Zauber escrita por magalud


Capítulo 5
Capítulo 5 - Bizarros encontros


Notas iniciais do capítulo

Harry, nosso herói, pode ser um tanto quanto obtuso



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Capítulo 5 - Bizarros encontros


Harry havia tido um encontro dos mais bizarros na estrada adiante, procurando o palácio do malvado Dumbledore. Um gato acinzentado, com distintas marcas ao redor dos olhos, tinha aparecido na sua frente, e Harry se assustara com a aparição inusitada, mas o bichano tinha se transformado numa mulher num piscar de olhos. Ela era alta, magra, bem entrada nos anos, com um coque e óculos. Usava um manto comprido com um emblema de uma fênix. Olhava para Harry com grande severidade, mas a voz era gentil, ao indagar:


- Aonde você vai?


- Procuro um feiticeiro malvado chamado Dumbledore, Madame. A senhora sabe onde ele mora?


- Por que você procura Dumbledore?


- Ele é um homem malvado, que raptou uma pessoa! Não tem coração, não tem honra e eu pretendo detê-lo.


A mulher o encarou.


- Quem lhe disse isso?


- Um pai desolado, que está sem sua criança por culpa desse desalmado.


- Você parece saber muito sobre Dumbledore. Como sabe que esta é a verdade? Ou que seus fatos estão corretos? Mesmo que estejam corretos, você pode me dizer quais as motivações de Dumbledore?


- Não posso estar errado, se ele realmente raptou uma pessoa amada por um grande homem! Ele é mal, e traiçoeiro, e desprezível, e vil! Sabe me dizer onde posso encontrá-lo? Ou se a pessoa raptada ainda está viva?


- É possível. Espere e suas respostas chegarão até você.


Antes que Harry pudesse dizer qualquer coisa a mais, a mulher voltou a se transformar em gato e, com agilidade e graça, sumiu pelo caminho. Harry coçou a cabeça, imaginando que aquilo tudo realmente era muito bizarro. Que gata mais desinquietante!


De qualquer forma, ele continuou no caminho, preocupado com Ron, que não voltava de jeito nenhum. Teria ele se perdido naquela terra estranha? Ou talvez - oxalá não! - ele pudesse ter sido capturado pelo malvado Dumbledore. Harry começou a ficar angustiado.


A noite avançava, e Harry calculou que em breve o Sol nasceria. Ele pensava nisso quando de repente, um templo apareceu à sua frente. Ainda intrigado em como tal construção lhe teria passado despercebido, Harry resolveu entrar para pedir informações.


Foi recebido por um homem mais velho, bem alto, de cabelo castanho e bigode pequeno, num manto de sacerdote com o emblema da fênix e com muitas cicatrizes pelo rosto. Ele tinha um sorriso tranqüilo.


- Precisa de ajuda?


- Por favor, senhor, eu procuro o malvado demônio Dumbledore. Sabe onde posso encontrá-lo?


- Não conheço nenhum demônio com o nome de Dumbledore - respondeu o sacerdote. - Aliás, acho que não conheço nenhum demônio.


- Ele é um feiticeiro malvado. Raptou uma pessoa!


- Você é Harry Potter, não?


- Como sabe? Você é um mago ou adivinho ou uma coisa assim?


- Uma coisa assim - respondeu o monge, ainda sorrindo. - Você está muito certo de que Dumbledore é um malvado, não? Você não acha que, para alguém que está cumprindo uma profecia vaga, você está muito certo?


- Mas eu sei a diferença entre o certo e o errado!


- Mesmo? E isso lhe dá o direito de julgar as pessoas? Você está julgando Dumbledore. Já o condenou a ser malvado.


- Então ele não raptou ninguém? Não arrancou uma pessoa amada dos braços de quem a amava?


- Ele retirou uma pessoa contra a sua vontade, sim.


- Então como posso estar errado em chamá-lo de malvado?


- Talvez esteja querendo obter respostas fazendo perguntas erradas. Talvez devesse se perguntar como isso pode ajudá-lo a cumprir a profecia. O que me diz disso?


- A profecia é clara - insistiu Harry. - Dumbledore é o mal e só eu posso combater o mal. Basta-me ter cuidado com as aparências.


- Que bom que você tem as coisas claras, jovem Harry. Homens mais sábios não conseguem ter tanta clareza como você. Desejo a você sorte e discernimento.


O monge de cicatrizes virou-se e se afastava quando Harry o chamou:


- Espere! Por favor, não pode me ajudar?


- Não era o que eu estava fazendo até agora?


Harry já estava cansado de ter outras perguntas como resposta.


- Mas nada disso é útil!


- Pense um pouco e poderá ver como minhas palavras podem ser valiosas. Enquanto isso, aproveite para meditar. O Sol não demora. Quem sabe a luz do Sol ajude a iluminar outras coisas?


Harry observou o monge cheio de cicatrizes entrar numa porta lateral e suspirou, desanimado. Aquilo estava ficando mais complicado do que ele previa. Lord Voldemort tinha traçado um caminho tão inequívoco e fácil, e agora essas pessoas excêntricas pareciam embaralhar toda a situação.


Pela primeira vez, Harry sentiu uma ponta de dúvida. Poderia ele ter errado? Poderia ter sido enganado por Lord Voldemort? Ele relutava em acreditar em semelhante alternativa por causa do desespero do homem tão marcante. Era óbvio que o homem estava sofrendo muito. E a Princesa Severina talvez não fosse tão bonita assim, mas certamente parecia frágil e tinha algo de adorável. Era algo que Harry não podia explicar, mas que certamente tocava seu coração.


Talvez, pensou Harry, uma princesa assim fosse o que ele precisava para deixar de lado as estranhas idéias que vinham à sua cabeça ao olhar alguns dos rapazes de sua idade. Esse comportamento o intrigava muito, mas Harry acreditava que ele tinha cura. Ele realmente não queria pensar no que poderiam pensar as pessoas se soubessem que ele tinha esse tipo de pensamento impuro em relação a outros rapazes. Ainda bem que essa princesa o salvaria desta tentação. Lord Voldemort era um homem bom por colocá-lo no caminho correto.


Não, decidiu Harry. Lord Voldemort era sincero e merecia toda a ajuda de Harry para ter sua filha adotiva de volta. Dumbledore que se cuidasse! Lord Voldemort seria vingado!


Harry estava longe demais do castelo de Lord Voldemort em Little Hangleton, então ele não tinha idéia do que se passava ali. Ele certamente teria uma grande surpresa ao ouvir o diálogo do Lord com seus assessores mais próximos.






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Notas finais do capítulo

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Próximo capítulo: Enquanto isso, no castelo de Lord Voldemort...



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