The Forgotten Rose escrita por Matthew Flannigan, log dot com


Capítulo 6
V - There's an angel in the kitchen


Notas iniciais do capítulo

Hey! Espero que gosetem!



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Os três jovens não estavam mais conseguindo se manter em pé, apesar de não estarem cansados. Tudo o que ocorrera no cemitério não fazia sentido: eles tinham a impressão de que a história a ser contada por Ozael ia ser bem longa e complicada, o que só os deixou mais desanimados. 
Resolveram ir embora de lá e dormir um pouco, para que no outro dia Ozael pudesse recontar tudo. 
O caminho de volta para a casa foi estranho. O homenzarrão esperava os três amigos estarem bem a frente, para então alcançá-los com alguns passos rápidos. O clima entre os quatro era estranhamente desagradável, ninguém falava nada, como se temessem a reação de Ozael a qualquer tipo de tentativa de conversa. 
Todos eles foram dormir na casa de Peter, que era a mais próxima dali.  O ruivo arrumou 2 colchões para seus amigos, ajeitou a antiga cama de sua avó para ele e deixou a própria cama para que Ozael dormisse, o que foi meio estranho, já que quase toda a panturrilha do estranho ficavam sobrando pra fora da cama. 
Antes de dormir, o ruivo parou para abrir a janela do antigo quarto de Aileen e admirar as estrelas. Ele sentou-se num banco e ficou olhando para as constelações. Acabou adormecendo logo, sem perceber. 

*** 

Era uma rua completamente encoberta pela neve, e as casas quase não podiam ser vistas devido à tempestade branca que descia dos céus. E, por mais improvável que pareça, no centro da rua estava uma garotinha, que devia ter entorno de 12 anos no máximo. Estava vestindo com um casaquinho vermelho e um moletom preto, seus cabelos loiros claros cobertos por uma touca também vermelha. 

Seus olhos eram o que mais chamavam a atenção, contudo - vermelhos como sangue, e pareciam brilhar a vários metros de distância. 

“Rosa” – Uma voz grave ribombou pelos céus, e a garota olhou para cima – “Volte pra cá, Rosa!” 

A voz era extremamente grave, e poderia gelar a espinha de qualquer um. E não era diferente com a garotinha, pois ela começou a chorar, e acabou gritando, um grito estridente e forte. 

E foi o grito que acordou Peter. 
O garoto Cunningham levantou com um salto assustado, e acabou batendo a nuca na cabeceira da cama. 
“Que merda!” – Gritou ele, colocando a mão onde agora começava a nascer um belo galo. 
Ele desceu da cama e saiu do quarto vestindo o velho pijama com o qual dormira. 
Logo Peter sentiu um cheiro muito convidativo vindo da cozinha, e quando chegou lá se espantou.  Em frente do fogão, vestindo o antigo avental de sua vó, estava Ozael. 
Vestia ainda a mesma roupa da noite anterior, mas o avental rosa e extremamente curto ficava na frente do corpo. O grande homem estava muito focado em terminar de cozinhar o omelete na frigideira, enquanto Laura e Raphael esperavam o prato ansiosamente sentados na mesa. 
“Ele C-O-Z-I-N-H-A!” – Sinalizou Laura com os lábios, maravilhada. 
Raphael olhava atentamente para o estranho, ainda não acreditando que um homem daquele porte pudesse ser capaz de fazer coisas delicadas como cozinhar. 
Quando terminou de cozinhar, Ozael passou o omelete pra um prato, separou em três pedaços iguais. colocou-os na mesa e sentou-se junto a eles. 
“Sente-se, Neto de Aileen” – A voz do homem ecoava pela cozinha – “A comida vai te ajudar a processar toda a história.” 
Logo a voz impotente do grande homem tomou conta de toda a casa. 

"Eu conheci sua avó quando ela era jovem. Naquela época, o mundo era jovem igual a ela, que vivia em um lugar que mais tarde viria a ser chamado de Escócia. Quando eu a encontrei, eu era um anjo novo..." 
***
Levou um tempo para que Mephisto achasse o atual endereço de sua amiga bruxa, uma vez que, da última vez em que se encontrara com Aileen, ainda não existiam ruas, nem os Estados Unidos. 
O demônio ainda tentava se acostumar com os novos meios de pesquisa. E preferiu ir perguntar para as pessoas das cidades por onde passava, o que o atrasou bastante. A primeira notícia sobre Aileen que ele recebeu foi de que ela havia morrido. 
Mas Mephisto ouvira uma verdade em suas vindas para a terra: bruxas nunca morrem. 
Então ele foi atrás de todas as pistas que conseguiu encontrar, e logo chegou ao enterro da velha Cunningham. 
***
"Sua avó queria fazer um trato comigo, ela estava começando seu caminho com a magia, e disse que precisava de minha ajuda para expulsar um demônio de sua aldeia. É claro que eu não deveria ter dado ouvidos a ela, não havia demônio algum. Mas eu já devia saber disso. 
Bruxas só mentem." 

***

O enterro de Aileen surpreendera Mephisto negativamente, menos de 10 pessoas haviam comparecido, e aquela não parecia ser uma encenação armada pela velha, já que seu corpo estava presente. 
O demônio continuou seguindo os passos de um garoto ruivo, que ele presumiu que fosse o neto Cunningham devido a idade, até descobrir onde ele morava, uma casa branca e velha meio afastada da cidade. Precisava fazer algumas perguntas pra ele. 
Agora o demônio se encontrava na porta da frente da velha casa, que estava deveras silenciosa. 

***

"Quando ela me chamou pela segunda vez, eu respondi seu chamado rapidamente, acreditando que algo de ruim ocorrera com ela ou alguém da família dela. 
Quando entrei na cabana em que ela estava, fui preso em um círculo de proteção. 
Enquanto eu me debatia e clamava ao meu pai por ajuda, ela recitava encantamentos ao mesmo tempo em que segurava um medalhão de prata. Não demorou para eu perceber o que estava acontecendo. Ela estava me prendendo ao amuleto. 
Quando ela terminou o ritual, eu estava dentro da peça de prata, e agora deveria servir ao dono dela. 
E após todos esses anos, ela me passou uma missão Peter: cuidar de você." 

Os três adolescentes olhavam incrédulos para Ozael, pois aquilo não fazia o menor sentido. 
Mas antes que qualquer um deles pudesse falar algo, a porta da frente ressoou, havia alguém batendo. 
O grande homem fez questão de se levantar, mas Peter foi mais rápido, levantou-se e já estava abrindo a porta. E ao abrir se deparou com a figura curiosamente pálida, de cabelos negros e olhos de um azul congelante. 
“Oh, Olá! Eu sou Mephisto... Acredito que sua avó tenha falado muito sobre mim antes de morrer... Não é mesmo?”

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

YAY! Deixem seus reviews, eles me motivam a continuar escrevendo!
Depois desse capítulo eu vou entrar em um hiato por vários motivos (semana de provas, olímpiada de história e alguns outros projetos).
Mas quando eu voltar, vai ser com força total!



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