Take me to church escrita por Ella Poetry


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amorzinhos!!! Boa história pra vocês e volto a dizer:

Indico MUITO que vocês assistam o clipe da música antes de lerem a história!!!

https://www.youtube.com/watch?v=PVjiKRfKpPI

Mas ninguém é obrigado a nada!

Beijinhos, amo vocês!!!

c o m e n t e m



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Alexander não sabia como, nem porque. Um dia Gabriel era seu melhor amigo, no outro estavam se beijando. Sabia que era errado, mas seu amor por ele o fazia ignorar todas as regras estúpidas que foram obrigados a aprender.  Naquele momento escrevia novamente em seu diário. Que se tornara a coisa mais perigosa do mundo para ambos, porque era lá que ele contava tudo o que sentia, já que não tinha ninguém para desabafar. 

“... Ele é incrível. E que eu queime no inferno, mas estou perdidamente apaixonado por ele. Encontramos um lugar novo, aonde ninguém vai. Lá podemos fumar e sermos livres tranquilamente. E o melhor momento do dia, é ouvir a bicicleta de Gabriel na estradinha de cascalho da minha casa...”.

Enquanto isso, o rosto de Gabriel ainda ardia um pouco. Levou um tapa do pai por discutirem por causa do mesmo assunto de sempre, nunca entendeu o que havia de errado em amar alguém, porém seu pai voltava a pregar que amar alguém do mesmo sexo era algo que o faria ir para o inferno e ser torturado pelo próprio demônio. Havia saído de casa para poder aliviar um pouco a raiva que guardava em si... Não conseguia parar de pensar no melhor amigo, mas se sentia feliz por não ter sido empurrado quando avançou com calma para perto dele e o beijou, naquela maravilhosa tarde que parecia que fora ontem, mas já fazia meses. Ele sorri de lado com a lembrança e coloca as mãos nos bolsos. Não se espanta quando percebe que já está no caminho da casa de Alexander, nem saiu com a bicicleta pela raiva, olhando um pouco da garagem e vendo que o carro dos pais dele não está na garagem, em seguida tocando a campainha.

Alec abre a porta e da um sorriso imenso, mas desfaz ao ver a expressão dele.

—Entra. – ele diz apenas dando espaço para o outro

—Foi mal... – Gabriel entra e mexe as mãos nos bolsos, fazendo uma careta.

 _Senti sua falta... – Alec diz fechando a porta e abaixando a cortina. Só então vai até ele e o beija

Gabriel passa os braços pela cintura dele e sorri, o beijando mais uma vez e encostando a cabeça no ombro dele.

—Também senti muito a sua falta... – Gabriel diz após se afastar, encostando-se à mesa - desculpa não ter vindo antes...

 _Você está bem? – Alec pergunta o olhando e então fechando o diário e colocando na caixa de madeira, com cadeado.

—Briguei com o meu pai de novo... – ele diz indo para frente e então se escorando na mesa novamente – Eu estou louco pra sair desse lugar! Cidade pequena, mentes pequenas, corações pequenos!

—Qual o motivo dessa vez? - Alec passa a mão no próprio rosto

—Hum... Eu... - ele coça a nuca e faz uma leve careta – Fui tentar argumentar novamente quando ele falou da nossa vizinha lésbica...

— Eu soube. Teve até o atentado à namorada dela pela aquela gangue de malucos. Precisam só de uma prova para fazerem coisas horríveis com quem não é “normal” – ele faz as aspas no ar – Viram uma foto eu acho... Queimaram as roupas “impuras” delas.

— Aqueles caras são uns doentes... E meu pai os apoia... Caramba, qual o problema dessa cidade? Gente ignorante, eles que vão ir para o inferno.

 _Vou guardar isso... – Alec sorri de lado dando dois tapinhas na caixa que acabou de trancar e indo para o próprio quarto, guardando a caixa.

Gabriel olha ele subir e fica curioso com a caixa, indo atrás e abraçando o mesmo por trás.

—O que tem nessa caixa?

—O meu diário. Eu comecei a tranca-lo. Você parou de escrever comigo... Então... Eu continuei. Mas escondo bem.

—Você ainda... Err... Escreve nele? – Gabriel solta o mesmo um pouco e se encosta-se à porta, sorrindo.

— Claro. É o único meio de eu não surtar quando você não está perto! - ele coloca debaixo da cama

—Você me deixa mais calmo... Sabe? Quando estou perto de você... Meu estresse todo sai.

 _É? – Alec pergunta sorrindo de canto e se aproximando dele

—Sim... – Gabriel cai muito fácil na provocação

—Então vem cá para eu te deixar agitado de novo... – Ele sorri maldoso e o puxa para perto, selando seus lábios.

Gabriel o abraça com força e caem na cama, se beijando e trocando carícias. Em certo momento, Alec deita por sobre o peito de Gabriel.

—Eu te amo muito, sabia? – Alec pergunta o olhando e mexendo em seu cordão

—Ah é? Mas eu te amo mais! – Gabriel retruca sorrindo

—Não tenho argumentos contra isso!

Eles se olham e um momento de paz se forma ali. Atrapalhado apenas por passos vindos do andar inferior

—Meus pais chegaram. – Alec diz ouvindo a porta da minha garagem se fechando – Vem, vamos para o píer.

— Ah... Certo... – ele diz o puxando pela mão e fechando a porta do quarto

A mãe de Alec está tirando umas coisas de uma sacola enquanto o pai entra com mais sacolas.

—Boa tarde Gabriel. Não sabia que estaria aqui hoje. – a senhora agradável diz olhando para um filho com um sorriso desconhecido pelo mesmo.

—Eu também não sabia tia Rita. Mas estava com tempo livre... – Gabriel começa a responder, mas é cortado.

—Como vai meu jovem? – o pai dele entra e põe as sacolas sobre a mesa, alisa então o bigode.

—Muito bem e o senhor? – ele diz assumindo a postura de certinho como faz na igreja, perto dos pais.

—Estou ótimo. De lembranças ao reverendo por mim! – ele diz fazendo Alec revirar os olhos

—Tá pai, estamos saindo. Tchau mãe – ele diz saindo e puxando o outro pela mão

Gabriel ri o acompanhando e acena para os pais do amigo. A mãe acena sorrindo e comenta algo com o marido, que os dois não escutam.

—E eu até estava gostando de ver o bigode do teu pai. – Gabriel diz para provocar o menor

—Meus pais estão em cima de mim. Querem que eu arrume uma namorada, ou ficarei mal falado na cidade! – Alec revira os olhos de novo, ainda puxando o namorado pelas mãos.

—Mas você já tem um... Eu! – Ele diz sorrindo e rindo – O que não parece uma coisa nada boa... Bem, você não é o único...

Um dos integrantes da gangue doentia que governa a cidade vê os dois passando ao longe, mesmo o caminho sendo desconhecido. Estão de mãos dadas. Então esse cara começa a andar em direção a sede.

—Mas não se preocupe. Nunca vai acontecer! – Alec diz balançando a mão unida a do outro

—Você promete? – Gabriel diz puxando o mesmo, aquele caminho é onde poucos passam e ele se sente tranquilo.

—Eu prometo. Morrerei antes de desistir de nós dois! – Alec pula a cerca que leva a um píer abandonado do lago da cidade

—Não diga isso! Eu prefiro de ver com uma mulher... Do que morto! – Gabriel diz pulando em seguida e limpando as mãos nas calças

—Mas eu não! – Alec o abraça e afunda a cabeça no seu pescoço – Promete que não vai desistir de nós?

—Eu prometo que nunca vou desistir de nós! – Gabriel o abraça de volta com força e suspira – Nem que tenha que dar uma surra no "destino".

—Eu te amo!

—Eu também te amo! – ele enche Alexander de beijos e depois o solta, sorrindo – Quer um cigarro?

—Quero. Os meus acabaram. – Alec diz aceitando, olhando o namorado e acendendo o próprio cigarro no dele.

—Vem cá! – Gabriel o puxa pela nuca e o beija

Gabriel o beija e ri, puxando a cintura do mesmo.

—Hum... Gosto de fumaça! - ele faz uma voz fina, só para irritar.

—Gosto de você! – Alec provoca apertando sua bunda e sorrindo

—Ou! Olha bem aonde você toca... - Ele diz reagindo como sempre e abraçando o pescoço dele sorrindo

—Idiota... Eu queria te bater.

—Você sempre quer ou me bater ou me beijar! – Alec ri e fica dando selinhos, outra coisa que o irrita.

—Eu vou dar um soco no meio da sua cara. - ele diz fazendo careta e começando a empurra o rosto dele, rindo quando o celular de Gabriel toca - Pode atender.

O mais velho pega o celular de qualquer jeito e atende, bufando antes.

—Alô? – Ele diz meio irritado

—filho, onde você está? – É a voz do reverendo Hugo do outro lado

—Eu saí pra caminhar um pouco, por quê? – ele pergunta mordendo o lábio inferior e mexendo em uma mexa do cabelo preto de Alec

—Me disseram que te viram andar pra longe da cidade. – a voz severa do pai ricocheteia do outro lado

—Quem falou isso pro senhor afinal? - a voz transparece tédio, porém por dentro se desespera um pouco.

—Não importa. Com quem você está?

Alec se afasta um pouco olhando para o mesmo preocupado

⁠⁠⁠⁠_Com uma amiga minha, pai. – ele diz mordendo o lábios inferior ao ver Alec fazer uma careta e virar o rosto

—Ah, finalmente. Estão no escondidinho não é? Ela é tímida, não é? – o tom de voz muda totalmente – Tudo bem filhão, mas não volte tarde. Quero que toque bateria hoje na igreja.

—Ela é minha amiga... Tá, pai, eu não vou voltar tarde, okay, eu toco. – ele desliga o telefone e guarda no bolso.

—Não faz essa cara... – Gabriel olha para Alec, chegando perto dele e pegando as mãos do mesmo.

—É a única que eu tenho! – Alec diz mal humorado e então suspira

—E é a única que eu amo, sabe bem disso. - Gabriel diz e se apoia um pouco, beijando ele de leve e sorrindo.

—Eu também te amo! – Alec sorri

—Hum... Vamos ficar só mais um pouco... – ele diz o beijando novamente depois de falar um te amo para o mesmo

E eles se deitam no píer que se tornou o lugar deles. Aquele pequeno paraíso que criavam às vezes, era o que fazia Alec suportar sua vida. Gabriel chega mais perto e passa um braço por ele, sorrindo e o observando, sempre fez aquilo, mas se tornou muito melhor depois que ficaram pela primeira vez.

—Ei, sabe o que eu estava lembrando? – Alec diz do nada

—Huuuum? – Gabriel pergunta sem nem se mexer

—Amanhã é nosso aniversário de seis meses!

—Mas já? – Gabriel se senta o olhando

—⁠⁠⁠Como já? Eu perguntaria se só! – Alec se senta também o olhando

—⁠⁠⁠Nossa... Seis meses... Como eu te aguento?! – ele diz brincando e abraçando o menor

—Onde vamos comemorar? Ah é... Não podemos!

—Que grande... Hey! A Mary e a Kate vão dar uma saída da cidade... São meninas... Nossos pais querem que andemos com meninas...

—Acha que podemos ir com elas? – Alec se empolga

⁠⁠⁠⁠_⁠⁠⁠Nossos pais estão loucos pra arranjamos namoradas e eles pensam que somos... Héteros. – Gabriel diz fazendo uma careta exagerada provocando a risada do namorado

—⁠⁠⁠Então... ⁠⁠⁠Será que elas são...

—Eu não faço ideia... Mas são amigas. E vai ser legal!

—Vai... Vai ser legal sair daqui um pouco... Ia ser engraçado -⁠⁠⁠ ele sorri com a ideia daquelas moças tão diferentes deles estarem passando algo parecido. Não poderem se amar. – Elas duas juntas, eu digo.

—⁠⁠⁠Ia ser divertido! A Mary é mais velha e sabe cuidar de gente que não tem nada na cabeça. – diz apontando para si mesmo – Você pelo menos tem algo na sua.

—Pensando um pouco, elas se parecem com a gente...

—A Mary se parece com você... Então tenho que te manter longe da Kate!

—Como se eu tivesse olhos para outra pessoa que não fosse voce – Alec diz rindo e deita por cima dele - ⁠⁠⁠Quando vai entender que eu amo voce?

—Quando você entender que não precisa ser amigo de outras pessoas... – Gabriel responde fazendo carinho no rosto dele e beijando ele de leve

—Se eu não tiver amigas, o que vão pensar? Vão achar que eu sou gay! Imagina o escândalo! – ironiza fazendo como se fosse hétero

— Então... Você está me enganando?! – Gabriel diz fazendo um drama incrível - Você disse que me amava! Só está me usando...

—Claro. Adoro arriscar minha vida para usar as pessoas – diz rindo e sorri abraçando ele mais forte, quando o telefone dele toca novamente.

Gabriel bufa e beija Alec novamente, trocando as posições e ficando sobre ele, enquanto o aperta e ri.

—Eu acho que você tem que atender

—Huuuum, que coisa irritante! – ele diz pegando o celular novamente e atendendo impaciente – Alô...  

—Filho? –a voz preocupada da mãe do outro lado da linha chama a atenção do moreno.

—Ah, oi, mãe, o que houve?

—Vem pra casa agora!

—Por quê? O que aconteceu?

—Não importa. Só vem pra casa!

—Tá, que coisa, chego aí logo. – Ele desliga e encara Alec preocupado

⁠⁠_O que houve? – Alec pergunta se preocupando também

—Eu tenho mesmo que ir agora... Ellen estava me ligando... – Se levanta e estende a mão para o namorado

—Aconteceu algo? – ele pergunta aceitando a mão e levantando

—Eu sei lá, você sabe que aquela mulher é doida né? – Gabriel diz com as mãos na cintura

—A gente se vê depois? – Alec o olha com carinho

—⁠⁠⁠Claro! – o mesmo o beija e sorri – Vem, eu acompanho você até a sua casa.

—Eu acho que ainda vou ficar por aqui. – ele diz e estala os dedos por mania

—Hm... Tá bem né, te amo. – ele beija Alec mais uma vez e sai andando, acenando e sorrindo vendo Alec se sentar e jogar uma pedra no lago.


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Notas finais do capítulo

Oii gente! Não precisam ficar ansiosos, são só três capitulos!!!



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