Destiny Interativa escrita por Ann Wolf


Capítulo 3
A Primeira Chegada


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais: desculpem desculpem desculpem!!! Sou uma menina má!
Eu peço desculpas por ter demorado tanto a postar um capitulo novo mas a minha explicação é que eu já tinha começado a escrever o inicio do novo capitulo no Word, mas o meu querido amigo decidiu pedir a versão nova e por causa disso, não pude nem aceder à historia nem ao que já estava pronto! Só agora é que tenho a versão nova e o meu pc atualizou.
Mais uma vez: desculpem desculpem desculpem!! Tentarei não o fazer de novo.
Peço desculpa a todos os que acompanham a fic e participam nela, que neste caso é a Filha de Hecate e a Cni. Peço desculpa meninas.
Mas agora tem um capitulo fresquinho e novinho em folha.
Espero que gostem. Boa leitura.

PS. Não me atirem com pedras grandes ou então posso não conseguir escrever o proximo capitulo



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Narradora POV

Kaori permaneceu algum tempo a observar o lago, a sua dimensão, o modo como as águas límpidas refletiam os céu perfeitamente, como se fossem um espelho, e também a recordar as coisas que tanto Kaori quanto alguns dos seus irmãos tinham vivido ali.

Naquelas águas, havia encontrado o Kentin a ser afogado pela própria mãe e com o tio a observar. Ela ainda lembrava o por quê de isso ter acontecido e custa-lhe sempre recordar isso. Tudo porque, no fim das contas, se ela tivesse tido cuidado na altura, se não fosse fraca com aquela mulher, se tivesse obedecido ao aviso de Ken, este não teria tido tal castigo.

Kaori, com um vestido ligeiro e azul-escuro com pequenos bordados brancos, caminhava pelo jardim até adentrar na floresta, onde continua a caminhar com a cabeça baixa pela recente conversa com um dos seus irmãos, Nathaniel. Ela sabia bem que não era bem-vinda àquela família. Adelaide, Nathaniel e até o Castiel, no início, tinham deixado isso bem claro.

Assim que ela entra na floresta, senta-se perto de uma das árvores. Ainda lhe dói o pescoço onde duas marcas circulares, ainda vermelhas ao redor e inchadas, mostram o que havia ocorrido no dia anterior. Mesmo com a sua recuperação fácil, parecia que ao estar a ser repetidamente ferida no mesmo lugar evitava o ressurgimento da nova pele.

— Ele não quer saber…nunca quis… - Murmura, puxando as pernas de encontro ao peito e encolhendo-se, encostada na árvore. Ela não quer ser fraca mas ainda não se sente preparada. Nunca a prepararam para o que iria encontrar nesta vida.

O som de galhos a partirem-se desperta-a dos seus pensamentos e a menina olha para o lado onde encontra Ken a correr freneticamente na direção ela e com uma expressão assustada. Kaori levanta-se um pouco e ele acelera mais, agarrando-lhe o braço esquerdo.

— Kaori, corre! Ela está à tua procura e está furiosa! – Uma expressão aterrorizada toma conta da menina, que abre os olhos e fica ainda mais pálida ao mesmo tempo que, petrificada, levanta-se.

As pernas tremem-lhe bastante e não sabe para onde os seus sentidos a devem levar para que fique em segurança. Ken agarra-a com mais força, tentando acorda-la e empurra-a na direção de um carreiro mais escondido e ela anda alguns passos, tentando correr, com o medo servindo de combustível para continuar.

— Ken! Onde está a Kaori!? – Ao ouvir o seu nome e a madrasta a gritar com o irmão, a menina para de correr e esconde-se atrás de uma árvore, regulando a respiração e procurando ouvir o que Adelaide diz.

— És um menino mau e eu avisei-te qual é o castigo para meninos maus.

Kaori ouve os gritos de Kentin e o coração começa a pesar-lhe no peito. Ela quer tomar uma atitude. Dizer um basta. Kentin está a ser castigado por a ter ajudado e ela merece ser forte agora, não abandona-lo, embora o medo fale mais forte e algo lhe diga que o castigo do Ken será em vão se ela voltar para junto daquela mulher. No entanto, o seu altruísmo fala mais alto.

Assim que houve o ruido de algo caindo na água do lago, Kaori corre na direção deste e depara-se não só com Adelaide como também com o seu tio, Francis, a admirarem o rapaz a afogar-se lentamente no lago enquanto desespera por ajuda.

— Parem…por favor, parem! – Ela coloca as mãos com os punhos cerrados ao lado do corpo ao ver a madrasta a sorrir-lhe e a fazer sinal para que o Francis aproxime-se da beira do lago para ajudar Kentin. – Eu faço o que quiserem mas deixem-no em paz!

Adelaide ri e aproxima-se da menina, agarrando-a fortemente pelo pulso, e gira-lhe bruscamente a cabeça, fazendo-a soltar um gemido de dor.

— Linda menina. – Adelaide coloca as presas no mesmo lugar onde estavam as marcas, roçando os lábios pelo pescoço da criança. – Quietinha.

Kaori sente as forças a serem drenadas de si e dobrar a intensidade quando Francis lhe morde num dos antebraços e suga também o sangue dela. Mas ver o irmão já a salvo, dava-lhe um pouco de coragem. Quando os vampiros afastam-se por fim dela, a menina deixa-se cair no chão, agarrando o pescoço onde lhe escorre o sangue e Kentin agarra-a.

— Estavas maluca? Por que fizeste aquilo?

— Eu…só queria ajudar…ser forte… - Kentin sacode a cabeça e coloca-a sobre as suas costas, começando a caminhar em direção à saída da floresta enquanto Kaori entra dentro de um sono com pesadelos.

 

Kaori recobra os sentidos dessa lembrança e sacode a cabeça. O passado é o passado e ela não pode continuar repisando neste até que a cabeça lhe doa de tanto pensar, além que a madrasta já está morta e nada do que faça agora irá afetar o seu repouso nas profundezas do Inferno.

Arde aí. Talvez um dia ganhes companhia. Ela sorri com tal pensamento, mas não é um sorriso contente. É uma mistura de divertimento e sarcasmo juntos.

A Sakamaki sai do lago e inicia o percurso de regresso à entrada da mansão, embora, ao principio, se venha tentada a ir pelo jardim e entrar pela cozinha, onde, com certeza, poderá passar mais despercebida, mas os seus instintos insistem que ela siga caminho pelas sebes no interior dos portões da mansão e que irão dar à sua entrada.

As sebes não são grandes e chegam a um ponto em que dão lugar a um relvado aparamente arranjado e a um caminho constituído por pedra de mármore com um fontanário simples no meio deste, com um repuxo lançando uma água límpida e cristalina em direção ao céu, sem nunca o atingir. A enormes e maciças portas de entrada, erguem logo após as escadas em frente e, do lado oposto, os grandiosos portões de ferro negro que ajudam a impedir que olhares curiosos possam entrar sem permissão. Não que isso seja um incomodo pois aí os irmãos de Kaori teriam um “brinquedinho” por algum tempo, senão mesmo horas, mas para a rapariga, era como um suicídio idiota.

No momento em que ela suspira e se prepara para virar na direção das escadas e subi-las, um carro preto estaciona mesmo em frente do portão principal, lançando um ruído incomodo e barulhento no escape ao sair dali para fora.

Ótimo, curiosos avistados. O que será desta vez?, Kaori revira os olhos azuis e põe-se a caminho do portão. No seu interior, a ansiedade e o nervosismo uniam-se num só e o desejo de que seja apenas algum jornalista ou turista querendo saber mais sobre a mansão aumentava a cada passo que realiza. No entanto, as suas esperanças são arruinadas ao abrir os portões e perceber que é na verdade uma rapariga, pouco mais baixa que ela, com duas malas na mão e uma mochila e com os olhos postos na mansão. A primeira tinha acabado de chegar.

Com uma expressão séria, Kaori abre os portões e olha para a rapariga de cabeça abaixo, cruzando os braços logo de seguida.

Liev POV

A viagem para a mansão foi um pouco comprida demais. O taxista não falou muito comigo, o que até foi bastante compreensivo da parte dele pois tinha a impressão de que se ele começasse com perguntas acerca dos motivos de eu estar prestes a alojar-me com pessoas desconhecidas e a abandonar a minha família iria acabar por me tornar ríspida ou seguir o resto do caminho a pé ou noutra boleia.

Eu só falo da minha vida ou no que me vai na alma com quem tenho proximidade, a não ser que tenha que dar a opinião ou as verdades a quem me provoque a tal ponto. Falar na nas costas de alguém não combina com o meu perfil.

À medida que as casas eram deixadas de lado, dando lugar a uma floresta densa no cimo de uma colina, começo a pensar se realmente o que estou a fazer é acertado.

E se eu for de um purgatório para o Inferno?, sinto essa frase a assombrar-me o resto do caminho, enquanto o declive da estrada aumenta e somos rodeados pelas sombras densas das árvores e pelo vento trazido da costa costeira vindo lá de baixo. Apesar de este ambiente ser um pouco sinistro, o contacto que tem com o silêncio até é bem agradável, tenho que admitir.

Logo que chego em frente dos portões enormes do muro da mansão, o taxista sai do carro e oferece-se para retirar as minhas malas da traseira do carro, enquanto eu agarro nestas e aproximo-me da barreira que separa o meu passado do meu futuro. O motorista volta a entrar dentro do táxi e, antes mesmo de fechar o vidro da janela, murmura:

— Cuidado. – No preciso momento em que ele o diz, arranca com o carro e deixa uma nuvem pequena de fumo para trás que me força a tossir e a olhar para o carro com uma expressão ofendida, mesmo que este já vá muito afastado de mim.

Olho para os muros ao lado dos portões, em busca de um interlocutor ou campainha que deixe claro que cheguei mas, antes que tenha tempo de encontrar isso, uma rapariga de cabelos negros como a noite e olhos azuis como céu, pele pálida e quase da minha altura aparece á minha frente, com uma expressão tão séria que penso que deve ser mais velha que eu.

— Olá. – Digo formalmente, fazendo uma pequena inclinação com a cabeça. Em resposta, ela cruza os braços e bufa, levando-me a crer que não sou bem-vinda mas isso ainda não é o suficiente para eu perder a compostura. – Esta é a mansão Sakamaki? A que me aceitou como hospede?

— Se te aceitou ou não, isso não é comigo. Mas se estás aqui é porque o devem ter feito. – Responde, friamente, afastando-se um pouco e permitindo que eu entre, para logo de seguida fechar os portões.

Ela parece ter bastante força para conseguir fechar uns portões deste tamanho…

Observo o interior da entrada da mansão. Nunca pensei que fosse um lugar tão…mórbido. Mas nem me sinto nada desconfortável com isso, apenas curiosa. Este lugar parece estar envolto num ambiente muito misterioso, mais misterioso ainda que a floresta pela qual passei antes de chegar aqui e que rodeia este lugar.

— Então…O meu nome é Liev. Liev au Selene. – Olho para a rapariga que apenas me acena com a cabeça. Espero que ao menos saiba se apresentar porque não me sinto confortável a perguntar-lhe muitas coisas, ainda mais que estas sejam pessoais.

— Kaori Sakamaki. – Ela aproxima-se e fica ao meu lado.

Não sei quem é esta rapariga, mas não tenho o maior desejo que os outros habitantes da mansão sejam iguais a ela. A Kaori parece ser alguém demasiado fria e sarcástica, mas há algo nela que me leva a pensar que é apenas calada e pensativa demais. Bem, se for assim, seremos duas nesta mansão se é que não há mais ninguém aqui assim. No entanto, há algo no meu instinto que quer dizer-lhe algo.

— Se eu for um estorvo, só precisas de dizer. Não te quero obrigar a nada. E posso sempre ir-me embora. – Mesmo que não saiba depois para onde ir…tudo será melhor do que voltar para casa do meu pai.

Ela olha para mim, de olhos bem abertos, e depois pisca-os antes de suspirar e olhar para o lado, abraçando desta vez os braços. Como eu adivinhara: ela não deve ser mesmo má.

— Não foi bem isso que eu quis dizer…, mas acho que cometeste um erro em teres vindo para aqui. – Ela suspira de novo e balança com a cabeça na direção das portas de entrada, que por sinal são enormes e feitas de madeira maciça. – Mas agora não há nada que se possa fazer. Espero que sejas forte… - Ela fala baixinho, mas consigo entender-lhe as palavras enquanto ela ergue a cabeça e anda à minha frente determinada.

Eu deveria chamar isto a um belo começo, se assim fosse o caso, mas estou com o pressentimento que talvez tenha começado com o pé esquerdo e isso não é bom.

Sigo as pisadas dela, atrasando-me um pouco por causa do peso das duas malas e também para observar o nosso redor. A mansão parece ser enorme, tanto por fora como por dentro e, não duvido nada, que com a minha capacidade de ser distraída e nova neste lugar, possa acabar por me perder.

O sol já vai baixo, indicando o por-do-sol próximo e a noite que se aproxima, deixando o céu coberto por cores quentes e o branco das nuvens a esborratar essa pintura, tal como por vezes vejo nas imagens das capas de alguns livros. É uma imagem bonita.

— Esta altura do dia é bonita, mas assina-la o início. – A Kaori já está no cimo das escadas, encostada à porta e à minha espera e eu subo os degraus, virando-me de costas e puxando as malas até ao cimo das escadas, onde respiro fundo por causa do esforço e olho para a rapariga de novo. Ela praticamente adivinhou o que eu estava a pensar e nem lhe dei pistas. – Pronta para conheceres quem mais aqui vive? – Ela não tem alegria nenhuma, nem na voz nem no rosto.

Um arrepio percorre a minha espinha por de repente sentir o vento a atingir-me com força. O que quer que a Kaori queira dizer com este tom não deve ser positivo. Mas isso não é o suficiente para me fazer recuar.

— Sim. – Digo, girando sobre os calcanhares e entrando logo a seguir a ela na mansão, ouvindo as portas de madeira e fecharem-se atrás de nós e a encerrarem-nos cá dentro.

Agora não há volta a dar. Não posso recuar.


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Notas finais do capítulo

E pronto. A primeira (segunda neste caso) já chegou!
Agora a Liev não vai poder recuar da decisão que tomou. Quem será que a espera agora?
Filha de Hécate por favor, se o ponto de vista da Liev não estiver de acordo com o que tu criaste diz-me >—<' Eu tenho sempre medo de criar uma personalidade que não condiz com a pedida ou que se misture com uma outra qualquer (e como esta é a minha primeira fic interativa tenho ainda mais)
A próxima noiva será apresentada no próximo capitulo, e chegará ou nesse ou no outro a seguir.
E agora um assunto sério: Eu sei que falhei ao não continuar a escrever a fic e de ter demorado tanto mas eu esperava que alguém enviasse as fichas para participarem na fic mas tal não aconteceu.
De momento faltam três noivas e podem enviar a ficha pelos comentários ou por MP. Darei o prazo de um mês para enviarem as fichas, caso contrário terei que tentar criar personagens (não se queixam depois se estas não ficarem muito bem).
Agradeço a quem acompanha a fic e sempre espera por novidades, com especial atenção na Filha de Hécate e na Cni, que estão a participar na fic. Um bjinho grande para vocês.
Espero que tenham gostado do capitulo e espero por comentários vossos. Kissus. E peço desculpa pela demora, mais uma vez.