Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 11
Capítulo 11 - Uma Preocupação, Uma Paixão


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente ❤ Como prometido, aqui está o próximo capítulo, espero que gostem ❤

Obrigada a Leitora Tinista pela recomendação maravilhosa que você fez pra fic ❤ A gente simplesmente amou cada palavra, você queria fazer a gente chorar né? Kkkk

Obrigada as lindas que comentaram no último capítulo:
— GabriellaSantos
— Duh Leon
— ViolettaS2
— Love Angie
— Júlia
— Germangie17
— Blackspace
— Leitora Tinista

Obrigada pelo carinho meninas, adoramos os comentários ❤

■■■ GOSTARÍAMOS que os capítulos da fic tivesse pelo menos 7 COMENTÁRIOS ❤ A opinião de vocês é muito importante pra gente! ❤ POR FAVOR, COMENTEM ❤

■■■ Leitores FANTASMAS, por favor, Apareçam! ❤ Adoraríamos saber o que vocês estão achando da fic ❤

▪ Vamos postar o próximo capítulo quando esse capítulo tiver 7 comentários ❤

Boa Leitura! ❤



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                                      "You're in my arms
                                                   And all the world is calm
                                                  The music playing on for only two
                                                  So close together
                                                  And when I'm with you
                                                  So close to feeling alive"

                                                   So Close
                                                     (Jon Maclaughlin)


                                                       NARRADORA

Quando chegaram à casa de Angie, a primeira coisa que ela fez foi ir ao banheiro e escovar os dentes. Como se dessa forma, pudesse esquecer que Milton a beijara. Ela só queria esquecer que a pessoa que ela considerara seu amigo a tinha beijado sem que ela consentisse. Que a noite que estava sendo tão agradável tenha se tornado ruim.

 

Angeles olhou para o espelho e ficou olhando para o seu reflexo por alguns minutos. Ela notou que o rosto estava vermelho e estava manchado devido ao rímel que escorrera por ele. Sua expressão estava triste e os olhos um pouco inchados por conta das lágrimas.

 

Por um instante fechou os olhos, tentando ignorar o que tinha acontecido. Como se esquecer do ocorrido fosse possível.

 

Ela sentiu uma mão tocar suavemente as suas costas e abriu os olhos.

 

German olhava para ela com preocupação estampada nos olhos. Angie estava sempre sorridente e para ele não ver o sorriso costumeiro dela em seu rosto, já era um motivo para se preocupar.

 

Sem dizer nada, ele adentrou o banheiro e pegou um pano de rosto. Aproximou-se da pia e molhou-o. Ao terminar, ficou de frente para Angie e começou a passa-lo delicadamente pelo rosto dela.

 

Angeles sorriu. Era um gesto tão meigo da parte dele. Se ela já não fosse apaixonada por ele, jurava que teria se apaixonado naquele momento.

 

Ela se sentiu relaxar com o seu toque. Era tão suave e cuidadoso ao mesmo tempo. Depois de alguns minutos, German terminou de limpar o rosto dela. Ele olhou para os olhos de Angie e perguntou:

 

— Você está melhor?

 

— Estou. — Ela assentiu. — Obrigada por estar aqui comigo. Eu não estou muito a fim de ficar sozinha agora.

 

— Sem problemas. — Ele não se importaria de ficar ao lado dela a noite toda se fosse necessário.

 

Ela olhou atentamente para o rosto dele e percebeu que seu lábio inferior estava ficando levemente inchado.

 

— Isso deve estar doendo. — Ela tocou com cuidado o rosto dele.

 

— Não o quanto você imagina. Não se preocupe com isso.

 

Ela pegou uma das mãos dele na sua e disse:

 

— Vamos cuidar disso. E nem tente dizer que não é necessário porque eu sei que é.

 

German resolveu não protestar. Angie estava determinada e ele sabia que não adiantaria nada convencê-la do contrário.

 

Ele deixou que ela o guiasse. Ela o levou para a sala e fez ele se sentar no sofá. Em seguida, foi à cozinha e um minuto depois voltou à sala com um saco de gelo nas mãos.

 

Ela sentou-se ao lado dele e inclinou com sutileza o saco de gelo em seu lábio inchado. German gemeu com o contato frio em sua pele, num primeiro momento tinha sido desconfortável, mas com o passar dos segundos tinha ficado mais agradável.

 

— Me desculpa por isso. Vou tentar ser mais cuidadosa. — Ela falou e aliviou a pressão sobre os lábios dele.

 

— Está tudo bem. — Ele respondeu com um pouco de dificuldade devido ao saco de gelo pressionado em seu lábio inferior.

 

Angie continuou segurando o saco de gelo por mais alguns minutos. Depois o afastou de German para poder verificar se o inchaço tinha melhorado.

 

— Está melhor do que antes, mas ainda assim está um pouco inchado. — Ela suspirou sentindo-se frustrada. — Me desculpa por isso, a culpa por você ter se machucado foi minha.

 

German segurou a mão livre de Angie e olhou para ela.

 

— De maneira nenhuma a culpa é sua. O culpado disso é o Milton. Eu nunca poderia ter ficado de braços cruzados. Não quando se trata de você.

 

— Obrigada por estar comigo quando eu mais preciso. — Ela sorriu e apertou a mão dele de leve.

 

Ele apenas sorriu de volta para ela.

 

Angeles soltou o saco de gelo na mesa de centro da sala e sentou-se ao lado dele. Eles ficaram em um silêncio confortável por alguns minutos até ela se lembrar de que precisava perguntar a German sobre as planilhas de contabilidade do Studio que ele dissera que analisaria. Ela tinha medo de ouvir que a situação era péssima.

 

— Você parece preocupada. O que foi? — German virou-se para ela.

 

Angeles criou coragem e respondeu:

 

— Estou preocupada com o Studio. Como está a real situação financeira? É tão ruim quanto parece?

 

German suspirou, ele não queria piorar a noite dela dizendo o que percebeu ao analisar as planilhas, mas sabia que uma hora ou outra teria que contar a verdade a ela. Ele decidiu ser sincero.

 

— Bem, eu não queria te deixar preocupada, ainda mais depois do que aconteceu essa noite. Mas, a verdade é que o Studio está beirando a falência. O apoio do YouMix não será o suficiente para mantê-lo. Existem dívidas que precisam ser quitadas urgentemente. — Explicou.

 

Não. Isso não pode estar acontecendo, Angie pensou.

 

— Eu sabia que a situação não era das melhores, mas também não achei que era tão ruim assim. O Studio não pode falir... — Angie se levantou e começou a andar de um lado para o outro, nervosa.

 

— Eu sei, nós vamos achar uma solução pra isso. Não se preocupe. — Ele tentou tranquilizá-la.

 

— E se não acharmos? O que vai acontecer? — Ela olhou para ele, aflita. Como se ele soubesse a resposta de sua pergunta.

 

German se levantou e ficou de frente para Angie.

 

— Não pense nisso agora. O espetáculo foi um sucesso. Com certeza o Studio vai conseguir mais alunos e algum investidor.

 

— Você tem razão. Mas é que eu não consigo parar de pensar no que pode acontecer. — Ela sentiu os olhos marejarem.

 

Ela respirou fundo e continuou:

 

— Quando a Maria e o meu pai morreram, eu fiquei desolada. Foi como se eu tivesse perdido duas partes de mim, que eu nunca mais teria de volta. A dor era muito maior do que eu podia suportar. Eu sentia raiva do mundo e tudo por ter tirado de mim duas das pessoas que eu mais amava. Mas certo dia o Antônio me levou para o Studio. Ele me deu uma nova perspectiva, algo em que eu podia descarregar o que eu sentia. E ao invés de me concentrar na dor, eu me concentrava na música, no bem que estar no Studio me trazia. E é por isso que aquele lugar é uma das coisas mais importantes pra mim.

 

Angeles nem havia percebido que estava chorando quando German se aproximou dela e enxugou uma lágrima solitária que havia rolado pelo seu rosto.

 

Ele passou os braços ao redor dela, puxando-a para o seu peito. Angeles não hesitou e envolveu os braços ao redor das costas dele. As coisas sempre pareciam mais fáceis quando ele a abraçava. Como se tudo estivesse bem quando estavam juntos. Era como se nada tivesse mais importância.

 

                                                 GERMAN

— Primeiro Maria, depois meu pai... E agora o Studio. Eu sempre acabo perdendo tudo que é importante pra mim. — Ela sussurrou, sua voz estava cheia de tristeza.

 

Soltei as mãos de sua cintura, tomei seu rosto em minhas mãos e disse:

 

— Você tem a mim Angie. Não vai me perder. Temos um ao outro. — Eu precisava que ela soubesse que eu sempre estaria ali para ela.

 

Angie me lançou um sorriso meigo e disse:

 

— Mas nós combinamos de ficar separados.

 

— Eu sei, mas eu não quero mais ficar longe de você. Esses últimos dias sem você têm sido insuportáveis. — Falei, eu não tinha mais forças o suficiente para me manter longe dela.

 

— Mas e a Priscilla? Ela não vai gostar nada de eu me reaproximar de você.

 

— Eu terminei com a Priscilla. — Disse apenas.

 

Angie pareceu surpresa e confusa ao mesmo tempo com a minha afirmação.



           — Você terminou com ela? Mas por quê?

 

— Porque quando eu estava com ela, não era nela que eu pensava. Não é certo estar com uma pessoa pensando em outra. — Olhei em seus olhos para que ela entendesse o que eu queria dizer.

 

— Ah... Entendi. — Suas bochechas adquiriram um tom rosado. — Eu também não quero mais ficar longe de você. Senti sua falta.

 

— Não vamos mais ficar separados. Combinado? — Estendi uma mão para ela.

 

— Combinado. — Ela apertou a minha mão e sorriu.

 

Voltamos a sentar no sofá e pela expressão de Angie, parecia que ela voltara a ficar preocupada. Não queria vê-la assim.

 

Tive uma ideia para animá-la. E eu esperava que ela funcionasse.

 

                                          NARRADORA

German se levantou, pegou o celular do bolso e colocou uma música lenta. Logo após, apoiou o aparelho na mesa de centro e se virou para Angeles.

 

Antes que Angie pudesse perguntar o que estava acontecendo, ele disse:

 

— Você está me devendo uma dança. Lembra?

 

— Ah, sim. Como eu poderia esquecer? — Ela sorriu e se levantou.

 

— Me daria à honra de dançar com a senhorita novamente? — Ele estendeu uma mão para ela.

 

— Seria uma honra senhor. — Ela fez uma mesura e aceitou a mão dele.

 

Diferentemente de como fez no Studio, onde tinham várias pessoas, German passou os braços ao redor da cintura dela deixando seus corpos próximos.

 

Angie, por sua vez, passou os dois braços ao redor do pescoço dele. Por causa da proximidade, ela sentiu o perfume dele a envolver.

 

Eles ficaram apenas balançando devagar. Vez ou outra seus olhos se encontravam e eles sorriam um para o outro. Ambos sentiam o coração bater mais forte, batidas quase que frenéticas.

 

— Não achei que essa noite terminaria assim. — Angeles comentou.

 

— Assim como? — Ele perguntou.

 

— Com você dançando comigo na tentativa de me distrair das minhas preocupações. — Ela olhou para ele e sorriu.

 

— Sou tão previsível assim? — Ele devolveu o sorriso.

 

— Nesse momento sim, mas na maioria das vezes é difícil imaginar o que você está pensando.

 

— Eu poderia dizer o mesmo de você. Se bem que muitas vezes as suas expressões faciais te entregam.

 

— Ah, é mesmo? — Ela questionou, curiosa.

 

— Sim, como por exemplo, quando você está preocupada você franze o cenho. Ou quando está pensativa, você fica mordendo o lábio inferior.

 

Angeles ficou surpresa, ele tinha reparado em coisas que ela própria não tinha percebido.

 

— Parece que alguém andou prestando atenção em mim. — Ela acabou pensando em voz alta e quando se deu conta do que tinha dito, sentiu as bochechas aquecerem.

 

Ela desviou o olhar do dele e tentou se concentrar em sua gravata vermelha.

 

Ela tinha que aprender a guardar seus pensamentos para si mesma. Angie não esperava que ele respondesse, mas German a surpreendeu ao dizer:

 

— E tem como não prestar atenção em você?

 

Ela não sabia o que dizer. A forma como ele a tinha respondido, com reverência na voz, fez seu coração bater mais forte.

 

Ela sentiu German puxá-la para mais perto, assim diminuindo a distância entre eles.

 

Angie sabia que deveria ter se afastado nesse mesmo momento, mas ela não conseguiu. Tê-lo tão perto estava sendo maravilhoso. Ela não queria ficar longe. Não mais.

 

Ela deixou que ele abraçasse sua cintura e apoiou a cabeça em seu ombro. Angie apoiou ambas as mãos no peito dele. Ela sorriu ao sentir que o coração dele estava igual ao seu, batendo descontroladamente.

 

German respirou profundamente. Angeles cheirava a rosas e estava tão linda ali em seus braços. Ela causava nele sentimentos que nem ele poderia explicar.

 

Ele a teria beijado no momento em que tinham começado a dançar. Mas depois de tudo o que tinha acontecido naquela noite com Angeles, ele não seria egoísta ao beijá-la. Ele não poderia fazer isso, pois acreditava que se o fizesse, estaria desrespeitando-a e fazendo com que ela relembrasse o que aconteceu.

 

Eles ficaram dançando assim até a música acabar.

 

Ao invés de se afastar, quando a música terminou, Angie não se afastou de German. Ela apenas levantou o rosto do ombro dele e encontrou os seus olhos fixados nela.

 

Ela retribuiu o olhar com a mesma intensidade e deixou que seus rostos se aproximassem.

 

Eles ficaram tão perto que suas respirações se misturavam. Ambos sabiam que seria apenas necessário uma aproximação de milímetros para que seus lábios se tocassem. Faltava tão pouco…

 

Angie esperava que German tomasse a iniciativa e a beijasse. Pelo jeito que ele olhava para ela, não tinha dúvidas de que ele queria beijá-la.

 

Mas ao invés de tomar os lábios dela nos seus, German passou uma das mãos pelo braço dela até chegar na palma de sua mão e ali depositou um beijo suave.

 

Angie sentiu um arrepio descer pelo braço. A forma carinhosa e ao mesmo tempo sedutora com que ele a acariciara a fez estremecer.

 

Mas logo após German se afastou dela deixando-a confusa.

 

— O que foi? — Ela perguntou, ao dar alguns passos à frente.

 

German respirou fundo antes de responder:

 

— Eu não posso Angie. Não posso. — Respondeu com a voz torturada.

 

— O que você não pode? — Perguntou, mesmo já tendo uma ideia de qual seria a resposta dele.

 

— Beijá-la. — Ele respondeu apenas.

 

Angeles deu mais um passo à frente.

 

— Mas você quer? — Ela olhou diretamente nos olhos dele.

 

— Não se trata do que eu quero.

 

— Por quê? — Ela queria entender o que tinha acontecido. Ela poderia jurar que ele queria que se beijassem tanto quanto ela.

 

— Seria errado eu beijá-la depois do que aconteceu hoje mais cedo com o Milton. Não quero fazer você relembrar o que aconteceu. Você ainda está fragilizada, eu nunca poderia me aproveitar disso. — Ele explicou, esperando que ela entendesse suas razões.

 

— Você nunca se aproveitaria de mim German. Você não é o Milton. Ele não se importou com o que eu pensava ao me beijar. Mas você se importa, só o fato de você ainda não ter me beijado me prova isso.

 

German ainda parecia hesitante, então Angie ficou de frente para ele. Ela pegou uma das mãos dele e colocou em cima de seu coração.

 

— Está sentindo isso? Vê como está batendo forte? É por sua causa. Como algo pode ser errado quando meu coração está batendo tão forte assim?

 

Angie olhou no fundo dos olhos pretos de German e percebeu que ele tinha acreditado nela. Que a resistência que ele tinha em beijá-la tinha caído por terra.

 

German pegou delicadamente uma das mãos de Angeles e fez o mesmo que ela tinha feito com ele. Apoiou a mão dela em cima de seu peito. Queria que ela sentisse o quão forte era o que ele sentia por ela.

 

— Esse coração é seu Angeles. Só seu. Você é a única que consegue deixá-lo assim. Ninguém mais tem esse efeito sobre mim.

 

Angie sorriu. Um sorriso involuntário, que surgiu no mesmo instante em que ele falou.

 

Sem dar mais tempo a ele, Angeles tocou os lábios dele com os seus. Um toque suave, apenas um resvalar de lábios.

 

Com uma mão German segurou o rosto dela carinhosamente e aprofundou o beijo, e com a outra, desceu pelas costas dela até se acomodar em sua cintura.

 

Angie espalmou uma das mãos no peito dele, sentindo seu peito firme contra a palma de sua mão. Ela apoiou a outra mão em um dos seus braços e sentiu os músculos dele tensionarem com o seu toque.

 

Para eles nada mais importava naquele momento. Só a consciência de seus lábios se tocando com desespero. Da paixão criptando entre eles.

 

Dessa vez não havia culpa, apenas amor. Apenas entrega.

 

Angie sentiu uma das mãos dele afundar delicadamente em seu cabelo e descer um pouco mais até alcançar sua nuca. Ele puxou-a para mais perto de si, grudando o seu corpo contra o dela. Angie não conseguiu conter um suspiro. Ninguém nunca a beijara daquele jeito.

 

                                                  ANGIE

Em um instante os meus pés não estavam mais no chão. German passou os braços ao redor da minha cintura, me levantando. Sem em nenhum momento desgrudar os seus lábios dos meus.

 

Ele sentou-se no sofá e acomodou-me com cuidado em seu colo.

 

German segurou meu rosto em suas mãos e me beijou com ainda mais intensidade.

 

Nossas respirações estavam ofegantes. Meu coração batia descompassado contra o meu peito.

 

Passei minhas mãos pelos seus cabelos, bagunçando-os. Trazendo seu rosto para ainda mais perto do meu.

 

German não fazia ideia das sensações que ele causava em mim. De como ele havia me estragado para os outros homens. Nenhum seria capaz de tocar minha alma e o meu coração como ele fazia.

 

Aos poucos o beijo foi se tornando mais calmo e suave. German tocou meus lábios com os seus uma última vez e encerrou o beijo.

 

Aproximei nossos rostos novamente e encostei minha testa na sua, enquanto nossas respirações, aos poucos, iam se normalizando.

 

Depois de alguns segundos, me senti voltar para a realidade e me dei conta de que eu estava no colo de German. Senti minhas bochechas esquentarem, sai do seu colo e me levantei.

 

Peguei o saco de gelo que eu tinha jogado na mesa de centro e coloquei-o em cima da pia da cozinha. Fiquei em frente a pia por alguns poucos minutos.

 

Eu não sabia como encarar German agora. Não tinha ideia de como classificar a nossa relação. O que nós éramos agora? Ele falaria que ter me beijado foi um erro igual a última vez?

 

Eu estava perdida em pensamentos, quando German segurou uma de minhas mãos e me virou de frente para ele.

 

— Está tudo bem? — Ele parecia preocupado.

 

Balancei a cabeça afirmativamente em resposta.

 

— O que foi Angie? — German passou o polegar na minha mão, acariciando-a.

 

— O que nós somos agora German? — Eu não sabia exatamente como perguntar o que eu queria saber.

 

— Como assim?

 

— Depois do que acabou de acontecer entre nós, o que nós somos? — Formulei melhor minha pergunta.

 

German pareceu entender o que eu queria dizer.

 

— O que você quer que nós sejamos? — Ele me devolveu a pergunta sorrindo.

 

— Er… Eu não sei. Bem, nós já tentamos ser amigos e você sabe como acabou… Nós somos complicados demais.

 

— É, nada entre nós é simples. — Ele concordou. — O que você sugere que nós façamos?

 

— Então... Que tal nós só deixarmos rolar e ver onde isso dá? E depois nós decidimos o que somos. — Olhei para ele, esperando por sua resposta.

 

— Por mim tudo bem. Mas como isso vai funcionar? Vou poder te beijar?

 

— Se você quiser... — Senti minhas bochechas ficarem quentes.

 

Olhei para German.

 

— Você não vai se arrepender depois de me beijar e considerar que tudo foi um erro? — Eu precisava saber se ele não se culparia depois por cada vez que me beijasse. Eu não poderia suportar se ele fizesse isso.

 

Ele se aproximou de mim e passou um braço carinhosamente pela minha cintura.

 

— Me perdoa por aquele dia que eu te beijei e disse que foi um erro. Nada que envolve você seria um erro para mim. Eu fui um idiota com você. Disse coisas que eu não deveria ter dito. — Ele parecia aflito.

 

— Tá tudo bem. — Sorri.

 

— Não Angie, não está tudo bem. Eu fiz você chorar e eu odeio te ver chorando.

 

— Esquece isso. Não quero que você se concentre no passado. Quero que você se concentre no aqui e no agora. No que nós estamos construindo juntos. — Segurei suas mãos nas minhas.

 

— Eu quero muito descobrir onde o que nós estamos construindo juntos vai dar. — Ele sorriu pra mim.

 

— Eu também. — Sorri de volta para ele.

 

Conduzi German de volta para a sala e nos sentamos no sofá.

 

German estava prestes a passar seus braços ao meu redor e me abraçar, mas em vez de fazer isso, ele tocou um dos meus braços.

 

— Seu braço está um pouco vermelho. — Ele analisou o local em questão.

 

— Ah, é que o Milton tem o aperto um pouco mais forte que o suficiente.

 

— Ele machucou você. — German esbravejou, com raiva.

 

— Eu estou bem. — Esperei que falar isso pudesse acalma-lo.

 

— Espero que ele não tente cruzar o seu caminho, porque se não…

 

— Calma German, deixe isso pra lá. — Toquei seu braço.

 

— Não tem como deixar isso pra lá Angie. Ele não deveria ter feito algo contra a sua vontade.

 

— Você tem razão, mas não vamos pensar mais no que o Milton fez, não quero que ele estrague esse momento.

 

— Mas e se…

 

Eu não deixaria que ele continuasse se preocupando com o que poderia ter acontecido. Então antes que ele pudesse terminar a frase, me inclinei em sua direção e o beijei.

 

German retribuiu e passou um braço ao redor da minha cintura.

 

O beijo foi rápido, mas quando olhei em seus olhos, a preocupação que estava lá antes desaparecera. Meu objetivo tinha sido cumprido.

 

Quando o beijo terminou, German depositou um selinho em meus lábios e depois me abraçou. Apoiei minha cabeça no seu peito.

 

— Essa foi a melhor forma para me distrair. — Ele sorriu pra mim.

 

— Funcionou?

 

— Sim, nem lembro mais do que estávamos falando. — Ri contra o seu peito.

 

— Ah, bom saber que um beijo meu deixa alguém com amnésia. — Foi sua vez de rir do meu comentário.

 

Ficamos um tempo em silêncio, apenas apreciando a companhia um do outro. Até que me lembrei de algo que tinha acontecido mais cedo.

 

— German, posso te fazer uma pergunta?

 

— Claro, me pergunte o que quiser.

 

— O que aconteceu hoje mais cedo? Encontrei a Ludmila hoje a noite e ela estava com os olhos vermelhos. Ela me pareceu tão triste.

 

German suspirou, parecia frustrado.

 

— É que hoje quando eu terminei com a Priscilla, nós discutimos. Ela ficou muito brava e foi embora. E como a Ludmila não quis ir com ela, ela disse a Ludmila que era para ela se esquecer que tinha uma mãe.

 

— Meu Deus, que coisa mais horrível de se dizer a própria filha! — Eu não conseguia acreditar que Priscilla pudesse ter sido tão cruel com a filha.

 

— Sim, depois disso Ludmila começou a chorar. Ela passou bastante tempo no quarto dela hoje. Ela queria ficar um pouco sozinha.

 

— Acho que a Ludmila está sofrendo em silêncio há muito tempo.

 

— Também acho, a Priscilla sempre a forçava a ser a melhor em tudo.

 

— Hoje quando a encontrei ela parecia estar se sentindo perdida. Ela me disse que nem estava conseguindo conseguindo escolher um vestido pra usar e que não sabia se participaria do show.

 

— Aposto que aquele vestido que ela estava usando foi você que arranjou para ela. — Ele sorriu pra mim.

 

— Acertou, aquele vestido era meu. Mas eu nunca o usei, pois ele não combinava muito com o meu estilo. Ele combinou muito mais com a Ludmila, então dei ele para ela. Ela ficou linda nele.

 

— Obrigada por isso Angie. Ela não parou de sorrir durante o show. Ela precisa de pessoas que se preocupem com ela.

 

— Não me agradeça por isso. Vou fazer o que eu puder pra Ludmila não se sentir sozinha. Tudo o que ela precisa é de carinho e amor.

 

— O que você acabou de me dizer, me lembra muito ao que você me dizia quando era governanta da Violetta.

 

— Ah, sim. Bem, acredito que eu era um pouquinho intrometida quando eu era governanta da Vilu.

 

— Um pouquinho? — Ele foi irônico.

 

— Ah, eu não era tão intrometida assim. Só não conseguia manter os meus pensamentos pra mim mesma.

 

— Tem razão, eu perdi as contas de quantos sermões você já me deu.

 

— E eu perdi a conta de quantas vezes você me demitiu.

 

— Algumas das vezes foi você que se demitiu Angie.

 

— É, pensando bem, eu mesma me demiti algumas vezes.

 

German começou a passar uma das mãos pelo meu cabelo carinhosamente. A sensação era tão boa que eu me senti relaxar.

 

— Se você continuar com isso, eu vou acabar dormindo. — Bocejei.

 

— Então durma Angie. Você teve uma semana bem agitada, precisa descansar.

 

— Acho que você tem razão. — Senti meus olhos pesarem.

 

Me aconcheguei mais em seu peito e fechei os olhos. Eu não sabia que eu estava tão cansada assim, essa semana tinha me deixado esgotada.

 

— Fico feliz de você estar aqui comigo. — Foi a última coisa que eu lembro de ter dito antes de o sono me envolver.

 

— Eu também. Durma bem meu anjo, vou ficar velando o seu sono. — Lembro de tê-lo ouvido dizer.

 

German depositou um beijo na minha cabeça e me cobriu com o seu terno. E depois eu apaguei.

 

                                                     (…)

 


                                                       *TRADUÇÃO:

                                Você está em meus braços
                                            E o mundo todo está calmo
                                           A música está tocando apenas para nós dois
                                          Tão perto, juntos
                                          E quando estou com você
                                         Tão perto de me sentir vivo

 


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Notas finais do capítulo

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Até o próximo capítulo ❤ Beijos ❤



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