Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 22
Capítulo 22 - Uma Descoberta, Uma Mensagem


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente ❤ Aqui está o próximo capítulo! Esperamos muito que vocês gostem ❤

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Boa leitura ❤



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"Sé que faltaron razones,
Sé que sobraron motivos,
Contigo porque me matas,
Y ahora sin ti ya no vivo…

Tú dices blanco, yo digo negro
Tú dices voy, yo digo vengo
Miro la vida en color y tu en blanco y negro…

Dicen que el amor es suficiente,
Pero no tengo el valor de hacerle frente
Tú eres quien me hace llorar,
Pero solo tú me puedes consolar"

                                           * Blanco y Negro
                                                               (Malú)


                                                                ANGIE

Duas listras vermelhas.

Minhas pernas ganharam a consistência de uma gelatina e eu desabei no sofá. Um soluço irrompeu de meus lábios, seguido por lágrimas.

Brenda logo veio em meu auxílio. Seu semblante era preocupado.

Grávida. Eu iria ser mãe.

Não conseguia acreditar. Eu, Angeles Carrara iria ser mãe.

Como eu não suspeitei antes? Estava tão preocupada em me esquecer e me distrair de tudo o que me atormentava, que me enterrei tão fundo no trabalho e em qualquer coisa que me distraisse ao ponto de esquecer meu próprio ciclo menstrual.

Estava amedrontada.

— Angie, você precisa se acalmar. Estresse não faz bem para o bebê. — Brenda falou me lançando um olhar tranquilizador, um olhar que dizia que tudo ficaria bem. Mas eu não tinha tanta certeza disso.

— Eu mal consigo cuidar de mim mesma, imagine de um bebê. — Constatei enquanto tentava me controlar. Eu não queria prejudicar meu bebê. — O que eu faço agora?

— Acho que o primeiro passo é contar para o pai do bebê.

— Eu não quero falar com ele. — Disse prontamente, ainda me sentia machucada. Eu tinha orgulho ainda.

— O German precisa saber, Angie.

Cerrei os punhos ao ouvir o nome do homem que me fizera sofrer novamente. Faziam dois meses que eu não ouvia o nome dele ser pronunciado.

Respirei fundo e admiti:

— Eu sei, mas preciso de um tempo para assimilar tudo primeiro. — German merecia saber que ia ser pai. Eu não queria que ele passasse pela mesma coisa que Antônio passou ao descobrir que tinha uma filha.

— Você está certa, mas não demore muito. Esse bebê é tão parte sua quanto dele. Ele merece acompanhar a gravidez.

— Eu sei disso também, Brenda. — Concordei com ela novamente. — Mas e se ele não receber bem a notícia?

— Pelo que pude ver, German me pareceu um homem que assume suas responsabilidades.

Brenda estava certa novamente, German era exatamente o tipo de homem que assumia as consequências de seus atos. Mas isso ainda não era suficiente para diminuir meus anseios e medos.

Como eu iria dar a notícia a German? Me parecia um tanto insensível lhe contar que ele seria pai pela segunda vez por meio de um telefonema. Eu queria lhe dar a notícia pessoalmente, mas primeiro eu tinha de me estabilizar e assimilar o que estava acontecendo.

Eu precisava ficar sozinha. Precisava de um tempo a sós comigo mesma.

Me levantei e fui até meu quarto. Brenda não disse nada, ela me conhecia bem o suficiente para saber o que eu estava fazendo.

Logo que cheguei em meu quarto, me sentei em minha cama. Respirei fundo e deixei meus pensamentos virem a tona. E eles vieram.

Eu seria mãe. A cada vez que eu pensava nisso, era mais fácil me convencer desse fato. Eu poderia me acostumar a isso. Sempre quis ser mãe e agora eu seria, um pouco mais cedo do que eu esperava, mas o meu sonho de ter filhos estava se realizando.

Uma coisa era certa: Eu cuidaria dessa criança, daria a ela todo meu amor. Faria o possível para que ela tivesse uma vida boa. A idéia de ser mãe ainda me assustava um pouco já que eu ainda não tinha idéia de como cuidar de um bebê, mas eu certamente daria um jeito nisso. Daria o meu melhor como mãe.

Ainda pensando em meu bebê, espalmei minha mão direita sobre meu estômago ainda plano. Era tão incrível saber que dentro de mim eu carregava um serzinho que mudaria a minha vida de cabeça para baixo, mas que me traria felicidade. Me permiti sorrir instantânea e verdadeiramente.

De repente meus pensamentos voltaram a como eu daria a notícia a German. Eu poderia mandar um e-mail, mas isso seria tão insensível de minha parte quanto dar um telefonema. Não tinha jeito. Eu teria de viajar para Buenos Aires, mesmo que voltar para lá significasse reviver memórias e lembranças que eu queria enterrar. Eu devia isso a German.

Era tão ruim de minha parte desejar que German estivesse aqui comigo? Era errado desejar que ele estivesse segurando minha mão enquanto aguardávamos o resultado do teste?

Respirei fundo e me lembrei da mensagem que German me mandara. Eu não podia e nem queria ser covarde sobre isso. Se eu encarasse aquilo de uma vez, mesmo que aquelas palavras pudessem doer, eu poderia encerrar de vez aquele assunto. Aprendi que quanto mais rápido você lida com a dor, mais rápido ela vai embora.

"Tudo bem, Angie. Você consegue." — Incentivei a mim mesma.

Peguei meu celular e uma muda de roupa. Eu queria tomar um banho. Tinha certeza de que depois de ouvir o que German tinha a dizer, eu precisaria relaxar.

A primeira coisa que fiz quando cheguei ao banheiro foi ligar o chuveiro, esperando ele esquentar.

Escorei na parede e comecei a ouvir a mensagem.

"Angie, meu amor. Me perdoa. Eu fui um completo covarde com você. Fui um idiota e nunca vou poder reparar a dor que causei em você. Me dói lembrar das palavras mal pensadas que lhe disse. Ainda continuo achando que não te mereço. E não mereço mesmo, mas ainda sim eu preciso de você. Pensei que te afastar era o melhor para você e que estaria lhe fazendo um bem. Mas hoje vejo claramente que cometi o pior erro de minha vida. Achei que poderia viver com o pensamento de que longe de mim, você construiria uma nova vida e seria feliz. Eu quero você, Angie. Sei que posso estar sendo egoísta porque você merece alguém melhor, alguém que não tenha te machucado como eu fiz, mas eu preciso de você por perto. Eu não te mereço mas ainda te amo e quero ter você junto de mim. E também tenho consciência de que essas são provavelmente as coisas mais egoístas que eu já disse. Mas esse tempo separado de você têm me matado. Sei que é difícil esquecer minhas palavras, acredite elas vão me atormentar para sempre, mas, por favor, tente. Tudo o que posso lhe oferecer sou eu e uma promessa de lhe fazer feliz. Volte para mim, meu anjo, ou me deixe te encontrar e provar o quanto te amo, o quanto você me faz falta. Eu te amo, Angeles Carrara."

Um tiro provavelmente teria doido menos. Meu rosto se encontrava banhado por lágrimas. Minha batalha pessoal era esquecer German Castillo, mas como eu poderia fazer isso, ainda mais agora?

Eu tinha um coração maluco e sem noção que todos os dias me lembrava do quanto eu também sentia a falta de German. Um coração que ainda pulsava e batia forte por ele.

Eu ainda o amava. Essa momentânea constatação foi o suficiente para que eu tirasse todas as roupas do meu corpo e entrasse debaixo do chuveiro, deixando a água quente me envolver.

Eu queria que aquele jato de água pudesse levar toda sensação de saudade e dor do meu peito. Queria que todos os conflitos e confusão dentro mim, pudessem evaporar como a água. Mas eles não podiam.

Me sentei no chão dentro do box mesmo, e me abracei enquanto minhas lágrimas se misturavam com a água que escorria pelo meu corpo.

Eu sabia que German estava falando a verdade. Eu podia sentir isso, mas eu me recusava a ter um relacionamento com ele. Meu coração ainda se encontrava quebrado e machucado demais para poder lidar com um relacionamento com German Castillo. Eu precisava passar um tempo sozinha, longe de qualquer coisa que envolvesse esse tipo de amor. E mesmo assim, eu ainda pouco havia desejado que ele estivesse aqui. Ele me fez chorar, mas por um momento o único que eu queria que me consolasse era German. Isso não fazia sentido, mas o amor muitas das vezes também não fazia.

Eu já ouvira inúmeras vezes que o amor era suficiente, mas não havia coragem em mim para acreditar nisso. O amor não fora suficiente para German me permitir ficar do lado dele quando eu estava pronta para finalmente ter um relacionamento de verdade com ele. O amor não fora o suficiente para me manter em Buenos Aires por mais tempo. O amor não fora suficiente para que minha mãe me revelasse que Antônio e eu éramos pai e filha biologicamente.

A princípio chorei pelo que acontecera entre mim e German e pela mentira que minha mãe guardara consigo por tantos anos. E depois quando pensei que não havia mais lágrimas para chorar, lembrei do bebê que eu estava esperando e simultaneamente mais lágrimas surgiram.

O medo de fracassar voltara outra vez.

       Não chorei porque não queria ter aquele bebê. Chorei porque tinha medo de ser uma mãe péssima para ele ou ela. Eu me sentia tão fraca, eu deixava sempre que os sentimentos tomassem conta de mim.

Eu estava errada. Fechei os olhos com força e prometi a mim mesma nunca mais chorar por German e nunca mais chorar por medo do fracasso.

Dessa vez eu não iria fracassar e nem deixaria o medo tomar o controle da situação. Já estava mais que na hora de eu parar de pensar que eu não seria o suficiente.

Por mim e pelo meu bebê eu seria forte.

Uma nova Angeles surgiu ali. Uma Angie que lutaria por si mesma e encararia o seu futuro.

                                                (…)

                                          GERMAN

Acordei com a cabeça latejando, qualquer barulho por mínimo que fosse, me incomodava. As taças de vinho foram o suficiente para me causar uma ressaca daquelas. Eu não me lembrava exatamente quando fora a última vez que eu bebera tanto, mas presumia que tivesse sido durante a faculdade.

Sabia que era inconsequente de minha parte descontar as frustações em bebida, mesmo que a sensação que ela causava fosse de certa forma agradável até demais.

Por mais que eu tivesse dormido por umas boas horas, ainda me sentia cansado. Parecia que um trator tinha me atropelado. Meus músculos estavam tensos, tinha a sensação de que meu colchão fora fabricado com pedras. Isso somado ao fato de que a luz forte da manhã que entrava pela janela parecia agravar ainda mais minha dor de cabeça.

Maldita ressaca! Minha vontade era de passar o resto do dia na cama descansando, mas eu tinha de trabalhar. O dever me chamava e eu tinha a obrigação de cumprir com minhas responsabilidades.

Me arrumei rápido para uma pessoa cansada como eu me sentia. Em cerca de dez minutos eu já havia tomado uma aspirina e me encontrava sentado à mesa na sala de jantar.

Eu bebia tranquilamente uma xícara de café puro. Eu precisava de algo que me mantivesse desperto. Eu não podia deixar a ressaca me impedir de cumprir com meus deveres.

Estava distraído quando Vilu começou a descer a escada cantando. Eu adorava a voz da minha filha, de verdade. Eu nunca tinha visto uma voz tão linda quanto a dela, mas naquele momento eu só queria o silêncio, minha cabeça doía.

— Bom dia, pai! — Vilu disse animada, sua voz um pouco mais alta que o normal devido seu estado de ânimo. Ela me deu um beijo no rosto e sentou-se em seu lugar de costume.

— Bom dia, filha. — Disse e bocejei.

— Eu ia perguntar como o senhor passou a noite, mas essas suas olheiras já falam por si mesmas. — Disse, o semblante a pouco feliz tornando-se preocupado. — Ficou trabalhando até tarde outra vez, não foi?

— Mais o menos isso.

Vilu me lançou um olhar um tanto irritado. Minha resposta de fato não a convencera.

— Não me olhe assim, filha.

— Você está me preocupando, pai. — Confessou me encarando. — Tem algo que você não está me contando.

— Não se preocupe á toa, filha. Eu estou bem. — Tentei despreocupar Violetta.

— Sei… — Duvidou ainda me fitando, esperando por uma resposta.

Antes que eu pudesse inventar uma desculpa convincente o suficiente, por sorte, meu telefone tocou e eu fui para o meu escritório atender.

Vilu me lançou um olhar que dizia que a conversa ainda não havia se encerrado.

A ligação durou poucos minutos, era apenas uma confirmação da reunião que eu teria na semana seguinte.

Minutos depois, Vilu entrou no escritório sem bater e ficou em frente a escrivaninha com os braços cruzados.

— Nada de inventar desculpas. Eu quero a verdade. — Olhou para mim com um olhar inquisidor. — Por que está tão cansado assim?

— Filha… — Comecei, mas Vilu estendeu seu braço em minha direção com a palma estendida em um movimento que pedia silêncio. Ela olhava fixamente para um ponto em minha escrivaninha.

Segui seu olhar e gelei. Eu havia esquecido a garrafa de vinho quase vazia e a taça no escritório.

      — Papai! — Vilu gritou, o que fez com que meu cérebro quisesse explodir. — Não acredito que está de ressaca!

— Filha, não grita. — Pedi massageando minha tempora dolorida. — Podemos conversar civilizadamente.

— Não acredito! Pensei que você já fosse grande o suficiente para saber que beber não resolve os problemas. — Me repreendeu. Sua voz soava firme, mas claramente preocupada.

— Violetta…

— Não adianta negar que não era exatamente isso que o senhor estava fazendo. — Recriminou, parando alguns segundos para respirar — Pai. — Falou, sua voz agora soava clama, quase compreensiva. — Sei que não está sendo fácil para você lidar com a ausência da Angie e tudo o mais, mas você não pode agir assim. Parece até que os papéis se inverteram e eu sou o pai que está dando uma bronca no filho e você o filho que claramente está sendo inconsequente.

Fiquei em silêncio. Me sentia envergonhado. Que exemplo eu estava dando a minha filha? Que tipo de pai eu estava sendo ultimamente?

Contornei a mesa e me pus diante de Violetta que me encarava um tanto chateada.

Suspirei e peguei suas mãos, unindo-as com as minhas. Seus olhos doces se encontraram com os meus.

— Me perdoa, filha. Eu tenho sido um péssimo pai para você ultimamente. Eu não me orgulho nem um pouco disso, pelo contrário, me sinto envergonhado. Ultimamente venho me ausentando demais. Estou sendo egoísta pensando apenas em meus sentimentos. Me perdoa, meu amor. — Pedi emocionado. Esperava que Vilu me perdoasse. Ela merecia um pai muito melhor do que eu estava sendo.

— Ah, papai… — Ela se jogou em meus braços, que logo a envolveram em um abraço apertado.

Beijei sua cabeça carinhosamente e fechei os olhos, aproveitando o momento.

Ficamos um bom tempo abraçados. E finalmente, depois de inúmeros dias, eu me sentia em paz. Verdadeiramente. Naquele momento tudo que eu queria era ficar ali abraçado com a minha filha e nunca mais solta-la.

Eu me lembrava perfeitamente de quando Vilu nascera e eu a segurei pela primeira vez em meus braços, a sensação que tomara conta de mim fora única e inesquecível. Eu prometi naquele dia que faria o máximo para ser o pai que ela precisava que eu fosse. Prometi cuidar dela e protege-lá, mas ultimamente eu vinha descumprindo essa promessa.

Não soube por quanto tempo mais ficamos abraçados até nos separarmos.

— Desculpa por ter sido chata. — Pediu dando de ombros e me lançando um sorriso que pedia desculpas. — Mas é que toda essa situação está me preocupando. Não gosto de te ver assim tão fechado e triste.

— Filha, eu não tenho o que te perdoar. Você está cheia de razão. Sou eu que te peço desculpas. — Segurei seus ombros. — Você me perdoa?

— Claro que sim, pai!

— Eu prometo que de agora em diante vou parar de me ausentar. — Prometi e Vilu sorriu abertamente em aprovação.

— Não sabe como fico feliz em ouvir essas palavras. — Vilu disse e me abraçou novamente.

Nosso abraço foi breve, mas muito significativo.

— Agora tenho que ir. Combinei com a Fran que iria passar na casa dela e de lá, iríamos para o Studio. — Explicou. — Tem certeza de que vai ficar bem?

Sorri. Vilu sempre tão preocupada com todos.

— Claro que tenho, meu amor. — Beijei sua testa.

— Então eu já vou, mas se precisar de alguma coisa me liga, tá bom? — Pediu esperando minha resposta.

— Tá bom. Pode ficar tranquila, filha. — Respondi, tranquilizando-a.

Vilu me deu um beijo na bochecha e foi se encontrar com a amiga.

Respirei fundo e me sentei de frente para o computador, eu precisava trabalhar. Mas antes que eu pudesse ligar o aparelho, a foto de Vilu no porta retrato à minha frente, chamou minha atenção. Eu queria e prometera à minha filha que voltaria a ser mais presente na vida dela e era isso mesmo o que eu faria. Eu não iria desapontar Vilu. Cumpriria minha promessa.

Trabalhei por algumas horas. Por sorte a dor de cabeça havia diminuído de forma considerável e eu conseguira trabalhar sem muito esforço.

Meu relógio de pulso marcava 11:00. Decidi então fazer uma pequena pausa para obter mais uma xícara de café.

Estava prestes a sair do escritório, quando Ramalho passou pela porta. A expressão em seu rosto não era nada boa. Tinha algo errado. Ele estava pálido.

— O que aconteceu Ramalho? — Perguntei temendo pelo pior.

— Aconteceu algo terrível. — Disse e senti um calafrio subir pela espinha. — É melhor você se sentar.

                                                   (…)

                                           NARRADORA

Brenda não queria acordar Angie. A amiga dormia tão tranquilamente. Ela não queria atrapalhar o sono de Angie, mas a amiga precisava saber o que havia acontecido. Precisava saber sobre o que a ligação que Brenda havia encerrado há pouco tempo atrás, se tratava.

Claro que Brenda temia pela reação da loira. A amiga estava grávida e não devia se preocupar ou passar por emoções fortes demais. Mas que tipo de melhor amiga ela seria se não contasse para Angie sobre o ocorrido? Angie merecia saber. Seria injusto adiar a conversa que elas precisavam ter.

Tomando coragem, a morena se aproximou de Angie e chacoalhou levemente o braço da amiga, tentando acorda-la.

Angie não acordou, apenas se remexeu um pouco.

Brenda suspirou e repetiu o movimento enquanto falou:

— Angie, acorda!

Como se soubesse que a amiga precisava lhe contar algo de extrema importância, Angie finalmente abriu os olhos.

Angie sentou-se, ainda um pouco sonolenta. Ela esfregou os olhos com as mãos e dirigiu sua atenção a Brenda que apresentava uma expressão preocupada no rosto.

Percebendo o estado de ânimo da morena, Angie perguntou:

— Está tudo bem, Brenda? Aconteceu algo?

— Infelizmente sim.

Angie sentiu o estômago se embrulhar instantaneamente. O olhar que Brenda lhe lançara não era nada bom. Algo muito ruim havia acontecido.

Recuperando a voz, a loira perguntou sem saber se realmente queria saber a resposta, já que a amiga não parecia trazer boas notícias:

— O que foi que aconteceu?

Brenda manteve-se em silêncio por um momento. Como ela contaria aquilo para a amiga, sendo que a mesma mantinha-se um tanto alterada nos últimos dias? Ela passara por emoções muito fortes no dia anterior. Saber que iria ser mãe era no mínimo impactante.

— Eu vou lhe contar o que aconteceu, mas tente manter a calma, okay? — Pediu, a voz tentando soar o mais firme possível.

Angie concordou com um aceno de cabeça, sentindo que o que quer que a amiga lhe contaria a seguir, aquilo iria mudar sua vida de cabeça para baixo outra vez. E foi exatamente isso que aconteceu.

                                                    (…)

                                             TRADUÇÃO:


"Sei que faltaram razões,
Sei que sobraram motivos,
Porque contigo me matas,
E agora sem ti já não vivo...

Você diz branco, eu digo preto
Você diz vou, eu digo venho
Vejo a vida colorida e você em preto e branco...

Dizem que o amor é suficiente,
Mas não tenho a coragem de fazê-lo frente
Você é quem me faz chorar,
Mas só você pode me consolar."

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Não deixem de comentar o que acharam ❤

Bom Domingo e até ❤



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