The Flames escrita por Katherine


Capítulo 3
O jogo do amor




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— Você tem um encontro? – Melissa perguntou ao filho, com um sorriso de orelha a orelha, enquanto o moreno queria ser o mais discreto possível com aquele assunto – Claro, pode ficar com o carro.

— Tá falando sério? – perguntou sem conter a empolgação – Mãe, eu amo você!

O garoto sabia que as coisas não eram tão fáceis quando se tratava de pegar o carro de sua mãe emprestado, mas, Scott não queria ir buscar Lydia com sua moto, afinal era uma noite fria e só Deus sabia como poderia sair do jogo. Porém, pela feição de Melissa, ele teria que fazer muito mais do que simplesmente encher o tanque.

— Não tão fácil assim, amor – sorriu segurando as chaves nas mãos – Me conte quem é a garota que eu decido se lhe entrego as chaves ou não.

Scott revirou os olhos.

Como iria contar para sua mãe que teria um encontro com a garota do hospital? Sua mãe se lembraria dela?

— Você não conhece – deu de ombros, sentando em uma das banquetas que haviam ali – Quer dizer, não acho que se lembre dela.

A mais velha sorriu, estavam no caminho certo.

— Então, eu já tive algum contato com a garota? – perguntou – Minha memoria é boa, filho.

— Eu sei – murmurou deixando bem claro que aquilo não era algo para de orgulhar – A alguns dias ela estava no hospital. A garota da agua, lembra? Ruiva, vestido vermelho, avó doente no 305 da ala C.

A boca de Melissa se abriu em um perfeito O.

— Andou fazendo o dever de casa, hein – brincou – Você investigou toda a vida da menina?

— Não – respondeu convicto e envergonhado ao mesmo tempo – Mãe, por favor, acaba com essa tortura.

— Tudo bem – jogou as mãos para o ar, se rendendo – As chaves são suas, mesmo que eu ache a menina demais pra você.

— Obrigado, mãe – disse sarcástico.

— Ah, amor – lhe entregou as chaves – Não se sinta ofendido, tenho certeza de que concorda comigo.

Ele realmente concordava.

— Obrigado – respondeu, de verdade daquela vez.

— Você ainda tem, né?

— O que? – franziu o cenho.

— O fato de eu achar a garota bonita não significa que eu queira crianças ruivas correndo pela casa, então...

— Pelo amor de Deus, mãe! – ele rolou os olhos – Que tipo de cara pensa que eu sou?

— É exatamente isso que me assusta.

Ele levantou-se pegando sua mochila e depositando um beijo no rosto de sua mãe.

— Preciso ir busca-la – disse – Bom plantão.

— Bom jogo – desejou.

Lydia Martin nem se quer sabia explicar a quanto tempo estava na situação de escolher uma roupa para ir ao jogo quando recebeu a mensagem de Scott dizendo que estava saindo de casa. Ela lhe mandou a localização algumas horas antes, para que fosse busca-la, como havia insistido. A mãe da ruiva ainda estava no hospital com a sua avó, então a mesma estava sozinha em casa, sem nenhuma outra opinião sobre suas vestimentas. Chegou a um momento que pegou uma peça de roupas que ainda não havia usado, pois comprou assim que pisou em Beacon Hills.

A  campainha tocou e, não soube-se disser qual dos dois parecia mais nervoso para aquele momento. Scott, talvez. A ruiva estava terrivelmente acostumada com encontros, não que quisesse, como na maioria das vezes, mas era uma oportunidade para os garotos deixarem de serem tão insistentes.

— Oi – ela sorriu.

— Oi, Lydia – ele retribuiu – Vamos?

Eles se encaminharam para entrar no carro, rumo a escola.

— Já assistiu Lacrosse? – Scott perguntou, realmente interessado.

— Algumas vezes, com meu pai – respondeu – Mas, faz bastante tempo. O treinador deixou você jogar?

Ele assentiu.

— Era só um dia ruim – sorriu – Hoje vai me ver jogando de verdade.

— A quanto tempo você faz isso? – perguntou.

— Desde o primeiro ano – deu de ombros – Não que fossemos muito bons assim que começamos, mas aprimoramos com o tempo.

— Você e seus amigos? – ele assentiu – Liam e Stiles, né? Ouvi falar.

Scott franziu o cenho, sem deixar de mostrar os dentes.

— O que mais ouviu falar de mim? – perguntou, estacionando na em uma vaga próxima ao campo.

— Que você é um dos capitães do time – ela mordeu o lábio reprimido o riso – E que não gosta muito de outros.

— Defina outros, Lydia – provocou.

— Theo e Jackson – deu de ombros – Não que eu me importe, mas foi o que me contaram.

— Você os conhece? – Scott desmanchou o sorriso, chegando no ponto crucial daquela noite.

— Jackson não – negou – Apenas vi algumas vezes pelos corredores.

— Theo? – insistiu.

— É meu vizinho – disse saindo do carro – Um pouco misterioso, mas meu vizinho.

Scott suspirou, feliz e aliviado. 

— Tenho que ir para o vestiário – decretou, caminhando ao lado da ruiva.

— E eu pegar um lugar.

O garoto segurou a mão da ruiva, fazendo-a parar de andar.

— Não some até o fim da noite, tá? – pediu – Me espera aqui.

Ela assentiu.

— Boa sorte, Mccall – desejou depositando um selinho nos lábios do moreno, que permaneceu estático, mesmo quando ela saiu.

Ele não teve duvidas de que ganharia aquele jogo.


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