Recomeçar escrita por Flower


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI GALERINHA!!!! E aí, como foram de Natal? Espero que tenha sido perfeito, eu como uma Mamãe Noel atrasada como sempre estou aqui com os presentinhos!

Temos o Capítulo 14 como prometi a vocês, achei que Tommy e Caitlin mereciam um desfecho legal para a relação dos dois e também esse capítulo dará uma ideia para o próximo capítulo.

E SIM, esse capítulo está prontinho. Então os vejo daqui a pouco novamente, espero que curtem essa narração, minhas florzinhas.

(Se quiserem, aconselho ao escutarem If I ain't got you de Alicia Keys, o finalzinho merece essa música) ♥

Boa leitura. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737844/chapter/15

Some people live just for the fame

Some people live for the power, yeah

Some people live just to play the game

Some people think that the physical things

Define what’s within

And I’ve been there before

But that life’s a bore

 

Some people want it all

If it ain't you, baby

If I ain't got you, baby

Some people want diamond rings

Some just want everything

But everything means nothing

If I ain't got you, yeah

(Alicia Keys) - If I Ain't Got You

 

Tommy Merlyn

— Essa água está tão fria quanto seu coração!

Reajo à medida que sinto a pressão que a água faz assim que toca meu corpo.

— Você fica ainda mais reclamão quando está sob efeito do álcool. — Caitlin esfrega meu corpo com uma bucha que parece arrancar meu couro.

— Eu estou bêbado apenas e não com crostas de sujeira presa a minha pele, vá com calma com essa bucha. — tento guiar seu pulso com movimentos mais calmos.

— Meu Deus, por que você não cala essa boca por apenas alguns minutos?

— Você é a culpada, eu não queria estar aqui!

— Ah é? E onde estaria agora?

— Claramente afogando minha cara em mais uísque.

— Inteligente como sempre Tommas Merlyn.

Deixo com que Caitlin me enrole em sua toalha macia me levando até sua suíte levemente apagada. Minhas pernas cambaleiam um pouco e tudo que não precisava no momento era algum tipo de claridade em meus olhos sensíveis.

— Não me chame de Merlyn.

— E o bonitão gostaria que o chamasse por qual sobrenome?

Deixo meu corpo cair sobre sua cama aconchegando-me em posição fetal.

— Esse sobrenome morreu para mim, entendido?

— Tommy, precisamos conversar sobre o que aconteceu... — sua mão toca meus cabelos molhados fazendo-me prestar atenção em seu gesto.

Eu nunca entendi o que Caitlin sente por mim, eu sei que somos bons na cama.

Somos muito bons.

Não bons como a mistura de dois sabores de sorvete surpreendentemente bons.

Somos bons como o encontro do sol e da lua.

Assim que a beijei entendi que a queria ao meu lado para trilhar algo sério pela primeira vez em minha vida. Sei que para as pessoas sou apenas um garoto mimado que vive às sombras dos méritos de meu pai, passei essa ideia até mesmo para Caitlin, um dos motivos que a fez se afastar de mim como uma verdadeira vadia. Ela não entendeu nada, ninguém nunca se esforça pelo menos um pouco para me compreender. Eu fui um dos alunos mais promissores da faculdade, mas o que ofuscava meus progressos? Sim, algumas burradas que cometia pelo caminho como transar com uma professora mais velha bem encima de sua mesa, mas como eu poderia imaginar que haveria uma câmera bem acima de nós? Quem quer saber o que professores fazem em suas mesas? É uma total falta de privacidade.

Erros? Cometi alguns, como álcool, drogas e batidas de carro.

Mas por que só focarem em meus erros quando eu era também um cara inteligente? Por que colocar isso em segundo plano? A faculdade de Direito me fez crescer intelectualmente e eu passei em provas importantíssimas em primeiro lugar, porém ninguém se prestava interessar em meus bem feitos, nem meu próprio pai.

Não foi sempre assim, meu pai costumava se importar comigo. Ainda no colegial ele fazia questão de me acompanhar até a escola e me ensinava como me proteger dos meninos mais velhos, ele era como um herói para mim. No entanto, tudo mudou quando passou a crescer nos negócios, minha mãe dizia que quando mais ovem ele era um rapaz assustado que tinha receio em assumir os negócios de seus pais e que se mantinha distante muitas vezes. Mas assim que descobriu que estava grávida se tornou outra pessoa, ela apenas sentia que sua personalidade havia mudado assim que decidiu se entregar aos negócios.

Minha mãe passou a ser deixada de lado assim como eu, imagino que meu pai como homem deve ter tido muitas amantes, mulheres interesseiras que se importavam apenas com seu dinheiro e posição no mundo dos negócios. Eu não duvidaria se existisse em minha vida irmãos não assumidos, porque Malcolm Merlyn faria de tudo para manter sua pose de pai de família honesto e dedicado aos negócios.

Perfeito.

— Não há nada mais a ser dito, Caitlin.

— Levante, você precisa deixar que o sangue de sua cabeça circule um pouco. — ela me puxa para si com certa força deixando com que nossos corpos se unte em um impacto.

— Deve me achar um incompetente assim como todos ao meu redor.

— Não coloque palavras em minha boca.

— Palavras realmente não é o que eu gostaria de estar colocando em sua boca.

Deixo com que meus olhos desviem dos seus e se fixem em sua boca macia que entreabre em uma gargalhada.

— Você só pensa nisso? — ela empurra meu rosto com uma de suas mãos.

— Em você?

— Tommy...

— Por que nunca mais falamos sobre nós?

Seguro seu rosto deixando um pequeno carinho no local, não permitindo que seus olhos escapem dos meus.

— Você sabe o exato motivo, não se faça de desentendido!

— Eu errei, deveria ter a defendido das palavras agressivas de meu pai. Mas eu te mostrei hoje que posso mudar, mesmo estando ainda um pouco bêbado.

— As coisas não são tão fáceis assim, Tommy. Não é como um filme encantado de princesas em que se tem um final feliz.

Permito-me uma risada. — Realmente, você não é uma princesa convencional.

— Aceitarei isso como um elogio. — Caitlin procura uma de minhas mãos, segurando-a. — A verdade é que você está confuso com tudo que aconteceu.

— Não estou confuso.

— Tommy, você falou coisas seríssimas sobre seu pai durante a conferência! Havia pessoas de todo o mundo ali que conhecem seu pai e que o considera um rei dos negócios!

Ela diz incrédula.

— Você está falando sobre ele ter matado minha mãe?

Minha pergunta direta a faz se assustar um pouco me correspondendo apenas com um sinal positivo com sua cabeça. Sua expressão está atenta a cada palavra que sai de minha boca nesse momento.

Continuo. — Quando eu era um garotinho, Malcolm Merlyn viajava bastante e ficava longos períodos longe de casa. Durante a madrugada eu acordava com o barulho do choro de minha mãe no quarto ao lado, eu com poucos anos de idade encostava sua cabeça em meu pequeno ombro e a deixava chorar, simplesmente porque eu não fazia ideia do que se tratava.

— Seu pai a traia?

— Eu não sei... Nunca soube, mas desconfio que sim. Assim que me tornei um adolescente minha mãe continuava a chorar durante algumas noites que meu pai viajava. E em uma dessas noites ela me disse que quando garotos ainda, Malcolm Merlyn parecia viver uma vida dupla, ele vivia com dúvidas sobre o que realmente queria para sua vida. Ela me disse que sentia que se amavam, mas que só o amor não era capaz de deixa-los unidos! Merlyn sofria muito com a pressão que era imposta pela família de minha mãe.

— Não deve ter sua fácil para ela.

— E não foi! Ela chegou a pegar ligações comprometedoras de meu pai com outras “pessoas” que ele insistia dizer que eram apenas amigos da faculdade. Claro que eram outras mulheres, isso a machucava tanto...

Caitlin entrelaça nossos dedos. — Se estiver sendo duro para você tocar nesse assunto, podemos apenas descansar sobre o dia de hoje e esperar que você se sinta mais a vontade!

Sorrio de soslaio com a compreensão de Caitlin. — Tudo bem, está tudo bem. — respiro fundo podendo continuar. — Embora meu pai tivesse a machucado tanto ainda quando jovens, ela dizia que assim que ele soube que ela estava esperando um filho seu, Malcolm Merlyn mudou da água para o vinho! Ele se encorajou para os negócios e me assumiu como seu filho, agora ele era mais presente em casa e para mamãe também. Existiam ligações estranhas de um número do interior que passou a ligar para ele por alguns meses, eram ligações incessantes mas que ele dizia ser um número desconhecido, apenas propagandas de telefonias.

— Talvez alguma mulher o procurando?

— Eu não sei e minha mãe nunca soube...

— Rebecca faleceu quando você tinha quantos anos?

Sua pergunta me traz uma grande saudade.

Minha mãe me ensinou tudo o que sei, ela quem me reprimia quando eu amassava a lataria de algum dos carros de meu pai. Ela quem me fazia pedir desculpas às meninas que eu quebrava o coração, às vezes. Rebecca Merlyn foi muitas vezes o amor paterno que não tive, ela quem me ensinou como me proteger de bebês indesejáveis mesmo querendo um dia ter um neto, e também, de doenças sexualmente transmissíveis.

Seu amor me fez mais forte, mas sua morte foi como um castigo para mim.

— Iria completar dezoito anos, estava a ponto de me formar no ensino médio e entrar para uma faculdade renomada de Direito.

Suspiro tentando controlar as lágrimas que insistem em querer escorrer pelo meu rosto. Acredito que o álcool nos deixa mais... Sensíveis que o normal.

— Você era apenas um menino, Tommy...

— Eu tinha quinze anos quando minha mãe contou sobre sua depressão. No início meu pai dizia que era besteira, que era uma forma de chamar atenção por ser uma dondoca sem muito que fazer em casa.

— Machista! — Caitlin bufa.

— A verdade é que minha mãe estava se afundando, cansada de viver com os fantasmas de meu pai. Sobre mulheres desconhecidas, filhos não assumidos que ela parecia ter a certeza que existiam! Ao decorrer de uma profunda depressão minha mãe descobriu um câncer em seu pulmão, isso acabou comigo. — deixo com que caia uma lágrima de meus olhos. — Eu tive problemas na escola, me envolvi em brigas sérias e cheguei a ser levado para a delegacia de Starling por ser pego com grande quantidade de cocaína.

— Eu te entendo, não deve ter sido fácil para você ver a pessoa que mais amava sofrendo e você ali se sentindo impotente.

— Não pude fazer nada, meu pai a matou.

Agora estou como um bebê chorão soluçando em frente à mulher que eu acredito amar, essa vadia irá usar isso contra mim em um futuro distante.

— Seu idiota... — Caitlin me abriga em seus braços encostando meu rosto em seu ombro assim como fazia com minha mãe. — Você é um grande idiota sabia?

— Você está sorrindo?

Ela afasta meu rosto de seu ombro, secando delicadamente algumas lágrimas de meu rosto com o auxilio de sua toalha macia e surpreendentemente recebo o sorriso mais sincero de Caitlin, não é como o sorriso que dá quando consegue uma vaga no estacionamento primeiro do que eu ou quando vence alguma aposta contra meu time de beisebol. Ah, e esse sorriso não chega perto do sorriso em que dá quando atinge um orgasmo perfeito, por incrível que pareça, é o sorriso mais lindo que vi em toda minha vida.

— Sim.

— Agora além de idiota sou um palhaço?

— Sim.

— Eu deveria te odiar.

— Isso é engraçado, porque eu quem deveria te odiar, Tommy Merlyn. O sonho de todas as funcionárias das Indústrias Queen era ter a oportunidade de transar com o diretor executivo, que mais tarde se tornara meu chefe. Oliver Queen realmente era um fetiche sexual, mas eu não conseguia desejá-lo tanto quanto as outras, porque eu via você ao lado dele e queria você, um completo idiota.

— Hey... Assim você fere minha masculinidade, não tem como concorrer com Oliver.

Ensaio uma risada.

— Sempre achei que você só prestava atenção na porcaria de seu Mustang, um dos motivos de meu afastamento. Mas eu senti sua falta, senti saudade da forma que me fazia rir de tudo ao nosso redor, até mesmo de coisas que não faziam o menor sentido!

— No início eu senti medo de me abrir para você, de contar sobre minhas inseguranças, mas... — sou interrompido pela voz suave de Caitlin.

— Mas agora eu sei sobre suas inseguranças, sobre seus medos! Rebecca te fez um homem maravilhoso enquanto pode, sua ida talvez já estivesse escrita pelos céus. Não costumo ter muitas crenças, mas acredito no bem! Sua mãe fez o bem Tommy, Malcolm é um homem perverso, mas ele não matou sua mãe. Se ele soubesse que estava sendo tão ruim para ela, iria abrir os olhos e tentar fazer algo diferente, em contrapartida os negócios o deixaram cego.

— Depois de tudo que ele disse a você, as palavras duras, os insultos... Por que insiste em defendê-lo?

— Porque as pessoas não são totalmente ruins, Tommy. Seu pai teve uma overdose de dinheiro e fama isso pode ter subido sua cabeça, mas no fundo de sua alma ele amava sua mãe e sei que ele te ama também, só tenha um pouco de paciência!

Caitlin segura meu rosto e seus olhos brilham de forma intensa.

Continuando. — Mostre a ele que você é tão brilhante quanto ele é, que não precisa viver por trás dos méritos dele porque você é também é gigante. E você tem algo que ele precisa aprender, algo que não se compra com riquezas... O amor.

— Não sei se isso existe dentro de mim.

Caitlin pega uma de minhas mãos e leva até seu peito. — Está sentindo isso?

— Seus seios estão mais durinhos, é a TPM?

— Não seu babaca, estou falando sobre as batidas do meu coração!

Rio com sua reação. — Estou brincando, é claro que estou sentindo. Você é hipertensa? As batidas estão muito aceleradas, você deveria ir a um cardiologista!

Minha resposta deixa as maçãs de seu rosto avermelhadas, sei que estou tirando Caitlin Snow do sério, porém posso perder a namorada mas nunca, jamais a piada. Assim que Caitlin encostou sua mão quente e suave nas minhas e as levou até seu peito para constatar as batidas eu senti que ali ela estava demonstrando suas inseguranças pela primeira vez, permitindo que eu compartilhasse de um momento único para nós dois. Porque as batidas rápidas de seu coração são tão rápidas quanto as minhas nesse instante.

— Eu desisto de você!

Rapidamente ela se levanta da cama se afastando de mim, poderia enxergar fumaças saindo de sua orelha.

Levanto com certa dificuldade, mas consigo segurar em seu corpo o girando até meus braços, onde a seguro com propriedade. Logo posso senti-la arrepiar em cada extensão de seu corpo.

— Desde que minha mãe morreu em uma cama de hospital eu não sabia o que era amar alguém. Por muitas vezes me senti sozinho... Mas você, Caitlin Snow, mesmo com todos os xingamentos e implicâncias resgatou algo bom de dentro de mim! — desço meu olhar até sua mão que segura meu ombro, e deixando sua cintura livre de um de meus braços, agarro sua mão a levando também até meu peito desnudo. — Está vendo como são rápidas as batidas? Estão em sintonia com as suas.

Caitlin suspira longamente. — E o que isso significa para você?

— Que é amor, eu não sei se isso pode me matar algum dia... Mas eu quero dar minha cara à tapa.

— Tommy Merlyn você é um poeta!

Ergo o corpo de Caitlin envolvendo suas pernas ao redor de meu tronco, com passos longos derrubo seu corpo sobre a cama recebendo uma risada divertida. Caitlin crava suas unhas bem feitas na pele de minha nuca em um ponto favorável para que eu arrepie cada parte de meu corpo. Minha boca procura pelo seu queixo mordiscando-o até ouvir um gemido languido ao pé de meu ouvido acompanhado de sua língua molhada no lóbulo de minha orelha de forma excitante.

— Preciso te apresentar a minha arte... — roço minha ereção em sua virilha a fazendo gemer novamente.

— Eu tenho um daqueles remédios azuis... Sabe que o álcool impede a ereção, não é? — sua voz é provocante ainda ao pé de meu ouvido.

— Bebê... Não há álcool que impeça o amigo aqui embaixo se erguer como uma muralhada!

— Então fale menos e faça mais!

Levanto seus braços os prendendo às costas da cama, Caitlin adora um toque Cinquenta tons de cinza, tornando o sexo mais excitante para nós. Por de baixo de mim sua cintura com movimentos próprios começam a rebolar sobre minha ereção forte que bate contra sua virilha.

Seu corpo encontra a força necessária para se virar sobre mim mantendo-me agora seu refém, ela segura minha cabeça em direção a seus olhos.

— Talvez eu te ame Tommy Merlyn.

— É eu também me amo... Sou maravilhoso!

Eu devo estar sorrindo como um verdadeiro idiota que sou, além de também sentir meu coração com um calor diferente, não porque estou com meu pau tão duro como uma pedra, mas sim porque sempre amei essa mulher a minha frente e ela sabe disso com todas as palavras.

Esperei arduamente por essas três palavrinhas, afinal de contas eu quem sempre a quis do meu lado, fazia questão de dizer que estávamos namorando. Ela quem demonstrava insegurança sobre o que tínhamos um com o outro, foi Caitlin quem me afastou. Mas agora ouvindo de sua boca que sente o mesmo que eu, me deixa feliz e querendo mostrar que posso ser o homem que espera ao seu lado.

— Cale a boca e me beije!

— Querida, seu pedido é uma ordem.

E, pronto, o gosto de seu beijo e como seu corpo está quente encima do meu constata o que sentimos um pelo outro.

Se isso não for amor, eu não sei o que é.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAH MEUS BOLINHOS.

Amo a forma que os dois se entendem de uma forma tão diferente des outros casais.

Espero que tenham gostado e as espero ansiosamente nos comentários!

Xoxo ♥.♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Recomeçar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.