Green is the color of Love escrita por winchestilinski


Capítulo 11
Capítulo 11 - Ultron




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Os Vingadores estavam a procura do cetro de Loki e algumas outras armas Chitauris que foram roubadas pela Hidra. Horas atrás eles saíram de NY em direção à Sokovia, mais uma base da Hidra havia sido encontrada.

No fim da tarde eles chegaram. Dra. Cho, Hill e eu fomos recepciona-los no heliporto da torre. Bruce estava estranho… Assim que desceu do quinjet eu corri para abraçá-lo e ele apenas depositou um beijo em minha testa.

— Você está bem? Se machucou? Está ferido? — Perguntei enquanto segurava seu rosto em minhas mãos. Avistei Hill entrando no quinjet enquanto Thor descia, sendo seguido por Katherine.

— Estou bem, Lou. — Ele disse sorrindo, acariciando minhas mãos e depositando um efêmero beijo na palma direita.

— O que houve com o Clint? — Questionei. — Vi passarem com ele numa maca as pressas.

— O passarinho caiu do ninho. — Katherine disse com seu humor de sempre. Ela estava com os cabelos bagunçados e um arranhado na bochecha. — Ele vai ficar bem, assim espero. — Óbvio, no fundo ela estava preocupada. — Mas tenho uma história cômica para contar…

— Lá vem… — Rogers, que acabara de chegar perto de nós com Hill em seu encalço, comentou enquanto revirava os olhos.

— Tony disse algo como “que droga” e o gelinho soltou um “olha a língua”. — Ela gargalhava como se tivesse acabado de contar uma piada. Eu sorri, tentando não parecer grossa por não ter achado graça.

— As vezes eu acho que você deve ser filha do Tony... Não é possível que você seja neta da Peggy! — Steve disse, recebendo um leve tapa de Katherine no braço.

Katherine, Steve e Maria continuaram andando em direção ao elevador. Segurei o braço de Bruce, impedindo-o de seguir atrás deles. Ele virou-se para mim com os olhos esbanjando curiosidade.

— O que foi? — Perguntou. Cruzei os braços e mordi o lábio inferior.

— Eu é que pergunto, Bruce. O que foi? — Digo. Eu estava muito preocupada. Ele havia saído daqui de um jeito, todo sorridente e dizendo que deveríamos sair qualquer dia desses novamente e volta todo estranho, como se eu fosse uma colega que ele apenas suportava conviver. — Foi o código verde?

— Eu não quero falar sobre isso, Louisa. — Respondeu ríspido, desviou seu olhar enquanto tensionava seus músculos e mandíbula.

— Por favor, fale comigo! — Pedi, puxando seu rosto para podermos nos olhar. Seus olhos traziam um pouco de dor, então eu apenas o abracei. — Bruce, você não pode ficar assim comigo toda vez que tiver passado por isso. Eu estou aqui pra te dar apoio, pra te ajudar. — Sussurro em seu peito que sobe e desce vagarosamente. Afaguei seus braços que ainda abrigava músculos tensos.

— Me desculpe. — Pediu, apertando seus braços contra meu corpo. — Sabe que eu não consigo falar sobre isso por um tempo, Lou. — Disse e em seguida depositou um leve beijo no tipo de minha cabeça. Seus músculos já haviam voltado ao normal, mas eu podia ouvir seu coração ainda acelerado.

— Tudo bem, Bruce. Tudo bem!

(…)

Pepper estava correndo atrás dos preparativos para a festa de comemoração que Tony resolveu dar de ultima hora. Com isso, me arrastou para que eu a ajudasse. Não que eu estivesse reclamando, pelo contrário… Era até bom. Fazia com que eu ocupasse minha cabeça e esquecesse um pouco a preocupação com Bruce.

Os cinco ultimos dias foram corridos e eu mal tive tempo de estar com Bruce. Eu estava ocupada demais com a decoração, a lista de convidados e tudo mais. E Bruce, por sua vez, estava ocupado demais com sei lá o que no laboratório ao lado de Tony.

Sábado havia chegado. Pepper e eu saímos cedo para buscarmos nossos vestidos para a festa e para nos arrumarmos. Meu vestido era branco todo rendado, numa altura um pouco acima dos joelhos. Pedi ao cabeleireiro que cortasse minha franja e deixasse o meu cabelo com ondas, o mais natural possível.

E lá estava eu, entrando numa sala cheia de pessoas desconhecidas. Um barman me entregou uma taça com champanhe, agradeci e sorri educadamente. Logo avistei Thor conversando com alguns senhores e fazendo gestos de luta, o que me fez soltar um riso nasalado. Olhando mais um pouco ao redor, avistei Natasha conversando com Rhodes, Clint, totalmente recuperado, conversando com uma mulher que eu nunca tinha visto antes. Me aproximei de uma mesa de sinuca, e lá estavam Sam e Steve jogando.

— Senhorita Clark. — Wilson disse, assobiando em seguida.

— Oi. — Digo totalmente envergonhada. Steve sorria de seu amigo nada discreto, enquanto apruma-se para sua próxima jogada.

— Onde está seu namorado? Não pode deixar uma mulher tão bela assim solta por aí. Ele não sabe que existem homens que podem tentar conquista-lá? — Sam dizia fazendo charme. Não me aguentei e tive que rir.

— Você é muito fofo, Wilson. — Passei a mão em seu ombro enquanto ainda ria. — Eu não sei onde ele está, mas quando eu o encontrar te aviso.

Alguns minutos haviam se passado. Não havia me encontrado com Bruce ainda. Logo avistei Thor, Hill, Tony e Rhodes conversando em frente ao bar. Me aproximei deles, pegando o final da frase de Rhodes.

— … Boom. Era o que procurava? — Ele sorriu, esperando que os dois homens a sua frente risse de algo. Olhei para Stark e Thor que encaravam o coronel com suas melhores caras de interrogação. — Boom. Era o que… Por que eu ainda falo com vocês? Todo mundo adora essa história! — Ele tentou repetir, mas desistiu no meio do caminho. Me olhou e eu apenas semicerrei os olhos e sorri.

— Essa é a história toda? — Questionou Thor.

— É. É do máquina de combate.

— Ah… Então é muito boa! — Thor disse rindo, fazendo com que Tony e eu ríssemos também. — Impressionante.

— É, sei. — Rhodes disse ríspido. — Cadê o Bruce? — Questionou me olhando.

— Não sei. Não o vi ainda. Cadê a Pepper? — Perguntei olhando para Tony.

— Da ultima vez que eu vi, estava no telefone da empresa…

— Essa não se diverte nem um pouco. — Rhodes comentou enquanto levava sua taça a boca.

— E a Jane? — Hill perguntou se dirigindo a Thor.

— Trabalhando… Nem sei direito em que país a Jane está! O trabalho dela na convergência a transformou numa famosa astrônoma. — Respondeu.

Fiquei mais um tempo conversando com Tony e Thor quando finalmente avistei Bruce. Ele estava sentado em uma das poltronas. Vestia um terno escuro e os cabelos estavam penteados. Pedi licença aos dois vingadores e caminhei em direção à Banner.

— Oi, sumido. — Falei jogando meus braços em volta de seu pescoço, abraçando-o minimamente. Pude vê-lo sorrir ao depositar um leve beijo em seu rosto.

— Eu estava com dor de cabeça. Demorei um pouco pra vir. — Ele disse, me puxando e fazendo com que eu sentasse em seu colo. Em seguida, beijou-me com carinho.

— Demonstração de afeto em público? Quem é você e o que fez com Bruce Banner? — Perguntei fazendo graça. Ele sorria abobado, mexendo em minha franja.

— Gostei do visual. — Comentou, trazendo sua mão direita a minha coxa. — Você está linda.

— Você também está uma graça. — Digo passando a mão em seu cabelo ainda molhado.

— Sabe que há uma grande diferença entre o adjetivo “linda” e “graça”, né? — Ele perguntou sugestivo e divertido. Já fazia alguns dias que eu não passava um tempo com Banner, por sorte seu humor que demorei a descobrir voltou a tona.

— Quer que eu diga que está maravilhoso? Pois você está! Está perfeito, deslumbrante e eu quero muito beijar-te novamente. — Digo enrolando algumas mechas de seu cabelo em meus dedos.

— Meus lábios estão ao seu dispor.

— Ah, pelo amor de Deus! — Tony disse, interrompendo nosso momento.

— As vezes você enche o saco, sabia? — Digo levantando do colo de Bruce, pegando uma bebida de uma bandeja de um garçom que estava passando.

— Pepper foi embora. Preciso procurar alguém para encher o saco e, quais melhores candidatos além de vocês dois? — Ele diz bebericando seu uísque.

— Steve?! — Bruce e eu sugerimos juntos.

— Socorro, vocês dois são tipo gêmeas. Sincronizados o tempo todo. — Ele ri, me fazendo revirar os olhos. — Mas, e então… Quando teremos os verdinhos nos enchendo o saco e correndo por essa torre? — Ele pergunta rindo.

— Será que as primeiras crianças virão deles mesmo? Eu duvido, hein. — Katherine comentou, sentando ao lado de Tony.

— Na verdade, eu acho que os primeiros que vão ter bebês será você e o picolé. — Tony diz. Katherine o repreende com o olhar, dando um tapa no braço do bilionário que continua rindo.

— Eu já acho que quem terá bebês primeiro vai ser a Pepper e o Tony. — Clint diz, sentando-se no chão ao lado de Bruce. Rhodes e Hill vieram juntos.

— Concordo. — Natasha e Steve dizem em uníssono, juntando-se também a nós.

Volto a sentar no colo de Bruce e perco a noção do que está a conversa. Só escuto quando Thor diz “fique a vontade” e vejo Clint se levantar.

O arqueiro vai até o martelo de Thor e tenta, sem sucesso, pegá-lo. Tony levanta-se abrindo seu terno e caminha até o martelo, tentando pegá-lo também.

— Minhas leis serão muito divertidas. — Stark diz sobre caso conseguisse pegar o martelo e reinar Asgard. Mas ele não consegue sequer mover o martelo. — Eu volto já! — Disse, saindo rapidamente do local.

— O que ele vai aprontar? — Digo rindo. Sinto o afago de Bruce em meu braço, olho pra ele e ele estava sorrindo maravilhosamente.

Tony volta com uma mão do homem de ferro e tenta novamente pegar o martelo. Rhodes até tenta ajudá-lo, mas eles não obtém sucesso. Os dois então chamam Bruce para tentar a sorte, e ele aceita de prontidão. Com os dois pés em cima da mesa de centro ele tenta puxar, mas também não tem êxito. Ao soltar ele faz barulhos como se estivesse com raiva e ergue os braços. Todos o encaravam com seu olhar mais sério possível, mas eu não aguentei e ri, trazendo ondas de risada a seguir.

Steve se levantou, dobrando as mangas de sua camisa enquanto Tony comentava “vai Steve, sem pressão”. Inicialmente o martelo até se moveu, o que fez Thor ficar sério, mas relaxar após ver que Rogers também não conseguiria. 

— Natasha… — Tony disse, chamando a agente para tentar também.

— Ah, não… Não quero fazer parte dessa brincadeira. — Ela disse bebendo sua cerveja.

— Vocês todos são uns maricas. Eu vou pegar isso, ou não me chamo Katherine Carter! — A agente se levantou, tentando também erguer o martelo. Não obteve nenhum sucesso. — Como eu dizia… Quanto custa mesmo para trocar o nome? — Ela diz, fazendo todos rirmos.

— Vamos lá, Louisa. Sua vez! — Tony sugere. Aperto os olhos e balanço a cabeça negativamente.

— Se vocês que são vocês não são dignos, por que diabos eu seria? — Rimos.

— Com todo respeito ao homem que não queria ser rei mas rola um truque! — Tony comenta.

— O caramba! — Clint dispara, dando um leve tapinha no ombro de Tony.

— Steve, ele quase falou um palavrão! — Hill disse risonha e Rogers bufou.

— Contou sobre aquilo? — Questionou o Capitão sem humor encarando Stark.

— Por que a culpa caí sobre mim? E a Katherine? — Tony se defendeu, enquanto todos riam.

— Hey! — Katherine cuspiu a cerveja que acabara de colocar na boca, quase jogando em mim na verdade. Por sorte me desviei rapidamente.

— O cabo tem um sensor… — Tony voltou ao assunto do martelo. — Tipo uma trava de segurança que só funciona pra quem tiver as impressões digitais do Thor. 

— É, essa é na verdade uma teoria muito interessante… — Thor disse se levantando. — Mas tem uma mais simples. — Ele pega o martelo e o joga para cima, fazendo-o girar e pega-o pelo cabo novamente. — Vocês não são dignos!

— AHHH… — Todos disparam, rindo.

De repente um som agudo nos atinge. Todos ficam incomodados, e nos viramos ao perceber que havia algo por ali. Era uma máquina, ou algo assim, andando.

— Não. — Ela diz. — Como seriam dignos? Vocês são assassinos. — Continua, apontando para todos presente.

— Stark? — Rogers solta. Nenhum de nós desgruda os olhos da máquina bizarra.

— JARVIS? — Tony chama pela inteligência.

— Perdão, eu estava dormindo. Ou, sonhando acordado?

— Reeinicie o sistema. — Tony manda mexendo em um tablet 3D. Bruce se levanta e me coloca para trás dele. — O traje deu algum defeito, eu acho…

— … E eu estava preso. — A máquina bizarra continuava a dizer. — Tive que matar o outro cara. Ele era legal.

— Matou alguém? — Steve questionou. Apertei o braço de Bruce e ele me olhou.

— O que está acontecendo? — Perguntei sussurrando.

— Não sei. — Ele respondeu num sussurro.

— Não era minha primeira escolha. — A máquina voltou a dizer. — Mas, no mundo real temos que enfrentar as escolhas cruéis.

— Quem o enviou? — Questionou Thor.

— Eu vejo uma armadura em volta do mundo. — A voz do Stark soou. Mas ele estava de boca fechada. A máquina estava reproduzindo algo que Tony já dissera antes.

— Ultron? — Bruce disse em tom de pergunta, com o semblante assustado ele virou-se para olhar Tony.

— Em carne e osso. — Respondeu a máquina. Todos estavam se entreolhando. O que diabos estava acontecendo. — Não. Não ainda. Mas estou pronto. Estou numa missão!

— Que missão? — Natasha questionou. 

— Paz para o nosso tempo.

E então, do nada, armaduras voaram em nossa direção. Bruce e eu corremos até o bar, ele me jogou para o lado de dentro me prontegendo com o balcão e se jogou em seguida, caindo em cima de mim, me rendendo - provavelmente - algum ossos fraturados. Ouvi alguns disparos e ruídos.

— Você está bem? — Bruce questionou segurando meu rosto com ambas as mãos. Apenas assenti respirando fundo.

— Você não está zangado, está? — Perguntei com a voz entrecortada.

— Tudo bem, Lou. Ele não vai aparecer agora. Prometo!

Nós dois continuamos ali, deitados no chão. Quando os barulhos cessaram, levantamo-nos e vimos todos cansados e ofegantes.

— Isso foi dramático. — A máquina bizarra disse. — Desculpe. Vocês tem boas intenções. Só não pensaram direito… Vocês querem proteger o mundo mas não querem que ele mude. Como a humanidade será salva se não for permitido que evolua? Como elas… — Ele disse pegando uma das armaduras estraçalhadas no chão. — Essas marionetes. Só existe um caminho para a paz. A extinção dos Vingadores.

Thor jogou seu martelo contra a máquina, deixando-a em pedacinhos. Todos trocaram olhares em silêncio. Bruce me abraçou calmamente e depositou um beijo em minha testa repetindo diversas vezes que tudo estava bem. Mas, se eu me lembro bem, Ultron é mais um vilão dos heróis… Não vai ficar nada bem.


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