Zauber escrita por magalud


Capítulo 8
Capítulo 8 - O demônio Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

A hora de enfrentar Dumbledore, o malvado



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Capítulo 8 - O demônio Dumbledore


Dumbledore vinha se aproximando, com seus mantos gloriosos de púrpura, com estrelas e planetas bordados. Com ele, constatou Severus, além de outros asseclas, estavam aquele insuportável Sirius Black, o paranóico Moody, e mais o imperscrutável Shacklebolt. Era um grupo de respeito.


Severus notou o olhar de Dumbledore sobre ele, claramente contrariado. Então, ele sabia que aquela era a hora da verdade. Era a hora em que iria confrontar Dumbledore e saber se Draco agia por conta própria ou se Dumbledore era realmente o malvado cruel e traiçoeiro de que Lord Voldemort tanto falava.


- O que faz aqui a essa hora, Severus? Alguma oração matinal? Seria uma surpresa.


- Eu tentava escapar de Draco, seu lacaio!


- Draco? - Dumbledore franziu o cenho. - O que ele fez?


Cerrando os dentes, Severus respondeu:


- Ele me disse que você o autorizou a acreditar que meu destino estava ligado ao dele por uma união, uma união sobre a qual eu sequer tive a cortesia de ser consultado!


Sirius Black se adiantou:


- Escute aqui, seu Ranhoso, ninguém fala assim com Dumbledore!


Ron gemia, tremendo. Antes que Severus respondesse, Dumbledore interveio:


- Calma, Sirius. Se Draco disse isso a Severus, não é uma cólera injustificada.


- E eu me recuso a ser vítima complacente e passiva neste esquema sórdido! - vociferou Severus. - Fugi, sim, e fugirei até que esteja longe daqui, se Draco é o destino que você traçou para mim!


Dumbledore o encarou, os olhos azuis cheios de compaixão.


- Preciso lhe pedir perdão, minha criança. Draco estava agindo sob uma falsa premissa. Eu jamais o destinaria a alguém que você não quisesse. Esperava que você pudesse acreditar em mim, não nas palavras de Draco.


- Então ele não tinha sua permissão?


- Não, Severus. Pode ficar tranqüilo quanto a isso.


Severus se reservou ao direito de ficar tão intranqüilo quanto quisesse, ainda mais que o dito Draco agora voltava, arrastando um jovem desconhecido para Severus. Ron tentou abafar um grito, e Severus soube que aquele era o príncipe.


Num impulso, ele correu para amparar o jovem, que havia sido jogado aos pés de Dumbledore. Ajoelhou-se ao lado do rapaz, e disse:


- Você é o príncipe Harry.


Dois olhos verdes impossivelmente brilhantes se viraram para ele. Severus não pôde deixar de sofrer o impacto de toda aquela atenção. O rosto estava sujo, fruto das dúbias atenções de Draco e seus soldados, mas ainda conservava os traços jovens, o queixo revelando o caráter forte de uma vontade firme.


- Sim, eu sou Harry. Mas não sou príncipe, ainda.


O olhar se prolongou, e Severus não sabia dizer por que ele não conseguia desviar os olhos daquele rapaz. Havia um momento mágico, um momento no qual não havia Draco, nem Dumbledore, nem mesmo Lord Voldemort.


Harry olhou aqueles olhos pretos que o encaravam, olhos que pareciam incandescentes. O nariz era um dos pontos mais fortes do rosto daquele estranho que, nem de longe, podia ser chamado de atraente. Mas havia algo nele, algo magnético e fascinante, que impedia Harry de olhar outra coisa. Era uma espécie de mágica, de encantamento.


O encanto foi quebrado, não por Draco nem por Dumbledore. O irritante Sirius Black gritou:


- Quem é esse? Draco, o que significa isso?


- Invasores! Eles queriam penetrar no castelo!


Ron soluçou, gemendo:


- Estamos condenados...! Ele vai nos cozinhar em óleo quente...!


- Silêncio! - ordenou o louro. - Vamos, para as masmorras! - Ele virou-se para o príncipe. - E esse aqui vai junto!


Então Draco agarrou Severus e separou-o do príncipe. Severus não ouviu muito da explicação de Draco. Ele ergueu-se devagar, olhando para Dumbledore, que nada dizia, acompanhando a cena com olhos muito azuis faiscando.


Draco começou a arrastar Harry e Ron, e Severus gritou:


- Não! Por favor, não deixe!


Dumbledore pegou em seu braço, um toque suave e seguro, garantindo:


- Não se preocupe, Severus. Tudo vai dar certo.


- Não! - Ele insistiu, e foi contido por Black.


Dumbledore ergueu a voz para Draco.


- Eu os quero na Torre de Gryffindor.


Severus suspirou. Ao menos não era nas masmorras. Mas ele nada pôde fazer a não ser assistir Draco levar Harry e Ron, o último chorando abertamente. Furioso, Severus se desvencilhou de Black e marchou de volta ao castelo, a passos duros.


Harry estava sendo levado, mas ouviu o velho chamar o homem que o acudira de Severus. Seria ele parente da Princesa Severina? Harry esperava que sim, e que ele pudesse vê-lo de novo.


Mal sabia ele o tipo de conversa que ele teria com Ron quando o ruivo conseguisse parar de chorar.





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Notas finais do capítulo

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Próximo capítulo: Nossos heróis vivem momentos de desespero



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