Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 5
Capítulo 5 - Uma Ajuda, Um Beijo


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente ❤ Aqui está o próximo capítulo, espero que vocês gostem ❤

Obrigada a linda ViolettaS2 por ter favoritado a fic ❤

Obrigada as lindas que comentaram no último capítulo:
- Duh Leon
- Germangie 17
- GabriellaSantos
- ViolettaS2

Adorei ler cada um dos comentários de vocês ❤

RECADO: Posto o próximo capítulo com mais 5 comentários ❤

Boa Leitura! ❤



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                              "Es complicado enredado
                                          Estar a tu lado y fingir
                                          Que tengo control en mi
                                          Es complicado arriesgado
                                          Porque me puedes destruir
                                          Si no sientes lo mismo
                                          A veces te dejo ir
                                          Al corazón le miento
                                          Otras quisiera decir
                                          Que quiero ser mas que amigos"

                                           * Mas que Amigos
                                                           (Danna Paola)

 


                                                           NARRADORA

 

Angeles acabou acordando bem mais cedo do que no dia anterior. Logo que acordou, esticou o braço até o criado-mudo que ficava próximo à cama e pegou seu celular. Ainda eram 8:00 horas.

 

Ela se sentou na cama e se deu conta de que estava coberta. Ela não se lembrava de ter se coberto na noite anterior. Até que lembranças da noite anterior invadiram os seus pensamentos.

 

German. Sem dúvida tinha sido ele que tinha se preocupado em cobrí-la durante a noite. Ela sentiu um calor tomar conta de suas bochechas ao constatar que provavelmente tinha adormecido abraçada a ele.

 

Ele tinha sido tão gentil na noite anterior, quando ela começara a chorar sem parar. Tinha ficado ao seu lado até ela adormecer. Gesto que não tinha passado em branco pelo coração de Angeles.

 

"Não, isso não está certo", pensou. "Pare de pensar nele imediatamente Angeles Carrara", ela se repreendeu mentalmente.

 

Ela balançou a cabeça e tratou de tirar Germán de seus pensamentos. Ela sabia perfeitamente o que era ter esperanças e depois ver que só se iludiu.

 

Angie precisava de um pouco de ar. Ela se levantou, abriu a janela do quarto e permaneceu em frente a ela.

 

O dia estava nublado. Angie olhou pela janela do quarto de hóspedes. Parecia perfeito para ficar na cama, mas ela se lembrou de que tinha muitas caixas para desempacotar e coisas para arrumar em sua casa. Ela sabia que não podia se dar a esse luxo. Uma hora ou outra teria que criar coragem e arrumar tudo.

 

Depois de alguns minutos, Angie suspirou e fechou a janela. Precisava se arrumar e ir logo para a sua própria casa.

 

Após fazer sua higiene matinal, ouviu uma batida na porta e em seguida a voz da sobrinha:

 

— Angie, você já está acordada? Posso entrar?

 

Angie foi até a porta e a abriu.

 

— Bom dia Vilu. — Sorriu.

 

— Bom dia Angie. — Falou e abraçou a tia, que retribuiu com muito carinho.

 

— O que está fazendo acordada tão cedo? — Perguntou, enquanto Vilu entrava no quarto e se sentava na cama.

 

— Acho que eu poderia fazer a mesma pergunta. — Sorriu. — É que eu acordei com uma melodia na cabeça e tive que escrever uma letra pra ela. E depois não consegui dormir mais.

 

— No meu caso, eu não sei como acordei tão cedo.

 

— Esse vestido é pra você. — Vilu se levantou e só então Angie percebeu que a sobrinha segurava algo nos braços.

 

— Ele é lindo Vilu, mas não posso usá-lo. Ele era da sua mãe.

 

— Angie, ela adoraria que você o usasse. Vai ficar perfeito em você e além disso ela nunca o usou. É um desperdício deixá-lo guardado no armário. — Ela estendeu o vestido para a tia.

 

Angie pegou-o e acabou cedendo ao pedido. Ela se trocou rapidamente e colocou a sapatilha básica que tinha usado no dia anterior.

 

Logo após, ela se olhou no espelho de corpo inteiro.

 

— Ficou lindo em você. Parece que o vestido foi feito pra você Angie.

 

O vestido era bem simples e casual. Era de um tom coral, mais apertado na parte de cima e mais solto até os pés. Por ser longo, era o vestido perfeito para um dia nublado. A sapatilha preta combinou perfeitamente com o vestido.

 

— Obrigada Vilu, eu adorei. Você me salvou, porque eu não tinha nada pra vestir.

 

— Eu sei que eu sou incrível. — Brincou.

 

— Sim, você é. — Angie riu. — Mas agora eu preciso ir pra minha casa Vilu. Eu tenho várias caixas pra desempacotar.

 

— Me deixa ir junto? Por favor Angie, senão eu vou ficar o dia todo entediada. — Vilu implorou.

 

— Tudo bem, você pode vir comigo. — Angie acabou cedendo ao pedido.

 

Angie terminou de se arrumar e ambas desceram pra tomar café. Logo após, saíram da mansão e foram pra casa de Angie.

 

                                                        (…)

 

German tinha acabado de sair de uma reunião de negócios, que começara às 7:30 e só teminara às 9:00. E agora estava preso no trânsito, por culpa de um congestionamento. Já fazia um bom tempo que ele estava esperando que a fila de carros aglomerados andasse. Até que ele ouviu seu celular tocar e pegou-o. Era uma mensagem de Violetta:

 

"Bom dia, papai! Só estou enviando essa mensagem pra te avisar que estou na casa da Angie para ajudá-la a desempacotar as caixas de mudança. Então não se preocupe se eu demorar pra chegar em casa. Beijos."

 

German sorriu ao ler a mensagem da filha. Agora ele tinha a desculpa perfeita para ir até a casa de Angie e ficar de olho nela. Apesar dele saber que ela já deveria estar melhor do que no dia anterior, ele precisava se certificar. Ela o deixara preocupado e agora, ele precisava saber que ela estava bem.

 

Quando o trânsito começou a andar, German tinha certeza de qual caminho seguir.

 

                                                       (…)

 

Angie não sabia que tinha tanta coisa assim pra arrumar. A pilha de caixas amontoadas era enorme. Não tinha ideia de por onde começar.

 

Ela e Vilu decidiram começar pelo que era aparentemente mais fácil, então foram para o quarto de Angie. Até que não deu tanto trabalho pra arrumá-lo. Se resumiu basicamente a organizar as roupas de Angie dentro do armário e arrumar os móveis do quarto.

 

Elas estavam terminando de arrumar quando Angie ouviu a campainha tocar e foi atender.

 

Ao abrir a porta, ela ficou surpresa ao se deparar com um Germán sorridente. Ela não esperava por isso.

 

— Bom dia Angie! — Ele cumprimentou logo que a viu.

 

— Bom dia! — Ela respondeu em um tom surpreso.

 

German fixou seu olhar mais atentamente em Angie. Ele ficou maravilhado no quanto a loira a sua frente estava linda.

 

O que lhe chamou atenção foi o vestido que ela usava. Ele lembrou-se de que aquele vestido tinha sido um presente que ele havia dado a Maria poucos dias antes do acidente de carro que tirara a vida dela e, por isso, ela nunca tivera a chance usá-lo.

 

Ele se deu conta de que o vestido parecia ter sido feito para Angie. O vestido se moldava perfeitamente ao corpo dela. Ele parecia hipnotizado pela mulher a sua frente.

 

— Eu sei o que você está pensando. Se você quiser eu posso trocar de vestido. Eu sei que foi um presente seu pra minha irmã. — Falou compreendendo a situação da forma errada.

 

— Não, não é isso. Fique com o vestido, caiu muito bem em você.

 

— Tem certeza?

 

— Depende. Você quer ter certeza se pode ficar com o vestido ou se ele ficou bonito em você? — Ele brincou.

 

— German! — Angie repreendeu. — Você sabe exatamente a quê eu me referia.

 

— Tudo bem. Quero que você fique com o vestido Angie, tenho certeza absoluta disso. Melhor?

 

— Sim. — Ela balançou a cabeça. — Mas o que você está fazendo aqui?

 

                                                     ANGIE

 

— Eu só queria me certificar de que você estava bem. Você me deixou preocupado ontem a noite. — Ele respondeu em um tom sério.

 

— Obrigada, mas agora eu estou bem. — Sorri, foi um gesto fofo da parte dele.

 

— Não vai me convidar pra entrar?

 

— Pretende ficar de olho em mim o dia todo? — Eu sabia exatamente o que ele pretendia com essa visita inesperada.

 

— Não digo o dia inteiro, mas que tal boa parte da tarde? — Ele sugeriu, com um sorriso de lado.

 

— Eu estou bem. É sério. Não precisa bancar a babá.

 

— Eu não estou aqui pra bancar a babá. Nós somos amigos, lembra? E amigos se ajudam, então eu poderia te ajudar com a mudança.

 

— Você não tem alguma reunião ou algo do tipo? — Ele era um dos melhores engenheiros do país, então ele deveria ter algo pra fazer não é?

 

— Eu resolvi tirar a tarde de folga pra ajudar uma amiga com a mudança dela. — Ele piscou pra mim. — Eu posso ser muito útil.

 

— Você vai insistir até que eu ceda e deixe você me ajudar não é? — Eu tinha certeza de que era isso que ele faria.

 

— Exatamente.

 

— Tudo bem. Pode entrar Germán. — Acabei cedendo. Me afastei da porta para dar espaço para ele passar.

 

Ele entrou e começou a olhar ao redor.

 

— No que eu posso ajudar?

 

— Você pode me ajudar a desempacotar aquelas caixas. — Apontei para algumas caixas perto da parede da sala. — Elas estão cheias de CDs, livros, DVDs e coisas do tipo. Você tem que organizá-los nas prateleiras.

 

— Tudo bem, acho que eu posso fazer isso.

 

— Enquanto você coloca os livros na prateleira de cima, eu coloco os CDs na de baixo.

 

German começou a desempacotar a caixa que tinha livros dentro, enquanto eu fazia o mesmo com a de CDs.

 

— Não sabia que você gostava tanto de ler. — Ele disse enquanto empilhava alguns livros na prateleira.

 

— Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. — Acabei soltando.

 

— Como o que por exemplo? — Ele olhou pra mim, parecendo interessado em ouvir minha resposta.

 

Eu não sabia o que responder. Tudo por culpa da minha boca grande que não sabia a hora de ficar fechada. Eu não tinha a intenção de que o que eu disse soasse como um desafio para ele me perguntar o que quisesse. Mas foi exatamente isso que acabou parecendo.

 

Para minha sorte, antes que eu pudesse responder, Vilu saiu do meu quarto vindo em direção a sala.

 

— Angie, eu acabei de terminar de… Ah, oi papai. — Ela se interrompeu ao ver o pai. — O que está fazendo aqui?

 

— Oi Vilu, é que eu resolvi ajudar vocês com a mudança.

 

— Que bom, quanto mais gente ajudando, melhor. Não é Angie? — Ela disse sorrindo pra mim. Eu sabia exatamente o que aquele sorriso significava.

 

— É, acho que sim. — Olhei para Violetta.

 

— Bem, acho que vocês estão indo bem sozinhos por aqui. Então eu vou voltar pro quarto.

 

— Mas você não disse que já tinha acabado? — German perguntou.

 

— É, eu disse … mas eu acabei de me lembrar que eu esqueci de algumas coisinhas. — Vilu improvisou. Eu tinha certeza que ela já tinha terminado de arrumar tudo, mas era do feitio dela mesmo achar oportunidades para me deixar sozinha com German. — Então, tchau pra vocês, quando eu terminar, eu volto pra sala.

 

Vilu voltou para o quarto, mas não sem antes me lançar um sorrisinho que eu sabia perfeitamente o que significava.

 

                                              GERMAN

 

Angie e eu voltamos a organizar os livros e CDs. Ela parecia bem concentrada na tarefa.

 

Olhei para Angie, ela estava linda naquele vestido, era incrível como ele parecia ter sido feito para ela.

 

— O que foi? — Ela olhou pra mim.

 

— Nada. — Respondi, apenas. Não tinha me dado conta de que tinha parado de organizar os livros.

 

Angie me lançou um olhar desconfiado, mas não disse nada.

 

Continuamos a colocar os livros e CDs em ordem, mas não demorou muito para que a prateleira de Angie ficasse cheia e ela precisasse usar a de cima.

 

Percebi que Angie precisava ficar na ponta dos pés para conseguir alcançar a prateleira.

 

— Você precisa de ajuda? — Ofereci.

 

— Não, eu consigo. — Ela respondeu.

 

— Não precisa ser orgulhosa.

 

— E você não precisa se preocupar. Obrigada, mas acho que consigo sozinha.

 

Eu tinha certeza de que isso acabaria não dando certo, mas já que ela insistia em fazer tudo sozinha, eu não iria insistir.

 

Não demorou muito pra que eu ouvisse um barulho. Olhei pra Angie para ver o que havia acontecido.

 

Me deparei com alguns livros, que ela tinha tentado empilhar, espalhados pelo chão. Me abaixei para ajudá-la a pegá-los.

 

— Acho que agora você pode dizer: "Eu te avisei" — Ela lançou um sorriso tímido pra mim.

 

— Não se preocupe. — Sorri de volta para ela. — Quantas vezes não foi o contrário?

 

— Algumas.

 

— Pode falar a verdade Angie, eu sei que foram muitas.

 

Angie riu, um som lindo que eu adorava ouvir.

 

Terminamos de pegar os livros do chão e nos levantamos. Angie me passou os livros e eu os devolvi onde estavam.

 

— Obrigada German. — Agradeceu. — E me desculpa pela teimosia.

 

— Sem problemas. — Pisquei pra ela, que sorriu e balançou a cabeça com o meu gesto.

 

                                                      (…)



        Depois de terminarmos de arrumar as prateleiras, decidimos descansar um pouco. Angie se sentou no sofá da sala e me sentei ao seu lado.

 

— E então Angie, você vai voltar para o Studio? — Puxei assunto.

 

— Sim, eu vou. — Ela sorriu.

 

— Você já sabe quando?

 

— Eu conversei com o Antônio e ele me disse que posso voltar quando eu quiser. Só vou antes terminar de me acomodar de novo em Buenos Aires. Mas não vejo a hora de voltar a dar aulas de canto.

 

— Pelo jeito você está ansiosa. — Ele adivinhou.

 

— Sim, você não imagina o quanto. Meu trabalho na França era incrível, mas eu sentia muita falta de ser professora de canto.

 

                                           ANGIE

 

— Eu não te disse ainda, mas fico feliz que você tenha voltado para Buenos Aires. — Germán disse e eu senti meu pulso acelerar.

 

— Obrigada, também estou feliz por ter voltado. — Respondi, um pouco sem jeito. Eu não esperava que o que ele dissesse me desestabilizaria.

 

— Já terminaram por aqui? — Vilu perguntou, vindo em nossa direção. Pelo jeito eu estava devendo mais uma pra Vilu por ela ter me salvado outra vez.

 

— Sim, faz alguns minutos que nós terminamos. — German respondeu. — E você, já terminou de arrumar o quarto?

 

— Acabei de terminar. — Ela olhou pra mim. — O que nós podemos arrumar agora Angie?

 

— Acho que a cozinha e a sala de jantar, elas estão lotadas de caixas. — Sugeri.

 

— Então vamos. Levantem-se vocês dois. Nós temos muito o que fazer ainda. — Vilu disse, animada.

 

— Quanta animação Vilu. — Sorri para minha sobrinha.

 

— É que hoje eu acordei com o pé direito, então estou de bom humor.

 

— É, deu para perceber. — German sorriu para a filha.

 

                                                   (…)

 

Algumas horas depois, tínhamos conseguido arrumar a cozinha inteira e mais algumas coisas. O único cômodo da casa que ainda precisava terminar de ser arrumado, era a sala. A única coisa que estava organizada na sala, eram as prateleiras que German tinha me ajudado a organizar.

 

Olhei para a tela do meu celular para verificar as horas. Já eram 16:30. Uau, o tempo tinha passado rápido. Vilu e German me ajudaram muito, não sei nem como agradecê-los. E German foi muito cavalheiro, quando era 12:00, ao nos levar para almoçar em um restaurante.

 

Agora estávamos os três sentados no sofá, um ao lado do outro. Vilu a minha esquerda e German a minha direita. Vilu tinha feito questão de que eu me sentasse no meio.

 

Vilu estava com a cabeça apoiada no meu ombro, enquanto eu brincava com os seus cachos. Se continuasse assim, não demoraria muito pra que ela dormisse. Enquanto isso, German apenas nos observava.

 

Vilu despertou num pulo, quando ouviu o celular tocar. Ela deslizou o dedo na tela, e logo o atendeu.

 

— Oi meu amor. — Ela respondeu. Sem dúvida, era Léon.

 

Eles conversaram por uns poucos minutos e Vilu desligou.

 

— E então? — Perguntei, lançando pra Vilu aquele mesmo sorrisinho que ela tinha me dado mais cedo.

 

— Não é nada de mais. — Ela sorriu. — É só o Léon que me convidou para irmos ao cinema.

 

— Você vai né?

 

— Mas nós não terminamos de arrumar tudo. — Ela argumentou.

 

— Não se preocupe com isso Vilu. — Tranquilizei-a. — Você já me ajudou muito hoje. Na verdade, vocês dois. — Olhei para German.

 

— Mas ainda … — Ela começou, mas a interrompi.

 

— Mas nada Vilu. Vá se divertir agora. O Léon já deve estar te esperando.

 

— Tem certeza Angie?

 

— Mas é claro Vilu!

 

Vilu se levantou e depositou um beijo no meu rosto e no de German. Acompanhei ela até a porta.

 

— Obrigada pela ajuda Vilu. — Agradeci e abracei-a.

 

— Não precisa me agradecer Angie, você já fez tanto por mim… — Ela sorriu. — Bem, então eu já vou indo. Boa sorte com o papai. — Ela me lançou um olhar travesso.

 

— Tchau Vilu. — Respondi e balancei a cabeça. Minha sobrinha nunca mudava mesmo.

 

Acenei uma última vez para Vilu, fechei a porta e voltei para sala.

 

Me deparei com German de pé, esperando por mim. Provavelmente ele também estava indo embora. Ele já tinha passado tempo demais me ajudando. Eu não podia negar que fiquei um pouco chateada com a possibilidade.

 

"Pare com isso Angeles", me repreendi mentalmente outra vez.

 

— O que vamos arrumar agora? — German perguntou, me tirando dos meus devaneios.

 

— Ah, er … Você não estava indo embora também?

 

— Não, só depois que nós terminarmos de arrumar tudo. Já está querendo se livrar de mim?

 

— Não, não é isso. — Garanti. — É só que você também já me ajudou muito hoje. Eu achei que você também iria embora. — Me aproximei mais dele.

 

— Não se preocupe Angie, eu não tenho nada para fazer hoje. Você ainda vai ter que me aguentar por mais algum tempo. — Ele piscou pra mim.

 

— Obrigada. — Sorri.

 

— E então, o que vamos fazer agora?

 

— Só falta terminar de arrumar a sala. — Respondi. Ainda tinham algumas caixas espalhadas pela sala.

 

— Mãos à obra então. — Ele falou, sorrindo pra mim.

 

— Tudo bem, vamos terminar logo tudo isso. — Concordei e começamos a arrumar a sala.

 

                                                     (…)

 

                                              NARRADORA

 

Angie e German já haviam terminado de organizar tudo. Só faltava pendurar alguns quadros que Angie insistira em colocar na sala.

 

Angie subiu em cima de um banquinho que encontrara no meio da mudança, ela estava segurando alguns pregos e um martelo. Enquanto German segurava os quadros.

 

— Tem certeza de que não quer que eu faça isso? — German perguntou pelo que pareceu a décima vez.

 

— Não se preocupe. Eu moro sozinha há bastante tempo, então pendurar alguns quadros na parede não é nenhum problema pra mim.

 

German suspirou. Ele só queria ajudar, mas Angie estava dificultando. Ele acabou cedendo, mas decidiu ficar por perto para se Angie precisasse de ajuda.

 

German passou o primeiro quadro para Angie. Ela o posicionou na parede, centralizou o prego no lugar certo e começou a martelar. Em questão de minutos, ela concluiu a tarefa.

 

— Viu só? O quadro está perfeitamente pendurado. — Ela apontou para a parede.

 

— É, eu tenho que concordar. Você fez um bom trabalho Angie.

 

— Obrigada, fico lisonjeada de ouvir isso de um dos melhores engenheiros do país. — Ela brincou.

 

— Sim, acho que eu até poderia te contratar pra trabalhar na minha construtora. — German respondeu em tom de brincadeira.

 

— Obrigada, mas a minha vocação mesmo é a música.

 

German sorriu e passou o outro quadro para Angie, que o pendurou na parede. Eles continuaram assim até que Angie terminasse de pendurar o último quadro.

 

— Pronto, esse foi o último. — Ela sorriu.

 

— Até que enfim. — Ele devolveu o sorriso.

 

Angie começou a descer de cima do banquinho, mas acabou se desequilibrando, e por consequência, derrubando o martelo e alguns pregos que sobraram no chão.

 

German foi rápido, segurou-a pela cintura antes que ela caísse.

 

Antes de quase cair, Angie fechou os olhos, esperando pela queda. Mas quando nada aconteceu, ela abriu os olhos e se deparou com o rosto de German a centímetros do seu.

 

— Você está bem? — Ele perguntou, sem se afastar.

 

— Eu … Sim … Acho que sim. — Ela respondeu, era difícil se concentrar na resposta quando ele a segurava contra si daquela forma.

 

Angie tentou se afastar, dando um passo para trás. Mas quando German tocou delicadamente seu rosto com uma das mãos, fazendo com que ela olhasse nos seus olhos, ela não conseguiu reunir forças para se afastar.

 

O gesto foi tão delicado, que Angie fechou os olhos. O toque tão suave dele em sua pele a fez suspirar.

 

German não sabia porque estava tão perto de Angie, mas era involuntário, inevitável não ficar perto dela. Ele precisava dela, como nunca precisara de alguém antes.

 

— Olhe pra mim. — German pediu. Ele precisava ver os olhos dela.

 

Angie abriu os olhos e se deu conta de que estava completamente perdida. A forma como German a olhava, a fez perder o fôlego. Ela olhava para ele e tudo o que podia ver era amor.

 

Ela apoiou ambas as mãos no peito dele e percebeu que não era só o seu coração que estava batendo descontrolado dentro do peito.

 

German estremeceu com o toque dela, como se ela pudesse sentir o amor dele por ela através das batidas do seu coração.

 

Ele sabia que não deveria beijá-la. Eles eram apenas amigos. Mas ele não pôde evitar. Ele precisava sentir os lábios dela de encontro aos seus. Precisava lembrar de como era tê-la tão perto.

 

German puxou-a pela cintura para mais perto. Ele se inclinou e tocou os lábios dela com os seus.

 

No início era apenas um deslizar de lábios delicado e suave. Eles só estavam explorando, conhecendo, relembrando. Tudo ao mesmo tempo.

 

German repousou a mão que estava no rosto dela, em sua nuca, assim aprofundando o beijo.

 

Angie, sentindo-se trêmula, passou os braços ao redor dele. Ela sentiu seus corpos se grudarem ainda mais.

 

O beijo que tinha começado suave, agora era intenso. Seus lábios se mexiam um contra o outro com desespero, como se tivessem medo de que ele acabasse. Como se nada mais importasse, só aquele momento.

 

Eles estavam completamente entregues ao beijo. Angie estava tão imersa nas sensações que German causava nela que nem percebeu quando ele …

 

 

 

                                                 * Tradução:

                                            MAIS QUE AMIGOS

                                                É complicado, embaraçoso
                                                Estar ao seu lado e fingir
                                                Que eu tenho controle de mim
                                                É complicado, arriscado
                                                Porque pode me destruir
                                                Se você não sente o mesmo
                                                Às vezes te deixo ir
                                                Ao coração eu minto
                                                Outras queria dizer
                                                Que quero ser mais que amigos


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Notas finais do capítulo

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RECADO: Posto o próximo capítulo com mais 5 comentários ❤

Até o próximo capítulo. Beijos ❤



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