I Wanna Have Your Babies escrita por Tamy Black
Notas iniciais do capítulo
Último capítulo, galere. Deixem reviews, falo com vocês lá embaixo.
No capítulo anterior:
Ela apenas me entregou as palhetinhas e a caixa de instruções. Em todas as palhetinhas tinham duas linhas vermelhas e isso significava que...
- Eu estou... – murmurei.
- Grávida! – ela concluiu praticamente pulando.
Minha vista ficou turva e eu não vi mais nada.
-x-
Edward POV.
Eu estava feliz, Bella estava feliz e tudo estava caminhando como sempre deveria ter sido. Minha esposa aceitou a proposta do New York Times e voltou a trabalhar naquilo que mais gostava, e vê-la de volta a si me fazia feliz.
Passaram-se dois meses depois da nossa viagem a Acapulco, passamos o natal com a família da Bella e o ano novo com a minha família em Hamptons. O ano de 2010 começou maravilhosamente bem. Mas nessa semana a Bella está estranha... Começou a reclamar do cheiro de comida, enjoada constantemente, vomitando tudo que comia, estava com os sintomas de uma grávida.
Eu estou apreensivo. Não queria que voltasse tudo a ser como antes, não agüentaria ver a Bella naquele estado deplorável de novo. Não comentei nada com ela para não assustá-la, mas eu comentei com a minha irmã, que tentou me acalmar e disse que ia investigar antes de tomar atitudes drásticas.
Eu estava terminando de digitar um processo quando o meu celular tocou.
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De: Bella
Para: Edward
Recebida às: 15h e 57min.
Amor, estou péssima. Pedi para sair mais cedo e estou indo pra casa agora.
Amo você.
B.
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Suspirei, ela estava piorando a cada dia. Era à hora da minha irmã interferir, disquei o celular da Alice que atendera em menos de três toques.
- Hello baby! – disse risonha.
- Hei pequena. – sorri, minha irmã era muito hiperativa – Alice, preciso que vá ver a Bella. Ela está voltando pra casa agora, tente conversar ou qualquer coisa. Não agüento mais vê-la desse jeito.
- Edward, você já pensou que agora pode ser de verdade? – Alice questionou, sabichona.
- É o que eu mais quero, Allie. – suspirei – Mas não quero me iludir novamente.
- Entendo. – suspirou também – Mas eu acho que agora pode ser real, a Bella estava tão bem, tão feliz, tão normal... – riu – Ela desencanou disso, eu sei, ela é minha amiga, então acho que agora você pode depositar todas as esperanças!
- Eu quero muito, Alice. Mas primeiro temos que investigar. – disse firme – Faça isso pra mim, ok? Retorne, por favor.
- Claro, claro. – disse e nos despedimos.
Eu passei o restante da tarde inquieto e tentando me concentrar no trabalho, mas estava impossível. Já tinha dado o meu horário de sair e eu estava pegando minhas coisas, meu celular começou a tocar, era Alice. Finalmente!
- E então? O que ela disse? O que vocês fizeram? – eu estava ansioso demais.
- Calma, Ed. – Alice riu – Bem, acho que você vai ter que chegar a sua casa pra descobrir. – disse séria – Bella está bem, está calma, acho que vocês dois têm que conversar. Eu tô saindo daqui agora.
- Por que você não pode me falar o que aconteceu? – indaguei, curioso.
- Porque isso é entre você e sua mulher. – disse rápida – Não demore, beijinhos!
E desligou na minha cara. Bufei irritado. Odiava quando a Alice e a Bella vinham com essa de segredinhos pra mim. Peguei minhas coisas e saí rapidamente do escritório. Eu dirigi o mais rápido possível, então em menos de quinze minutos eu já estava abrindo a porta do apartamento. Encontrei Bella sentada no sofá, de pijamas e assistindo televisão. Totalmente simples, porém incrivelmente linda.
Ela me viu e sorriu, mas um sorriso nervoso, ela estava inquieta.
- Oi amor, não respondi a sua mensagem porque estava atarefado. – disse e me sentei ao lado dela, que se aninhou em meus braços de imediato.
- Eu entendo. – suspirou.
- Como você está? – indaguei.
- Melhor. – me encarou – Não estou enjoada e não vomitei depois que cheguei.
- Ótimo. – sorri e ela me beijou – Temos que conversar, eu acho.
- Eu sei. – bufou – Edward, eu definitivamente estou com medo. Todos os sintomas são de gravidez e eu não quero passar por tudo aquilo de novo! Apesar de que o teste tenha dado positivo e...
- O que? – interrompi.
- Bom, Alice veio aqui e trouxe consigo três testes de farmácia... – hesitou, mexendo no cabelo, mania nervosa dela – Eu os fiz e todos os três deram positivo. – disse baixinho.
Encaramo-nos por alguns segundos e eu pude ver o seu nervosismo, mas eu via em seus olhos que tudo era diferente agora. Sim, ela estava grávida e eu tinha certeza disso.
- Isso modifica as coisas. – disse calmo, não querendo dizer o quanto eu estava feliz por aquilo – Temos que voltar a sua médica e ela vai nos dizer o que fazer.
- Mas Edward e se for mentira como da outra vez... Eu não quero passar por isso de novo! – exaltou-se, as lágrimas já escorriam pelo seu rosto.
- Calma amor, dessa vez é diferente. – disse a ela – Da outra vez você não fez teste nenhum.
- Eu sei, mas...
- Bella. – a olhei sério – Vamos ver a sua médica e depois conversamos sobre isso, ok?
- Ok. – suspirou e eu limpei suas lágrimas.
Bella POV.
Eu estava com muito medo. Consegui marcar uma consulta com a doutora Davis para a manhã seguinte. Não sei se era o nervosismo ou o cansaço físico, mas eu dormi feito uma pedra. Acordei muito sonolenta no dia seguinte com Edward me chamando, nós tomamos café e eu o coloquei pra fora uns minutos depois de comer. Saco isso!
- Amor, você está verde. – Edward me encarava, preocupado, enquanto esperávamos a médica nos chamar.
- Acredito, mas acho que é o nervoso e a fome. – suspirei.
- Também, você vomitou tudo. – ele riu – Depois que saímos daqui eu te levo para tomar um café, ok?
- Pode ser. – sorri.
- Isabella Marie Cullen. – a secretária chamou.
Levantamo-nos num átimo e tudo girou. Oh Deus! Se Edward não me segurasse, com certeza eu ia ao chão.
- Olá meus queridos. – a doutora Davis nos saudou assim que entramos.
Eu dei um inaudível “oi” e a doutora me olhou estranho, depois encarou Edward que sorrira pra ela.
- Bem, o que houve para você me procurar, Bella? – ela me indagou, sorridente.
- Achamos que eu estou grávida. – disse seguido de um suspiro.
- Jura? Ai que bom! – ela sorriu – Mas você fez algum teste...
- Fiz três. – respondi.
- E todos os testes de farmácia deram positivo. – Edward completou.
- Hm... Sendo assim, acho que temos uma nova mamãe aqui. – a médica sorriu.
Por que eu não conseguia sorrir?
- Olha, serei franca. – encarei-a – Não quero passar por tudo aquilo de novo, eu estou atrasada há oito semanas, estou morrendo aqui de náuseas e vomitei tudo hoje, então faça logo o que tem que fazer.
- Calma Bella. – ela riu – Entendo que você passou por um trauma e que está muitíssimo melhor agora, então vamos ao procedimento de praxe.
Eu me levantei e Edward me ajudou, fui até o banheiro e troquei de roupa. Edward me ajudou a deitar na cama e a doutora me olhava minuciosamente. Ela fez o toque e depois nos olhou, sorrindo.
- Pelo exame do toque tudo indica gravidez, Bella. – meu coração acelerou – Mas vamos a ultra-som.
Ela passou o gel e depois começou a passar o aparelho pela minha barriga. Eu segurava a mão de Edward, a mão dele estava quente e a minha muito gelada. Alguns minutos depois ouvimos um batimento cardíaco ecoar pela sala. Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Parabéns, mamãe. – a doutora disse – Seu bebê está com quase nove semanas.
Eu não consegui segurar o choro. A doutora saiu e nos deu privacidade.
- Eu disse, não disse? – Edward me encarava, risonho.
- Disse, disse sim. – sorri entre as lágrimas e o beijei, com paixão.
(...)
Doze semanas.
Eu fiz o beta HCG e este dera positivo, obviamente. As famílias Cullen e Swan estavam em festa com a notícia da chegada do novo neto. Eu estava mais que feliz assim como Edward. Os vômitos ainda eram freqüentes e as náuseas também. Eu terminei de me arrumar, pus um vestido estampado de tecido leve e sandálias de salto baixo. Hoje era o aniversário do Carlisle e iria ter uma festa na mansão Cullen.
- Pronta, amor? – Edward apareceu no quarto.
- Quase. – sorri.
Passei perfume e peguei minha bolsa. Edward, Alice e Emmett combinaram de dar um só presente, nada mais que um iate para o Carlisle, este estava no porto e os irmãos Cullen já tinham presenteado o pai nesta manhã. Agora iríamos para a festa.
Depois de eu quase vomitar no chão do carro, finalmente chegávamos à mansão Cullen, que já estava abarrotada de carros. Entramos e fomos recebidos pelo aniversariante. Sentamos a mesa com os irmãos de Edward, Alice me abraçara longamente, dizendo que eu estava linda a cada dia mais. Theo estava uma gracinha, andando pra lá e pra cá, quer dizer, correndo. Ao olhá-lo, imaginei o meu bebê já nos meus braços e correndo também. Ainda faltavam seis meses pra isso.
A conversa rolava solta, eu ria das piadas sem graça do Emmett e das palhaçadas que ele fazia em geral. De repente uma loira esplendorosa chegara à mesa, belos olhos verdes, branca e de um corpo escultural, usava um micro-vestido preto e super colado em seu corpo esbelto.
- Tanya! – meu querido marido se exaltou ao vê-la, e loira sorrira largamente.
- Edward! – e o abraçara.
- Quem é? – sussurrei pra Alice.
- Tanya Cullen, nossa prima, filha do irmão mais velho do nosso pai, ela tem a nossa idade, é filha caçula do tio Eleazar, ainda tem a Irina e a Kate. – ela me respondeu aos sussurros – Olá Tanya, querida! – Alice se levantou e foi cumprimentar a prima, mas seu tom não era muito feliz ao vê-la.
Mas a loira ainda estava conversando com o meu marido. Com um sorriso falso nos lábios, a tal Tanya abraçara rapidamente a Alice.
- Bem, soube que você será papai agora. – ela disse, sorrindo, ao meu marido.
- Sim! – Edward disse, bobo.
- E eu sou a mãe. – me levantei e me pus presente na conversa.
- Muito prazer, Bella. – sorriu pra mim e estendeu a mão, apertei.
- O prazer é todo meu. – sorri também, avaliando-a da cabeça aos pés, ela fazia o mesmo comigo.
- Não pude comparecer ao casamento, pois estava na França. – ela disse, vangloriando-se.
- Edward, meu amor, estou meio enjoada. – disse a ele – Será que podemos ir para um local menos agitado? – perguntei doce.
- Claro amor. – me deu um beijo rápido – Foi um prazer revê-la, Tanya.
Saímos de perto da loira e entramos na casa.
- O que você está sentindo? – Edward perguntou preocupado, assim que chegamos ao seu antigo quarto na casa.
- Nada. – sorri marota – Só não gostei da loira oxigenada lá. – bufei e cruzei os braços.
Edward soltou uma sonora gargalhada.
- Percebi, mas Tanya e eu só tivemos um breve relacionamento quando éramos adolescentes. – ele disse, sorrindo.
- Mas eu acho que ela nunca esqueceu. – debochei e ele riu de novo.
- Azar o dela, porque eu a tenho como minha prima, somente isso. – disse sério e me beijou.
- Acho bom. – disse entre seus lábios.
E voltamos a nos beijar apaixonadamente. Todo aquele ciúme estava me dando um desejo, um fogo... Não sei!
- Hei calminha aí. – Edward disse, eu o estava atacando, literalmente.
- Amor... – disse manhosa – Eu quero você, aqui e agora. Será que dá? – disse simples e direta.
Edward arregalou os olhos, mas eu sorri maliciosa e voltei a atacá-lo.
(...)
Dezesseis semanas.
Edward POV.
03h16min AM.
Eu corria por um imenso jardim. O dia estava ensolarado, estava quente, mas era um calor agradável. Cheguei perto de uma imensa árvore e debaixo dela, Bella estava sentada com um bebê no colo. Aproximei-me dela e a mesma sorriu a me ver. Sentei ao seu lado e Bella me entregou a criança, era uma menina, sorri mais ainda. A bebezinha abriu seus pequeninos olhos e notei a semelhança da cor dos meus olhos, ela era carequinha, mas também, era um bebê recém-nascido ainda...
- Edward? – Bella me chamou e eu a olhei – Edward?
- O que foi? – indaguei-a.
- EDWARD! – ouvi um grito em meu ouvido e abri os olhos, era um sonho.
- Você está passando mal? – bocejei.
- Não amor. – sorriu e eu me sentei.
- Então o que foi? – bocejei mais uma vez.
- Amor, eu estou com desejo. – disse numa voz quase inaudível.
- Desejo? – então despertei.
- Sim. – me encarou, seus olhos transmitiam vergonha.
- E o que o nosso bebê quer? – sorri e ela retribuiu, triste.
- Pizza de gelatina de morango. – disse e sorriu marota.
- Pizza de gelatina de morango? – repeti e ela assentiu – E aonde eu vou achar essa pizza às três e dezessete da madrugada, Bella? – indaguei-a.
- Eu não sei. – deu de ombros – Só sei que eu quero... Ou melhor, seu filho ou filha quer. – sorriu.
- Por que você não espera amanhecer e nós vamos a uma pizzaria? – perguntei, receoso.
- Edward Anthony Cullen... – disse meu nome completo, encarando-me seriamente – Você quer que seu filho nasça com cara de gelatina? – e sua voz subiu três oitavas.
- Não. – suspirei.
- Então, por favor, encontre uma pizzaria aberta. – sorriu docemente.
- Já que não tenho opção. – bufei e me levantei da cama, indo direto pro closet trocar de roupa.
- E se você puder, trás uma conserva de azeitona? – ela disse de pé e encostada a porta.
- Você odeia azeitona. – olhei-a aturdido.
- Eu sei, mas minha boca está enchendo de água só de imaginar aquela azeitoninha verde! – suspirou.
- Ok. – murmurei e saí do closet, já com uma calça de moletom preta e uma blusa qualquer por cima.
Peguei minha carteira, o celular e as chaves do carro. Saí do apartamento e peguei o elevador. Mulheres já são estranhas normalmente, quando ficam grávidas são triplamente mais estranhas.
(...)
Vinte semanas.
Bella POV.
E o tão esperado dia chegou. Eu já tinha completado os cinco meses de gestação. Minha barriga já estava bem visível e tudo caminhava normalmente bem, eu estava ansiosa, hoje iríamos descobrir o sexo do nosso bebê. Eu estava apostando que era um garoto, mas Edward insistia que era uma menina, assim como minha mãe e a mãe dele. Seria a segunda neta dos Cullen, já que a Jullie – filho de quatro anos da Rose e do Emmett – fora a primogênita e o Theodore – filho de quase dois anos da Alice e do Jasper – fora o segundo.
Eu saí do jornal mais cedo, iria almoçar com o Edward e de lá iríamos para a consulta com a doutora Davis. Eu ainda não tinha comprado muitas coisas para o bebê, só algumas roupinhas de cor neutra. Encontrei Edward no restaurante de sempre, ele já estava lá.
- Oi amor, oi bebê. – e pegou em minha barriga, sorri.
- Oi amor. – e o beijei de leve.
- Com fome? – ele me indagou.
- Faminta! – suspirei e me sentei.
Fizemos os pedidos e começamos a conversar animadamente. Depois de já satisfeitos, nós saímos em direção ao consultório da médica e o nervosismo tomou conta de mim. Ao chegarmos lá, a doutora já nos esperava.
- E então, como estamos? – ela disse, assim que nos sentamos.
- Estamos ótimos! – sorri.
- Doutora, é normal esses desejos malucos da Bella? – Edward indagou-a e ela riu.
- Bom, alguns são interessantes... Por exemplo, quando eu engravidei da Danielle, eu passei a comer coisas que eu nunca gostava... – e a doutora riu.
- Entendo, a Bella odeia azeitona e ameixa. – Edward suspirou – E agora come potes e potes. – disse confuso, eu ri.
- É normal sim. – a doutora disse, sorrindo – Mas não se encha muito disso Bella, você vai vomitar tudo depois e passar mal.
- Eu sei, eu vomito tudo depois. – eu disse – Mas a vontade é imensa, não consigo controlar.
- Compreendo, mas se policie. – ela disse séria – Agora vamos ver se já podemos saber se teremos um belo rapaz ou uma linda mocinha.
Eu assenti e fui trocar de roupa. Como sempre, Edward me ajudou a deitar na cama e a doutora começou a passar o gel sob a minha barriga elevada. Ouvimos o coraçãozinho do nosso filho e eu sorri, meus olhos começaram a lacrimejar.
- Olha só o que temos aqui... – a doutora começou a falar, sorrindo – Hm... Parabéns papais, vocês terão uma bela princesa!
E as lágrimas começaram a rolar. Era uma menina, minha princesa!
- Eu disse, não disse? – meu marido começou a se gabar e nós rimos.
Eu me levantei da cama e fui trocar de roupa, a médica mediu minha barriga e meu peso, estava tudo normal. Passou algumas vitaminas e mais algumas recomendações. Saímos do consultório extremamente radiante.
- Uma garota. – Edward disse me encarando – Eu sabia. – e me beijou.
- Eu também pressenti, mas eu achava que era um garoto. – ri e o beijei mais uma vez.
- Temos que escolher o nome. – ele disse sério – E ajeitar o quartinho dela.
- Eu tenho um nome, gosto muito dele. – sorri ao me lembrar – Amanda.
- Adorei. – ele sorriu – Amanda. É um nome doce.
- Amanda Cullen. – disse.
- Amanda Isabella Cullen? – ele indagou.
- Por que tem que ter o meu nome? – resmunguei.
- Porque temos que ter um segundo nome, nós dois temos. Ela tem que ter também. – ele disse, convicto.
- Então vamos escolher um nome melhor, por favor. – fiz careta.
- Ok. – riu – Que tal: Amanda Marie Cullen? Marie é o seu nome do meio.
- Hm... Gostei. – sorri – Marie era o nome da mãe do pai, gostava demais da Vovó Swan. – lembrei-me das vezes que passava o verão na casa dela, era ótimo.
- Então está mais que certo. Amanda Marie Cullen, bem vinda à família. – Edward disse com as mãos em meu ventre.
(...)
Vinte e quatro semanas.
Edward POV.
Eu e Bella visitávamos a vigésima loja de bebê, o quarto da Amanda estava quase pronto. Faltavam os móveis. Tudo era muito lindo e bonito, não nego que estava adorando participar de tudo aquilo, apesar de que me deixava mais ansioso para ver a minha filha.
- Então, vamos ficar com aquele berço branco e rosa? – indaguei Bella.
- O quarto da Amanda é rosa e lilás, Edward. Tem que combinar. – falou como se eu não entendesse.
- Eu sei amor, mas o berço tem detalhes em lilás também. – rebati.
- Eu sei Ed, mas eu ainda quero olhar outras opções. – sorriu e afagou meu rosto.
Bufei. Eu não tinha opinião a nada ali.
Andamos por mais algumas lojas e finalmente Bella decidira por comprar o berço que falei a ela. Depois dos móveis já comprados, fomos comprar roupinhas pra bebê. Isso era legal, porque eu poderia escolher algumas pra minha filha também. Entramos em mais uma loja de bebê e Bella começou a escolher as coisas básicas pra nossa filha. Na loja da frente, que também era de bebê, vi um vestido lilás, e foi como se eu visse a Amanda dentro dele.
Deixei Bella por alguns instantes e corri para comprar. Saí feliz da loja e com o vestidinho pra minha Amanda. E quando eu avistei Bella, tinham trocentas milhões de coisas com ela.
- Mas o que é tudo isso? – exaltei-me.
- Coisas que a Amanda vai precisar. – Bella me disse sorridente.
- Mas aqui tem coisas até pro quinto aniversário dela. – disse, aturdido.
- Edward Cullen, você acha que tem coisas demais aqui? – Bella me olhou de forma assassina.
- Não amor, não é isso, é que é muita coisa pra uma criança só. – disse nervoso.
- Você negando coisas que sua filha precisa, Edward? – disse raivosa.
- Não é isso, Bella. – disse firme.
- Se você está se negando a pagar, pode deixar que eu pago, a filha é minha! – ela estava transtornada.
- Não exagera. A filha também é minha. – bufei.
- Não parece, Senhor-Tem-Muita-Coisa-Pra-Uma-Criança-Só! – ela dizia, faltava soltar fogo pelas ventas.
Depois desse ataque, eu não disse mais nada. Bella pagou a conta da loja e por mais que eu insistisse, ela não quis que eu pagasse nada. Então eu deixei que ela fizesse o que queria, não ia discutir com ela. Colocamos as coisas no carro e fomos pra casa. Bella não falou mais comigo. Ao chegarmos ao apartamento, deixei as sacolas da Amanda no quarto dela e Bella passou reto pro nosso quarto. Suspirei cansado.
Peguei o celular e disquei pro meu irmão, talvez ele me ajudasse. Chamou três vezes e o grandão atendeu.
- Oi irmão. Bella já está te abduzindo? – e riu.
- Não, ainda, mas está quase. – suspirei – Acredita que ela deu um ataque só porque eu disse que estávamos levando coisas demais pra bebê?
- Acredito. – e gargalhou – Rosalie quase me matou numa loja de bebês quando eu fui dizer que minha filha não precisaria de tantos sapatos.
- Por que elas ficam loucas quando estão grávidas, hein? – perguntei, confuso.
- O pior nem é esse, o pior é depois que são mães, elas se transformam em leoas. – Emmett dizia, rindo – Mas é só não contrariá-la, Edward. Bella está numa fase sensível da vida. – e riu.
- Eu sei disso, Emmett. – suspirei – Mas ela está maluca, eu pensei que ela fosse me matar lá na loja e ultimamente ela está mais estranha, está parecendo uma psicopata. – confessei.
- É só o começo, meu caro. – Emmett disse, sábio.
- Eu não sei mais o que fazer! – exasperei-me – Agora ela está sem falar comigo desde a loja e se trancou no quarto.
- Elas são assim mesmo, brigam conosco num minuto e cinco minutos depois estão falando conosco como se não houvesse nada. – riu novamente.
- Eu espero que ela volte ao normal logo, pois eu não sei se vou agüentar. – disse cansado.
- Não vai agüentar o que, Edward? – Bella disse, atrás de mim, assustou-me!
- Depois eu te ligo. – murmurei e desliguei o celular, virando-me pra ela.
Bella me olhava furiosa.
- Não vou agüentar mais os seus ataques. – disse, encarando-a.
- MEUS ATAQUES? – gritou e quase estourou meus tímpanos – Meus? Tem certeza? Não sou eu que dou ataque por gastar com a sua filha! Você nunca negou nada a mim, vai negar a ela? – e começou a chorar.
- Não foi isso que eu disse Bella, você entendeu errado. – tentei explicar – Eu só me assustei com a quantidade de coisas, não pensei que um bebê precisaria de tantas coisas...
- Claro, você não pensa em nada, Cullen! – berrou, aos prantos – Pra você é muito fácil, não é você quem está carregando um bebê! Não é o seu corpo que se transforma! E nem é você que muda de humor a cada cinco segundos! – e as lágrimas caiam como chuva.
- Bella, amor, acalme-se. Pense na nossa filha. – tentei acalmá-la.
- AAAH... AGORA VOCÊ PENSA NA SUA FILHA? – berrou – EU TE ODEIO, EDWARD CULLEN! – e saiu batendo o pé.
Cocei a cabeça nervoso e bufei irritado. Peguei as chaves do carro e saí. Precisava respirar e me acalmar. Fui para o apartamento do Emmett e da Rose, como era um final de semana, os dois estavam em casa. Jullie que atendeu a porta, a garota era a cara do Emmett, mas tinha o jeito da Rosalie. Abracei a minha sobrinha e entrei no apartamento, Rose me cumprimentou e Emmett apareceu em seguida.
- O que houve mano? – disse rindo.
- Você ouviu a Bella aquela hora, não? – perguntei e me sentei no sofá.
- Sim, já estava até pensando em encomendar o seu caixão. – riu.
- Não, ela começou a gritar comigo e a chorar. – disse a ele – Depois voltou a se trancar no quarto, então resolvi sair e respirar.
- Fique aqui o quanto quiser, depois você volta. – disse compreensivo.
Rosalie se juntou a nós depois e me ofereceu um lanche. Brinquei com a Jullie por alguns minutos e já estava de noite, quando o telefone da casa começou a tocar, Rose foi atender.
- Oi Alice. – minha irmã? – Ele está aqui. – ela riu – Passou já pra ele. – e veio com o telefone em minha direção – Alice.
Eu peguei o telefone e atendi.
- Oi pequena. – saudei-a.
- EDWARD CULLEN, QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA? DEIXAR SUA MULHER GRÁVIDA DE SEIS MESES SOZINHA EM CASA? PIROU? – ela gritava.
- Calma Alice. – pedi – Bella e eu discutimos, então para eu não pirar, saí de casa, vim no Emmett... Como se fosse muito longe. – revirei os olhos.
- Mas você nem a avisou, não é idiota? – xingou-me – Ela me liga aos prantos se eu sei de você, disse que seu celular estava fora de área e recorreu a mim. Disse a ela que você não estava comigo, mas que tentaria encontrá-lo. – bufou – Será que dá pra você voltar pra casa imediatamente? Antes que ela sucumba de tanto chorar?
- Claro, estou indo. – disse a ela.
Encerramos a ligação e eu fui olhar o meu celular, estava desligado, devia ter descarregado. Despedi-me do meu irmão, da minha cunhada e do meu sobrinho. E voltei voando pra casa, assim que pus os pés no apartamento. Bella veio correndo e se jogou em meus braços, chorando.
- Ai Edward! Eu pensei que você tinha ido embora, que tinha me deixado. Amor, desculpa! Não quis brigar com você, é que eu estava nervosa e você me irritou, então... – ela começou a dizer rapidamente.
- Hei, hei... Calma! – sorri e ela se calou, olhando-me como um cachorrinho que caiu da mudança – Desculpe-me ter saído sem avisar, não foi a minha intenção te deixar preocupada. E me desculpe também por hoje mais cedo, eu não sabia mesmo, só fiquei impressionado. – sorri e a beijei na testa – Eu nunca vou negar nada a minha filha e nem a você. Vocês são a minha vida agora.
E Bella voltou a chorar, só que de emoção agora.
(...)
Vinte e oito semanas.
Bella POV.
O jardim da casa dos meus pais estava cheio de gente. Resolvi fazer o chá de bebê da Amanda aqui, já que era a primeira neta dos meus pais e ambos estavam mais que babões pela neta que ainda nem nasceu. Estava tudo decorado em rosa e lilás. Estávamos somente à espera da Amanda e agora eu já estava com sete meses, faltava pouco.
As garotas pintaram e bordaram comigo. Minha barriga estava totalmente escrita, eu estava com uma saia que ia até o pé e um top preto, já sabia que iam curtir muito comigo. Paguei alguns micos obviamente, tiraram muitas fotos e depois de tanta correria, eu pude me sentar ao lado do meu marido.
- Você está incrivelmente linda, amor. – Edward disse, abraçando-me.
- Obrigada, mas eu não acho não. – e rimos – Estou absurdamente cansada. – suspirei.
- Acredito. – e pousou suas mãos em minha barriga, senti algo me chutando.
- Hei! – exclamei e pousei minha mão em cima da dele.
Amanda se mexia e muito, mas não era de chutar e era a primeira vez que estava chutando. Lágrimas vieram em meus olhos.
- Nossa... Ela chutou... Pra mim! – Edward sorria, bobo – Toda a vez que tento senti-la mexer, ela resolve ficar paradinha. – suspirou – Oi neném do papai, estou doido pra te ver, sabia? – ele disse com a cabeça encostada a minha barriga.
Eu me senti em êxtase com isso. Eram aqueles simples momentos que me faziam ficar boba e emocionada.
(...)
Trinta e duas semanas.
Já eram duas da manhã e eu não conseguia dormir. Amanda estava se mexendo desde as sete da manhã e não parou até agora. Eu já não agüentava mais e nem Edward, tentei ficar de molho na banheira e nada. Já bebi não sei quantos litros de suco de maracujá e nada dessa menina dormir. Eu já não agüentava mais.
Parecia que estava tendo uma rave na minha barriga e Amanda estava adorando, pulando e chutando tudo. Suspirei pesadamente, eu estava sentada na minha cama, com as mãos pousadas na barriga.
- Vamos Amanda, fica quietinha bebê. A mamãe quer dormir. – choraminguei.
- Está impossível, não é? – Edward saía do banheiro, tinha acabado de tomar banho.
- Muito. – suspirei.
- Espera aí, vou tentar uma coisa. – ele disse e entrou no closet.
Voltou em menos de um minuto, de cueca e calça de moletom. Edward veio para o meu lado e pôs as mãos na minha barriga e a cabeça, e então começou a cantar. Edward tinha uma voz incrível, poderia ser cantor. Então, depois de quase vinte minutos cantando pra nossa pequena, senti-a se acalmar e ficar quieta. Eu já estava sonolenta também, então me aconcheguei no peito do meu marido e dormi.
(...)
Trinta e sete semanas.
Edward POV.
O aniversário de Bella estava próximo, dia treze de setembro e hoje era dia onze. Eu estava organizando uma surpresa pra ela na casa dos pais dela. Sei que ela já fez os nove meses, e agora a qualquer momento a Amanda poderia nascer. Mas a médica marcou o parto para o dia catorze, um dia depois do aniversário da Bells.
Eu tinha acabado de chegar do serviço e Bella estava sentada no sofá rindo, estava vendo televisão. Ela me viu chegar e se levantara, viera me receber. Beijei-a apaixonadamente e depois a soltei, ela estava com uma cara estranha. Encarei-a confuso e depois olhei para o chão, tinha uma poça d’água embaixo dela.
- Você fez xixi, amor? – brinquei.
- Não querido, a bolsa que acabou de romper. – disse naturalmente.
Bella POV.
Eu estava me divertindo. E olha que eu faria um parto a qualquer momento. Edward estava mais que atrapalhado pegando as coisas. Eu já tinha ligado pra médica, para meus pais e para Alice, pedi a ela que ligasse para os irmãos e meus sogros. Depois de ter trocado de roupa, eu estava começando a sentir as contrações, de leve.
Edward finalmente se acalmou, então podemos descer de elevador e entrar no carro. Ele estava uma pilha de nervos.
- Amor, acalme-se. Quem vai fazer todo o trabalho sou eu. – ri.
- Mas eu estou nervoso! – exaltou-se.
- Ok, mas vamos chegar ao hospital com segurança, ok? – sorri – Ainda faltam boas horas de trabalho de parto para a Amanda nascer. – tentei tranqüilizá-lo.
Chegamos ao hospital e nos encaminhamos para a recepção. Esperei mais alguns instantes e fomos para o quarto, minha médica já estava lá.
- Bella, você ainda não tem dilatação suficiente. – ela disse – Temos que esperar mais algumas horas.
- Quanto tempo doutora? – Edward a indagou.
- Acho que umas três horas. – ela disse.
(...)
Três horas depois.
Edward POV.
- AAAAAAAAAAAAAAAH! EDWARD! EU NUNCA MAIS TEREI OUTRO FILHO SEU! – Bella berrava a quem quisesse ouvir.
A cada contração que vinha ela berrava. Nossas famílias já estavam lá e eu olhava pra Bella, assustado demais. Até que a Dra. Davis aparecera no quarto.
- Bem, vamos ter que reduzir a quantidade de pessoas aqui. – ela disse, séria.
- Eu fico porque sou o pai. – disse logo.
- Eu fico porque sou mãe dela. – a mãe de Bella se pronunciou.
- Eu fico porque serei a outra avó. – minha mãe disse.
- Ótimo, então o restante saia. – a doutora disse e todo mundo saiu – Bem, vamos ver aqui... – e levantou o lençol que cobria Bella – Ótimo, você já tem dilatação suficiente, vamos lá? – ela sorriu confiante a Bella.
- Doutora, eu não agüento! Quero uma epidural agora! – Bella disse, nervosa.
- Eu sei querida, mas agora não dá mais. Combinamos o parto há meses, agora você vai fazer o máximo de força quando a próxima contração vier. – ela respondeu a Bella.
Eu estava ao lado de Bella e segurando sua mão, minha mãe e a mãe dela estavam em um canto. A sala tinha mais outra médica e mais dois enfermeiros. Bella começou a gritar a apertar minha mão, não aonde ela encontrava tanta força, mas eu não estava sentindo os meus dedos.
- AAAAAAAAAAAAAAAAH! EDWARD, SE CONTENTE SÓ COM A AMANDAAAAAAA! – e ela berrava, eu estava com medo.
- Vamos lá Bella, mais força. Já estou vendo a cabeça dela. – disse a doutora.
- EU NÃO AGUENTOOOO! – Bella berrava.
- Agüenta sim querida, vamos lá! – a doutora dizia.
- Vamos lá amor, falta pouco. – disse em seu ouvido.
E veio mais uma contração, Bella berrava e depois escutamos um choro agudo. E foi como se o mundo parasse. A doutora me mostrou a bebê, sorri ao vê-la se contorcer e chorar, suja de sangue. Bella chorava de emoção e eu também.
Bella POV.
Suspirei aliviada quando ouvi o choro da minha filha, meu coração se
encheu de felicidade. Esperei alguns minutos e uma enfermeira colocava a minha filha nos braços do meu marido.
- Amanda. – disse aos soluços e sorrindo.
- Ela é linda e perfeita. – Edward disse, babando.
- Ela tem o seu nariz. – ri.
- E a sua boca. – e ele me beijou.
A enfermeira pegou a Amanda de volta, para fazer os exames de praxe. Pude respirar tranqüila, valeu tudo que aconteceu, minha filha era linda e perfeita.
(...)
Dois dias depois.
Eu e a minha filha deixamos o hospital hoje pela manhã. Hoje era dia treze de setembro, meu aniversário e eu ganhei o meu presente na noite do dia onze. Amanda era incrivelmente a mistura de nós dois, ela tinha os olhos castanhos da cor de chocolate como os meus e os cabelos ralos da cor de bronze do Edward. Nós dois babávamos a toda hora com ela.
Agora eu a estava amamentando, era lindo vê-la olhar pra mim quando enquanto ela se alimentava. Eu sorria toda a vez, apesar de sentir dores, mas o olhar dela valia tudo. Ela terminou de mamar e eu a fiz arrotar. A casa estava num silêncio profundo, Edward tinha ido não sei onde. Saí do meu quarto e fui pra sala, estava tudo um breu. Acendi as lâmpadas e tomei um susto.
- PARABÉNS PRA VOCÊ, NESSA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES MUITOS ANOS DE VIDA! – todos as pessoas que eu mais amava no mundo estavam cantando parabéns pra mim.
Edward estava com uma torta de chocolate com morangos nas mãos e em cima dela uma vela com o número vinte e sete. Eu sorri largamente ao vê-los. Eu me senti a pessoa mais abençoada do mundo: pais que me amavam acima de tudo, um marido perfeito e que me amava mais do que a própria vida, sogros maravilhosos, cunhados maravilhosos, amigos perfeitos e o principal: uma filha, que era a razão de tudo agora.
FIM.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
AÊÊÊ! Chegamos ao fim de mais uma short-fic. Ah... Essa short foi perfeita pra mim, emocionei-me demasiadamente com ela. Eu tentei retratar no último capítulo os passos da gravidez, de mês em mês, com alguns acontecimentos: desejos, mudança de humor, etc. Eu espero que vocês tenham amado a Amandinha, a princesinha Cullen.
E é lógico que terá um epílogo, que vai ser diferente dos que eu já fiz e provavelmente mais curto. Bom, muitíssimo obrigada a quem esteve comigo do começo ao fim, e obrigada também a quem pegou a fic já no meio da viagem. *risos*
Um beijo no coração de cada um,
Tamy Black.