Unidos pelo acaso escrita por May Prince


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
Comenteeeeemm!!



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Minha cabeça latejava, latejava muito, meu corpo formigava. Eu queria abrir os olhos, queria me mover, queria sair correndo daquele lugar.

Abri meus olhos lentamente e olhei para o teto pálido do quarto do hospital, - como eu queria acordar e dar de cara com o meu quarto – desviei meus olhos para a janela e a claridade me incomodou, fiz uma careta.

— Hey, - procurei a voz e vi Tommy entrando no quarto – até que enfim!

— Tommy, onde está o Oliver? Eu dormi muito? – perguntei e ele assumiu um semblante sério

— Oliver está vindo. Você dormiu por 3 anos, Felicity, você precisa se acostumar com a ideia de que estamos em 2020  – ele falou franzindo o cenho.

— O que? – me sentei na cama com um pouco de dificuldade.  O desespero me tomou, como assim eu dormi por 3 anos? E meus filhos? Coloquei a mão na minha barriga. Tinha uma protuberância ali, mas eu podia estar inchada devido aos medicamentos. – E meus filhos? Oliver? Minha avó? – coloquei as mãos na cabeça – Ela ainda está viva né? – Tommy gargalhou

— É mentira, Felicity, você dormiu por 9 horas, Oliver este ali na lanchonete.

— Você é um babaca, Merlyn. Não se faz esse tipo de brincadeira.

— Você foi a primeira pessoa que me faz essa pergunta, eu precisava saber como era a sensação. – sorriu sentando na poltrona, revirei os olhos e o ignorei. Tommy era um idiota.

— Oliver?

— Você não da nem um “Oi” para o seu compadre favorito?

— Não. Onde está Oliver?

— Estou aqui, meu amor! – falou o Deus grego que era o pai dos meus filhos entrando no quarto.

— Tira ele daqui – apontei para Tommy que gargalhou

— Muito bom saber que você gosta de mim! – disse Tommy

— O que você fez com ela? – Oliver se aproximou beijando meus lábios e minha testa logo depois

— Eu nunca faço nada, meus queridos

— Você veio me dar alta? Se não for isso, pode ir embora. – falei cruzando os braços

— Só pelo abuso eu devia te deixar mais 3 anos aqui – gargalhou e revirei os olhos. Oliver nos olhava sem entender nada.

— Qual é a graça, Marlyn?

— Não se mete, Ollie, é coisa minha e da minha comadre favorita. – falou indo em direção a porta – A neuro vai vir aqui, e depois da avaliação dela  Felicity estará de alta. – saiu fechando a porta – Ah! – voltou com um sorriso sacana no rosto – Ela está de alta para outras coisas, Oliver – e deu uma piscadela antes de sair.

— Ele é terrível – sorri olhando para Oliver

— Sempre foi assim – sorriu de volta e se sentou na ponta da cama – Como vocês estão?

— Melhor agora que você está aqui e melhor ainda em saber que vou embora.

— Felicity?

— Hm?

— Eu te amo! – falou se debruçando e selando nossos lábios – Eu não sei o que seria de mim se algo acontecesse a você. – colocou a mão na minha barriga – Se algo acontecesse com vocês. Eu... – fechou os olhos e suspirou – Eu fiquei desesperado, eu não sabia o que fazer. Felicity, eu... – abriu os olhos e eles estavam banhados de lágrimas.

— Ei! – coloquei uma mão em seu rosto – Não chora, meu amor. Está tudo bem! Estamos aqui e estamos bem. Foi só um acidente – disse e sua expressão mudou para mais rígida – O que foi?

— Eu vou atrás de quem não prestou socorro a você.

— Não vai, Oliver, não vale a pena. O que importa é que estou aqui, certo?

— Sim, mas...

— Sem mas. Me promete que vai deixar essa história de lado? – perguntei me sentando na cama

— Felicity...

— Me promete, Oliver!  Falei sério olhando em seus olhos

— Prometo – falou abaixando a cabeça. Algo em sua expressão me dizia o contrário, mas eu preferi deixar isso pra lá. Não ia discutir com ele por causa disso.

— Eu também te amo ! -  falei sorrindo

— Eu sei – sorriu convencido me puxando para um beijo. O beijo começou calmo, mas eu aprofundei, eu precisava senti-lo de todas as maneiras. Enfiei minha mão por dentro da sua camisa enquanto ele abraçava  a minha cintura. O seu toque foi inocente, já o meu toque por seu abdômen foi cheio de segundas intenções, e ele só entendeu isso quando eu tentei abrir o botão da sua calça.

— Ei, ei, ei, pode parando mocinha! – advertiu se afastando

— Tommy disse que eu já estou de alta. – falei me recompondo

— Eu sei, mas é melhor esperarmos, não quero prejudicar você e nem as crianças.

— Mas são as crianças que querem – sorri

— Os bebes querem que a gente transe? – levantou uma sobrancelha

— Eles querem a mamãe deles feliz – pisquei e Oliver gargalhou.

— O que eu faço com você ein?

— Você sabe o que você tem que fazer comigo – provoquei.

Ele ia dizer alguma coisa, mas foi interrompido pela neuro entrando no quarto.

A doutora disse que a minha cabeça estava bem, eu estava bem, meus bebês estavam bem. Nada de ruim aconteceria.

— Pronta para ir embora? – Oliver perguntou quando a neuro saiu do quarto

— Você ouviu ela, não ouviu? – me levantei da cama e fui até ele que estava sentado na poltrona – Estou bem, ótima, pronta pra outra – sentei em seu colo

— O inferno que está pronta pra outra. – rosnou me segurando pela cintura – Isso nunca mais vai acontecer, não vai mais andar sozinha.

— Tá tá – beijei sua bochecha – Podemos continuar de onde paramos?

— Fetiche com hospital?

— Cala a boca e me beija, Queen! – mas ele não o fez, apenas riu e me ergueu em seu colo me colocando de novo na cama e indo em direção a porta – Hey, pra onde você pensa que vai? – me sentei

— Não quero que ninguém entre aqui quando eu tiver quando seu castigo. – falou trancando a porta. Hmmm, gostei disso, pensei.

— Castigo? – sorri – Mas o que eu fiz?

— Castigo por me mandar calar a boca. – ele sorriu com malicia e veio até mim na cama. Ele ficou entre as minhas pernas e enfiou a mão por dentro daquela roupa ridícula do hospital e apertou a minha coxa bem perto da mina intimidade e começou a beijar meu pescoço. Gemi e fechei os olhos, sentia meu corpo mole e arrepiado com seu toque.

— Então me castiga – sussurrei no meio de um gemido e ele tirou a minha roupa.

Se antes eu odiava um hospital, agora eu sou super fã.

(...)

1 mês depois

— Eu descobri o sexo do Theo por exame de sangue Felicity, porque você não tenta? – Helena falou sentada na minha sala e acariciando sua grande barriga. Faltava pouco menos de um mês para ela ganhar o bebê.

— Lissy é chata, eu to doida pra confirmar que são duas meninas. – Thea disse entrando na sala com uma bacia cheia de pipoca na mão. Layla estava atrás dela com uma jarra de suco.

— Felicity sempre foi estraga prazeres.  – Layla bufou colocando a jarra na mesa de centro

— Olha que lindo... Chamo vocês para uma tarde de garotas e vocês aproveitam pra me malhar. – John tinha ficado com as crianças para Layla escapulir um pouco para cá.

— A gente só quer saber o sexo dos bebês, Felicity – Halena falou enchendo a boca de pipoca.

— Olha só, a mulher do obstetra, pedindo para uma gestante de gêmeos em diferentes placentas para fazer um exame de sexagem fetal sendo que corre o risco de ser um casal e o exame dar errado.

— Nossa, a mulher do pediatra falou bonito agora – Helena riu e eu a acompanhei.

Helena chegou da Itália um dia depois do meu acidente, Oliver não deixou eu ir ao jantar para visitá-la, então Tommy a levou lá em casa. Nos simpatizamos na hora. Layla e Thea já a conheciam o que facilitou muito na nossa aproximação.  Ela era linda, morena de olhos azuis e um sorriso acolhedor. Mesmo nunca ter sido apresentada, eu lembrava dela de uma das festinhas da Sara.

— Vocês reclamam, mas eu estou louca para saber o sexo dos meus filhos, suas chatas.

— Já aceitou que um deles vai se chamar Theodora. – Thea falou sorrindo convencida

— Esse nome é horrível – Layla falou e Helena concordou.

— Pensei em Megan ou Melissa, Connor ou Scott. – falei acariciando minha barriga e sorrindo abobalhada. Megan foi escolhido em homenagem a minha mãe Donna Megan Smoak, Melissa foi escolha de Oliver. O nome dos meninos ficaram por conta de vovó e Moira.

— Eu amei! – Helena disse

— Eu também – Layla falou

— Eu odiei – resmungou Thea – Melissa é abelha

— Para de ser do contra – revirei os olhos

— Eu vou contar tudo pro meu irmão. – cruzou os braços

— Melissa foi ideia dele. – pisquei

— Ele me traiu, aquele bastardo! – taquei uma almofada nela que derramou o punhado de pipoca que estava prestes a enfiar na boca.

— Não fala assim dele. – apontei para as pipocas no chão – Pode catando.

— Eu vou embora, primeiro me colocam pra cozinha, segundo eu não posso escolher o nome dos meus sobrinhos, agora me colocam pra varrer o chão.

— Você cozinhou o que, Thea? – Layla perguntou rindo

— A pipoca né

— Colocar pacote no microondas e esperar estourar o milho virou “cozinhar” – Helena falou

— Agora vocês vão me malhar? – Thea falou fazendo bico

— Cata logo isso, Queen – falei rindo e meu celular tocou em algum canto pela casa. – Vou procurar meu celular. – falei e recebi um”Ok” de todas elas que estavam concentradas em rir da Thea varrendo.

Achei meu celular em cima da pia do banheiro, era Oliver.

— Oi, meu amor! – falei animada

— Oi, meu anjo! – ele falou sério

— O que foi, Oliver?

— Você se importa de dormir sozinha hoje? – falou. Senti uma pitada de receio em sua voz.

— Não... Mas porque?

— Então ta! Depois eu te explico, tenho um paciente agora. Beijos! Te amo! – abri a boca para me despedir e nem deu tempo. Ele desligou o telefone. Mas o que tava acontecendo? Desde que começamos a nos relacionar ele nunca dormiu longe de mim. Será que ele já estava cansado dessa vida de pai de família? Será que ele tinha arrumado alguém? Sei que Oliver era conhecido por ser o maior galinha. Mas se ele não quisesse nada comigo, ele não teria ficado comigo durante esses 4 meses não é?

Comecei a tremer e me joguei na cama. Lágrimas tomaram conta do meu rosto.

— Felicity? – Thea falou entrando no quarta – Heeey – suavizou a voz provavelmente vendo meu estado. – O que foi, amorzinho?

— Thea... – sequei as lágrimas – Você acha que seu irmão me trairia? – funguei - Ele vai me deixar, ele vai embora.

— Lógico que não – deitou ao meu lado – De onde tirou isso? – me olhou

— Ele – solucei – Ele me ligou – voltei a chorar – Disse que não vai dormir aqui hoje ... Disse... Disse que eu iria dormir sozinha – voltei a chorar feito um bebê

— Ai, não chora – entrou em desespero – Eu não sei lidar com gente tendo crise de choro

— Você pode parar de fazer graça com a minha situação? – funguei de novo secando mais lágrimas

— Não to fazendo graça – acariciou minha cabeça – Tive uma ideia

— O que?

— Você consegue rastrear um celular não consegue?

— Sim!

— Então quando Lena e Layla forem embora, direi que vou dormir aqui. Você vai rastrear o celular do meu irmão e eu vou até lá com você.

— Você tem certeza?

— Pode ficar aqui e eu vou sozinha se quiser.

— Nem pensar! Vou junto.

— Ótimo!

Eu só quero ver onde isso ia dar, pensei. Voltei a chorar sendo abraçada por Thea.

Thea enrolou Layla e Helena dizendo que eu estava passando mal, elas acreditaram e de despediram. Me senti mal por menti para elas, porém elas eram esposas dos melhores amigos de Oliver, não queria arriscar que eles soubessem e contasse a Oliver que eu iria atras dele seja lá onde fosse.

Minha cunhada me ajudou a arrumar a bagunça que fizemos e depois de tudo limpo eu tomei um banho e coloquei um vestido, pronta pra sair. Emprestei roupas minhas para Thea e fui atras do meu notebook.

Estiquei meus braços e estalei os dedos pronta pra trabalhar. Quanto tempo que eu não fazia aquilo!

— Vamos caçar! - sorri coloquei o software para rastrear o celular de Oliver.

— Achou? - Thea perguntou se aproximando e olhando para a tela - Ta! Eu não entendo nada!

— Ele ainda está na clínica. - falei enquanto olhava para o notebook - Agora é só esperar. 


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Notas finais do capítulo

Quero começar pedindo milhões de desculpas pelan demora.
Gente, estudar, trabalhar, escrever e ter vida social não é fácil não kkkkkk
Agora quero dividir com vocês algo que me deixou extremamente feliz: A FIC GANHOU A PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO.
Não preciso nem dizer que fiquei toda boba e rindo atoa quando li né? NickMars, OBRIGADAAAAAAAA! ♥
Foi pela sua recomendação que eu quis postar correndo.

COMENTEEEEEMMMMM

Gente, queria uma capa nova pra fic. Alguém tem alguma ideia?

Sei que eu disse que ia colocar a descoberta dos sexos nesse cap, mas preferi colocar esse suspense e no próximo vai ter o sexo, juro.

Queria fazer esse cap extenso, escrevi tudo, mas não salvei no word. (Podem me xingar) Reescrevi o pouco que eu lembrava. O próximo vai ser grandão. JURO!

Perdoem a minha demora novamente. Eu odeio demorar a postar. Vocês sabem né, quando da eu coloco até dois caps seguidos na semana.

Enfim...

O que será que ta acontecendo com o Oliver?

Comenteeeemm!!