar junto.

— Oliver! – falei quando ele me arrastou para um canto do salão – Você nem me falou nada. – disse olhando para o diamante do anel em meu dedo

— É intenção é essa, amor – sorriu me abraçando

— Você é maluco! – o beijei

— Sou maluco por você, e quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

— O sentimento é recíproco, meu amor – passei meus braços pelo seu pescoço – Você é o meu lar!

— Vamos pra casa? – assenti – Tem algo que eu quero te contar Felicity.... E vamos comemorar em casa. Nós quatro!

Dito isso o meu estômago embrulhou e uma ânsia de vomito tomou conta de mim, puxei um balde que um funcionário trazia e vomitei tudo lá dentro, meu café da manhã, almoço, e tudo que belisquei essa noite durante o discurso do Robert, olha que foi bastante coisa.

— Você está bem, amor? – ele perguntou com um sorriso besta nos lábios.

— Não, estou tonta – encostei na parede – Acho que todos esses canapés me fizeram mal.

— Acho que é outra coisa que está te fazendo mal. – arqueou a sobrancelha e colocou a mão na minha barriga

— Impossível querido! Você fez vasec... – arregalei os olhos ao encarar seu sorriso cínico, olhei para Tommy um pouco longe da gente que me lançava outro sorriso cínico e uma piscadela quando captou meu olhar – Oliver! – exclamei colocando a mão na boca em completo desespero.

Não era possível... Outro bebê!? Os sonos pesados, os chororos com saudades de Oliver quando ele  passava o dia no trabalho, a vontade de comer tudo a toda hora. Eu ignorei tudo isso porque eu achava que o meu futuro marido não podia mais ter filho. Descubro já - supostamente - grávida que ele tinha feito essa travessura com o besta do Merlyn.

— Surpresa, amor! – ele sorriu ficando de joelhos e beijando a minha barriga.

Eu vou matar o Oliver!

♥ Fim ♥


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Notas finais do capítulo

E entãaaaaooooo?
Eu não estou sabendo lidar com esse pedido do Oliver. Gente! Eu preciso de um boy desses na minha vida.

Demorei mas ta aí!

Vamos lá... Quero agradecer a vocês por terem me acompanhado até aqui, quero que saibam que sou muito grata por cada comentário, recomendação (Marluci e NickMars amo vocês ♥), gente eu não sei mais o que falar aqui kkkk Eu sempre amei histórias com crianças, bebês, família. Amo esses temas em fic, fiz de tudo pra fazer um tema bem família e poder compartilhar com vocês foi a melhor das experiências.
Me desculpem alguns erros, me desculpem qualquer coisa.

Comentem nesse último, por favor. Preciso saber o que vocês acharam e no que eu preciso melhorar para a próxima.

Bom, é isso!

Obrigada por terem me acompanhado e COMENTEM!